O enredo sádico que envolve um número incontável de crianças mortas, em Mossoró, tendo no núcleo do debate movediço pelo menos 93, tem mais um quadro. Outro.
O promotor da Saúde e Cidadania, Guglielmo Marconi, deseja que a Gerência Executiva da Saúde do municÃpio esclareça se é verdade a contabilidade grotesca, atestada em reportagem do Jornal de Fato, pelo diretor da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, Fábio Ricarte. Em 108 nascimentos prematuros, 93 bebês morreram.
A partir daÃ, Guglielmo pode estudar outro procedimento para promover investigação quanto à responsabilidade dessa carnificina.
De antemão, vou ajudar o promotor. O municÃpio não tem como fornecer dados sobre o assunto. Não existe estatÃstica alguma quanto à questão, que envolva o não-funcionamento de uma UTI Neonatal na Casa de Saúde Dix-sept Rosado.
Vou mais adiante. Ouvindo uma pediatra sobre o assunto, que pede para o Blog preservar seu nome, entendo o porquê de termos embutido um morticÃnio que pode ser ainda mais espantoso. Se confessam 93 mortos, imagine o que possa ser pior.
– Os bebês que morrem sem acesso a UTI Neonatal, terminam sendo enterrados sem um registro. Como se fossem animais. A causa da morte é anotada apenas para efeito protocolar e na maioria das vezes sem revelar a verdade – conta uma experiente pediatra local.
– Como não aparecem com nome, sobrenome etc, isso também serve para encobrir dados que comprometem o selo de excelência que hospitais e a cidade possuem como "amigo das crianças". A maquiagem dos números influi nessa avaliação e na propaganda. Toda semana, o normal, é morrerem bebês – complementa
Carlos: Estou há 30 dias longe da terrinha e passarei mais 20 (retorno dia 15 nov).Estou fazendo curso de ressonacia magnética m S.P.Leio diariamente seu Blog.Acho que a UTI neonatal é de suma importância pra nossa city.Mas…..mais importante é um hospital infantil que nã temor mais e….muito mais crianças morrem por falta de atedendimento básico.E um caso a pensar seriamente e ver o que é prioritário, já que não podemos ter os dois.Um abraço e até a volta nos papos de sábado no Bagdá.
Paiva Lopes