Palavra após palavra, siga em frente
Deixando que o seu texto lhe conduza
Sem pressa nem arroubos, calmamente,
Ao gosto e bel-prazer da sua musa.
Escreva com vagar, porém não tente
Subestimar a língua — esta Medusa
Que às vezes petrifica a nossa mente,
Paralisando a verve mais profusa.
Evite empregar termos rebuscados.
É bom sempre tomar esses cuidados,
De modo que seu texto seja limpo.
A escrita exige esforço, dá trabalho.
Das frases nós limpamos o cascalho
Assim como pepitas num garimpo.
Marcos Ferreira é escritor
Que beleza, caro poeta. É isso mesmo, o texto deve ser limpo, de fácil leitura. O leitor tem que entender a mensagem.
Boa semana. Fique bem.
Abraços.
Grande aula!
Admirável!
Obrigado MF.
Um abraçaço!
Bom dia, MF.
Muito bem. Vez em quando nos dê o prazer dos teus sonetos. Certamente, a Pitucha já ocupa todos os lugares da casa. Acontece rsrs Lembranças a Natália.
Parabéns, Marcos! Um belo soneto.
Meu poeta, hoje eu estou contente… Bem vindas sejam tuas palavras. Feliz dia 13.
Adorei a perspectiva de que a escrita é intuitiva e segundo Décio Pignatari, poeta concretista, o conhecimento também, para não ser mero instrucionismo.
Ao ler o soneto OFICINA do poeta Marcos Ferreira, publicado hoje, domingo, 13 de fevereiro, no Blog Carlos Santos, lembrei-me do prefácio que escrevi para um livro de contos e poesias.
Começo assim:
Clarice Lispector, escritora brasileira, nascida na Ucrânia, filha de judeus russos, assim se posiciona sobre a arte de escrever: “NÃO, NÃO É FÁCIL ESCREVER. É DURO COMO QUEBRAR ROCHAS. QUE NINGUÉM SE ENGANE; SÓ CONSIGO A SIMPLICIDADE ATRAVÉS DE MUITO TRABALHO”.
Que o belo soneto do poeta mossoroense sirva de estímulo ao surgimento de novos escritores, porque, como bem afirma a genial Clarice: “MINHA LIBERDADE É ESCREVER. A PALAVRA É O MEU DOMÍNIO SOBRE O MUNDO”.
Boa tarde, poeta!
Belíssimo soneto, nobre escritor! Numa linguagem clara e sem floreios, com um toque “professoral”. Seguirei as dicas, pois somos eternos aprendizes, na escrita e na vida. Parabéns, amigo Marcos Ferreira! Abraço carinhoso das bandas do Norte.
Quando li esse soneto, no final , achei que tinha assistido uma aula . A última estrofe então foi que me tocou dessa forma de oficina mesmo . Muito bom.
Escrever é sempre um desafio e deve ser um exercício diário. Devemos olhar para cada texto, cada poesia, com certo distaciamento, e dar-lhe o tempo devido de depuração. Abraço nobre poeta e escritor!
De fato. O texto deve estar revisado, repassado, relido… uma, duas, três vezes ou mais. E concordo com a simplicidade das linhas escritas. Nada rebuscado, inteligível ao leitor deve ser colocado. Faz bem aquele que escreve, primeiro ler o que já se escreveu, em especial, os clássicos. O seu Soneto dá o toque, o aconselhamento. Seguir é um bom caminho. Parabéns!