terça-feira - 28/10/2025 - 09:02h
Política e economia

Mercados disparam com encontro Lula-Trump e eleição argentina

Lula, Trump e Milei agradaram o mercado (Fotos: Arif Kartono-AFP, Franck Robichon Anadolu-AFP, Luis Robayo-AFP)

Lula, Trump e Milei agradaram o mercado (Fotos: Arif Kartono/AFP, Franck Robichon Anadolu/AFP e Luis Robayo/AFP)

Do Canal Meio e outras fontes

O dia seguinte ao encontro dos presidentes Lula e Donald Trump na Malásia e à surpreendente vitória de Javier Milei nas eleições legislativas impactou diretamente — e de forma bastante positiva — os mercados das duas maiores economias da América do Sul. Tanto no Brasil quanto na Argentina, as bolsas quebraram recordes históricos, deram sinais de otimismo e reduziram os temores de crises futuras, ao menos no curtíssimo prazo. No Brasil, o Ibovespa subiu 0,55% e por pouco não cruzou a inédita barreira dos 147 mil pontos.

Embalado pela possibilidade de uma redução nas tarifas aos produtos brasileiros, o dólar também recuou 0,42% e fechou o dia cotado a R$ 5,37.

Mas foi na Argentina que os mercados tiveram os maiores impactos, com a improvável vitória do partido de Milei nas eleições legislativas. Por lá, a Bolsa de Buenos Aires subiu incríveis 31% — e em dólares —, a maior alta diária em mais de 30 anos. Tanto o risco-país quanto o dólar também recuaram. (InfoMoney e Clarín)

Apesar das reações otimistas sobre o domingo, nada de concreto entre Lula e Trump foi acertado. Trump voltou a elogiar Lula, deu parabéns ao presidente brasileiro, mas evitou se comprometer com qualquer acordo econômico com o país. “Tivemos uma reunião muito boa, vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa”, disse Trump. Lula, por sua vez, afirmou estar otimista com os acordos vindouros e que as negociações finais se darão entre ele e o presidente americano. (g1)

Esperança

Para o Brasil, no entanto, os avanços foram significativos no sentido de que um cronograma foi estabelecido para discutir os empecilhos tarifários após meses de impasse. Segundo o chanceler Mauro Vieira, Trump se comprometeu a instruir sua equipe econômica a iniciar as tratativas “nas próximas semanas”, em busca de um acordo que possa revisar as tarifas impostas às exportações brasileiras.

“Esse será o primeiro passo do processo negociador — o encontro com os três membros da delegação americana. Vamos definir um cronograma e os setores sobre os quais vamos conversar para que possamos avançar”, explicou Vieira. O Brasil pretende solicitar formalmente a suspensão temporária das tarifas enquanto as negociações estiverem em curso. Ainda não há, contudo, previsão de quando ou se essa medida será implementada. (CNN Brasil)

Milei surpreende

Na Argentina, o partido de Milei conseguiu uma vitória expressiva, inclusive na província de Buenos Aires, tradicional reduto peronista, e agora avança na tentativa de conquistar a maioria no Legislativo. Ele descartou qualquer aliança com Axel Kicillof, governador de Buenos Aires e liderança em ascensão do kirchnerismo/peronismo, afirmando que ele “abraça ideias comunistas”, mas fez acenos a outros governadores de províncias e partidos de centro e centro-direita.

Os 40% de votos obtidos pelo partido de Milei garantem, por exemplo, que o Congresso não conseguirá derrubar vetos, mas o presidente precisará da maioria para implementar suas ambiciosas e polêmicas reformas trabalhista e tributária. (Valor)

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Categoria(s): Política

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