Apesar de ter publicação protocolar de “exoneração a pedido” hoje (sábado, 9) no Diário Oficial do Estado (DOE), a primeira-dama Julianne Faria (PSD) dá testemunho que revela implicitamente um incômodo com a humilhação a que está sendo submetida.
Ex-secretária de Estado do Trabalho, Habitação e Ação Social (SETHAS), Julianne Faria utilizou outra vez seus endereços em redes sociais para se pronunciar. De novo não disse o porquê de sua saída do governo.
Mas agradeceu particularmente ao vereador natalense Fernando Lucena (PT), pela “solidariedade” no episódio.
Lucena, adversário político do grupo do governador Robinson Faria (PSD), gravou vídeo e postou nas redes sociais, destacando qualidades pessoais e políticas da primeira-dama, no exercício do cargo.
Robinson enaltece a si e Julianne ignora o “chefe”
Até o momento, seu marido e governador – Robinson Faria – fez o inverso.
Robinson não chegou a publicizar um simples agradecimento à passagem dela pelo governo.
Apenas numa confusa “Nota à População” do Governo do Estado, há reconhecimento a todos os exonerados: Robinson faz reforma de supetão após saída de Julianne. Porém assinalando que no caso da Sethas, o governador não deixou de dar, “em momento algum, o apoio irrestrito e as condições técnicas e orçamentárias necessárias para a realização deste trabalho como prioridade.”
Ou seja, diminuiu os próprios méritos de quem parecia querer enaltecer. Terminou por puxar para si os créditos, assim mesmo de modo formal – via Comunicação do Governo do Estado.
Mas ela, em sua postagem de despedida do cargo (Julianne sai, pela madrugada, do governo do marido Robinson), na quinta-feira (7), antecipando que seria exonerada (‘a pedido’), também não tratou o marido e governador em tom de gratidão. Ignorou o ‘chefe’.
Pinimba
Listou uma série de nomes que teriam sido importantes na sua passagem pelo governo, sem citar minimamente Robinson Faria. É como se ele nem governador o fosse.
Enfim, a pinimba matrimonial-política-administrativa se tornou irrefreável. Gerou uma reforma de governo canhestra e apontou de forma patética como os negócios públicos se confundem com os privados, no atrasado Rio Grande do Norte.
Tinha que se transformar nisso mesmo.
Leia também: Governo publica exoneração de primeira-dama “a pedido” AQUI.
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Quando um governador nomeia a sua esposa a um cargo importante, permitindo que problemas domésticos, de sua intimidade, interfiram no andamento da administração pública, os limites do público e do privado ficam comprometidos. Sendo assim, me sinto a vontade para especular: o governador neste momento está ouvindo Marília Mendonça ou prefere clássicos como Reginaldo Rossi e Regi Campelo?
Boa!
Pelo fato de o seu cônjuge ser governador, a Sra. Julianne Faria hoje estaria impedida de concorrer a qualquer cargo nas eleições de 2018.
Se, eventualmente, o casal de divorciar este impedimento deixa de existir e ela poderia concorrer, por exemplo, à Assembleia Legislativa, uma vez que seu nome ganhou bastante destaque estando à frente da SETHAS.
Hum. Sei não!
Essa briguinha aí tem cheiro de marmelada.
Tudo é possivel na Corte.
Não é da minha conta, nem me interessa, o que se passa na alcova do poder. Mas é da conta do povo a cova que o poder lhe cava.
A súmula vinculante 18 do STF Veda esta manobra de divorcia-se para concorrer a um cargo na Jurisdição onde o Conjunge já exerce mandato.Portanto, divorcia-se de Robinson não seria solução para Julianne Faria!