Na ótica do deputado federal e presidente regional do PR, economista João Maia, "a CPMF (imposto sobre o cheque) é um grande inibidor de sonegação."
Para João, o governo deve buscar outros meios para compensar a perda de R$ 40 bilhões em sua receita para o exercício de 2008. Ao mesmo tempo, avalia que "municípios e o cidadão comum sofrerão mais com a decisão do Senado", derrubando a CPMF.
João Maia comenta que seu partido tinha uma proposta mais coerente. "Seria a redução gradual da CPMF até chegar a um percentual de 0,01%."
O aumento na alíquota de outros impostos (aqueles que não divida o bolo com estados e municípios), corte em transferência financeiras e ajustes no superavit primário são vistos por João Maia como eventuais saídas do governo Lula.
Reduzindo a corrupção em 10%, certamente esses 40 bilhões já estarão mais que compensados.
Basta evitar que os aloprados fiquem por aí com dólar na cueca; comprando dossiês com dinheiro de origem “duvidosa”; exterminando sanguessugas e mensaleiros e outras pragas; e por aí vai.
Isso sem falar que a saúde, se não piorou, pelo menos não melhorou com a criação nem com o posterior aumento da CPMF (o que por si só já justificaria a extinção dessa contribuição).
Veja também que a cada dia pagamos dobrado pelos serviços. Educação, Saúde, Segurança, Lazer… Pagamos – e caro – impostos para termos tais serviços e se não pagarmos novamente para a iniciativa privada, ou ficamos sem ou teremo-os precariamente.
A impressão que tenho é que quanto mais o Governo (a grande maioria deles) arrecada, pior gasta. Tire como exemplo Guamaré, proporcionalmente uma das maiores receitas do Estado, e a cidade, que poderia ser modelo, está bem aquem de vários outros municípios muito mais “pobres”.
Governar é definir prioridades. Se a saúde fosse prioridade pro Governo, não chegaria na situação atual (só como exemplo, veja o caso da UTI Neonatal, da qual você cansou de falar, Carlos). E se passar a ser, certamente não faltará dinheiro para melhorá-la.
Considero João Maia nosso Dep. Federal mais competente, mas deve haver formas tão ou mais eficientes de combater a sonegação do que a CPMF (em últico caso, passá-la de imediato a 0,01 ou 0,001%) e municípios e cidadãos só serão mais prejudicados se não forem prioridade (quanto a isso, creio que ele tenha razão).