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domingo - 12/04/2020 - 09:42h

O “novo” e a Páscoa

Por François Silvestre

Sai um carro novo, de qualquer marca, e logo é superado por outro mais recente. Isso ocorre com geladeiras, celulares, computadores. E com gente. Ninguém, ninguém mesmo, continua novo.

Até que aparecesse esse vírus em forma de coroa, que por sinal é sinônimo de velho entre nós os humanos, o “novo” corona vírus. Ele não envelhece.Já notaram que no rádio, nos jornais, na televisão, nas entrevistas, nas reportagens todo mundo refere-se a esse ente como o “novo” corona vírus.

Até o ano novo dura pouco de novidade. No dia dez de janeiro, já não é mais ano novo.

Mas o vírus vai morrer “novo.

E a páscoa, o que tem com isso? Nada.

Só pra lembrar uma curiosidade alertada pelo Mongol, (Wellington) lá de Remanso, da Bahia, que é a nova Remanso, pois a velha foi engolida pela Barragem de Sobradinho. Mas ninguém a chama de “nova”.

O que lembra ele? Que Jesus Cristo só tem data de mês no nascimento. 25 de Dezembro.

Na morte, a data do mês inexiste. Ou existe variadamente. Só tem data da semana. Sexta-Feira.

O mês que se vire.

E olhe que nem é um “novo” calendário…

François Silvestre é escritor

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Categoria(s): Crônica

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