Ela poderia, em se tratando de outro indivíduo, ter ofertado um litro de uísque escocês, por exemplo. Quem sabe uma garrafa de vinho espanhol. Ou, no caso de um tabagista esnobe, ostentoso, uma caixa de charutos cubanos. Chique, não é?! Pois há pessoas, inclusive entre aquelas que compõem a fauna dos literatos, que apreciam artigos ou mimos dessa natureza e origem.
Eu, porém, sem finesse, fidalguia nem pedigree, não tolero nenhuma das opções referidas. Daí que me senti deveras feliz na manhã de ontem ao ser presenteado com um simples pacote de café. Sim. Um pacote desses de duzentos e cinquenta gramas, de cuja linha e fabricante não farei propaganda.
— Estamos passando aí. Tenho um presentinho para você — disse-me, por telefone, a leitora e amiga Natália Amorim, esposa do também leitor e amigo José Arimatéia. Pouco após, em companhia dos pequenos Daniel e Joaquim, o casal parou o carro diante da minha casa, todos usando máscara. Natália desceu e me entregou a sacola por cima do meu muro, que tem frente baixa.
— Obrigado — falei sem examinar a sacola. — É muita gentileza de vocês, contudo eu não imagino qual seja o motivo desse presente. Hoje não é meu aniversário, dia da poesia, do escritor nem nada parecido.
— Não carece data especial para presentearmos alguém — contestou ela. — Depois me diga se gostou. Tomara que sim.
— Claro! Eu farei isso em breve.
Então, de bom grado e acertando na mosca, foi um pacote de café que minha leitora Natália Amorim (sentiram o orgulho quando digo “minha leitora”?) me trouxe na manhã de ontem. Tratei de levar a preciosa rubiácea à cafeteira. O inconfundível aroma ocupou a casa toda, decerto alcançando as narinas dos vizinhos mais próximos, como acontece comigo quando eles fazem café.
Permitam-me agora uma rápida digressão. Pois bem. Quem me conhece sabe do meu horror, da minha absoluta repulsa a álcool e a fumo. Tenho as minhas razões, acreditem. Um tanto análogo ao álcool, brinco ao dizer que a bebida mais forte que eu já ingeri foi Biotônico Fontoura. Aquilo descia queimando. Ao menos para o meu paladar de “menino mole”, dizia a minha mãe.
Tomei outras panaceias dessa classe e época, como o Leite de Magnésia Phillips e a intragável Emulsão Scott (óleo de fígado de bacalhau), todos nas suas apresentações e sabores tradicionais. No caso específico do Biotônico, para fazer uma piadinha com o álcool, eu chegava a ficar puxando fogo.
Naqueles tempos bicudos de minha infância, enquanto o general João Batista Figueiredo só sabia mandar o povo apertar o cinto, volta e meia os meus pais recorriam a esses polivitamínicos, no mais das vezes sem receita médica. Esta, entre outras manobras, era uma estratégia intuitiva para mitigar a desnutrição, que campeava feroz em meio ao crepúsculo dos anos de chumbo.
Gostávamos mesmo era do Poliplex, com sabor e consistência semelhantes ao mel. Mas este não era nada indicado para mim e meus dez irmãos, posto que se tratava, também, de um estimulante do apetite. E apetite, senhoras e senhores, tínhamos de sobra. Ou, como se diz, para dar e vender.
Encerremos esta digressão medicamentosa. Voltemos ao assunto do café: meu ópio negro. Quero registrar que esta não foi a primeira vez que uma leitora me brindou com esse tipo de presentinho saboroso. Não faz muito a fisioterapeuta Luzia Praxedes, pelas mãos do esposo e escritor Clauder Arcanjo, também me enviou essa bebida apreciada por onze entre cada dez brasileiros.
Desculpem mais esta gracinha. Estou bem-humorado, como devem ter percebido. Nos últimos dias, entretanto, tenho me visto às voltas com uma saudade recorrente dos amigos, das boas conversas em torno de uma mesa, regadas a café e a taças de água mineral com gás. Exato, prefiro com gás.
Vem-me à lembrança, a propósito, a saudosa Livraria Café & Cultura, que funcionou ao lado do Teatro Municipal. Era o nosso ponto de encontro. Ali brotaram e cresceram amizades que nutro até hoje.
Penso nesses amigos enquanto escrevo e saboreio uma caneca de café escoteiro, forte e amargo. Por onde andarão meus colegas de ópio negro, como Leandro Tomé, Cid Augusto, Elias Epaminondas, Jessé de Andrade Alexandria, Gustavo Luz, Francisco Nolasco, Túlio Ratto, Antônio Alvino, André Luís? A pandemia, entre outros desfalques, prejudicou esse grêmio da cafeína.
Quando daquelas visitas, antes do coronavírus, eu disponibilizava um potinho de demerara. Só não tenho aqui, para quem possua glicemia elevada, adoçantes dietéticos, cujo travo final me lembra a dipirona e acaba interferindo no sabor do café. Melhor (na minha opinião) tomar totalmente amargo.
— Assim não dá! — dizem alguns.
Isto é uma questão menos de gosto que de hábito. Mas tudo bem. Com açúcar, adoçante dietético ou de todo amargo, o café nos une de alguma forma. Talvez quem se depare com esta crônica cafeinada, embora se tratando de leitores que não conheço pessoalmente, sinta o desejo de qualquer dia sentarmos para uma conversa descontraída, à volta de uma mesa com xícaras e taças.
O que acha, Carlos Santos? Refiro-me àqueles leitores que conheço apenas por nome: Rocha Neto, Fransueldo Vieira de Araújo, Naide Rosado, João Bezerra de Castro, Raniele Alves Costa. Outros ignoro o segundo ou o primeiro nome, a exemplo desses três: Magno, Fernando e Amorim.
Toda vez que me ponho a escrever, conforme participei a Odemirton Filho domingo passado, penso nos meus leitores. Penso no dever e desafio de fazer valer a pena o tempo que me dedicam. Eis um privilégio: contar com leitores, por menor que seja o número. Os meus, se não são tantos, ao menos são preciosos. Porque a qualidade me interessa ainda mais que a quantidade.
Observo o quanto estamos em sintonia nos depoimentos que me endereçam. Ao escrever, portanto, assumo um compromisso especial com leitores e leitoras não menos especiais. Tenho a agradável sensação de que os recompenso. Assim como me sinto recompensado e honrando por suas leituras.
Pecando pelo excesso, cito mais estes nomes: Aluísio Barros, Cristiane dos Reis, Leontino Filho, Rozilene Costa, Rogério Dias, Vanda Jacinto, Francisco Amaral Campina, Simone Martins, Valdemar Siqueira, Rizeuda da Silva, Marcos Aurélio de Aquino, Natália Maia, Airton Cilon, Luíza Maria, Gualter Alencar, Zilene Marques, David Leite, Fábio Augusto e Misherlany Gouthier.
Chega de citações! Não descambemos para o colunismo literário, ou algo pior. São oito e cinco da manhã e o aroma do meu ópio negro trescala pela casa. Então ergo a caneca e lhes saúdo com o gesto característico.
Um brinde a todos com café. Tim-tim!
Marcos Ferreira é escritor
Uma hora depois da sua parada, estou também aqui as 9:05h fazendo o meu Ópio Negro, um bem vindo Ópio do Povo,.que ao invés de alienar como Marx falara, traz a classe proletária, inclusive num domingo, o despertar para a labuta.
Grande abraço Marcos e toda lembrança que nos dão é bem vinda, se a felicidade é uma arma quente, o café torna a vida melhor! Bom dia a todos!
Prezado Tales Augusto,
Bom saber que você é desse clube, o dos fazedores e bebedores de café. Muito bom também, e mais uma vez, contar com a sua leitura e inteligente opinião neste nosso encontro dominical aqui no Blog Carlos Santos.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Bom dia, Marcos!
Com certeza, será sempre um prazer, a leitura da sua escrita!
Hoje, a sua crônica vem com um gostinho especial!
Nada como uma boa caneca de café ainda fumegante, para nos reportar aos arquivos mais sublimes da nossa memória… Fiquei feliz por demais, pela inclusão! Quanta honra!
Parabéns, por tão deliciosas lembranças!
Obs.: Só reforçando… Café combina com tudo né?
Abraços poéticos
Querida Vanda Jacinto,
Boa tarde…
Aqui estou, honrado e agradecido, por sua leitura, pelo tempo que você tem dedicado a estas minhas crônicas dominicais, cuja responsabilidade só aumenta diante de leitores da sua qualidade. Sim, café “combina com tudo”, ou quase tudo. Especialmente com o nosso exercício literário. Grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Pois hoje sua crônica nos alcançou no café da manhã. Lemos eu e Israel (porque minha melhor profissão é ser contadora de histórias). Um brinde a todos.
Querida Cristiane dos Reis,
Boa tarde…
É uma grande alegria saber que você, não bastando apenas a leitura pessoal, ainda compartilha esses meus textos com o Israel. Sendo assim, amiga, você é uma leitora que vale por duas. Muitíssimo grato.
Uma ótima semana para você e Israel.
Marcos Ferreira.
Me sinto honrado pela deferência.
Sobre a crônica ao ler eu vi tudo!
Sobre o ópio brasileiro, tomo sem açucar há muito tempo e consigo sentir o doce do café.
Um abraçaço!
Caro Amorim,
Também me sinto honrado com a sua leitura e depoimentos neste espaço. Muito bom saber, também, que você é desse imenso time do ópio negro, com preferência pelo consumo sem açúcar.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Mais uma deliciosa crônica do nosso Marcos Ferreira. Com um cheiro bom de café.
Tá marcado, meu amigo. Quando tudo passar, vamos sentar à mesa e jogar conversa fora, regado ao ópio negro.
Abraços!
Prezado Odemirton Filho,
Estou contando os dias, ansioso por esse nosso encontro regado pelo ópio negro. Grato, mais uma vez, por suas palavras de estímulo.
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Que maravilha de crônica, meu amigo! Aqui, tambem, o café está sempre presente no meu dia a dia, e em se tratando de visitas, o negócio aumenta para duas ou três garrafas do pretinho. Forte abraço, Marcos!
Prezado escritor Misherlany Gouthier,
Obrigado pelas palavras de incentivo e carinho de sempre. Torço que, o mais breve possível, possamos nos reunir à volta de uma mesa para uma boa conversa degustando a preciosa rubiácea.
Forte abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
“O café nos une de alguma forma” e este “ópio negro” é um presente matinal que Marcos Ferreira nos dedicou neste Domingo saudosista, assim como todas as suas crônicas, cuja leitura tem o sabor estonteante e perfumado de uma xícara dessa bebida que consumimos aos poucos, mas até o final, e nos deixa com o desejo de querer sempre mais.
Obrigada pela deferência!
Um brinde com este delicioso ópio negro!
Até o próximo Domingo!
Querida Simone Martins,
Boa tarde…
É certeira e oportuna a sua observação sobre a regular presença do “ópio negro” em minhas crônicas. Tal fato também ocorre em textos de outros gêneros literários, como em romances e contos inéditos de minha autoria. Isso está mais patente num livro de contos que finalizei este ano, no mês de fevereiro. Um grande abraço e uma ótima semana para você. Tim-tim!
Marcos Ferreira.
Caro Jornalista, se me permitir relato um dos fatos do Açu antigo.
Pois bem; certa madrugada Seu Cabral, morador da Rua das Flores e sua casa ficava entre a de Dr. Ezequiel Fonseca e da Tió e Tilita, ouviu um barulho no quintal quando se deparou com um ” ladrão de galinhas”.
Disse ele calmamente: olha rapaz, o chiqueiro é ali apontou, mas não faça barulho pois se Luzia acordar…..
Tem mais de Renato Caldas, depois conto.
Acordo tarde, depois de um 12 de junho movimentado, filho e filha com sua namorada e namorado na casa, o “pequeno almoço” meio disperso, o gato preguiçoso teimando em descansar sobre a mesa, a esposa comentando uma canção de Amelhinha (a perda de Flaviola, músico recifense, faz lembrar sua música para o poema Romance da lua lua, de Lorca, gravada pela intérprete cearense), enquanto leio a crônica de Marcos Ferreira… Volto àqueles anos da livraria Café & Cultura em Mossoró, o café expresso e os velhos convivas: Marcos Ferreira, esse poeta e cronista admirável que nos emociona, o escritor e acadêmico Clauder Arcanjo, o advogado André Luís e o professor e romancista David Leite. Adonis, poeta sírio, diz que a memória é a casa habitada pelas coisas ausentes. Concordo, também discordando: a memória é a taça de fino cristal presente, plena de passado e de expectativas, que está a todo instante resgatando o que tempo deixou para trás. Dou-me conta de que hoje não preparei um bom café, desses bem fortes que costumo tomar com um bocadinho de demerara. Ando sem tomar café, bagunça de um meio veganismo e de algumas noites insones. E Marcos, com essa crônica, preenche com café essa porção da memória. Obrigado, amigo. Me dê licença, que vou preparar o meu. Tim-tim.
Prezado Jessé Alexandria,
Boa tarde…
Grato pela leitura e opinião acerca destas crônicas que venho publicando no ilustrado Blog Carlos Santos. Nosso grêmio da cafeína precisa se reunir qualquer dia desses para um bom café e uns dedinhos de prosa. A propósito, amigo, sei que você tem produzido boas crônicas e contos e voto, quando lhe parecer oportuno, pela publicação dos referidos textos neste blogue. Pela qualidade dos seus escritos, reafirmo que você tem muito a oferecer à literatura.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Acordo tarde, depois de um 12 de junho movimentado, filho e filha com sua namorada e namorado na casa, o “pequeno almoço” meio disperso, o gato preguiçoso teimando em descansar sobre a mesa, a esposa comentando uma canção de Amelhinha (a perda de Flaviola, músico recifense, faz lembrar sua música para o poema Romance da lua lua, de Lorca, gravada pela intérprete cearense), enquanto leio a crônica de Marcos Ferreira… Volto àqueles anos da livraria Café & Cultura em Mossoró, o café expresso e os velhos convivas: Marcos Ferreira, esse poeta e cronista admirável que nos emociona, o escritor e acadêmico Clauder Arcanjo, o advogado André Luís e o professor e romancista David Leite. Adonis, poeta sírio, diz que a memória é a casa habitada pelas coisas ausentes. Concordo, também discordando: a memória é a taça de fino cristal presente, plena de passado e de expectativas, que está a todo instante resgatando o que o tempo deixou para trás. Dou-me conta de que hoje não preparei um bom café, desses bem fortes que costumo tomar com um bocadinho de demerara. Ando sem tomar café, bagunça de um meio veganismo e de algumas noites insones. E Marcos, com essa crônica, preenche com café essa porção da memória. Obrigado, amigo. Me dê licença, que vou preparar o meu. Tim-tim.
Me viciei em café pelas mão de minha avó materna. Lembro dela tirando lascas da cerca do quintal para acender o fogareiro de flande e deforma rudimentar preparava aquele café da manhã. E quando não tinha pão ou bolachas, ela dizia: ” O café hoje é de braço encruzado… Pra quem não entende é que quando se tem o pão você ocupa as mãos com café e pão. Não sendo assim você cruza os braços e com uma das mãos, segura a xicara. Quando era de tarde depois da cesta ela dizia: ” Vou já fazer um café pra curar a cabeça ou esquentar a alma”! Aos 11 anos fiz meu primeiro café e minha mãe aprovou dizendo que havia acertado o ponto. Valeu Marcos Ferreira por nos trazer esse sabor de café e saudades! Abraço.
Caro Poeta Cilon,
Fico feliz por lhe ter estimulado a acessar essas memórias de sua infância, partilhando conosco a façanha de você ter feito, com apenas onze anos de idade, o seu primeiro café. Que bacana! Em tão poucas palavras, amigo, você nos oferece tão belo testemunho de sua pueril história em casa de sua avó. Parabéns!
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Poeta Marcos Ferreira, salve!
O estimado Jessé de Anddrade Alexandria, em comentário acima, diz que com a leitura da crônica, voltou “àqueles anos da livraria Café e Cultura em Mossoró”, quando tomávamos café expresso. Pois é, meus caros,tomara que em breve, possamos voltar ao café e ao papo sobre literatura.
Abraços
David Leite
Prezado David Leite,
Boa tarde…
Você é dos nossos, amigo. Testemunha e partícipe daqueles bons anos quando frequentávamos a confraria do ópio negro à volta das mesas da saudosa Livraria Café & Cultura. Como na canção do Roberto, “velhos tempos, belos dias”. Também torço que em breve possamos nos reunir com nossos amigos para uma amena e prolongada conversa sobre literatura, regada por um bom café.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Bom dia meu querido amigo, após tomar um saboroso ópio negro (desculpe a apropriação) volto a me deliciar um esse texto lindo, suave e sem retoques, alguém já disse que vc é o mago das palavras, o que reafirmo e agradeço pela honrosa citação. Ótimo domingo pra vc e sempre no aguardo de novas linhas pra nosso deleite. Abraço
Prezado Marcos Aurélio de Aquino,
Boa tarde…
Muitíssimo grato, mais uma vez, por sua leitura, estimulantes palavras e participação neste espaço. Que eu possa continuar honrando o tempo que o amigo dedica a estas minhas crônicas dominicais.
Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Marcos, deixe de resenha. Sou o menor leitor de todos. Tenho saudades de ler jornal. Como na época que o acompanhava no Mossoroense, a você, Alvino, Líria ou Lídia, não me lembro bem e Mário Gerson, poeta e quem, certa feita, numa livraria, elogiou um poema seu para mim, quando o citei. Mossoró fez nascer muitos bons autores. Não leio mais alguns deles porque não escrevem nesse espaço ou em outros. Eu também mal entro na internet. Muito trabalho. Obrigado, enfim, pela citação.
Prezado Magno,
Boa tarde…
É sempre uma honra contar com a sua leitura e impressões acerca destas minhas páginas saudosistas. Apesar do seu tempo ser curto em razão de muito trabalho, como você destacou. Quanto ao uísque (cachorro engarrafado, na expressão de Vinicius), embora não seja algo que me atraia, entendo perfeitamente o gosto de outras pessoas por essa e outras bebidas alcoólicas. Apenas, por razões muito particulares, e sem qualquer motivação de cunho religioso, eu me abstenho.
Grande abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Café é bom, mas um uísque também é. Cachorro engarrafado, já dizia o poeta Vinícius.
Bom dia meu amigo Marcos, rapaz somos dois apaixonados por esse drink negro!!!!
O café, é meu companheiro nos meus dias de luta na cozinha. Abraço meu brother!!!!!
Prezado amigo Alcimar Jales,
Boa tarde…
Qualquer dia, quando o amigo deixar a Pauliceia por uns dias e vier à sua Mossoró rever familiares e amigos, bateremos um bom papo e brindaremos a esse reencontro com uma boa dose desse ópio negro. Será uma grande satisfação revê-lo. Saudades, meu caro. Uma ótima semana para você e até domingo.
Marcos Ferreira.
P.S.: amanhã, enfim, embarcarei nos Correios o seu exemplar de “A Hora Azul do Silêncio”. Que a leitura deste meu livrinho lhe seja agradável.
Valeu, estarei no aguardo. Um abraço.
Caro amigo Marcos Ferreira:
Simplicidade, desapego, humildade, qualidades presentes em sua crônica MEU ÓPIO NEGRO, deveriam fazer parte do cotidiano da classe artística, notadamente dos verdadeiros poetas, como é o seu caso. Mas também não é só isso. A crônica deste domingo pós- dia dos namorados também põe a nu, de forma quase imperceptível, o caráter falacioso ( ou enganoso) daqueles que retratam o nefasto regime militar como período de melhoria, das condições econômicas dos trabalhadores brasileiros.
Parabéns, poeta!
Qualquer dia desses espero conhecê-lo pessoalmente, com a participação do Amigo Francisco Nolasco.
Prezado amigo João Bezerra de Castro,
Boa tarde…
É sempre com imensa honra e alegria que agradeço por sua leitura e impressões sobre estas minhas crônicas dominicais. Agradecimento que estendo a meu editor Carlos Santos, que tem a gentileza de me oferecer espaço em seu reputado blogue. Espero que qualquer dia, quando este pesadelo viral permitir, possamos nos conhecer pessoalmente, e partilharmos com o nosso amigo e poeta Francisco Nolasco uma boa conversa e uma rodada de café. Forte abraço e uma ótima semana para você.
Marcos Ferreira.
Só quem conhece Marcos Ferreira de pertinho sabe o quanto seu café é excepcionalmente saboroso. Tenho a salutar felicidade de viver esses momentos. Tanto quanto escritor é um prodigioso cafezeiro. Chego a dizê-lo que tomaria mesmo sabendo ter veneno alí… Agora a crônica deste domingo dispensa comentário pela belezura , singeleza e perspicácia linguística do seu criador.
Um abração, Ferreirinha.
Parabéns é muito pouco!
Prezado Francisco Nolasco,
Você, desde longa data, é um grande amigo e incentivador da minha escrita, tendo até me auxiliado com a leitura e revisão de algumas obras. Além disso, é meu colega de canecas e brindes com o velho e bom café. Anseio que qualquer dia, quando estivermos imunes a esse vírus medonho, possamos nos reunir com o João Bezerra de Castro para uma boa e descontraída conversa ao sabor da rubiácea.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Boa tarde, povo…
Marcos, meu caro amigo e nobre escritor: parabéns por mais um belíssimo texto. Obrigada de coração. Sinto-me honrada pela lembrança e feliz por ser presenteada aos domingos por essa leitura: construtiva, edificante e sempre literária. Sem dúvida nenhuma: se não esquecíamos o “ópio negro ” em tempos longínquos, imagine agora depois dessa definição, sim, porque as palavras emprestam vida e beleza às imagens e você nasceu para empregá-las divinamente. E por lembrar-me do café, aguardemos, pois, o próximo texto com uma xícara nas mãos. Fiquemos com Deus.
Querida amiga Rozilene Ferreira da Costa,
Boa tarde…
Você, como sempre, gentil e encantadora com suas belas palavras acerca da minha produção literária. Acontece que sua escrita também é admirável. Você tem muito talento no manejo do nosso rico idioma. Exemplo disso é o belo texto que produziu para a primeira orelha de meu livro “A Hora Azul do Silêncio”. Simplesmente amei. Uma ótima semana para você e Edu.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Boa tarde Marcos Ferreira!
Quanta honra estar inserido no rol dos leitores reconhecidos por Vossa Senhoria.. Marcos, como sabemos, embora de origem africana, o café começou seu cultivo e sua perspectiva além mares, a partir do mundo árabe, sendo que sua etimologia significa força e energia.
Dado o seu incomparável sabor algo amargo, adocicado e ácido, o café tornou-se mania nacional, posto que alimento, não só do corpo. mais ainda d’alma.
Paixão nacional, símbolo de riqueza e desenvolvimento, o pretinho marronzado (COLORAÇÃO MAIS QUE BRASILEIRA!) que nos embevece e nos acorda pra vida física e espiritual, chegou ao Brasil por volta da metade do século XVIII.
Dizem as boas e más línguas,que as primeiras mudas aqui aportaram pelas mãos do Sargento Mor FRANCISCO DE MELO PALHETA, CONTRABANDEADAS À PARTIR DA GUIANA FRANCESA. Das várias versões, uma delas assegura que a então mulher do Governador da Guina Francesa, apaixonada pelo Sargento Palheta, usou do estratagema de colocar uma mãos cheia de sementes de café no bolso do suposto amado, exatamente pra conseguir seu intento.
Como se vê Caro Marcos, a paixão silenciosa e arrebatadora paixão nacional chamada café, me parece chegou até nós, também, `à partir dos eflúvios físico/espirituais e hormonais de uma paixão. Então, nada mais oportuno nesses tempos tão bicudos, tristes, tormentosos e obscuros do ponto de vista político e econômico, repise-se nada mais oportuno, cultivarmos nossa memória e amizade coletivas em direção ao sabor que cativou e continua cativando nosso olfato e paladar de maneira incomparável.
Me desculpe a prolixidade,mas, não poderia deixar de enfatizar que, apesar da nossa desigualdade, realmente o café se faz como uma paixão e uma bela mania democratizada, podendo ser ingerido e degustado por todos do Oipoque SUA PORTA DE ENTRADA) ao Chuí (PORTA DE SAÍDA PARA OS HRMANOS) , das mais diversas formas e acompanhado ao bel prazer do imenso cardápio TUPINIQUIM.
Em fim, acompanhado, desacompanhado, ele o café, é e será sempre bem vindo ao nosso olfato e paladar, igual chuva torrencial caindo em nosso sofrido semi-árido brasileiro…!!!
Um baraço
FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
OAB/RN. 7318
Meu caro Fransuêldo Vieira de Araújo,
Você simplesmente nos deu uma pequena aula neste seu rico depoimento sobre a história do café. Muito obrigado, mais uma vez, por suas gentis palavras sobre a minha escrita. Meu débito de gratidão para com você só aumenta. Vá botando aí na conta, amigo. Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Hoje amigo Marcos, antes que mergulhasse na leitura total de sua crônica, você já me conquistou no primeiro parágrafo aonde renuncia a charutos, vinhos e wisks da vida, realmente o nosso berço sempre teve o sabor e cheiro do ópio que estar incrustado nos diversos momentos da nossa vida.
Do alto da nossa humildade, pura, verdadeira, grande mestra da nossa cultura e vida, só temos que agradecer a Deus em nos ter dado a oportunidade de optar pelo ópio, bebida de gente como a gente, pobres e sadios. Bem melhor que ser pobre inxerido que diz que gosta de vinho, charutos e wisks, tudo isto maléfico à saude do homem, e nem todos sabem consumir estes três venenos. Já o ópio, se tiver um copo, uma xícara ou tigelinha tá resolvido, até soprar pode e faz parte do ritual. Etiquetas e normas de cartas de vinho, corte de cabeça de charuto e gelo para não ser cowboy ficam pra quem sabe, ou pra pobre metido a besta querendo ser chic. Esquecem que ser pobre é uma arte aguçante da inteligência e criatividade, me sinto bem estar nesta casta!
Terminei de escrever o que queria inerente a sua bela crônica ao nosso gostoso ópio que vou saborear, agora. Inté a próxima!👊🤝👏👏
Caro Rocha Neto,
Agradeço, mais uma vez, pela leitura e mensagem de incentivo à minha produção literária. Você é desses amigos e leitores que ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, mas que espero encontrar qualquer dia para um bate-papo tranquilo e sem pressa. Aí faremos um grande brinde com café. Tim-tim!
Cordialmente,
Marcos Ferreira.
Amigo, como sempre você e a sua habilidade exuberante com as palavras, precisei parar, para apreciar cada frase, deixo aqui meu abraço e uma cobrança: quando vamos sentar para colocar os assuntos em dia, acompanhados de uma xícara de café e uma taça de água bem gelada?
Querida amiga Máxima Miliane,
Grato pela leitura e palavras de estímulo à minha escrita. Eu também espero, o quanto antes, ter a satisfação de me reunir com você para uma boa conversa, sem hora marcada para terminar, em companhia do nosso amigo Raério Araújo. Apesar desse vírus medonho ainda nos assombrar, sinto que esse dia está mais perto que longe. Um grande abraço para você e Dinarte.
Marcos Ferreira.
Marcos Ferreira você é ótimo !
Um simples Café , coisa corriqueira que nós viciado nesse liquido precioso fazemos todos os dias , transforma em um texto maravilhoso, estava perguntando onde estão todos ? e você dirrepente junta tanta gente em seu entorno, que coisa boa que ainda têm gente escrevendo coisas gostosas e muitos ainda lendo, um abraço e até próximo Domingo.
Prezado Raniele Costa,
Boa tarde…
Alegra-me saber que você também aprovou o meu texto. Sim, vocês leitores são uma inspiração a mais para meu exercício literário. É enormemente gratificante participar desses encontros dominicais e sentir que minha escrita tem resultado num momento de boa leitura para o público do Blog Carlos Santos. Mesmo transformando um simples pacote de café, meu ópio negro, numa agradável mesa-redonda. Forte abraço e até domingo.
Marcos Ferreira.
Se um dia eu voltar a Mossoró, quero lhe conhecer, poeta. Um grande abraço.
Prezado Magno,
Será uma grande satisfação para mim encontrar-me com você.
Desde já, amigo, fico no aguardo do seu contato.
Forte abraço,
Marcos Ferreira.
Somente hoje tive o prazer de ler sua crônica. Domingo agitado com meus netos e a semana tem sido dolorida com perda de um ser querido vítima do covid
Mas, a sensação agradabilíssima de sua palavras me fizeram muito bem! Agradeço com carinho , por me proporcionar essa sensação! Viva o domingo com sua escrita q só faz bem!
Até domingo!