Primeiro orador da Sessão Plenária desta terça, o deputado Leonardo Nogueira (DEM) destacou a criação de empregos na cidade de Mossoró, no oeste do estado.
O parlamentar citou dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregos) noticiados recentemente pela imprensa, como a fatia de 45,54% dos empregos com carteira assinada em outubro – 874 novas vagas – gerados na cidade.
“Caminham juntos para esse resultado, três fatores: iniciativa privada, políticas públicas planejadas e capacitação de mão-de-obra”, analisou o parlamentar.
Com informações da Assessoria de Comunicação da AL.
Na região de Mossoró,neste período,quase 90% dos empregos,são na fruticultura irrigada,o restante,vagas temporárias visando as festas de Natal e Ano Novo,então,apenas um “fator”,dentre os três citados,é só consultar,com outros olhos,a fonte citada.
Outro,”Ah!”
Sou testemunha viva disso tudo,pois,faço parte desses 874,do CAGED.
Carlos, me perdoe o deputado, mas afirmar que em Mossoró há empenho para qualificação da mão-de-obra é tripudiar com o sofrimento dos mais necessitados que não têm emprego exatamente pela falta de políticas públicas para o setor.
Se não, vejamos alguns dados do Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Mossoró
Vejamos estes gastos de 2011…
2029 – DIVULGAÇÃO E PUBLICIDADE DOS ATOS GOVERNAMENTAIS. R$ 6.381.916,14
1110 – PAISAGISMO E ARBORIZAÇÃO R$ 1.690.794,78.
1009 – MOSSORÓ CIDADE JUNINA R$ 3.079.277,46
1010 – FESTA DA LIBERDADE R$ 1.960.056,52
E estes gastos de 2011…
1019 – QUALIFICAÇÃO PARA O TRABALHO E O EMPREGO R$ 95.784,87
Depois de ver estes números, podemos dizer que há preocupação com qualificação da mão-de-obra em Mossoró?
Os empregos gerados em Mossoró foram para mossoroenses? Sei de várias empresas que trazem funcionários de fora.
Sistema S (Senac, Sebrae, etc), IFRN e algumas empresas, estes sim, têm feito a qualificação dos mossoroenses.
Não ando com o deputado, mas acredito que ele não tem conversado com a população mais carente de Mossoró. Caso contrário não diria que “esse é o jeito certo.
Aliás, sugiro ao deputado que faça essa pergunta às pessoas que precisam esperar 2 anos por uma ressonância magnética, quem não encontra o remédio no posto de saúde, quem precisa andar de ônibus, quem mora nas favelas do Tranquilim, Fio ou Sem Terra, aos milhares de jovens que não conseguem emprego, dentre muitos outros mossoroenses que não conseguem aproveitar essa “multiplicação dos pães” que alguns poucos têm conseguido…