A morte de um dos criadores da Universidade do Estado do RN (UERN), professor João Batista Cascudo, teve tÃmida repercussão social. Como somos ignorantes. InsensÃveis.
Educação é algo de pouco valor aos olhos dos agentes públicos e do grosso da sociedade, por ser uma patrimônio imaterial, produto abstrato, que não dá frutos eleitoreiros a curto e médio prazos.
O bem gerado pela Uern, nascida nas mãos de João Batista e do então prefeito Raimundo Soares no final dos anos 60, não pode ser medido. É uma iniciativa de enorme efeito transformador.
A força de uma academia não tem poder apenas de transformar vidas, individualmente. Altera uma sociedade e mexe com nosso mundo; produz vetores ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social, num amálgama dinâmica.
Veja os exemplos que vêm do Oriente. Os chamados tigres asiáticos formam técnicos e doutores em volume diluviano.
China e Ìndia possuem 40% da população mundial, desigualdades sociais extremas, um emaranhado de lÃnguas, dialetos, etnias, conflitos internos e com vizinhos, mas saltam como nações modernas. O território chinês – por exemplo, detém apenas 6% de área agricultável do planeta, mas cresce à média de 9% ano.
O Brasil, com bem menos problemas, engatinha na arrancada porque se atrasou sobremodo na educação.
Em Mossoró, Dix-sept Rosado ganhou estátua enorme por ter morte trágica como governador; Vingt Rosado virou nome de conjunto habitacional e avenida pela longa e profÃcua atuação parlamentar, enquanto Dix-huit Rosado teve um teatro batizado com seu nome, por ser o melhor prefeito da história da cidade.
E o professor João Batista Cascudo Rodrigues merece que homenagem?
Confesso que agora não sei aquilatar o que seria adequado para algo tão superlativo. Talvez só daqui a algumas décadas ele e Raimundo Soares recebam o devido retorno por tamanha luminosidade.























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