Por Carlos Santos
New Orleans (EUA) dos negros, da pobreza, mas também do jazz, do rio Mississipi, piratas e corsários, poliglota; da indústria do petróleo, do arrasador furacão Katrina (2005) e multicultural, inspirou o jornalista-escritor Truman Capote. Em muitas de suas crônicas ela era o ambiente. A atmosfera.
Num café, “o menos frequentado de New Orleans”, ele descreve em 1946, o jeitão da proprietária, senhora Morris Otto Kunze: “não parecia se importar; passava o dia sentada atrás do balcão (…), e só se movia para espantar as moscas”.
Mas foi lá, que ele captou num mural rococó, em espelho quebrado e sujo, uma frase que imprimia justificativa à vida do lugar: “Não se preocupe com a vida… você não vai escapar dela vivo mesmo!”
Esse olhar largado, quase entregue ao determinismo, é uma versão mais antiga do “deixa a vida me levar…” vida, leva eu”, do sambista carioca Zeca Pagodinho, em letra de Serginho Meriti e Eri do Cais. Tem funcionado para ele.
Comigo tem sido diferente, mesmo sabendo que não vou escapar vivo dessa vida. Eu cuido do meu destino e da minha própria felicidade.
Não os passei a terceiros.
Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS)
*Texto originalmente publicado no dia 20 de novembro de 2011, há quase 12 anos AQUI.
O instigante texto me faz remontar as peraltices etílicas de um parente de nome Zé Leite. de frágil corpo e virulenta língua. . Certa vez, o dito parente chacoalhou tanto um não menos contumaz consumidor etílico, em barzinho confinado e quente, que o mesmo pegou o dito parente pelo pescoço e o levou até a calçada (Bar de periferia) onde existia uma ruma de fezes frescas, há pouco expelida por uma vaca leiteira. O Valente bêbado de r companhia avantajado pegou o Zé Leite pelo pescoço e esfregou a cara dele no monte de fezes. Ao se levantar, ainda limpando o rosto, o Zé Leite esbravejou com o dedo em riste : Cuidado cara !. Se você me matar eu lhe lasco !.. A turma de papudinhoscaiu em espalhafatosas gargalhadas. Kkkk.