Sem um articulador político nato, cerebral e confiável, o esquema da prefeita Fafá Rosado (DEM) deixa quase ao deus-dará seu entorno sucessório. Não sabe o que faz. Se é que faz algo equilibrada e planejadamente. Não parece pensar antes de agir. Quando age.
Não exagero.
Olha, tenho dito e repetido aqui: essa turma não é do ramo. Está governo, é governo, mas não é do ramo. Fazem um piquenique esticado, aproveitando para pegar o que está ao alcance da mão.
É pura diversão.
A prefeita é uma senhora inatacável. Mãe e esposa exemplar, tenho dito. Porém está com um encargo maior do que suas possibilidades. Daí a vacância gerencial.
Quem administra de fato, nunca geriu a própria vida com zelo e êxito. Sequer tem profissão definida ou currículo que preencha uma folha de aposta em caderneta de jogo do bicho. Imagine governar uma comuna com quase 250 mil habitantes e orçamento que vai superar R$ 1,1 bilhão em quatro anos.
Ser secretário – gerente, coordenador disso ou daquilo – não é profissão. É função. Cargo transitório, mesmo quando a gente pensa ser vitalício e uma dádiva por merecimento. Como dizem há milênios os hindus – "tudo passa".
Não posso dizer que o piloto sumiu. Ele nunca esteve na cabine. Se pegar o "manche", derruba de vez a aeronave. Caso típico de incapacidade, que a arrogância e o histórico denunciam. A mim não surpreende. Cantei a "pedra " bem antes, quando escrevi uma longa reportagem analítica para o Jornal Página Certa. Perfil premonitório do que estava se formando.
Teclando diante do vídeo desse computador, recordo um episódio que presenciei sobre o poder, seus encantos e fugacidade. Situo-o primeiro: era final dos anos 80.
Palmilhando aos poucos a calçada irregular, sob um corpo delgado e cenho com vincos superdimensionados pela luz do sol, se aproxima alguém que até poucos dias estava no pedestal. Era a personificação do poder. Era. Passado, pois.
Nem com o sorriso gracioso que ostentava, meu personagem real passou da porta onde antes era recebido sob incenso.
– Diga a esse velho que eu não cheguei; eu não estou aqui – exasperava às escondidas o interlocutor que o cortejava até pouco tempo, tecendo cânticos às suas supostas virtudes de homem público. Assustador para mim…
O choque foi tão revelador, que comecei a moldar a ferro e fogo outra interpretação quanto a meu papel, minha profissão e o mando – que muitos confundem com poder. São palavras distintas, com significados parecidos, mas essências diferenciadas. A primeira é a força de fazer; a segunda é a autoridade de realizar, num exercício superior.
Por isso não esqueço esse caso e dos hindus: "Tudo passa."
Carlos não foi só o Prefeito cassado de Areia Branca que estava coladinho com a Gov. Wilma em Tibau. A ex-Prefeita de Governador Dix-sept Rosado Lanice Ferreira estava lá. Passando proximo ao local vi, observei e fiquei indiguinado. Moro em Mossoró, mas sou de Governador, lá ela Lanice só fala no PMDB. Foi assim que Garibaldi perdeu a campanha, com politicos de dois lados, assim como Lanice. Já tinham-me falado alguma coisa a respeito desta posição dubia de Lanice. Agora eu testimunhei.
O vacuo do poder e a estupidez do mando – muito bem colocadas as suas palavras e concordo com o texto, ” vacuo do poder”. Com relação ao Sr. mandatário, não conseguir identificar, mas é a pura realidade.
Um abraço Roberto Pinto
Dileto Carlos Santos, com muita atenção, lí seu comentário acerca da atual administração e da administradora que conheço desde o ano de 1970, quando éstudávamos a então terceira série ginasial no Colégio Diocesano. Nasceu uma amizade pautada no respeito mútuo e na admiração, assim foi com ela, com sua irmã Conceição e seu irmão Alex. E assim continuou até o ano de 1973, pois em 1974, eu fui para João Pessoa-Pb para fazer o curso superior.
Já formado e pai de uma filha Paraibana, voltei para Mossoró, e, por confiança na competência, escolhí o esposo da mesma para ser o médico da minha ex-esposa, escolha muito acertada, diga-se de passagem.
Não pude participar diretamente da campanha, dada a minha fragilidade de saúde e, sobretudo, a doença do meu amado e saudoso Pai. Os prognósticos não eram bons o que veio a se confirmar no dia 06 de Janeiro, portanto, 06 dias após a posse da mesma.
Mas, mesmo assim, durante a campanha, enviei para a mesma, um projeto que tratava da coleta seletiva e destino final do lixo da nossa terrinha. Lembro-me perfeitamente que, tão logo ela recebeu o projeto, telefonou para mim, encantada com o projeto e, na ocasião disse-me, ¨ muito obrigado meu amigo, saiba que precisarei muito de você no meu governo ¨, encerramos a ligação e, o que era óbvio, aconteceu, ela foi eleita.
Veio o episódio da última viagem do meu Pai, ela, foi para o velório não como Prefeita e sim como amiga da família. Foi só, ficou ao meu lado todo o tempo e, no dia seguinte, acompanhou o cortejo fúnebre, a pé e só.
No dia 17 de Janeiro, portanto, 11 dias depois, recebí uma ligação do meu amigo Aldo Tinoco Filho, o mesmo queria marcar uma audiência com ela para tratar sobre o plano diretor e também dobre a implantação do VOIP. Disse a ele que não seria difícil, dada a aproximação que tinha com ela – Formalmente me dirigí ao seu Chefe de Gabinete, e, qual não foi minha decepção. A audiência foi negada e o mesmo quis me encaminhar para um secretário. Agradecí rispidamente e disse-lhe que, enquanto a irmã dele fosse Prefeita, eu não colocaria os pés alí, e, até hoje, cumpro minha palavra.
Fico a me lembrar do susto quando o Chefe de Gabinete descobrir que a Prefeitura não é dele e que o novo sempre vem.
Tudo passa.
Caro Joarnlista Carlos Santos, O personagem em foco queixa-se de agitador cultural, mas lamentavelmente como você muito bem diz, nem para isso serve, pois diante do pode r que até pensa ter, não consegue se quer fazer da cidade a capital brasileira da cultura.
parabéns pelo perfil desse agitador tão bem delineado