quinta-feira - 18/11/2010 - 11:59h

Operação Hígia aponta possível troca de voto por emprego


Depoimentos das testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal, no  processo resultado da Operação Higia, revelaram a troca de empregos no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) pelo apoio e trabalho na campanha de reeleição da então governadora Wilma de Faria (PSB) em 2006.

Entre os réus do processo, estão o filho da ex-governadora Wilma de Faria, Lauro Maia, e a mulher do ex-secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Carlos Castim, Maria Eleonora Castim.

Dos nove depoimentos tomados ontem sobre o processo, o que teve maior relevância foi o da diretora do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU Metropolitano), Selma Santiago Nunes. Isso porque durante o depoimento, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou escutas telefônicas nas quais é possível constatar a troca de cargos públicos por apoios políticos.

Os áudios foram conseguidos através de escutas telefônicas feitas durante a investigação da PF.

No primeiro áudio exposto, foi apresentada uma conversa entre Selma Santiago e Anderson Miguel da Silva, em que a diretora se queixa da demora para a contratação de maior efetivo para o Samu. Em seguida, foi apresentado um áudio, em que a própria Selma identificou os envolvidos como sendo Anderson e a então coordenadora de execução orçamentária da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), Maria Eleonora Castim.

Na conversa, Selma é citada várias vezes e é comentado a contratação de pessoas que trabalharam na campanha da ex-governadora Wilma de Faria.

“Tem uma tal de Uilma (ex-enfermeira do Samu Metropolitano) que fica colocando minhoca na cabeça de Selma e ela fica me cobrando a contratação de pessoal. Mas quem está lá é gente que trabalhou muito na campanha da governadora e não está aí por nada, é porque trabalhou muito mesmo”, afirma o que seria Anderson Miguel.

Mais à frente, outra declaração a respeito desse assunto, do mesmo Anderson: “falei com essa Uilma: esse pessoal trabalhou muito, deu voto para a governadora. E você? Quantos votos deu? Nem o seu”.

Da Tribuna do Norte

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Comentários

  1. Silva diz:

    Na verdade a colheita é obrigatória. Cada árvore dará o seu fruto na época certa. Tudo é uma questão de tempo.

    O tempo mostrou, está mostranto e mostrará quem caminha na contamão da história da humanidade. O tempo é rei e que ninguén se iluda: plantou, colheu.

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