• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 11/08/2009 - 12:59h

O eixo que pode alterar os rumos da política do RN

O deputados federais Henrique Alves (PMDB), João Maia (PR) e Fábio Faria (PMN), além do deputado estadual Robinson Faria (PMN) darão entrevista coletiva sobre as eleições de 2010 hoje (11) às 13h na sede do PMDB (Natal). Um fato novo.

Numa pré-campanha recheada de disse-me-disse, escaramuças e onde é difícil saber quem é oposição e governismo, a coletiva aparece como algo diferenciado. Realmente um fato novo.

Mas também mostra como os "caciques" da política potiguar desmancharam de vez a divisória que separava verdes de encarnados, oposicionistas de governistas. É tudo japonês.

O que Henrique (com beneplácito do primo e senador Garibaldi Filho-PMDB), João, Fábio e Robinson dirão precisará ser dissecado. Sobretudo nas entrelinhas. Vamos aguardar.

Entretanto é possível se identificar, de antemão, qual o papel principal dessa comunhão onde os partidos são penduricalhos. O que se percebe há tempos.

Eles querem ser o centro das decisões da política do RN, em relação a 2010. Sabem que podem alterar o quadro atual. É possível. Vão à luta.

Na prática passam a emparedar a governadora Wilma de Faria (PSB) de um lado e deixar o senador José Agripino (DEM) ressabiado, na outra extremidade desse cabo-de-guerra. Funcionam de forma pendular, num movimento calculado para evitar a supremacia asfixiante de qualquer um deles.

Por que os Alves (Henrique-Garibaldi), os Faria (Robinson-Fábio) e João Maia (PR) firmam um pacto solidário?

Simples de responder: para não serem engolidos ou excluídos.

Como meros caudatários, apenas avalizariam decisões de baixo para cima. Unidos eles são proativos num processo de discussão que mesmo não sendo ainda muito democrático, é menos fechado e imperativo. Parte do desejo comum de não virarem presas fáceis no ecossistema político do Rio Grande do Norte.

Nessa costura aparece, com maestria, o deputado Henrique Alves – hábil articulador político. Em tese, sem a aspiração de ser ungido candidato a governador ou mesmo em pensamento fugaz, ao Senado. Sua aposta é mais ampla.

O que está sendo lapidado pode resultar numa sólida aliança. O PSB da governadora Wilma de Faria e o PT da deputada federal Fátima Bezerra não estão excluídos. É possível que a integrem, adiante, no fechamento de um amplo e fortíssimo palanque endossado em Brasília pelo presidente Lula.

Mas por que não aparece entre esses porta-vozes da iniciativa, o vice-governador e governadorável Iberê Ferreira (PSB)?

Vamos ao que entendo, a princípio, nesse primeiro momento.

Iberê é visto como ungido da governadora Wilma de Faria à disputa à sua sucessão. Isso alija os outros concorrentes internos João Maia e Robinson Faria, além de tornar menor o peso do PMDB de Henrique e Garibaldi.

Unidos, eles apostam que podem zerar a sucessão no governismo, onde estão acomodados. Por lá cada um possui seu espaço. Querem mais. Faz sentido.

Se forem rechaçados e desdenhados, tendem a se apresentar à definição das chapas ao governo e Senado do outro lado, onde pontifica o senador José

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  1. […] AQUI o que escrevi à época, tentando explicar os objetivos desse acordo. Categoria(s): […]

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