Escalado para ser mais um integrante direto da família da deputada federal Sandra Rosado (PSB) a entrar na política, o seu filho Lahyrinho Rosado (PSB) esteve próximo do fiasco. Está eleito, mas com desempenho modestíssimo.
Lahyrinho foi somente o 16º mais votado no cômputo geral, além de alcançar tão-somente a 12ª colocação entre os 13 vitoriosos à Câmara de Mossoró. Ficou à frente apenas da paupérrima Maria das Malhas (PSL), que empalmou 1.956.
Ao ser eleito quase no rabo-da-fila com 2.459 votos, Lahyrinho sintetizou frustração considerável em seu grupo. Era esperada a derrota de sua irmã, deputada Larissa Rosado (PSB), à disputa da prefeitura pela segunda vez consecutiva.
Qual a explicação para performance tão pífia?
É facílimo esclarecer o porquê da dificuldade de Lahyrinho em se eleger. Ele é diretamente o menos culpado.
Começa pela constatação de que seu grupo atrofia a cada eleição, nas disputas em que se envolve. Sua mãe, por exemplo, só foi reeleita para a Câmara Federal em 2006, graças às sobras de votos de Rogério Marinho (PSB), Fábio Faria (PMN) e João Maia (PR).
Só para se ter uma idéia do encolhimento do esquema político de Sandra Rosado, Lahyrinho ganhou menos votos do que seu irmão já falecido, Vingt Neto (PMDB), em 2000. Àquele ano, Vingt Neto chegou a 2.927 votos (3º colocado) num contingente de 127.894 eleitores aptos, enquanto Lahyrinho se arrastou com 2.459 num universo de 153.027 votantes aptos.
Teve 468 votos a menos do que o irmão, oito anos depois.
Ele não foi desbancado por outros concorrentes, por falta de pequeno fôlego de estrutura e melhor estratégia de nomes como Luiz Carlos Martins (PT), que alcançou 2.232 votos (227 a menos do que ele) na mesma coligação.
Em outras coligações, alguns candidatos tiveram mais votos do que Lahyrinho e não se elegeram, em face dos critérios comuns a uma eleição proporcional. São casos como das vereadoras Arlene de Souza (DEM) e Izabel Montenegro (PMDB), respectivamente com 2.711 e 2.710 votos.
Há anos comento sobre o encolhimento desse esquema político, devido o recrudescimento de sua mentalidade oligárquica. Todos os seus interesses são domésticos. Só cisca para dentro de casa.
Assim tem perdido espaço em escala geométrica, por ser incapaz de reconhecer seus próprios erros, partindo para uma reciclagem. Lahyrinho é outro caso de insistência nessa mentalidade.
A expectativa superdimensionada era fazê-lo eleito com pelo menos 6 mil votos. Deu no que deu, apesar da campanha caríssima, com perfil de majoritária.
Como afirmava o bordão de uma antiga propaganda com o personagem “Nezinho do Jegue”, em texto de Dias Gomes (O bem-amado), “só burro não toma Castaniodo”. O abismo está próximo.
Entretanto o vereador eleito tem quatro anos para provar que faz jus ao mandato, que por enquanto tem característica de emprego privado na coisa pública. É esperar dele juventude com atitude.
Só um adendo. Vgint-un Neto também teve mais votos e não se elegeu. A nossa legislação prevê isso, e não há do que reclamar. Mas que é frustrante. É.
O que vc Carlos Santos Achou do desempenho do nosso querido radialista Gilson Cardoso.faça um comentário sobre isso.Votei nelee não me arrependo. gostaria de saber sua opinião.
Outro ponto que é válido salientar, é a minimização dos 40 MIL VOTOS DE MAIORIA da prefeita FAFÁ sobre a ex-candidata e deputada estadual Larissa Rosado, reduzindo-se a um quociente de 19 mil 180 votos. Fafá realmente foi eleita, mas isso só mostra que LARISSA tem um fôlego próprio, todo mundo sabe que Wilma pouca influencia tem na nossa cidade, e o nosso Presidente LULA pode até ter dado uma força, mas a Eleição foi estritamente municipal. Isso é incontestável. Só acho que Fafá tinha panos pra manga, de expor uma maioria exorbitante, mas não o fez, mesmo com o apoio da querídissima ‘ROSA’, do GARIBALDI e AGRIPINO, com um contigente de vereadores ‘Fortíssimos’ (principalmente financeiramente falando), e ainda por cima, com a ‘máquina’ na mão. é Fafá, penso que as pesquisas ilusitórias também contribuíram bastante pra sua vitória, que pena que o povo, politicamente, são extremamente desinformados.