quarta-feira - 01/10/2008 - 10:10h

“Operação Sal Grosso” – VI

Linchamento, cadeia e Deus em meio ao “Sal Grosso”

Há um entendimento cultural, em nossa civilização, que associa justiça a três princípios. Um é divinal. Vem lá de cima, metafísico que é. Outro é coletivo, por decisão da turba, a massa enfurecida. Um terceiro é legalista, por sentença do judicante.

Partindo dessa tríade, é claro que fica estranho à sociedade entender como aceitável o anúncio feito pelo Ministério Público de Mossoró, na segunda (29), quanto às suas ações na investigação denominada de “Operação São Grosso”. Fica uma ponta de frustração.

Pareceu tão-somente uma açãozinha por improbidade administrativa, que alcança o presidente da Câmara de Mossoró, Júnior Escóssia; o advogado da Casa, Igor Linhares, além de uns três servidores em cargos de confiança.

A expectativa feita no imaginário de muita gente, é que estivesse um comboio de camburões à porta da câmara, à espera da fila indiana de vereadores, algemados, rumo à cadeia. Devagar, gente. Nem oito nem 800.

O relatório exposto pelo MP foi um testemunho de trabalho, apresentado à sociedade que o paga. Ela cobra transparência, celeridade e eficácia em sua atuação.

Em face do volume gigantesco do material apreendido (veja matérias mais abaixo), é impossível a agilidade desejada, para se alcançar os outros dois objetivos. Todo esse processo de depuração das entranhas da câmara levará mais tempo, porém é pouco provável que “fique por isso mesmo.”

Ninguém estranhe: adiante, por exemplo, alguns eleitos na atual eleição podem ser obrigados à perda de mandato e ressarcimento ao erário por apropriação indébita.

Noutro ângulo, muita gente fica a perguntar se existe efeito político-eleitoral para 5 de outubro. Não creio. Não imagino que também tenha sido essa a finalidade do anúncio realizado pelo MP, para uma data tão próxima ao pleito.

O impacto é mais de ordem emocional, no moral de alguns candidatos à reeleição e sua “tropa”.

É precipitada a construção de juízo de valor sobre esse ou aquele parlamentar. Todos são inocentes até que se prove o contrário. É possível que alguns terminem sendo vítimas do próprio desleixo, desatenção normas viciadas que há tempos perduram no legislativo.

A massa justicialista promoveria um linchamento e a sociedade democrática realiza o devido processo legal, julgando os eventuais denunciados. Quem não acredita numa coisa nem noutra, espera pela mão de Deus.

De algo não tenho dúvidas: a Operação Sal Grosso é um divisor de águas na atividade pública mossoroense.

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Comentários

  1. edson vieira da silva peixoto diz:

    infelismente esses canalhas vao sair inleso dessa operaçao sal grosso,se isso fosse em um país de vergonha e q tivesse moral c ctza eles,iria devolver nosso dinheiro q eles roubaram,e ainda iam pra cadeia mais infelismente moramos em um pais chamado brasil infelismente,écaaaaaaa

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