Do UOl, Record News, Exame e Blog Carlos Santos
A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou, em caráter liminar, que o governo federal não veicule em meios de comunicação a campanha publicitária “O Brasil não pode parar”, que defende a suspensão do isolamento social como estratégia para o combate à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
A medida foi pedida ontem pelo MPF (Ministério Público Federal) e concedida pela juíza federal Laura Bastos Carvalho, no plantão judiciário. A decisão barra propaganda do governo que não tenha embasamento técnico do Ministério da Saúde e científico.
A juíza ainda sustenta que a campanha põe em risco do direito constitucional da população à saúde e que sua adoção pode levar a um colapso da rede de saúde. Em caso de descumprimento por parte do governo federal, a juíza determina multa de R$ 100 mil.
O outro lado confuso
Em nota divulgada à imprensa, Secretaria Especial de Comunicação Social(SECOM) afirma que um vídeo que circula nas redes sociais e que foi divulgado por alguns veículos de imprensa é uma fake news.
Mas adiante, a mesma nota entra em contradição. “Trata-se de vídeo produzido em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom”.
Filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador carioca Flávio Bolsonaro (Republicano) divulgou vídeo da campanha em suas redes sociais.
Milhões sem licitação
A empresa brasiliense iComunicação Integrada foi contratada por R$ 4.897.855,00 reais essa semana, com dispensa de licitação, para “disseminar informações de interesse público à sociedade, por meio de desenvolvimento de ações de comunicação”.
A campanha, que o governo nega, mas destinou recursos para esse fim, entrou no ar conflitando com orientação do próprio Ministério da Saúde, que defende o isolamento social.
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Não quero mergulhar no desespero, na falta de esperança. Acredito que os próximos dias virão esclarecer muito do que ninguém sabe. E, com muita humildade, continuo apostando no clima quente de nosso país como divisor das águas da tragédia mundial.
É enviesado no cosimento de mentiras com um chulear rasgado de meias ou quase meias verdades. E se sustenta porque ainda há quem ponha os picinês pra fingir que vê no meio do tiroteio entre cegos.