O juiz 2ª Vara Federal, Mário  Azevedo Jambo, negou o pedido  de absolvição sumária feito pelos réus da "Operação Hígia" e marcou os depoimentos de testemunhas e acusados para o dia 23 de agosto, a partir das 8h30.

A data coincide com o período de campanha eleitoral e da propaganda gratuita no rádio e na televisão. Um dos 15 réus, o advogado Lauro Maia (PSB), filho da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), teve o nome homologado na convenção do PSB candidato a deputado estadual.

Caso seja eleito, ele ganha foro privilegiado no processo. No entanto, Lauro Maia e os demais acusados serão intimados para depor no dia 23 de agosto.

Para negar o pedido de absolvição sumária, Jambo deu o seguinte argumento: “Aqui, inverte-se a lógica do processo: para absolver, sumariamente, a decisão do juiz, na sua motivação, tem de estar acompanhada de prova robusta em prol do acusado – prova material”, escreveu ao negar o pedido.

Na decisão, o magistrado recusou o argumento apresentado por alguns réus de que as escutas telefônicas feitas eram ilegais.

“Acaso se constate, durante a instrução processual, a existência de algum áudio não acobertado por autorização judicial, este será, obviamente, excluído do processo”, disse, referindo-se ao argumento da defesa de que algumas escutas foram obtidas sem autorização judicial.

Reportagem extraída do Novo Jornal.

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