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domingo - 16/01/2022 - 12:30h

Mas, afinal, o que é uma cidade inteligente?

Por Josivan Barbosa

Muito tímido o programa da Prefeitura Municipal de Mossoró denominado de Mossoró Digital. Não há como se implantar um bom programa dessa natureza sem a contratação de uma equipe de profissionais diferenciados da área de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). Importante ainda um convênio bem delineado com uma instituição que gera produtos digitais, a exemplo do Instituto Metrópole Digital da UFRN.

O município de Mossoró precisa compreender que cada vez mais cidades necessitam avançar para o que denominamos de cidades inteligentes. O termo designa o uso da tecnologia da informação para melhorar a gestão dos municípios e os serviços oferecidos à população.

O movimento de cidades inteligentes deve estar em sintonia com a demanda por infraestrutura de conectividade, aquecendo o mercado das grandes operadoras, mas sobretudo de provedores regionais, com maior penetração no interior do país. O investimento das cidades em tecnologia também aumenta os pedidos por equipamentos, como câmeras de videomonitoramento, e o desenvolvimento de soluções inteligentes e novos modelos de negócios e contratos entre empresas, startups e poder público. Nada disso se observa no programa que a prefeitura está denominando de Mossoró Digital.Cidades inteligentes do Brasil

Mas, afinal, o que é uma cidade inteligente? A consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, criou até um ranking sobre o assunto, que tem na liderança o município de Uberlândia (MG), seguido por Campo Grande (MS), Fortaleza, Santo André (SP) e Belo Horizonte (Infográfico acima). “De modo geral, é uma gestão da cidade que tem como base uma  infraestrutura de tecnologia da informação, facilitando a interação com a sociedade e o oferecimento de serviços”, diz o presidente da Teleco, Eduardo Tude.

Ele ressalta que a tecnologia precisa ser “humana”. Quer dizer melhorar a vida das pessoas. Entre os setores e equipamentos que podem ser digitalizados, estão semáforos, monitoramento de trânsito, câmeras de vigilância, prontuário médico, iluminação pública, limpeza e educação.

As cidades precisam ter uma infraestrutura de conectividade abundante. Grande parte desse investimento será das operadoras de telecomunicações regionais, que estão mais espalhadas pelo país do que as grandes e hoje fornecem mais da metade de todo acesso de banda larga do país. De forma complementar, os provedores regionais oferecem parte da infraestrutura existente nos municípios menores.

Um marco para a expansão das cidades inteligentes foi o leilão do 5G, que possibilitará uma expansão da internet das coisas (IoT), a interconexão digital de objetos físicos – conceito que permite, por exemplo, a instalação de câmeras e semáforos inteligentes, que transmitem dados entre si e para uma central de operações.

Um projeto de cidade inteligente na nossa Mossoró precisava ter foco na área de mobilidade urbana e segurança. O município poderia iniciar com uma ferramenta usada para controle de estacionamentos rotativos ou instalação em carros de forças de segurança municipais. Seria uma espécie de radar móvel, que detecta placas de carros roubados e com tributos vencidos.

Além disso, com o uso de tecnologia inteiramente nacional, a prefeitura poderia avançar em outros serviços que direcionaria para um projeto de cidade inteligente como por exemplo, o desenvolvimento de postes inteligentes, que, além da iluminação, podem agregar funções como câmeras, sistema de energia solar e transmissão de dados sem fio – que possibilitam monitoramento do trânsito e até de risco de enchentes.

O município não precisa ter receio para avançar num projeto dessa natureza, porque as tecnologias estão ficando mais baratas e eficientes. Se a prefeitura otimizar recursos orçamentários, o que pode ser feito através da digitalização, entrará em sintonia com a demanda da população por serviços mais modernos.

Cooperativa de pitaya

Já defendemos neste espaço que a região do Médio e Alto Oeste do RN poderia ser a sede de um grande projeto de agricultura familiar com base na cultura da pitaya. Da última vez que defendemos a intervenção de uma política pública nesse sentido, exemplificamos com uma associação de produtores do Peru. Agora vamos ampliar o exemplo com uma cooperativa da Espanhola de Pitaya, a primeira daquele país.

Pitaya, uma cultura atraente (Foto: Fresch.ce)

Pitaya, uma cultura atraente (Foto: Fresch.ce)

Na região de Andalucía o fruto está se tornando muito importante com demanda crescente no mercado europeu. É um produto de fácil cultivo e boa adaptação em clima subtropical, como na região de Andalucía, o que tem facilitado o trabalho dos produtores da cooperativa S.C.A. Pitayas de Andalucía.

Atualmente, a S.C.A. Pitayas de Andalucía é formada por 67 produtores Huelva, Sevilla, Cádiz, Extremadura y Portugal e representa a primeira cooperativa internacional de pitaya. A cooperativa de Andalucía está procurando uma parceria com produtores da região de Málaga para ampliar a produção de pitaya.

No ano passado a cooperativa comercializou 10 toneladas e este ano ampliou para 80 toneladas. Na próxima temporada, que se inicia em junho a cooperativa pretende alcançar 300 toneladas. Se se concretizar a parceria com os malagueños, a cooperativa poderá atingir 500 mil toneladas.

A cooperativa conta com um armazém que recebe a produção de todos os sócios e é onde o produto é preparado para o mercado.

No ano passado a cooperativa exportou a pitaya para a Holanda, Reino Unido, e Itália. Neste ano pretende ampliar para a França e Alemanha.

A cooperativa fornece assistência técnica apara os sócios em todas as etapas da produção e na   pós-colheita.

Em nível de produtor, a pitaya é vendida em torno de 4,5 – 5,0 euros/kg, um preço muito atrativo para esse nicho de mercado.

Exportação de limão Tahiti para o Chile

Na semana passada colocamos neste espaço que o Polo de Agricultura Irrigada RN – CE está avançando no cultivo de limão Tahiti. Depois de ser cultivado na região do Vale do São Francisco (Petrolina – Juazeiro) e no Estado do Piauí na década de 90, o limão Tahiti chega com mais vigor na nossa região. O limão Tahiti já tinha algumas experiências de cultivo em Baraúnas e em Upanema e agora se expande para a microrregião produtora do DIBA (Distrito Irrigado Baixo-Açu) e região de Touros.

Agora vem a boa notícia de que o Chile acaba de liberar a importação de limão tahiti do Brasil após negociações feitas pela Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (APEX) – Projeto Frutas do Brasil.

No ano passado o Chile importou 5 milhões de dólares. A Abrafrutas trabalha com a expectativa de conquistar 50% dessa fatia.

A abertura do mercado chileno para o limão Tahiti reduz a dependência dos produtores brasileiros do mercado da Comunidade Econômica Europeia, principal comprador.

O Brasil poderá oferecer o produto a preços mais competitivos em função da proximidade do mercado.

O principal concorrente para o limão Tahiti no mercado chileno é o Peru devido à facilidade de logística, mas o Brasil pode avançar muito no quesito qualidade.

Josivan Barbosa é professor e ex-reitor da Ufersa

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Categoria(s): Artigo

Comentários

  1. João Claudio diz:

    Apois diiiiiiiiga….!!!! Rosadolãndia ficar de fora das cidades mais inteligentes do país….sei não, viu?

    Será que o povo que elegeu essas cidades não sabe que Rosadolândia foi a única do país tupiniquim a expulsar Lampião, e até hoje gasta uma fortuna de dinheiro com a ópera bufa?

    Será que esse povo não sabe que aqui tem chuva de balas…que é aqui que mora Darquinha do Curral das Éguas, Paulo Doido, Bilica e Orlando Cocotinha?

    Será que esse povo não sabe que em Rosadolândia o povo usa garfo e faca para comer hot-dog? Isso num é inteligência não? Né não? Heim?

    Será que esse povo não sabe que uma família ‘comprou’ a cidade no século 18 e a mesma tá murdiiiiiida de oooooidxio porque um menino pobrezinho sentou no trono, ‘tomou’ a coroa, o manto, o cetro e as chaves da cidade?

    Será que esse povo não sabe que Rosadolândia é a metrópole do futuro da Revista Veja?

    Será que esse povo não sabe que o ponto culminante da cultura de Rosadolândia é a famosa ‘descida do alto’ com o povo com o cu chêi de cana gritando, cantando, dançando e carregando políticos no alto de um andor?

    Esse povo é doido? É????? Será que nunca ouviram falar em Rosadolândia???? SERÁ????

    Mas não se preocupem; vou acionar o Boca de Cururo Tei Tei para mudar esse negócio aí.
    Viu, Josivam?

    • Inácio Augusto de Almeida diz:

      Esqueceu de dizer que é a única cidade do mundo que gasta 143 mil reais numa licitação para compra de COENTRO, CEBOLA, ALHO, PIMENTÃO, TOMATE e PALITO para o bom desempenho das atividades administrativas da CÂMARA MUNICIPAL DE MOSSORÓ.
      Quando tocar neste assunto, CUIDADO!
      Quem reclama é chamado de doido.
      Juízo tem quem fez esta licitação e quem nada fiscaliza.
      Mossoró, com a licitação do COENTRO, entrou para o anedotário popular.
      ///////
      LAWRENCE CADÊ O COENTRO?
      STYVESSON LUTE CONTRA OS ARRASTÕES EM MOSSORÓ.
      GOVERNADORA FÁTIMA BEZERRA não determina o desarmamento das investigações de arrastões. Por quê?
      Dep. Girão não vai fazer nada?

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