Por Carlos Duarte
O governo da presidente Dilma continua sua trajetória de sucessivos recordes negativos da economia brasileira. Nesta semana, o dólar fechou em R$ 3,26, com a cotação mais alta do ciclo do governo petista, que começou em 2003. Alta expressiva de 3,36% em um único dia, na sexta-feira 13.
Apesar de o cenário mundial apontar uma valorização da moeda americana em todo o mundo, em virtude da elevação dos juros pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), o comportamento do câmbio no Brasil demonstra o tamanho da fragilidade de nossa economia.
A “marolinha” do ex-presidente Lula – termo utilizado por ele, quando subestimou os efeitos da crise de 2008 nos Estados Unidos – está se transformando em uma onda gigantesca, causando danos irreparáveis à sociedade brasileira.
Este cenário internacional amplia-se no mercado interno por vários fatores resultantes da incompetência na condução da politica econômica nacional. Um deles é a ausência do Banco Central do Brasil nos negócios de câmbio, quando deveria conter a valorização da moeda americana frente à parcela do movimento especulativo.
A Operação “Lava Jato” – que investiga a Petrobras, e a crise entre o Planalto e o Congresso potencializaram o problema, minimizando os efeitos do ajuste fiscal idealizado pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. Como consequência, as agências de risco intensificam a possibilidade de rebaixamento da nota de crédito do Brasil.
Tudo isso, entre outros inúmeros motivos, levou o Brasil a ocupar, nesta semana, a liderança no ranking dos países que tiveram as maiores perdas de suas moedas ante o dólar. Como parâmetro comparativo, isso significa dizer que a moeda brasileira atingiu níveis de corrosão superiores a Naira – moeda da Nigéria, que atualmente trava um conflito armado com o grupo terrorista Boko Haran; bem como o Rublo Russo – moeda da Rússia, que está em guerra com a Ucrânia e, ainda, sofre os efeitos dos baixos preços do petróleo.
O mais preocupante é que essa situação tende a se agravar, ainda mais, porque não existem ações positivas integradas do governo petista capazes de neutralizar ou minimizar o ciclo vicioso que se instalou na economia brasileira. Desemprego, inflação alta e a recessão caminham juntos, e a passos largos, desenhando um cenário turbulento para nossa economia.
Mais uma vez, a sociedade brasileira vai pagar, com sacrifício, pela crise gerada por esse governo do PT que não teve a lucidez de gerir, sequer, os fundamentos básicos da economia.
Carlos Duarte é economista, consultor ambiental e de Negócios. além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa
Muito bem, economista Carlos Duarte. Parabéns!!!