Apesar de movimento comum buscar afinação entre os segmentos que compõem a Universidade do Estado do RN (UERN), em nome do fortalecimento da instituição e suas lutas, setores mais sectários da instituição não ensarilham armas. Partem para o recrudescimento da luta.
Com a divulgação da “Carta aberta às Categorias e à Reitoria” , que propõe o fim da greve do professorado que hoje chega a 105 dias, sugere série de iniciativas e a união, logo surgiu mobilização em redes sociais com pregação em contrário. O alvo são os signatários desse manifesto, professores da Faculdade de Direito (FAD) da Uern. A nota em si não é discutida.
Paralelamente, essa marcha se revela contra o ofício assinado por representantes da Associação dos Professores (ADUERN), Diretório Central de Estudantes (DCE), Sindicato dos Trabalhadores Administrativos (SINTAUERN) e Reitoria que defende armistício e uma proposta ao Governo do RN – Uern finalmente se une e perde ao governo uma proposta.
Na prática, essa mobilização nas redes sociais alimenta e retroalimenta a cizânia na Uern, contrariando justamente os passos que são dados agora em direção oposta, em busca da coesão de esforços.
Nota do Blog – O ataque ao manifesto dos professores de Direito e à própria união dos segmentos se sustenta no Argumentum ad hominem (argumento contra a pessoa). Tenta-se desviar o debate do que realmente interessa: o presente e futuro da Uern.
A academia, que devia ter uma natureza e essência baseadas na dialética, é mantida em boa parte por pessoas que adoram a democracia do pensamento único. Esse oximoro diz muito do atraso em que a Uern está imersa, como alvo fácil dos seus detratores e dos que defendem sua privatização.
Até hoje, as últimas quatro greves da Uern produziram 424 dias de paralisação. Isso representa cerca de dois anos e meio sem período letivo.
São duas na gestão Rosalba Ciarlini (PP), com 172 dias cumulativamente, bem como duas com o governo Robinson Faria (PSD), que totalizam 252 dias. A atual chega aos 105 dias hoje. A anterior somou 147 dias em 2015.
A maior obra humana de Mossoró vai sair dessa. Vamos continuar lutando com inteligência e sensatez.
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