Carlos Santos,
Já declarei publicamente, mais de uma vez, que sou contra a restrição de prerrogativas do Ministério Público. Acho até que devem ser ampliadas.
O que reclamo, e vejo que a sociedade também, é do comportamento pueril de expor à mídia, mediante release press, a dignidade e a honra do processado antes de qualquer discussão sobre o mérito das imputações.
Isso não ocorre em nenhum Ministério Público do Mundo. Até porque o inquérito perde eficácia com o alarde.
A conveniência da investigação pede cautela e não fanfarra.
Essa exposição prejudica a imagem do acusado, mas prejudica também o êxito do resultado, nos casos dos culpados.
Para o culpado, é um bom negócio. Para o inocente, não.
A execração pública do inocente já é por si só uma cruel punição.
François Silvestre é webleitor e escritor
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