Secretário vê motivação política para a manutenção de greve na UERN
A manchete acima corresponde a matéria publicada sábado 27 de agosto de 2011 no Jornal de Fato (ver texto completo no link: //www.defato.com/politica.php).
Através dela, o porta voz oficial do governo do Estado, Secretário de Administração José Anselmo de Carvalho, provavelmente orientado pela Governadora Rosalba Ciarlini, acusa a greve da UERN de está sendo conduzida por interesses político-partidários.
Vejam na íntegra o que afirma o secretário: “O que surpreende é a questão da rejeição das propostas que o governo faz e, por isso, não descarto que (a greve) tenha influências partidárias (…) As suspeitas de ingerência partidária se devem ao fato da maioria dos militantes sindicais estarem ligados a partidos políticos que tendem a apresentar candidatos nas próximas eleições municipais. Como a UERN é sediada em Mossoró, o objetivo seria beneficiar nomes ligados ao PT e ao PSB”.
Antes que tudo, inicialmente fazemos os seguintes esclarecimentos:
1. O Comando de Greve dos Professores é suprapartidário, ou seja, nele encontram-se professores filiados ao PT, PCdoB e PMDB. Não identificamos nenhum membro filiado ao PSB, pelos menos ninguém se manifestou enquanto tal; também não sondamos essa possibilidade e muito menos investigamos a vida política partidária de nenhum membro. É necessário reter que a maioria de seus membros não tem nenhuma filiação partidária. Alguns até já manifestaram ter votado em Rosalba Ciarlini para o governo do Estado;
2. A Assembléia Geral dos Professores é a instância que delibera o início e o fim da greve. Cada membro do Comando tem apenas um voto na Assembléia Geral.
3. Sobre nossas reivindicações, esclarecemos que, o que estamos reivindicando do ponto de vista salarial (23,98%) é um direito que a categoria conquistou através de seu Plano de Cargos e Salário de 1989. Imbuído de nossa responsabilidade institucional, nossa pauta de reivindicações também inclui: descontingenciamento do orçamento da UERN; suplementação de verbas, autonomia financeira, entre outros;
4. Em relação ao movimento paredista, o Governo só se manifestou oficialmente com aproximadamente 20 dias de greve, mesmo assim de forma vazia, tendo em vista que propôs que a greve fosse suspensa uma vez que só em setembro de 2011 o governo teria possibilidade de atender as reivindicações;
5. Em seguida, com aproximadamente 50 dias de greve o governo propôs a possibilidade de aumento para 2011 de 3% “se o limite prudencial do Estado não for um elemento impeditivo”;
6. Finalmente, com 70 dias de greve o governo do Estado propôs oficialmente o escalonamento dos 23,98% reivindicado até 2014;
7. A ADUERN comandou diversas greves nos três últimos governos estaduais: Garibaldi Filho, Wilma de Faria e Rosalba Ciarlini. Vale ressaltar que desses três governos foi a Governadora Wilma de Faria quem mais atendeu às reivindicações salariais dos professores, chegando em 07 anos de governo a aproximadamente 110% de aumento para a categoria.
Vale acrescentar também, que mesmo assim foi no governo Wilma de Faria que mais aconteceram greves na UERN. Isto é uma prova inconteste que a greve não é partidária, mas move-se por interesses estritamente institucionais.Dizer que a categoria sistematicamente recusou as propostas do governo não condiz com a verdade, afinal, pelo exposto só com 70 dias de greve foi que o executivo estadual fez uma proposta concreta e discutível.
Diante desta, abrindo mão da pauta original, a categoria de professores aceitou os prazos e os índices propostos pelo executivo estadual na certeza e com a convicção de que estava contribuindo para resolver o impasse.
Nossa resposta ao governo incorporava sua proposição e acrescentava aos índices sugeridos os percentuais correspondentes à variação da inflação acumulada no período como forma de não impor perdas salariais à categoria ao longo dos próximos anos.
Ressalte-se que no início do processo de negociação, membros do governo já haviam sinalizado positivamente com a possibilidade de atender o percentual apresentado, corrigindo os índices sugeridos, assim como acrescentado dos resíduos inflacionários que porventura existissem.
Neste aspecto, foi o governo quem recuou de sua proposta.Ainda sobre a ampla pauta de reivindicações da greve, em diversas ocasiões o Governo Estadual se comprometeu em descontingenciar os recursos financeiros da UERN.
Entretanto, até este momento a liberação dos recursos não foi efetivada.
Quem se nega a negociar?
Na verdade, o Secretário Anselmo Carvalho na medida em que acusa o movimento paredista de partidarismo tenta rebaixar e desqualificar o debate. Porque ao invés de se deter e opinar sobre a pauta de reivindicações da categoria, que é a motivação maior da greve, faz ilações especulativas em torno de intenções que só existem em sua mente, porque os fatos reais não correspondem às suas supostas afirmações.
Também é preciso reter, que em diversas ocasiões a governadora Rosalba Ciarlini acusou o movimento paredista de ser partidário, uma vez “que no governo de Wilma de Faria a categoria aceitou um escalonamento de três anos, mas no governo dela esta mesma categoria não se dispõe a aceitar o mesmo escalonamento.
Aqui cabe um esclarecimento crucial: em primeiro lugar no governo Wilma de Faria nós aceitamos um escalonamento de três anos para o correspondente a 64% e não para 27% em três anos como propõe a governadora Rosalba Ciarlini.
Em segundo lugar, em 2007, ano do acordo com a Governadora Wilma de Faria, a inflação não chegava a 2% ao ano. Em 2011 a inflação pode chegar a um patamar de 6,5%, com projeções para 2012, 2013 e 2014 de 21% de inflação acumulada.
As insinuações provocativas do secretário têm como objetivo central escamotear as reais intenções do governo para com a UERN.
Aqui cabe uma pergunta fundamental: Por que o governo contingenciou os recursos financeiros da instituição?
Esta medida tem motivação política ou é de outra natureza?
Por fim, diante de fatos tão incontestáveis, a conclusão isenta, ilibada e imparcial sobre o histórico deste movimento paredista, é que quem “esticou a corda da greve” foi o Governo Estadual.
Professor Flaubert Fernandes Torquato Lopes – Presidente da ADUERN
Professor Carlos Alberto Nascimento de Andrade – Membro do Comando de Greve dos Professores da UERN
Parabéns pelo comunicado!A educação nunca foi prioridade no governo de Rosalba aqui em Mossoró, talvez construir escolas tenha sido seu único trabalho em favor da educação. Que bem o diga os professores municipais de Mossoró, pergunto: será que existe um filho de professor estudando numa escola pública municipal? A UERN deverá sofrer muito nesse governo cor de rosa…quando a maior autoridade do Estado do RN afirma que a UERN custa e gasta meio milhão por dia e que os prejuízos passam de mais de 40 milhões em decorrência da greve, o que se pode esperar de um governo desse? pense numa situação difícil “se corrrer o bicho pega, se ficar o bicho come”, não esqueça o final: “…se resistir o bicho foge” ou negocia. Sou professor e solidário a causa, por ela ser justa. Força, coragem e fé na educação!
Eu já imaginava que essa greve era político-partidária… no próximo ano serão dezenas de filiados a sindicatos e partidos atrás de vaga na cãmara municipal. rrsrs
Tá explicado
Filé, peixe, bacalhau e camarão
Esse foi o banquete da governadora
Enquanto na mesa do pobre falta pão
Ganha mal a humilde professora
E assim vai vivendo o meu povão
A espera de uma alma salvadora
Em vez de agir como cidadão
Acreditam em promessa animadora
Ou acordam e assumem a direção
Ou jamais terão vida promissora
O governo não tem interesse na UERN porque não tem interesse na educação e na consequente melhoria de vida da população. Se arrependimento matasse, eu já estaria morto por ter votado na excelentíssima senhora governadora Rosalba Ciarlini.
Bom, primeiro de tudo quero começar o meu comentário dizendo o seguinte: não votei nesta senhora péssima gestora deste pobre estado chamado Rio Grande do Norte, e como tenho orgulho de não ter votado nela. Primeiro de tudo a senhora dona Rosalba não apresentava um projeto concreto para este estado, tudo que ela falava era em cima de um discurso muito bonito e nada mais, a campanha dela mostrava que o governo dela seria apenas o poder pelo poder, percebi isso muito bem, já não ia votar nela mesmo, depois do que vi aí é que não votei mesmo. Estamos vivendo a ditadura do Dem, este partido que achava que greve era motivo de polícia, e por sinal, muitas pessoas do Dem ainda acham isso. Estamos vivendo na ditadura de Carlos Augusto, afinal meu povo quem manda é ele, a senhora Rosalba é apenas pra puxar voto e nada mais. Espero que em 2014 o povo do Rn dê uma resposta a esta senhora fazendo-a perder a eleição. Eu não voto nela de maneira nenhuma e nunca vou votar. Ela só fez praça em Mossoró e nada mais, deveria no mínimo fazer praça pelas cidades do RN, mais nem isso faz.
Agora a hashtag é: fora Rosalba! Fora Rosalba! Fora Rosalba! E não vote nunca mais.
Mendes sempre falando besteira.O que salvo um povo é a educação, viu Mendes.
Se entendi bem o governo da Rosa tartaruga, diz que gastos com EDUCAÇÃO dá prejuizo? Banda. de forró é cultura.
Ontem em conversa com um amigo entramos no seio da política de Mossoró e começamos a fazer uma análise da situação em que passamos atualmente. Buscando organizar as ideias ontem tratadas as citarei em tópicos para melhor entedimento por parte dos colegas blogueiro e leitores do informativo.
1. Segundo informações de muitos jornais e informativos, a gestão da cidade tem sido transformada nos últimos meses. Começamos a analisar essa afirmação e para isso fomos buscar a situação dos bairros periféricos como Santa Helena, Quixabeirinha, Estrada da Raiz, Vingt-Rosado, Santo Antonio, Alto da Pelonha, Alameda dos cajueiros, Rincão, Parque Universitário, Redenção, Integração, Nova Betânia II, etc, etc. Daí, vendo a situação desses bairros perceberemos se existe realmente um avanço da gestão na cidade de Mossoró. Nesses bairros falta água, falta infra-estrutura, policiamento, educação, os serviços de saúde, quando existem, são precários, a violência é constante, e a criminalidade domina.
Na verdade onde mais se gasta hoje no município é com propaganda com o objetivo de ludibriar a população mossoroense e burlar a situação de fato.
2. Em se tratando de governo do estado, o que vemos é um grupo de ditadores criando suas próprias regras de gestão e fazendo com o povo possa acreditar em avanços, isso feito por meio de propagandas em diversos meios de comunicação. Para isso pudemos provar através de um comunicado oficial o aumento em mais 5 milhões para gasto com propagandas no governo do RN.
3. O terceiro ponto da nossa análise foi sobre o futuro. Sabemos de todos esses desmandos e descasos presentes na gestão do estado e do município, mas infelizmente isso irá continuar, pois o povo que precisa de melhoria é o mesmo povo que em 2012 e 2014 e…e… vai votar nessa banda do DEM ou de políticos que não têm projetos pro estado e pra cidade. Por isso que a reclamação atual é inócua, pois na primeira oportunidade que o povo tem de mudar tudo isso, preferem continuar do jeito que está. Parafrasenado Zé Ramalho, esse povo não ver que toda essa engrenagem já sente a ferrugem de comer… Preferem permanecer com essa infinita ferrugem emperrando nosso desenvolvimento.