Por François Silvestre
Elas são tudo, mas sempre relegadas ao secundário imerecido. Pois é da condição do polegar opositor aos outros dedos que o ancestral nosso diferenciou-se dos seus primos macacos para evoluírem até onde chegamos. Sem esse polegar tocando a ponta dos outros dedos nós não existiríamos. Nem a tecnologia.
Mas, como tudo que parece fácil e simples, as mãos raramente ocupam lugar de destaque na preocupação médica. Elas pegam as coisas, sustentam a arrumação, tocam punheta. Tudo muito natural. Tão natural que são esquecidas. As unhas, que são os cascos dos dedos, as mulheres enfeitam, os homens cortam e os exóticos exibem.
Mas isso é outra história. Vou tratar das minhas mãos. Sou um dependente de bebida alcoólica. Não vivo sem o álcool. Melhor dizendo, sem cerveja. Bebo quando quero, mas quero todo dia. Não abro mão da cerveja da tarde.
Quando preciso não beber por qualquer motivo, tiro de letra a abstinência. Para tratamento médico ou cirurgia, que já fiz duas de catarata. E cumpro sem problema. Ou como dizia Aluzio Alves, nas campanhas que fizemos, do mesmo lado ou de lados opostos, “você é um bebo manso”. E sou.
Até agora reclamavam da bebida o fígado, o pâncreas, o pulmão, o intestino, o esôfago, o reto, os rins e até o fiofó. Hemorroidas que o digam.
As mãos? Só pra levantar os copos. Excluindo suas atividades eróticas. Mas em matéria de farra alcoólica, foram sempre secundárias. Chegou a vez delas. banhadas de álcool constantemente. Rindo dos órgãos de dentro.
E as vejo alegremente limpas pedindo mais…
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O padre Quervêlo leu a postagem e pede 1 minuto de silêncio para que todos e todas possam ouvir a sua reflexão em tempo de quarentena.
‘Foram necessários 520 anos e a chegada do coronavírus, para o brasileiro aprender a limpar/lavar/higienizar as mãos.
O escondido e desprezado ( * ), só Deus sabe quando.’
‘Reflexizou’, o padre Quervêlo.
A reflexão foi flexibilizada ao som de ‘Profissional Papudinho’, by Roberto Villar.
Balada das Mãos, musica de Moacir Franco diz muito sobre esta parte tão importante do nosso corpo. Mais François também colocou uma frase muito importante no seu artigo, mostrou que sem as mãos nem a tecnologia existiria.
Mais vale ter duas mãos alcoólicas , do que uma que surrupia.