Por Odemirton Filho
Nas noites da Mossoró da minha juventude era comum os moradores do grande Alto de São Manoel voltarem a pé depois das festas, pois não tínhamos a insegurança e violência dos tempos atuais. Era uma turma de amigos que retornava das festas da ACDP, da AABB, dos festejos de Santa Luzia ou, quem sabe, das festas do Imperial e do clube Realce.
Como hoje, logo após as farras, as pessoas faziam um lanche para voltarem as suas casas. Não existia o famoso “Sebosão”. Havia a lanchonete Big-Burg, em frente a atual Estação das Artes. No bairro Doze Anos, a lanchonete de Dedé do Sandubar, figuraça!
No Alto de São Manoel, em frente a atual loja da Olinda Pneus, existia a lanchonete de Zecão. Era ali, na maioria das vezes, que eu ia saborear um “completo”. Eu e alguns amigos aproveitávamos para resenhar, conversar sobre a noite que findava.
Não existia essa ruma de opções de hoje em dia, hamburguerias, pizzarias. Açaí? Ninguém conhecia por essas bandas.
Lembrei desses fatos, pois soube há alguns dias, por meio do meu querido amigo Marcos Ferreira, do falecimento de Zecão. Aliás, ele morava e ainda mantinha a lanchonete, quase vizinho a casa do nosso dileto escritor, no conjunto Walfredo Gurgel. De vez em quando eu ia por lá, e aproveitava para colocar o papo em dia com Marcos Ferreira.
Zecão fez parte da Mossoró das antigas, nos bons tempos de minha juventude. Fazia parte do rol de figuras, como Dedé do Sandubar, Alberto do Big-Burg, Zé Leão, entre outros.
A vida é passageira, e vamos construindo a nossa história com fatos e pessoas que, de alguma forma, ou em algum momento, dela fizeram parte. Sim, “quando se vê, já se passaram cinquenta anos”.
Lembro-me do Frango de Olinda; da churrascaria Kancela; Severino da Carne Assada; O Laçador; da lanchonete Tube; A Geladinha; Sorveteria do Juarez; Pizzaria Hut; lanchonete do Matú; do restaurante de Chico, no conjunto Walfredo Gurgel; do Bar do Gordo, no Paraíba.
E você, qual o lugar vem à memória?
Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos
Recordar é viver outra vez. Lembro-me do antigo Bar Boaye “O Brasão”, situado nas imediações do antigo Bairro “Teimosos”, proximidades do Conjunto residencial “Ulrick Graf “. Nos FINDE , geralmente as farras etílicas/ sentimentais começavam no famoso bar “O Ferrão”, situado no grande “Alto São Manoel”, bar preferencial da juventude nos anis 70 e 80 (1974-1980), lugar bastante aprazível com mesas postas ao relento, com espaço suficiente para encostar o carango so lado da mesa escolhida. Yranwuilidade geral. Nesse tempo/ época não se ouvia falar em assalto, tamanha era a tranquilidade.. Lemvro-me que ainda frequentei, no atuge da minha adolescência, o primeiro Motel de Mossoró, wue tinga o sugestivo nome de “Beira Salgada”. Este referencial de conxumbrâncias e xumbregâncias me faz lembrar uma música que, atualmente está no auge dos hits musicais, que tem sugestiva estrofe como indicativo sensual/ sexual : “…Se tiver limpinha, rapadinha e cheirosinha…”. Eita !. Ferormônio à flor da pele. Já dizia o antológico Burico, O antigo agencuador das apetitosas “Meninas de Programa”, que ” tiudo vale entre quayro paredes”.. Bateu intensa saudade. Já dobrei quase todas as esquinas do tempo. De sorte que, ainda não dobrei o cabo da Esperança, , mesmo sob a rubrica de já ser “Sex…Sexagenário. Que se dane o Genário. Vamos wue vamos já meio que descendo a ladeira. O “Caba” só se dá conta de que está fiicando velho quando, durante e as farras etílico-sentimentais exclama enfáticamente : …No meu tempo a coisa era assim. Eita sordade !.
Caro Odemirton !
Lembro de todos esses lugares que você falou e também frequentei , só boas lembranças desses Velhos Tempos, Belos Dias ,parece até que eu ia no seu rastro.
Nascido na Ilha de Santa Luzia frequentei também a AABB e ACDP, momentos maravilhosos, eu era solto na Buraqueira não perdia quase nada, festas em Mossoró ia de Norte a Sul e de Leste a Oeste.
Lembrei da lanchonete Ki- Legal, na esquina vizinho à antiga Casa da Revista. Amava ir lanchar lá. Tempos bons.