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sexta-feira - 22/01/2010 - 09:13h

O fim da linha (Eleições 2010)

O ano de 2010 é emblemático para a história da política contemporânea potiguar. É um tempo de expurgos. Passado e futuro que se distanciam. Fim da linha para alguns nomes graduados.

A barafunda em que se transformou a formação de alianças, definição de chapas, composição de nomes e relação de apoios, não é por acaso. Há um redemoinho provocado pela necessidade de sobrevivência. A regra é simples: vale tudo.

A boca do funil é estreita para a passagem, comum, de tanta gente que transformou a política em atividade fim. Quem perder, talvez não tenha outra chance adiante.

Mesmo antes das urnas serem abertas ou a campanha ser deflagrada oficialmente, em julho próximo, algumas peças estão fora do tabuleiro. Citemos apenas nomes mais graúdos, como os ex-senadores Geraldo Melo (PPS) e Fernando Bezerra (PMDB). Desistiram de concorrer à Câmara Federal. Fim da linha.

No desempenho por duas vagas ao Senado, três gigantes esperneiam. A governadora Wilma de Faria (PSB), além dos senadores e pré-candidatos à reeleição José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB). Um deles vai sobrar. Fim da linha. 

No andar mais abaixo, quem aparece no retrovisor é a dupla de primos mossoroenses Sandra Rosado (PSB) e Betinho Rosado (DEM).

Nas eleições de 2006, a parlamentar escapou devido a avalanche de votos obtida por outros vitoriosos, como João Maia (PR) e Fábio Faria (PMN). Betinho, nem isso. Retomou mandato com a morte do eleito Nélio Dias (PP).

Os dois – ou um deles – podem sobrar.

Um chapão que acomode a todos os atuais deputados (oito) pode salvá-los ou uma inesperada votação individual. Entre as duas hipóteses, a primeira é mais palpável. Caso contrário, fim da linha.

No fio da navalha também está o vice-governador Iberê Ferreira (PSB). A partir de abril vira governador e depois, é praticamente certo que tente ser eleito governador reeleito. Derrotado, fim da linha.

Porém não sejamos tão drásticos e apocalípticos. A história política também reserva casos notórios de ressurreição. Observe-se Aluízio Alves (PMDB), derrotado por mais de 107 mil votos de maioria ao governo do Estado em 82, pelo jovem ex-prefeito de Natal José Agripino (PDS à época).

Dado como ‘morto político’, liderou vitória ao governo em 1986 com Geraldo Melo (então no PMDB), foi ministro de Estado por duas vezes, novamente deputado federal e levou seu grupo ao paroxismo do gigantismo político no Rio Grande do Norte.

Para Aluízio, a derrota não foi o fim da linha. Para Aluízio, que foi um fenômeno político.

Foto – Garibaldi Filho e Betinho Rosado em busca da sobrevivência ou o caminho do fim (Acervo Blog do Carlos Santos).

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. denilson duarte diz:

    Na imaginaçõa fertil de um pobre mortal eleitor que adora fatos politicos na fot que estar colocada, aconteceu o seguinte, betinho fez que ia apertar a mão de garibaldo, quando ele estirou a mão(opa) betinho sorrindo disse passei ali na esquina depois das eleições.rsrsrsrsr.

  2. ze roberto diz:

    Em morrendo abraçados,Carlos Alberto e Sandra Maria,talvez não seja tão ruim assim,ambos terão a chance de disputar a prefeitura aqui de nós ,assim,ficaraõa perto do seu povo.Kikikikakaka!

  3. Frank diz:

    Não vejo a carreira politica do Deputado Betinho, meu irmão, como fim de linha ou busca de sobrevivência. Betinho é um deputado federal com projetos importantes e que ajudaram bastante os norte riograndenses.

  4. GLADSTONE FERNANDES PRAXEDES diz:

    Essa análise é bem real.

  5. Antonio Leite diz:

    E uma pena que esta mudanca seja feita pelo tempo e nao pelo povo. O Estado ja poderia esta bem melhor. Mais fazer o que. Entao o tempo dira ou fara.

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