Num momento em que o senador Garibaldi Filho (PMDB) vai se esgueirando, com aquele seu jeito caviloso, para ser presidente do Senado, as editorias políticas devem estar atentas à história. Muito atentas.
Dois nomes em especial devem ser lembrados, quando se produzir algo referente ao Senado e o RN: Café Filho e Dinarte Mariz.
O primeiro foi o único potiguar a presidir a Casa (1951/1954). Já Dinarte, com quatro mandatos, não a dirigiu, mas teve forte influência em seu tempo.
É bom assinalar, ainda, facilitando as pesquisas que possam ilustrar uma hipotética ascensão de Garibaldi, como fora a conquista de Café Filho. O natalente de Igapó, Café Filho, tem uma das mais bonitas biografias da política nativa e foi presidente do Senado em face da legislação estabelecer esse papel cumulativo, para o vice-presidente da República.
Ele era vice do presidente da República, Getúlio Vargas, que se suicidou no dia 24 de agosto de 1954. O gesto levou Café Filho à presidência num período conturbado da vida nacional.
Outra peculiaridade legal, é que candidatos a vice eram votados em separado. Foi assim na campanha de 1950, em que Café Filho estava filiado ao Partido Social Progressista (PSP), do líder paulista Ademar de Barros.
Depois volto a comentar sobre Café Filho, um personagem pouco lembrado, o que é profundamente injusto.
Carlos:
Parabéns pelo seu comentário sobre o nosso Café Filho. Fiquei na dúvida. Ele não era das “Rocas”? De qualquer forma é bom voltar a falar sobre ele, que merece. Um grande abraço. Chico.
verdade, carlos, café filho é esquecido no rio grande do norte. pouco sabemos dele. como vc explica esse esquecimento? será algo semelhante ao ocaso histórico que vive o governo municipal de Antônio Rodrigues de Carvalho em Mossoró?
Olá Carlos,
Sua ênfase ao nome e biografia de Café Filho levou-me a releitura de trechos da obra “O sindicato do garrancho” (Brasília Carlos Ferreira) e indagar sua referência à Café Filho como “uma das mais bonitas biografias da política nativa”.
Me refiro as páginas que apresentam o político assim:
“Na repressão aos trabalhadores comunitas, Café Filho lançou mão de toda a abrangência de seu cargo, repetindo a violência praticada durante o governo Lamartine, da qual ele fora uma das principais vítimas” (FERREIRA, p.33)
Parabéns pelo blog e prazer em conhecê-lo pessoalmente, oportunidade na qual soube que é meu vizinho!
Abraços,
Charles Bronson
Bilioteca Comunitária poeta Antônio Francisco
Professsor de História
Parabéns pelo “Não esqueçamos Café Filho”…Muito boa…
Olhe, Dinarte foi Primeiro Secretário do senado…
E tem outro do RN, que brilhou no senado: Georgino Avelino, foi também da Mesa (creio que Primeiro secretário), e um dos relatores da Constituinte de 1946.
Abraços
Parabéns pelo “Não esqueçamos Café Filho”…Muito boa…
Olhe, Dinarte foi Primeiro Secretário do senado…
E tem outro do RN, que brilhou no senado: Georgino Avelino, foi também da Mesa (creio que Primeiro secretário), e um dos relatores da Constituinte de 1946.
Abraços
Verdade, meu prezado Carlos Santos, e verdade também à origem do ex-presidente da República, João Café Filho, que nasceu no bairro das Rocas, em Natal, como bem lembrou (em dúvida) o leitor Francisco Rodrigues. E como diriam seus queridos vizinhos em tom de orgulho, “esse é daqui, mesmo, das Roca”.
Ex presidente Café Filho nasceu em Extremoz RN.