Por Odemirton Filho
Dia desses, disseram por aí que a pessoa com mais de quarenta anos de idade não deveria estar cursando uma faculdade, pois já estaria velha. Ora, e se tem limite de idade para aprender? Para estudar?
Quando eu cursava a faculdade de Direito tinha uma colega de turma com mais do que isso. Sessenta anos de idade, no mínimo. E alguns colegas com quarenta anos. Ou mais. Esbanjavam conhecimento sobre a vida. Eram um farol a iluminar todos nós, jovens e sonhadores estudantes.
No mesmo sentido, quando lecionava no curso de Direito, tive o prazer de ter vários alunos “quarentões”. Eram eles que emprestavam um pouco de maturidade as aulas. Havia alunos comerciantes, médicos, engenheiros, jornalistas etc. Às vezes, eles eram os professores, eu, o aluno.
Entretanto, a juventude é assim. Há de se perdoar os seus arroubos. Quando temos vinte e poucos anos, achamos que as pessoas com quarenta já estão velhas. Porém, ao chegar nessa idade, ficamos envergonhados por pensar tal coisa. Talvez, aos quarenta anos estejamos na plenitude da maturidade. Ou não, porque sempre estamos aprendendo.
Quem conversa com uma pessoa idosa, sabendo ouvir, aprende. Aprende sobre a vida, as pessoas, o mundo. Conhece um pouco do passado, cai na real sobre o presente, e tem uma lição para o futuro. Desculpe o lugar-comum, mas, nesta vida, somos todos professores e alunos.
Sente-se à mesa com seus pais ou avós, escute-os, e terá muito a aprender. Diz a sabedoria popular “que quem não quer morrer velho, morra jovem”.
Pois bem. Felizes são aqueles que conseguem chegar a velhice e podem, apesar das limitações naturais da idade, olhar para trás e ver a estrada percorrida, curtindo seus filhos e netos.
E sim, claro, podem estudar.
Nas palavras do escritor Otto Lara Resende:
“Então vamos juntar o vigor da mocidade com a sabedoria da velhice. E tocar o país pra frente.
Ao futuro”!
Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça
Esta frase do magnífico Oto Lara, resume todo o pensamento e intenção que você, grande Odemirton expôs na peça em tela. Parabéns 👏👏👏
É isso aí, meu caro Rocha Neto. Um abraço.
Para variar, mais uma crônica leve e relevante do nosso cronista Odemirton Filho.
Parabéns, mestre.
O amigo Marcos Ferreira, como sempre, generoso.
Obrigado, meu dileto. Um abração!
Uma verdade legítima
Sem dúvida, Aldaci. Tenha uma excelente semana.