Do Canal Meio e Blog Carlos Santos
Foi duro, muito duro, o embate por teleconferência nessa quarta-feira (25) entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador paulista, João Doria Jr (PSDB). A conversa, que envolvia de um lado o Planalto e, do outro, o comando dos quatro estados do sudeste já estava em curso quando Doria tomou a palavra.
“Inicio na condição de cidadão, de brasileiro, lamentando seu pronunciamento de ontem à noite à nação”, afirmou o governador quando lhe foi passada a palavra.
“O senhor, como presidente da República, tinha que dar o exemplo. Tem que ser um mandatário para liderar o país e não para dividir.”
Bolsonaro se exaltou.
Mourão reprova discursos
“Subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente da República”, afirmou com indignação. “Não tem responsabilidade. Não tem altura para criticar o governo federal, que fez completamente diferente o que outros fizeram no passado. Vossa excelência não é exemplo para ninguém.” (Poder 360)
Ao lado do presidente, em silêncio constrangido, o vice-presidente Hamilton Mourão fazia não com a cabeça, recriminando-o (veja vídeo acima nesta postagem, obtido pela rede CNN. (Globo)
No mesmo dia, Mourão defendeu exatamente o oposto do que o presidente tem pregado no enfrentamento ao coronavírus e seus efeitos (veja AQUI).
Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), aliado e bolsonarista-raiz, perdeu a paciência com o presidente e anunciou rompimento. Justificou que não podia concordar com tantas impropriedades. Ficava ao lado da ciência e do bom senso. “Ignorância não é virtude”, citou, numa referência à frase do ex-presidente norte-americano Barack Obama.
Campanha sem fim
O país enfrenta uma pandemia em meio a uma campanha eleitoral sem fim. Parte da oposição querendo o impeachment de qualquer jeito. Bolsonaro, paranoico, vê inimigo em todos os cantos e possui uma enorme capacidade de fazer oposição a si mesmo, colecionando adversários e inimigos no próprio governo, noutros poderes e na sociedade.
Para ele, 2022 já começou.
Saúde não é exatamente uma prioridade.
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Em país de terceira é assim mesmo. É tudo muito ‘afulerado’.
Ou se acostuma com a ‘fulêração’ e o ‘esculhambeichon’ ou vai até o aeroporto e….já sabe, né?
Escrevi esse mini comentário ao som de ‘China Roses’, by Enya.
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