domingo - 03/02/2013 - 03:39h

Mossoró, hora de repensar seu futuro

Por Carlos Escóssia

Não carece o uso de qualquer recurso mais elaborado de retórica para explicar o papel integrador que a renda – o acesso a ela – desempenha dentro da sociedade moderna. A abordagem que adotamos para aproximar os interesses mais significativos do povo de Mossoró, de um lado, das tendências da sociedade global, do outro, foi estabelecer como prioridade a promoção do acesso popular à renda como instrumento de integração dos mossoroenses à sociedade globalizada, posto que o sistema capitalista tem esse falha: é excludente!

Todas as ações da administração municipal devem estzr voltadas à geração de emprego e renda com o objetivo de anular esta falha e aproveitar de forma racional todas as nossas potencialidades e riquezas econômicas. Para Mossoró entrar na rota do desenvolvimento, o ponto de partida é crescer e distribuir renda, criando oportunidade para que todos possam desenvolver o seu potencial e viver uma Mossoró mais justa e coesa do ponto de vista social.

O grande desafio que se apresenta hoje, é colocar o Poder Público Municipal como instrumento indutor, para transformar as potencialidades do município em desenvolvimento econômico e este em desenvolvimento social. Porque, se Mossoró produz riqueza, grande parte da população é pobre, e não dispõe dos meios para usufruir da riqueza e das oportunidades que a cidade cria.

Em síntese: o desafio é transformar os cidadãos em atores econômicos e integrá-los a esse desenvolvimento que numa economia globalizada se propaga a partir de fontes e movimentos freqüentemente exógenos. Em outros termos, trata-se de garantir ao nosso povo a possibilidade de participar desse desenvolvimento, de competir por um posto de trabalho em condições de igualdade ou de poder criar o seu próprio emprego, harmonizando o crescimento econômico com equidade social e com a preservação ambiental.

É urgente a necessidade de se colocar em pauta a retomada do crescimento de Mossoró, sobretudo nos setores primário e secundário.

A cristalização do nosso desenvolvimento dependerá da sensibilidade e vontade política do poder público e da classe empresarial e – obviamente – do papel das instituições de ensino superior existentes na cidade, nos labores da formação de técnicos, mão-de-obra especializada, investigações científicas e transferências tecnológicas.

Só com a junção dessas forças será possível projetar Mossoró, não só na esfera estadual e regional, como também em nível nacional e internacional, pela sua destacada participação na produção nacional de frutos tropicais e na extração de recursos minerais, como: petróleo, calcário, sal, gesso e gás natural.

A exploração desses recursos demonstra o potencial existente e justifica todo o esforço do seu caminhar para o desenvolvimento. Como perspectiva para o futuro próximo, aponta-se a zona mossoroense como propícia ao desenvolvimento da indústria química, com a integração da cadeia produtiva dos setores salineiro e petrolífero; a exploração mineral (calcário, gipsita e argila); a fruticultura irrigada; a pecuária; a pisicultura e a carcinicultura; o agronegócio e a agroindústria integrada.

Na perspectiva de um salto qualitativo sem precedente na história de Mossoró – se faz necessário e urgente – que as forças vivas da comunidade se congreguem em termos de objetivos maiores: “aproveitar potencialidades e atenuar carências, que ainda são muitas”.

Carlos Escóssia é professor, economista e blogueiro

* Texto originalmente publicado no Blog de Carlos Escóssia

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Categoria(s): Artigo / Economia

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    “Todas as ações da administração municipal devem estzr voltadas à geração de emprego e renda com o objetivo de anular esta falha e aproveitar de forma racional todas as nossas potencialidades e riquezas econômicas. Para Mossoró entrar na rota do desenvolvimento, o ponto de partida é crescer e distribuir renda, criando oportunidade para que todos possam desenvolver o seu potencial e viver uma Mossoró mais justa e coesa do ponto de vista social.”
    Devem estar voltadas.
    Devem!
    Mas não estão e nem estarão.
    Se Mossoró depender para crescer que o poder público crie oportunidade para todos não vai crescer nunca.
    NUNCA!
    Se continuar na direção em que está indo a administração pública, Mossoró jamais será uma cidade “justa e coesa do ponto de vista social”.
    Percebe-se claramente que as prioridades existentes são apenas as políticas.
    O único objetivo que existe na gestão pública é a manutenção do poder.
    E para isto passam por cima de todos os princípios que devem orientar uma administração voltada para o desenvolvimento da cidade e o bem estar da sua gente.
    Buscando perpetuar-se no poder usam maquiavelicamente o ensino público, transformando as escolas em fábricas de analfabetos funcionais, que da linha de série saem despreparados intelectualmente para competir por um posto de trabalho e totalmente desprovidos de qualquer senso crítico.
    Que ninguém espere sensibilidade social ou vontade política dos que estão no poder.
    Cabe ao povo de Mossoró fazer o seu próprio caminho.
    E este povo irá fazer o seu próprio caminho.

  2. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    QUE BOM, MUITO BOM SEU ARTIGO MEU CARLOS ESCÓSSIA, porém, melhor seria se os administradores e administrados do país de mossoró assim entendessem, e, sobretudo pusessem em prática um norte mínimo que fosse do seu benfazejo artigo.

    Um baraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

  3. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    ERRATA, DIGO MEU CARO CARLOS ESCÓSSIA.

    UM ABRAÇO

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

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