Por Janaína Holanda (Jornal de Fato)
Nos últimos dez anos, o número de mulheres mortas em decorrência de complicações no parto ou durante a gravidez caiu 19% em todo o país. Foi a maior redução já registrada pelo Ministério da Saúde desde a década de 90.
Na contramão da boa notícia, a região Nordeste continua preocupar, devido à concentração de óbitos. No Rio Grande do Norte, a mortalidade materna é três vezes maior que a taxa tolerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Mossoró, a segunda maior cidade do Estado, registrou um aumento no número de mortes entre gestantes.
No ano passado, foram registradas 6 mortes de grávidas, duas a mais que em 2010, disparando o coeficiente de mortalidade materna de 67 para 159,49.
De acordo com a Coordenadora do Programa de Saúde da Mulher, Vanja Lima, a explicação pode estar no fato de um maior controle nos serviços de notificação do Município.
“Quando a gente melhora o serviço de notificação, os casos aparecem, o que nos dá subsídios para traçar estratégias para reverter a situação, o que é o nosso objetivo. Nós estamos em processo de avaliação dos dados, mas de forma preliminar acredito que tínhamos subnotificações”, falou Vandja, acrescentando que a mortalidade materna não pode ser avaliada isoladamente e que o atendimento à mulher, principalmente à gestante, melhorou em Mossoró.
“Nosso coeficiente de mortalidade materna está ruim, mas nós melhoramos muito na cobertura do pré-natal, passando de 19% em 2010 para 46% em 2011, o que é um avanço e mostra melhoria na atenção básica”, destacou Vanja.
Faça um Comentário