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quarta-feira - 08/09/2010 - 11:01h

Ministério Público tenta combater a “ambulancioterapia”


Os Promotores de Justiça de diversos municípios expediram recomendações para coibir a transferência irregular de pacientes para o Hospital Walfredo Gurgel (HWG) em Natal.

Esse esforço conjunto pretende sensibilizar os gestores municipais para que sejam tomadas medidas para garantir o atendimento à população em unidades de saúde do próprio município ou o mais próximo possível. A intenção é desafogar o Walfredo Gurgel, que hoje recebe pacientes de todo o Estado e em muitos casos com enfermidades que poderiam ser tratadas nos próprios municípios de origem.

Essa prática, conhecida como “Ambulancioterapia”, tem gerado distorção no SUS estadual, uma vez o direito do cidadão de receber atenção primária perto de sua residência vem sendo violado. Além disso, com o alto fluxo de pacientes no HWG o atendimento de alta complexidade fica comprometido.

Nas Recomendações, os Promotores de Justiça esclarecem que o Walfredo Gurgel é o hospital de referência para tratamentos de alta complexidade e não de problemas de menor potencial, que poderiam ser tratados em outras unidades de saúde.

O Ministério Público recomenda aos Secretários Municipais para que providenciem a plena resolução da prática conhecida como “ambulancioterapia”, assumindo suas responsabilidades respectivas nas redes de atendimento, uma vez que, desde o Pacto pela Saúde de 2006, todos os municípios estão habilitados na Gestão Plena Da Saúde.

Até agora os Secretários de Saúde de pelo menos dez municípios já receberam as orientações do Ministério Público; são eles: Nova Cruz, Montanhas, Passa e Fica, Santana do Matos, Extremoz, Coronel Ezequiel, Santa Cruz, Jaçanã, Campo Redondo e Japi.

Saiba mais AQUI.

Nota do Blog – A ambulancioterapia dá votos. O cidadão desinformado se sente importante e bem-atendido, quando alguém o "desova" no hospital.

Não é por acaso que muitos vereadores, suplentes, ex-prefeitos, líderes comunitários etc. possuem "ambulância própria" para esse serviço.

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Categoria(s): Gilson Cardoso

Comentários

  1. Edilson Pinto diz:

    Prezado Carlos Santos,
    O Hospital Walfredo Gurgel já não suporta mais essa irresponsabilidade total dos nossos gestores: do bicho de pé ao politraumatizado, tudo, absolutamente tudo é encaminhado para aquele hospital. Outro dia, uma senhora sofreu um acidente em açu, houve várias fraturas em membros inferiores e ela foi encaminhada para a nova “shangrilá” brasileira (Mossoró) e lá não havia ortopedista e a paciente, quase onze horas depois do acidente, chegou no HWG, viva, Deus sabe como… (O CREMERN abriu sindicância para apurar este caso).
    Fico feliz com esta atitude – tardia, muito tardia (mas, antes tarde do que nunca, não é mesmo?)-, do Ministério Público, que não deve ficar só nas recomendações não: deve punir severamente estes senhores que “brincam” (brincadeira de muito mal gosto, é claro) de governar o nosso estado… E haja pão e circo!
    Abs,
    Edilson Pinto – Professor, médico e escritor

  2. José da Silva diz:

    Para o leitor ter uma idéia do descalabro com a saúde e a malandragem dos prefeitos, um ônibus escolar novo da prefeitura de João Câmara, de placa NNN-1414, adquirido com recursos do Ministério da Educação, diariamente sai da cidade com destino a natal, transportando hemofílicos e outros pacientes, num flagrante desrespeito aos alunos, que ficaram sem o ônibus escolar, já que toda frota do município está sucateada, tendo o prefeito Vavá contratado vários ônibus de sua propriedade em nome de terceiros. Cadê o Ministério Público e as providências do Ministério da Educação?

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