A Prefeitura de Mossoró solicitou ao Governo do Rio Grande do Norte doses extras para continuidade da vacinação contra a Covid-19, com Coronavac, tendo em vista a escassez do imunizante no Brasil, decorrente do atraso na importação de insumo da China.
Pedido igual foi feito pela Prefeitura de Natal, que conseguiu com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESAP/RN) repasse de 2.800 doses extras, da chamada reserva técnica do Estado.
Assim, Mossoró aguarda receber o mesmo tratamento dado à capital, a fim de manter o avançado calendário de imunização, que coloca o município como destaque em matéria de vacinação no Estado.
Ação preventiva
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Morgana Dantas, a preocupação com a possibilidade de faltar vacina do Butantan em Mossoró precisa ser levada em consideração pela Sesap.
“Esse problema é nacional e ocorre porque o laboratório fabricante parou a produção por falta de insumos. Eles chegaram da China com 10 dias de atraso”, explica.
Nesse contexto, a Prefeitura de Mossoró age preventivamente, segundo ela, pois ainda não há falta da vacina Coronavac/Butantan no município. A Secretaria Municipal de Saúde confirma dispor de doses, guardadas para uso exclusivo na segunda dose.“Porém, assim como vem acontecendo em outras cidades, Mossoró não está livre do risco de ter que suspender a vacinação com Coronavac, em decorrência da escassez do imunizante”, alerta Morgana.
Menos doses
A secretária ressalta outro problema, que também afetou as reservas da Coronavac em Mossoró. Trata-se de ampolas com 9 doses ou até menos, quando deveriam possuir 10 doses.
“Este problema sério foi relatado por cidades e estados de todo o Brasil. Nós não tínhamos as 10 doses nas ampolas da Coronavac, mas, para fins de registro, as dez doses estavam lá presentes como doses perdidas, quando na verdade elas nem existiam. Isso obrigou até uma alteração na ferramenta do RN Mais Vacina”, explica.
Leia também: Dez UBS’s abrem para vacinação sábado e domingo em Mossoró.
Nota do Blog – O problema em Natal de falta de doses foi decorrente da aposta de que o Governo Federal cobriria necessidades e que tudo estaria garantido. Confiou demais e errou. Em Mossoró, o caso é outro. Literalmente, o município avançou na cobertura vacinal e não pode ser punido pela eficiência.
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Também faltou nos gonvernantes anteriores mais investimentos em tecnologia para o desenvolvimento de pesquisas. Ai, culpar o governo atual por algumas mazelas é fácil.
Medida acertadíssima.
Falta agora levar a vacina aos mais pobres, aos que não têm como chegar aos locais de vacinação.
De quem foi a idéia de solicitar um quilo de alimento a quem for se vacinar?
Até agora o que foi conseguido com esta campanha?
Coisas de Mossoró.
VACINA JÁ
Ainda que o motivo seja outro, o município não pode vacinar além do que foi disponibilizado. A reserva técnica é pra atender todos os municípios caso haja alguma eventualidade, como perda de doses por falta de energia, roubo , dentre outras. Além disso, a reserva técnica é um percentual da quantidade recebida pelo Estado. A SESAP já orientou os gestores a não vacinarem além do que recebem, porque, como vimos, não dá pra confiar no Governo Federal, que manda vacinas a conta gotas. Trabalho numa URSAP
e vejo a dor de cabeça dos responsáveis pelo programa de imunização para fazerem o mapeamento da população a ser vacinada. Pelo menos, os municípios da região que eu trabalho não estão passando por esse problema. Parecem mais prudentes.
Aconteceu o mesmo erro de Natal, arriscaram avançando na vacinação, sem garantia de q teriam o imunizante suficiente! Estratégia equivocada, podendo levar a resultados dramáticos, pondo em risco a imunização de um bom número de pessoas!