domingo - 23/11/2025 - 08:50h

O Grande Hotel

Por Odemirton Filho

Grande Hotel em foto de 1971 e mais abaixo nos anos 50, no Centro de Mossoró (Fotomontagem do BCS a partir de fotos do //blogdetelescope.blogspot.com/)

Grande Hotel em foto de 1971 e mais abaixo nos anos 50, no Centro de Mossoró (Fotomontagem do BCS a partir de fotos do //blogdetelescope.blogspot.com/)

Na Mossoró das antigas um majestoso prédio embelezava a cidade. Foi palco, segundo os historiadores e pessoas de ontem, de inúmeros encontros sociais, festas e tardes/noites badaladas. Era o famoso Grande Hotel, inaugurado em 1908.

Localizava-se na esquina da rua Bezerra Mendes com a avenida Augusto Severo, próximo ao Mercado Central. O prédio era dividido em três partes: uma casa de hospedagem, um cineteatro e um bar-restaurante.

“O cineteatro, o principal centro de lazer familiar da cidade, estava instalado numa área semiaberta do prédio do Grande Hotel, local que recepcionava a nata da sociedade nos grandes eventos. Este espaço, também foi palco de histórias, fatos pitorescos e confusões do cotidiano  local. Durante as projeções, ocorria um intervalo de 15 minutos para permitir a plateia fazer um pequeno lanche, tomar um café, um refresco ou apenas tomar um ar fresco na área livre”(…) (Disponível em //blogdetelescope.blogspot.com/2014/11/o-grande-hotel-e-o-cine-teatro-almeida.html).

Segundo se comenta, nessas sessões cinematográficas houve inúmeros fatos inusitados, como a proibição de uso de chapéus com plumas por parte de algumas mulheres, haja vista dificultar a visão de quem estava assistindo aos filmes. Além disso, várias figuras públicas, entre os quais cantores de vulto nacional, e políticos hospedaram-se no Grande Hotel.

Eram outros tempos. Tempos de uma Mossoró que ficou para trás. Fico a imaginar o cotidiano das pessoas daquela época; as roupas com as quais se vestiam, quais os assuntos do dia, os costumes, o que era relevante nas rodas de conversas entre familiares e amigos.

É claro que eu não conheci o Grande Hotel em seus áureos tempos. Talvez, meus avós e bisavós tenham vivenciado àquelas tardes/noites. Eu ainda cheguei a ver o prédio, bastante deteriorado, lá pela década de mil novecentos e oitenta.

Hoje, restou-nos, tão somente, um pouco de sua rica história.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica

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