Por Carlos Santos
Vi em algum lugar do Facebook, uma pergunta instigante. Indagava: “O que você faria se tivesse apenas mais um dia de vida?”
Nem hesitei. De chofre, o click: iria para o computador e escreveria uma crônica. Escrever tem sido minha atividade laboral há quase 30 anos; é-me oxigênio.
Seria meu último sopro de existência. Mesmo assim, comum. Feliz.
Nela agradeceria o tempo que pude ter, o tempo que foi possível ter, o tempo em que fui capaz de converter o ter no ser. Bradaria que venci a luta contra o não-ser.
Diria “obrigado” pela benção de ser humano – carregado de sentimentos, exageradamente intenso, completamente apaixonado.
Atestaria que sou incompleto. Que bom não ser superior! Completo, sim, na graça de poder encarar qualquer pessoa de frente, sem medo de olhar para trás.
Nem pensaria em me despedir. Desnecessário. Sei que continuarei pulsando no coração de quem tem um lugarzinho no peito para me guardar. Se for só tantinho assim e, em poucos, não importa. É o suficiente.
É minha crônica para viver mais.
Sabe o que eu faria se soubesse que teria apenas mais um dia de vida ? Procuraria deixar contextualizado na memória do meu extenso rol de amigos a contagiante e instigante frase do meu amigo e grande poeta Crispiniano Neto:
“SAIR SEM PARTIR
FICAR QUANDO PARTE
A VIDA REPARTE
TEU PEITO EM METADES”.
GRATIDÃO,PALAVRA CHAVE,
Obrigado Senhor pelo amor de mãe,de pai,de irmãos,de filhos,de uma companheira…De alguém que nos deu a mão,até mesmo a presença de um cão.
Mas se eu niguém tivesse,nem um teto para me agasalhar,uma cama para eu deitar,um ombro para eu chorar,ou alguém para desabafar…,não reclamarei,não lastimarei,nem blasfemarei.
Porque tenho a Ti Senhor Jesus!
Então muito obrigado porque eu nasci!
E pelo Teu amor,Teu sacrifício,Tua paixão por nós,Muito obrigado Senhor!