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domingo - 13/02/2022 - 08:30h

Oficina

escrever, escrita, escritor, literatura, caneta,Por Marcos Ferreira

Palavra após palavra, siga em frente

Deixando que o seu texto lhe conduza

Sem pressa nem arroubos, calmamente,

Ao gosto e bel-prazer da sua musa.

 

Escreva com vagar, porém não tente

Subestimar a língua — esta Medusa

Que às vezes petrifica a nossa mente,

Paralisando a verve mais profusa.

 

Evite empregar termos rebuscados.

É bom sempre tomar esses cuidados,

De modo que seu texto seja limpo.

 

A escrita exige esforço, dá trabalho.

Das frases nós limpamos o cascalho

Assim como pepitas num garimpo.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Poesia

Comentários

  1. Odemirton Filho diz:

    Que beleza, caro poeta. É isso mesmo, o texto deve ser limpo, de fácil leitura. O leitor tem que entender a mensagem.
    Boa semana. Fique bem.
    Abraços.

  2. Amorim diz:

    Grande aula!
    Admirável!
    Obrigado MF.
    Um abraçaço!

  3. Aluísio Barros de Oliveira diz:

    Bom dia, MF.

    Muito bem. Vez em quando nos dê o prazer dos teus sonetos. Certamente, a Pitucha já ocupa todos os lugares da casa. Acontece rsrs Lembranças a Natália.

  4. Genecy diz:

    Parabéns, Marcos! Um belo soneto.

  5. Cristiane dos Reis Braga diz:

    Meu poeta, hoje eu estou contente… Bem vindas sejam tuas palavras. Feliz dia 13.

  6. Valdemar Siqueira Filho diz:

    Adorei a perspectiva de que a escrita é intuitiva e segundo Décio Pignatari, poeta concretista, o conhecimento também, para não ser mero instrucionismo.

  7. João Bezerra de Castro diz:

    Ao ler o soneto OFICINA do poeta Marcos Ferreira, publicado hoje, domingo, 13 de fevereiro, no Blog Carlos Santos, lembrei-me do prefácio que escrevi para um livro de contos e poesias.
    Começo assim:
    Clarice Lispector, escritora brasileira, nascida na Ucrânia, filha de judeus russos, assim se posiciona sobre a arte de escrever: “NÃO, NÃO É FÁCIL ESCREVER. É DURO COMO QUEBRAR ROCHAS. QUE NINGUÉM SE ENGANE; SÓ CONSIGO A SIMPLICIDADE ATRAVÉS DE MUITO TRABALHO”.
    Que o belo soneto do poeta mossoroense sirva de estímulo ao surgimento de novos escritores, porque, como bem afirma a genial Clarice: “MINHA LIBERDADE É ESCREVER. A PALAVRA É O MEU DOMÍNIO SOBRE O MUNDO”.

  8. Rizeuda da silva diz:

    Boa tarde, poeta!
    Belíssimo soneto, nobre escritor! Numa linguagem clara e sem floreios, com um toque “professoral”. Seguirei as dicas, pois somos eternos aprendizes, na escrita e na vida. Parabéns, amigo Marcos Ferreira! Abraço carinhoso das bandas do Norte.

  9. Dulce Cavalcante diz:

    Quando li esse soneto, no final , achei que tinha assistido uma aula . A última estrofe então foi que me tocou dessa forma de oficina mesmo . Muito bom.

  10. Airton Cilon diz:

    Escrever é sempre um desafio e deve ser um exercício diário. Devemos olhar para cada texto, cada poesia, com certo distaciamento, e dar-lhe o tempo devido de depuração. Abraço nobre poeta e escritor!

  11. RAIMUNDO ANTONIO DE SOUZA LOPES diz:

    De fato. O texto deve estar revisado, repassado, relido… uma, duas, três vezes ou mais. E concordo com a simplicidade das linhas escritas. Nada rebuscado, inteligível ao leitor deve ser colocado. Faz bem aquele que escreve, primeiro ler o que já se escreveu, em especial, os clássicos. O seu Soneto dá o toque, o aconselhamento. Seguir é um bom caminho. Parabéns!

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