New Orleans (EUA) dos negros, da pobreza, mas também do jazz, do rio Mississipi, piratas e corsários, poliglota; da indústria do petróleo, do arrasador furacão Katrina (2005) e multicultural, inspirou o jornalista-escritor Truman Capote. Em muitas de suas crônicas ela era o ambiente. A atmosfera.
Num café, “o menos frequentado de New Orleans”, ele descreve em 1946, o jeitão da proprietária, senhora Morris Otto Kunze: “não parecia se importar; passava o dia sentada atrás do balcão (…), e só se movia para espantar as moscas”.
Mas foi lá, que ele captou num mural rococó, em espelho quebrado e sujo, uma frase que imprimia justificativa à vida do lugar: “Não se preocupe com a vida… você não vai escapar dela vivo mesmo!”
Esse olhar largado, quase entregue ao determinismo, é uma versão mais antiga do “deixa a vida me levar… vida leva eu”, do sambista carioca Zeca Pagodinho. Tem funcionado para ele.
Comigo tem sido diferente, mesmo sabendo que não vou escapar vivo dessa vida. Eu cuido do meu destino e da minha própria felicidade.
Não os passei a terceiros. Não os entrego a outrem.
Caro Carlos Santos,
Já vi em site especializados em frases e mensagens a seguinte frase: “Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos….”. O texto é atribuído ao cantor jamaicano Bob Marley.
Tem relação com o assunto do post.
Um abraço.
Caro Carlos;
Falando um pouquinho de morte. Há muitos anos atrás ouvi de Mário Lago em uma entrevista, a seguinte afirmativa que entre outras, adotei para mim:
“Fiz um pacto com a morte, nem ela me procura, nem eu vou atrás dela, mas se por acaso nos encontramos pela vida afora, aí então, negociaremos”.