Por François Silvestre
…é o Comício da Central de Bolsonaro?
Foi no dia Treze de Março de 1964 que Jango, iludido por um apoio militar que não tinha, deu aos inimigos o pretexto perfeito para o golpe que vinha sendo urdido há muito tempo. Uma multidão, na Central do Brasil, defronte do campo de Santana, aos gritos e com cartazes de fotos de Getúlio, aplaudiam as reformas de base anunciadas. Uma representação teatral que a ingenuidade de Jango não conseguiu alcançar o abismo que a realidade lhe oferecia.
Muda o ato. Sem noção ou incapaz de entender a realidade, Bolsonaro aposta nesse mesmo apoio militar para golpear a Democracia e entronar-se no poder. D. Bolsonaro I e único, sob a guarda dos quartéis.
Ele tem apoio militar? Tem. Dos quartéis? Vejamos. O salário do general Braga Neto, mês passado, foi de Cem mil Reais. (100. 000, 00). Do general Heleno, Cento e Doze mil Reais. (112. 000, 00). Do general Ramos, Cento e Dezenove mil Reais. (119. 000, 00).
Uma filha e dois sobrinhos do general Pazuello receberam o auxílio emergencial durante todo o ano passado. Esse apoio e mais de vários outros militares, ativos e inativos, nos cargos comissionados do Executivo, ele tem. É o comando militar do contracheque. E os quartéis, como estão? É aí onde reside o comício da Central do Brasil.
Ele cai? Não. Ele derrete. Os militares de agora não vão tirá-lo do poder, como os de 64 fizeram com Jango. E só fizeram porque contaram com o apoio das lideranças civis, vivandeiras dos quartéis, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto, dentre outros, e o amparo do império americano, na luta “fria” contra o império soviético. Porém, não vão golpear a democracia para entronizar Bolsonaro. Nunca. Fogo de palha. Sem chance.
Vai ser uma palhaçada de uma independência nunca consolidada, avacalhando uma data que deveriam respeitar. E as Forças Armadas, que Bolsonaro nunca respeitou, serão mais uma vez vítimas de chacotas internacionais.
O General Mourão, que merece meu respeito e admiração, sabe disso. Esses generais do contracheque merecem meu escárnio. Bostiocós. Aqui, Ó.
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Tessitura perfeita, interativa com a sonoridade mesclada oriunda dos diversos cenários protagonizados nas ruas. Ora grave, com as ondas de sons tristes em forma de gemidos, causados pela fome merencória reinante nos lares dos quinze milhões de desempregados do país. Ora aguda, diante gritos guturais de revolta delineando reclamos populares na sonoridade do bater das panelas nos quatros cantos do país – do mais recôndito rincão sertanejo ecoando ódios às massas ignaras das favelas, segmentos sociais em constante ebulição espraiando em estuários de vandalismo e violências. Onde restará consignado o caráter de austeridade e lisura das Forças Armadas diante a constatação do pagamento de pomposos e suntuosos salários a Generais superando a cifra dos cem mil reais enquanto 15 milhões de brasileiros ruminam a gosma pegajosa e deprimente da fome e da miséria ?. De sorte que vislumbra-se um rastilho de pólvora com componentes democráticos que se nos apresenta com a imprescindibilidade de acendê-lo com a chama da radical mudança a ser imprimida no âmago das urnas eletrônicas do pleito do ano 2022. Alea Jacta Est. Se vis Pacem Parabelum. A sorte a o sacrilégio caminham paro passou. Estão lançados. Os Coiotes a as hienas bélicas estão à espreita, prontos para uma investida que poderá ser fatal à Democracia. Oremos, pois.
Retificando frase do comentário anterior. Onde se lê A SORTE E O SACRILÉGIO CAMINHAM PARO PASSOU leia-se : A SORTE E O SACRILÉGIO CAMINHAM PARI PASSU.
Bom dia.
Como falei antes o “podre” é extremamente competente de não governar.
Sou réu confesso; chequei durante o períódo petista a desejar intervenção militar, fruto da minha alienação durante o periódo da ditadura, veja só, eu achava que à época havia existido uma “revolução” e que, só pra ilustrar, a música ” O Bébado e o Equilibristra” era só uma música bonita! Alienado? Não, retardado mental!
Bom, conversando com jovens e outros vejo claramento o receio de um golpe mas com rejeição total.
Em tempo, passarei a escrever Brasil, sim, com letra maiuscula. A questão não o nosso torrão e sim o “podre”.
Tá bom falei demais.
Um abraçaço!
Outro dado. Naquele episódio apenas dois governadores não apoiaram o golpe. Miguel Arraes, de Pernambuco; e Seixas Dória, de Sergipe. Foram presos. Todos os outros apoiaram. Alguns de antes, e outros aderiram na véspera. Inclusive o daqui. Jango tinha um aparato militar de mentira. Parecidíssimo com esse de Bolsonaro. Carreiristas fardados.
Segundo o artigo no Brasil só existe o executivo, pq também não falou sobre as maravilhas do STF e do parlamento? Muito fraco.