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domingo - 27/12/2020 - 08:56h

O predestinado e uma vitória histórica

Por Marcos Pinto

Dentre  o  processo  de  similaridades  históricas, há  que  se  concentrar  em  escoimar  e  compulsar  notas  e  efemérides  dos  fatos  relacionados   à  predestinação.   Nos  Anais   Históricos,  sobressaem-se,  com  acentuada   relevância, as  exponenciais  figuras  do   bíblico  José  do  Egito  e  o  célebre    Abraham  Lincoln.

José  do  Egito   foi  o  décimo-primeiro  filho  de  Jacó, nascido   de  Raquel, citado  no  antigo  Testamento,, em  Gênesis, 37. Considerado  o  fundador  da  Tribo de  José, constituída  por  sua  vez, da  tribo  de  Efraim  e  da  tribo  de  Manassés (Seus  filhos. A  figura  de  José  inspirou  vários  autores  e  artistas  ao   longo  da  história. Minudências  históricas  instigantes.

O  fenomenal  Abraham Lincoln  (12.02.1809- 15.04.1865)  tem sido  estudado  e  cultuado  por  todos  aqueles  que  interagem  com  a  história  dos  grandes nomes  que  marcaram  a    humanidade. Criado  em uma  família  carente  da  zona  rural,   na  fronteira  Oeste  dos  Estados  Unidos, exerceu  árduos   trabalhos – como  lenhador.Conta-se  que,   certo  dia,  cumprindo  o  seu   cansativo  trabalho   em  uma  fazenda   pertencente  a  opulento  comerciante, fora   interpelado  pelo  mesmo  nos  seguintes  termos: Como  o  senhor   vê  o  seu  futuro   sendo  um  simples  lenhador?

Revestido  de  sublime  postura  de  um  iluminado, o  jovem  lenhador  respondeu-lhe  fazendo  uma  emblemática  e  intuitiva  observação:  “Recomendo-lhe  que  guarde  e  zele  com  muito  cuidado  estas  toras  que  acabei  de   cortá-las, pois  no futuro  poderás  apontá-las  como  fruto  do  suor  de  um   pobre  lenhador  que  chegou  a  ser  eleito presidente da República dos Estados Unidos.

Dito  e  feito. A  história  universal  registra.  Autodidata, Lincoln lia  intensamente  nas  horas  vagas.  Predestinado  a  vencer,  abandonou  o  ofício  de  lenhador  e  mudou-se  para  a  cidade, onde  ingressou  nos  estudos  e  tonou-se  advogado.  Líder  de  Partido,  Deputado  Estadual   por  Illinois  durante  os  anos  de  1830  e  Membro  do  Câmara  dos  Representantes  por  um  mandato  durante  a  década  de  1840.

Sendo  um  moderado  de  um  Swing State  (Estado  decisivo), garantiu  a  postulação  para  a    candidatura presidencial  de  1860  pelo  Partido  Republicano.  Com  quase  nenhum  apoio  do  Sul,  ele  percorreu  o Norte  e  foi  eleito  Presidente.  Sua  brilhante  trajetória  política   foi  brutalmente  interrompida com  o  seu  assassinato  ocorrido   em   Whasington  D.C.   a  15  de  Abril de  1865, aos  56  anos  de  idade.

De  forma   emoldurada  em  paradigmas,  a  história  tem  evidenciado  fatos  análogos   que  se  repetem  ao  longo  do  tempo.

Heródoto  já  afirmara  que  “A  História  é  a  Mestra  da   vida”.  Guardadas  as  devidas  proporções, observo  no  jovem  Allyson  Bezerra  um aureolado  espírito  predestinado  à   bem-aventurança.  Alguém  já  disse  que  “O  homem  é  a  sua  história”.  A  exemplo  do  grande  Lincoln, o  jovem  Allyson  tem  a  sua  história  de  vida  vinculada  de  forma intrínseca  à  humilde  família  da  zona  rural.

É  certo que  todo o  conhecimento  do  passado  não  pode   ser  completo  ao  conhecimento  do  presente  de  modo  a  autorizar   a  dedução do futuro. O que  interessa   às  gerações  futuras, na  apreciação  dos  fatos  do  passado, é  menos  o  seu  conteúdo  material  do que os  motivos  de  sua superveniência, que  dão  aos  testemunhos  deixados  o  caráter   de  documento  marcado.

As  biografias  destes  três predestinados interrelacionam-se com  outros  fatos  históricos,  a  serem   minuciosamente  evocados  em  um  futuro relativamente  próximo, quando  for  estudada e elaborada a biografia do jovem Allyson  Bezerra.  O  terreno  é   fértil e o futuro é  alvissareiro  e  promissor.

Das variadas  expressões da curiosidade do homem pelo  que  há  de  humano, nas  suas  realizações, tem sido possível penetrar  na  razão de  ser de movimentos aparentemente explosivos e  subitâneos, de  iminente derrocada   política de uma família  oligárquica, que  há  cerca  de  70  anos comandava  os  destinos  políticos  e  administrativos  de  Mossoró.  Na  realidade,  precisava-se  de  um  jovem  predestinado  para  alavancar   uma  realidade  de  necessidade  de  mudança  que  vinha  sedimentada e avolumada na imperceptibilidade de um crescimento  ininterrupto.

As  hostes  governistas  lideradas  pelo  Carlus  Augustus  Rosadus tentaram   de  todas  as  formas    macular  a  imagem  do  jovem   predestinado, com o  intuito  exclusivo  de  abafar e  evitar a  expansão  do  perigo  iminente  de  uma  avassaladora  vitória  do  candidato  Allyson.

No tocante  à Rosalba  Rosadus, havia   superlativos  referenciais  em  profusão, destacando-se  a   rubrica  da  mesma  ser  considerada  ‘imbatível’.  E  faziam  questão  de  frisar  que ela  havia  tido  uma vertiginosa  ascensão   política, à  nível  de  estado,  saindo  da  prefeitura  de   Mossoró para  ser  eleita senadora e   logo  a  seguir  governadora.

Olvidaram  que  existia  um  jovem   arrojado  construtor  do  futuro, respaldado  em  seu  popularíssimo  mandato  de   deputado  estadual,  eleito que  fora, enfrentando  poderosas  estruturas  econômicas da  oligarquia  político-familiar  numerada  de  Mossoró.  O  novel  político  trazia  consigo  um  discurso  coerente  traduzido  em  linguagem  clara  e  precisa.

Com  o  desenrolar  da  campanha  política,  constatou-se  estranho  acirramento  no  acampamento   rosadista.  Os  mandatários  do   poder  municipal  pensavam  e  agiam   como  semideuses,  espécies  iluminadas  à  força  dos  cifrões  de  origem   duvidosa.  Alardeavam   nos  quatro  cantos  da  cidade  que  a   prefeita  seria  reeleita,  não  com   grande  maioria, mas  que  seria  a  vencedora  do  pleito. Isto  tudo  com  objetivo  único  de  desencadear  um  processo  de  descrença  na  vitória  do  ‘Menino pobrezinho’.

Havia  um  elemento-base  e  eivado  de  surpresa  a  ser  configurado  pelas  asas  do  destino,  durante  o  segundo  grande  debate  televiso   entre  os  candidatos  a  prefeito  de  Mossoró.  Há  um  ditado  popular  que  diz  que o  uso  do   costume  faz  a  boca  torta.  Pois  bem.

Durante  o  tão  esperado debate, o  candidato  Allyson  formulou  uma  pergunta  à  candidata  Rosalba  Rosadus  a  respeito  da  malversação  de  12  milhões  de  Reais, do período em que ela era a governadora  do  Estado, respondendo a demandas judiciais.

Surpresa  com  a  pergunta  sobre  a   destinação  dos  tais  12  milhões,  a prefeita  sapecou  uma  humilhante  frase  voltada  ao   candidato  Allyson:  “O  candidato  é  tão  pobrezinho…”

Como  os  componentes  das  classes  sociais  mais  humildes  sentem-se  como  “pobrezinhos”, revoltaram-se  com  o  humilhante  tratamento  ao  candidato  Allyson e passaram a manifestarem o voto  no  já  famoso ‘Menino Pobrezinho’.   Até  hoje  a  oligarquia  político-familiar  não  se  conforma  com  tão   retumbante  vitória  deste  menino  egresso  da  zona  rural  mossoroense.

Inté mais ver.

Marcos Pinto é advogado e escritor

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Categoria(s): Política

Comentários

  1. Mdm diz:

    Marcos, precisam vir a público para dizer quanto foi gasto para diminuir em 50% a maioria do pobrezinho.

  2. Rocha Neto diz:

    Oi Marcos, artigo perfeito!Ressalto apenas que o staff fiel ao sistema que ainda se encontra a frente da municipalidade terá que esquecer o cordão umbilical e ter senso de responsabilidade e respeito com a coisa pública, se continuarem no cordão umbilical atual, simplesmente as ações do governo municipal irá parar, sofrendo o fator da descontinuidade, veja que todo elenco de técnicos escolhidos pelo prefeito Allysson, nunca operou natividade inerente ao serviço público coisa que atrapalhará e muito nos primeiros momentos. Resumindo, cada gestor de pasta quando empossado necessitará de mansidão, sagacidade, inteligência e criatividade para encontrar o fio da meada e torcer o tapete complexo de sua secretaria. O paredão herdado das gestões anteriores irá se apresentar como se fosse intransponível. O maior desafio encontra-se na secretaria de saúde. Bem mais vamos torcer para que tudo der certo.

  3. Q1naide maria rosado de souza diz:

    “Menas”, Marcos, “Menas. Expectativa demais atrapalha até em resultado de prova do colégio.

  4. Rocha Neto diz:

    Corrigindo,
    Tercer o tapete complexo…

  5. Benilson Silvs diz:

    Na minha modesta visão, quero crer que se fizer apenas o óbvio, já será uma grande diferença. O que seria “fazer o óbvio” para mim?. Fazer a aplicação correta dos recursos, investindo cada centavo destinado a cada área distinta, sem a velha e mal versação, culminando com os famosos vícios de superfaturamento nas obras o em quaisquer que sejam os hábitos curriqueiro no uso do erário. É muito difícil. Mas quero acreditar que seja possível. O resto (fora disso), o que ocorrer não me será nenhuma novidade.

    Muito bom, seu artigo, Dr. Marcos Pinto

  6. Rocha Neto diz:

    Corrigindo,
    Nunca operou na atividade inerente ao serviço público…

  7. Enio diz:

    Quero saber quanto foi gasto para diminuir a peia, a lapada ia ser grande!

  8. Enio diz:

    Eram ofertas de Cinco Mil mais emprego!

  9. João Claudio diz:

    Há quem discorde, mas a frase ‘menino pobrezinho’ foi um tiro que a Rosa deu em pé, cuja bala resvalou e atingiu o outro.

    Na hora, ela não sentiu nada. Só veio sentir uma dor insurportável na ‘next hour’ pós apuração dos votos.

    Explico: depois das 22 badaladas do sino da paróquia anunciando 22 horas em Mossoró, e a chegada do ‘iluminado menino pobrezinho.’ Quem viu disse que parecia a estrela de Davi cruzando os céus de Mossoró.
    (fico todo arrepiado só em escrever. Imagine se tivesse visto.)

    Mais: a Rosa vai sentir essa dor pro resto de sua vida. Ravengar, idem. Os Rosados, em geral, idem, idem e idem.
    Os puxa-sacos e levanta-saia, é idem a perder de vista.

    Ei, não sou que digo isso. É o povo dos quatros cantos da rua.

    Perguntem às classes de A a Z. A resposta será a mesma:

    ‘O que phudeu mesmo foi o menino pobrezinho.’

  10. Inácio Augusto de Almeida diz:

    A eleição da nova mesa diretora da CMM vai mostrar claramente quem é quem na política mossoroense.
    E que não apareça nenhum “gênio” dizendo que o prefeito não vai usar de toda influência que possui para colocar na presidência da CMM um(a) vereador(a) da sua total confiança.
    Ainda esta semana saberemos se Mossoró vai conhecer transparência ou continuar no velho pano preto.

  11. Q1naide maria rosado de souza diz:

    Perfeito, sr.Inácio. Anote, só acreditarei se houver uma surpresa extraordinária, sem o assento na cadeira principal de DNA idêntico, mas se vier uma nova ocupante, capaz, de sobrenome anterior, mas prevalecendo a ausência do ranço. Aí, sim, acreditarei!

  12. Nazaré Brandão Noronha diz:

    Parabéns escritor Marcos Pinto, belíssimo artigo!!

    História bonita do jovem Allyson, já sou fã e fico na torcida pelo seu sucesso. Parabéns pela grande vitória que Deus esteja ao seu lado…

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