A discussão do projeto de lei do Orçamento Geral do Estado, na Assembleia Legislativa, até o final do ano, deverá oferecer à opinião pública, uma amostragem sobre o quadro de forças na Casa.

Será um teste de fogo à liderança do vice-governador Robinson Faria (PMN), que continua – mesmo distante da AL – sendo uma eminência nas decisões políticas desse poder.

Vice-governador e secretário de Recursos Hídricos, com controle de gordo orçamento e mobilidade de autarquias e empresas públicas como a Caern, Robinson terá seu poder enxugado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM)?

As votações vão dizer muito.

Sim, porque Robinson e Rosalba não dizem quase nada. O que falam sobre a convivência entre ambos não deve ser levada em conta. Tudo jogo de cena.

Rompimento? Não, não existe nenhuma das partes interessada em jogar tudo pelos ares.

Mas é óbvio que os interesses estão conflitantes há tempos.

A chegada do PMDB em bloco ao governo, além da possibilidade do mesmo ocorrer com o PR do deputado federal João Maia, é uma reação do grupo da governadora ao expansionismo de Robinson, pré-candidato a senador.

Sua independência assusta.