• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
sexta-feira - 13/08/2010 - 14:52h

O que vejo do debate que não vi

O debate Band/Diário de Natal à noite de ontem, com cinco candidatos a governador do Rio Grande do Norte, tem uma repercussão muito residual, pouco mais de 12h depois de realizado.

Na mídia convencional ou na Web, nada de mais relevante.

No meio político, também ninguém enxerga qualquer "fato novo" a mexer com o quadro de disputa.

Confesso-lhe que não vi o debate iniciado às 22h dessa quinta (12).

As impressões que colhi, a partir de observações de algumas fontes que acompanharam o confronto, atestam o que não vi: o debate teve escassos momentos de aproveitamento.

Como franco atirador, Sandro Pimentel (PSOL) foi pro ataque em todas as direções, chegando a ser deselegante ao tratar sobre a saúde do governador Iberê Ferreira (PSB).

Os demais candidatos entraram em atalhos e usaram escapismos verbais para fuga direta de respostas.

Ou seja, tudo previsível.

Debate sempre é válido. Contudo, na maioria das vezes as regras são draconianas, comprometendo a essência da iniciativa, que é produzir uma dialética aberta sobre temas importantes.

A culpa necessariamente não é de quem o promove. É apenas parte da responsabilidade. De modo majoritário, os próprios candidatos tratam de amarrar a discussão de forma prévia, na aprovação das normas. Ali fecham a porta contra eventuais embaraços durante o programa.

Boa performance em debate pode ajudar no resultado final de campanha. Porém o mais importante é evitar "saia justa". Um deslize pode ter efeito dominó, causando muitos estragos.

No geral, cada candidato prepara-se com sua assessoria para o pior. Cada candidato sabe o que lhe incomoda e o que não tem resposta convincente. A partir daí, seus cuidados especiais se concentram na utilização de artifícios para escamoteamento de respostas e despiste da verdade.

Alguns são craques no contorcionismo de palavras. Sempre respondem com evasivas a questões comprometedoras. Assim, o tempo passa e o telespectador-ouvinte fica com a impressão de que perdeu tempo precioso acompanhando um mero faz-de-conta.

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Categoria(s): Blog

Comentários

  1. MARCOS PINTO. diz:

    Devido as regras draconianas estabelecidas com exiguidade do tempo para formular perguntas e respostas, restou configurado um debate tedioso,merencórico,sem nenhum ítem para atrair a atenção do telespectador/eleitor.

  2. MARCOS PINTO - Do ANTT. diz:

    “…Alguns são craques no contorcionismo de palavras. Sempre respondem com evasivas a questões comprometedoras.” Esse perfil de retórica cái como uma luva na candidata do DEM(O),com o seu manjado bordão “…MEUS IRMÃOS E MINHAS IRMÃS…”.

  3. Fernando Lins raiovac diz:

    Acho eu que voce tinha obrigação de assitir o debate que foi feito, ate porque seu blog e importamtissimo neste episodio, fica uma interrogação sua ausenciA deste comentario. sinceramente tenho minhas duvidas, abraço. Rai-o-vac.

  4. karly Robson de Sousa Pereira diz:

    Sofrível o debate.Poucas propostas e um claro sinal que essa campanha não se pautará em idéias,e sim, na tendência apelativa.Iberê parecia retraído.Rosalba estava naquela de não se arriscar.Os nanicos pouco apresentaram de brilho e o Sandro “Pinel” desabou em arrogância e radicalismo.Lembrou-me muita vezes o “smurf zangado”que destestava a tristeza e odiava a alegria.Quando o mesmo referiu-se a doênça do governador,insinuando que o mesmo era para ter se tratado em uma unidade de saúde do estado e não em São Paulo,optei pelo sono.Já tinha visto muito do nada.

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