domingo - 13/10/2013 - 09:23h
Aposentado e feliz

Nem todos são iguais perante a lei

Quem pousou ontem em Mossoró foi o ex-desembargador Rafael Godeiro.

Só alegria, num restaurante da cidade, entre doses cavalares de uísque, música ao vivo e posando para fotos com amigos, apesar da saída do cargo por corrupção.

Godeiro foi “condenado” pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a perder cargo, mantendo remuneração.

Mas ainda responde aos crimes que lhe são imputados, numa vara criminal de Natal.

Não tem do que se preocupar.

“Embargos de gaveta” e a “lei” vão continuar lhe garantindo uma boa vida.

Nem todos são iguais perante a lei…

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público

Comentários

  1. Inácio Augusto de Almeida diz:

    “Godeiro foi “condenado” pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a perder cargo, mantendo remuneração.”
    Será que isto nunca vai acabar?
    Como o povo brasileiro se sente ao pagar seus impostos sabendo que parte deles servirá para pagar aposentadorias deste tipo?
    Que leis são estas, meu Deus?
    Um pai de família que desesperado furta uma lata de lei apodrece na cadeia.
    Outros cometem crimes infinitamente mais graves e são “punidos” com aposentadorias milionárias.
    Depois se assustam com o povo nas ruas.
    Rezo para que o povo não volte às ruas.
    Se voltar, voltará bem diferente…
    ///
    O UNIFORME ESCOLAR NÃO FOI ENTREGUE EM MOSSORÓ.
    UMA PROFESSORA DE DANÇA DO MAIS EDUCAÇÃO GANHA 240 REAIS.
    OS DOIS BURACOS DA JOÃO DA ESCÓSSIA JÁ CAUSAM ENGARRAFAMENTO NA HORA DO RUSH.
    O IPTU VAI AUMENTAR EM 2014.

  2. Inácio Augusto de Almeida diz:

    A MÚSICA DO DOMINGO
    GONZAGUINHA

    Você deve notar que não tem mais tutu
    e dizer que não está preocupado
    Você deve lutar pela xepa da feira
    e dizer que está recompensado
    Você deve estampar sempre um ar de alegria
    e dizer: tudo tem melhorado
    Você deve rezar pelo bem do patrão
    e esquecer que está desempregado

    Você merece, você merece
    Tudo vai bem, tudo legal
    Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
    Se acabarem com o teu Carnaval?

    Você merece, você merece
    Tudo vai bem, tudo legal
    Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
    Se acabarem com o teu Carnaval?

    Você deve aprender a baixar a cabeça
    E dizer sempre: “Muito obrigado”
    São palavras que ainda te deixam dizer
    Por ser homem bem disciplinado
    Deve pois só fazer pelo bem da Nação
    Tudo aquilo que for ordenado
    Pra ganhar um Fuscão no juízo final
    E diploma de bem comportado

    Você merece, você merece
    Tudo vai bem, tudo legal
    Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
    Se acabarem com o teu Carnaval?

    Você merece, você merece
    Tudo vai bem, tudo legal
    Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
    Se acabarem com o teu Carnaval?

    Você merece, você merece
    Tudo vai bem, tudo legal

    E um Fuscão no juízo final
    Você merece, você merece

    E diploma de bem comportado
    Você merece, você merece

    Esqueça que está desempregado
    Você merece, você merece

    Tudo vai bem, tudo legal
    ////
    Esta música foi censurada com o máximo rigor, rádio seria fechada e transmissores lacrados, durante o tempo da ditadura.
    De tão censurada, de tão não ser tocada, mergulhou na vala do esquecimento.
    Somente os que viveram e participaram dos anos de chumbo tem conhecimento desta música.
    Eram tempos terríveis, tempos em que tudo era considerado uma ofensa.
    Havia um ministro chamado Leitão de Abreu.
    Se alguém escrevesse num jornal ou falasse numa rádio o Ministro Leitão, tava lascado.
    Ai de quem disesse que um Ministro era um auxiliar do Presidente da República.
    Tinha que chamar de Ministro.
    É preciso que as emissoras de rádio toquem esta música para que as gerações mais novas saibam que houve um tempo em que tinha que se baixar a cabeça e dizer sempre muito obrigado.
    Mas graças aos que não baixaram a cabeça, aos que chamaram ministros de auxiliares, ao que não ganharam o diploma de bem comportado é que hoje se respira um pouco de liberdade.
    Digo um pouco porque hoje a censura ensaia uma volta através da pressão econõmica.
    Observe que as rádios só tocam músicas que alienam totalmente os jovens, percebam que até a participação dos ouvintes pelo telefone é bloqueada a certas pessoas.
    Eu sou uma destas pessoas que nem pelo telefone posso emitir opinião.
    Mas não estão contentes e querem mais.
    Alegam que faço ofensas pessoais, quando nunca a ninguém fiz ofensas pessoais.
    Desconhecem que um homem dotado de um mínimo de inteligência jamais fica sem opção.
    Como sem opção não ficaram os que não aceitaram baixar a cabeça nos anos de chumbo.
    ///
    UMA PROFESSORA DO MAIS EDUCAÇÃO GANHA 240 REAIS POR MÊS.
    Isto envergonha os mossoroenses.

  3. FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO diz:

    CARO JORNALISTA CARLOS SANTOS, OPORTUNA E CORAJOSA SUA MENÇÃO A RESPEITO DA PASSAGEM DO “INCORRUPTÍVEL” DESEMBARGADOR RAFAEL GODEIRO PELA CIDADE QUE DIZEM COMBATEU LAMPIÃO.

    A propósito, o senhor Rafael Godeiro efetivamente se presta e se faz como mais um a personificar, de fato, a impunidade em nosso país, sobretudo aos que cometem crimes sob a toga, mesmo porque a aposentadoria “precoce” com a integralidade dos seus faustos e acintosos salários, muito bem explica o dito popular dos três PÊS, qual seja, o de que só são presos e efetivamente punidos de alguma maneira pelo nosso vetusto , soberbo, reacionário e conservador judiciário, aqueles que se enquadram econômica e socialmente como pobres, pretos e prostitutas e atualmente os Petistas

    O mais são sofismas, explicações do inexplicável e justificações que beiram o ridículo.

    O fato, verdadeiramente se enquadra como acontecimento que, pode efetivamente levar alguns ao cometimento de atos contra-legem, porquanto desanimador aos que acreditam no processo democrático e fazem do seu dia-a-dia atos de cidadania pensando e contribuindo para um país e uma nação mais justa.

    O acontecimento não deixa de ser um tapa na cara da sociedade, sobretudo do trabalhador que honestamente labora diuturnamente e se vê diante de fatos que nem o mais arguto dos juristas sérios consegue plausível explicação.

    Um abaraço

    FRANSUÊLDO VIEIRA DE ARAÚJO.
    OAB/RN. 7318.

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