Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (7), a Operação Nordeste Integrado mobiliza forças de segurança de oito estados para combater o avanço de organizações criminosas. A ação, considerada inédita, mira facções envolvidas com tráfico de drogas, homicídios e roubos, especialmente nas áreas de divisa entre os estados.
Em Pernambuco, por exemplo, 162 ordens judiciais são cumpridas.
Somente no Ceará, mais de mil agentes foram empregados na operação, sendo 960 policiais da Polícia Militar (PMCE), 157 da Polícia Civil (PCCE) e 55 da Perícia Forense (Pefoce).
Participam da operação os estados de Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ao todo, foram executados mais de 510 mandados de prisão e de busca e apreensão.
Segundo informações oficiais, 5.903 agentes de segurança pública — entre policiais militares, civis, bombeiros e equipes de inteligência — estão mobilizados em dois dias de diligências nas divisas dos estados. A operação busca reduzir a criminalidade nas áreas de divisas, especialmente crimes como homicídios, tráfico de entorpecentes e armas, roubos e furtos de veículos e cargas, além de assaltos — tudo no âmbito do Programa Juntos pela Segurança.
O trabalho integrado tendo atuação interestadual, com reforço de patrulhamento, cumprimento de mandados judiciais, prisões em flagrante e apreensão de armas de fogo, drogas e outros materiais ilícitos, alcançam áreas com maiores índices de violência. A missão decorre de muitos meses de planejamento e inteligência, para ser deflagrada agora.
Nota do Blog – Nas primeiras décadas do século passado, o cangaço foi um movimento criminoso organizado que infestou boa parte do Nordeste, com uma rede de apoios de “coiteiros”, financiadores e outros tipos de parceiros. No momento em que o Governo Getúlio Vargas decidiu acabar com esses facínoras, alguns tratados erroneamente como heróis, o banditismo desse gênero foi dizimado. Um dos fatores para o êxito foi a quebra das divisas às incursões das forças oficiais de combate ao crime, uso de armamento pesado, planejamento e meios operacionais. Quem não morreu, fugiu ou se entregou.
As facções no Brasil estão cada dia mais fortes porque servem não apenas ao submundo, mas também atendem a interesses que estão na superfície da sociedade e do Estado oficial.
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