• Cachaça San Valle - Topo - Nilton Baresi
terça-feira - 27/02/2024 - 09:24h
RN

Vice Walter Alves assume governo pela quarta vez

Walter Alves ficará até 5 de março como titular (Foto: Assessoria)(

Walter Alves ficará até 5 de março como titular (Foto: Assessoria)(

O vice-governador Walter Alves (MDB) assume, como governador em exercício, a chefia do poder Executivo no Rio Grande do Norte a partir de hoje, dia 27. Ele substitui a governadora Fátima Bezerra que está em missão internacional até o dia 5 de março.

Como governador em exercício, Walter Alves manterá a rotina de agendas e compromissos, representando o Governo do RN, enquanto Fátima Bezerra (PT) estiver fora do estado. A última vez que ele assumiu interinamente o Governo foi em outubro de 2023.

Esta é a quarta vez que “Waltinho” assume interinamente o governo estadual. A primeira vez foi em fevereiro de 2023, também pelo fato de a governadora Fátima Bezerra viajar a Portugal. A segunda foi em abril e a terceira em outubro de 2023.

Viagem

A comunicação de viagem internacional à Assembleia Legislativa foi encaminhada dia 19 de fevereiro. No texto, a governadora informa que, entre as agendas oficiais, deve chefiar a delegação potiguar na Feira do Turismo de Lisboa (BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa), considerada uma das mais importantes exposições do mundo destinadas ao setor.

Promovida pela Fundação AIP e realizada na Feira Internacional de Lisboa desde 1989, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) ocorre de 28 de fevereiro a 3 de março, em Lisboa e é reconhecida no setor como o evento mais importante na área do turismo em Portugal.

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terça-feira - 27/02/2024 - 08:48h
Federação

Montagem de nominata deixa vereadora indócil

Marleide é autora da proposição para a audiência pública (Foto: Edilberto Barros)

Marleide sobreviveu em 2020 e conseguiu eleição em luta muito desigual (Foto: Edilberto Barros)

Detentora da única cadeira do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Municipal de Mossoró, a vereadora Marleide Cunha evitou reunião da cúpula da Federação Brasil da Esperança, no domingo (25) – veja AQUI, que tratou da prioridade do petismo nas eleições municipais em 2024: montagem da nominata de vereador.

A vereadora tem razões de sobra para estar indócil.

Cúpula do PT e da Federação não a colocam como prioridade nem existe tratamento isonômico à disputa. A eleição de Glisiany Plúvia de Oliveira, a “Plúvia”, nome preferencial da deputada estadual Isolda Dantas (PT), é questão de honra para a parlamentar e dirigente local do partido.

Em 2020, Isolda tentou emplacar Plúvia, mas ela acabou como primeira suplente.

O partido propagava que teria uma bancada de até três nomes. Venceu apenas Marleide, presidente licenciada do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM), que recebeu R$ 2 mil de fundo eleitoral à sua campanha.

Enquanto isso, Isolda assegurou oficialmente à Plúvia Oliveira R$ 52 mil – 2.600% a mais do que recebeu Marleide Cunha -, além de todo aparato do seu gabinete na Assembleia Legislativa.

Desde então, a relação entre a vereadora e Isolda azedou. Publicamente, ambas fazem um esforço sobre-humano à coabitação, mas o que existe mesmo é uma sincera hipocrisia bilateral.

Para 2024, a pisada é a mesma. Marleide Cunha terá que se desdobrar mais ainda à reeleição e chegar de novo na frente da candidata de Isolda é parte importante do êxito desejado.

Foi dada a largada.

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  • MOGE 2024 - Opa -
segunda-feira - 26/02/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Qualquer pessoa capaz de te irritar se torna teu mestre; ela consegue te irritar somente quando você se permite ser perturbado por ela.”

Epiteto

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segunda-feira - 26/02/2024 - 23:50h
Papo reto

Allyson deixa claro que só definirá vice após o “Cidade Junina”

Em entrevista ao programa Meio-dia RN desta segunda-feira (26), na 96 FM de Natal, o prefeito mossoroense Allyson Bezerra (União Brasil) afirmou que só discutirá nome a vice “depois do Cidade Junina,” em julho.

Especulações, conjecturas e notícias plantadas sobre esse ou aquele nome, não têm amparo em fatos, deixou claro.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 22:26h
Nova Cruz

Empresários mossoroense são empossados em Conselho do Sebrae/RN

Michelson, Nilson, Itamar, Vilma e Zeca Melo: Sebrae do RN em Nova Cruz (Foto: cedida)

Michelson, Nilson, Itamar, Vilmar e Zeca Melo: Sebrae do RN em Nova Cruz (Foto: cedida)

Nesta segunda-feira (26) houve a posse de novos membros do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/RN). A solenidade aconteceu agora à noite em Nova Cruz, que fica a 79 quilômetros de Natal.

Mossoró está no colegiado presidido por Itamar Maciel com três representantes, sendo dois pela Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), Nilson Brasil e Michelson Frota; e Vilmar Pereira, nome do Serviço Nacional da Indústria (SENAI/RN).

Também ocorreu a inauguração da sede própria da Agência Sebrae Agreste, que vai atender os mais de 14 mil pequenos negócios do município e região. Somente no ano passado, a Agência Sebrae Agreste chegou a atender 53% dos 14 mil pequenos negócios instalados nos 23 municípios que são atendidos pela agência. Foram 7.546 empresas atendidas e 15 mil horas de consultorias ofertadas, além de 11 mil orientações técnicas, 20 cursos, 100 palestras e 30 oficinas realizadas.

Diversas autoridades participaram da solenidade, como o superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto (Zeca Melo).

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segunda-feira - 26/02/2024 - 18:36h
Energia elétrica

Bandeira verde é mantida, mas poderá sofrer reajuste adiante

Cosern - Grupo NeoenergiaA Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) confirmou que não haverá cobrança extra nas contas de luz em março, com a manutenção da Bandeira Verde.

Apesar disso, a Neoenergia Cosern chama atenção para a necessidade de adoção de consumo consciente de energia elétrica.

Desde abril de 2022 – portanto há 23 meses – a agência aciona a bandeira verde, o que se dá quando as condições de produção de energia hidrelétrica no país são favoráveis.

O que dita a bandeira tarifária são os níveis das hidrelétricas e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que os níveis das principais usinas do país podem chegar à metade, em abril, final do período seco, e atingir 36,1% em julho.

Se esse quadro se confirmar, com certeza virão reajustes.

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  • MOGE 2024 - Opa -
segunda-feira - 26/02/2024 - 15:26h
Mossoró

Missa marcará 123 anos do Diocesano e 14 anos da Faculdade Católica

missa, fé, oração,Em comemoração aos 123 anos do Colégio Diocesano de Santa Luzia (CDSL) e 14 anos da Faculdade Católica do Rio Grande do Norte (FCRN) haverá Missa em Ação de Graças, no dia 01 de Março de 2024, no Ginásio Carecão, às 8h.

Participarão da liturgia o bispo Diocesano Dom Francisco de Sales e o bispo Emérito Dom Mariano Manzana.

Na programação comemorativa será entregue a Medalha de Mérito Educacional Padre Sátiro Cavalcanti Dantas à professora e escritora Raimunda Almeida.

Nota do BCS –  Obrigado pelo convite. Confirmamos presença.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 15:14h
RN

Governo anuncia primeiro lote de licitação para recuperar estradas

Recuperação de estradas será ainda esse ano e no próximo, avisa DER/RN (Foto ilustrativa)

Governo garante novo padrão de estradas e não apenas um tapa buraco (Foto ilustrativa)

Rodovias em situação crítica no RN, num total de 210 quilômetros, serão contempladas com recuperação. O primeiro edital desse programa que o Governo do Rio Grande do Norte vai encetar terá lançamento amanhã (terça-feira, 27) com nove trechos.

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (26) pela governadora Fátima Bezerra (PT).

Não se trata apenas de tapa buracos, mas de reconstrução de trechos críticos principalmente. “Do total de R$ 1,6 bilhão do empréstimo que fomos autorizados a fazer pelo Governo Federal, vamos utilizar a primeira parcela, já disponível, de R$ 428 milhões, para aplicar exclusivamente na recuperação de nossas estradas”, disse a governadora, lembrando que outros dois editais serão lançados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) na primeira semana de março.

A governadora também citou dois trechos de estradas, um já construído e outro em obras, dentro do novo padrão de rodovias estaduais, mais robustas, mais largas, sinalizadas e seguras. São eles o da RN-233, entre Assú e Triunfo Potiguar, totalmente reconstruído com recursos do empréstimo junto ao Bando Mundial; e a RN-401, de acesso ao município de Guamaré, obras em construção, resultado de uma parceria do Governo do Estado, 3R Petroleum e Prefeitura de Guamaré.

Trechos do primeiro lote em processo de licitação

1º Distrito Rodoviário – Mossoró
RN-015 – trecho Mossoró/Baraúna, 44 quilômetros
RN-117 – trecho Mossoró/Governador Dix-sept Rosado, 34 km
Acesso rodoviário Tibau/Grossos, 17,52 quilômetros

6º Distrito Rodoviário – Pau dos Ferros
RN-079 – trecho BR-405/Marcelino Vieira, 38,0 km
RN-177 – trecho BR-405/Rodolfo Fernandes, 11,0 km
RN-177 – trecho Viçosa/Portalegre, 8,0 km
RN-177 – trecho Francisco Dantas/BR-226 Pau Ferros 8,0 km
RN-177 – trecho Pau dos Ferros/Encanto/São Miguel, 41 km
RN-177 – São Miguel/Coronel João Pessoa, 9,0 km

Nota do BCS – Que os anjos da boca mole digam amém. Excelente notícia. Aplauso.

Quem precisa circular pelo estado, sabe que investimento dessa envergadura é de suma importância.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 14:32h
Jornalismo

Grupo TCM apresentará quinta-feira primeira pesquisa eleitoral

Grupo TCM Telecom planeja projeto Eleições 2024 - tagO ano de 2024 será marcado por mais um processo eleitoral para a escolha dos candidatos a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos municípios brasileiros. As Eleições municipais acontecerão no dia 6 de outubro, e caso haja segundo turno em algumas cidades, ele ocorrerá no dia 27 do referido mês.

Em Mossoró, o Grupo TCM Telecom já definiu como será o projeto Eleições 2024.

Começa na próxima quinta-feira (29), com a primeira pesquisa deste ano, tendo como ambiente de coleta de dados o município de Assú.

As informações serão apresentadas a partir das 19h25 em um programa especial, que pode ser conferido pelos Canais 10 e 14.1 e simultaneamente serão divulgadas no Portal TCM Notícia www.tcmnoticia.com.br. As emissoras de rádio que compõem a Rede TCM – 90, 95 e 98 FM – também contarão com programação diferenciada para a cobertura das Eleições 2024.

“Em 2024 teremos mais de 15 pesquisas em cidades que recebem o sinal da TCM, debates com os candidatos, sabatinas e, claro, a maior cobertura do Estado”, antecipa o jornalista Moisés Albuquerque, diretor de Jornalismo do Grupo TCM.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 11:22h
Sucessão natalense

O peso de Álvaro e seu apoio, ainda longe, de Paulinho Freire

Álvaro, Hugo Motta (falando), deputado estadual Adjuto Dias e Paulinho bem atrás (Foto: redes sociais)

Paulinho (de Azul), Álvaro, Hugo Motta (microfone), deputado estadual Adjuto Dias (braços cruzados) no Versailles (Foto: redes sociais)

Há uma certa precipitação na leitura que muitos fazem, quanto à presença do deputado federal Paulinho Freire (UB) no evento estadual do Republicanos, em Natal, no Versailles Recepções, nesse domingo (25).

A conclusão é de que o prefeito natalense e presidente estadual da legenda, Álvaro Dias, praticamente teria ungido Freire como seu candidato à sucessão.

Menos. Não é bem assim.

É possível.

Mas, hoje, não mesmo.

Bom não esquecer que o senador Rogério Marinho (PL) – com embate interno no partido que comanda no estado – tenta emplacar vice do pré-candidato a prefeito Paulinho Freire. A princípio, ele comenta em círculos fechados que “já está certo.”

Eu não apostaria todas as fichas nessa ‘certeza.’

O prefeito Álvaro Dias segue com muito peso na própria sucessão.

Sem rodeios, é fácil entender que Paulinho para ser candidato do atual prefeito, não poderá ter um vice apontado pelo senador.

É preciso desenhar?

Como diria o rei Pelé: “Entende?”

* No encontro partidário houve presença  ainda de políticos de vários partidos, além do vice-presidente nacional e líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, deputado paraibano Hugo Motta,

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segunda-feira - 26/02/2024 - 09:28h
Natal e Macaíba

Ministro do Esporte tem compromissos no RN nesta segunda-feira

Fufuca estará com Rafael Motta, prefeito de Natal e governadora (Foto: Arquivo)

Fufuca estará com Rafael Motta, prefeito de Natal e governadora (Foto: Arquivo)

A convite do secretário municipal de Esporte e Lazer de Natal, o ex-deputado federal Rafael Motta (PSB), o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), visita Natal nesta segunda-feira (26). Prefeito da capital, Álvaro Dias (REP) acompanha parte da agenda.

Dentro da programação, o ministro faz uma visita de cortesia à governadora Fátima Bezerra (PT), almoça e segue para agenda com o titular da pasta municipal de Esportes, Rafael Motta.

Estão previstas visitas ao Ginásio Nélio Dias, praça de skate na praia do Forte e Instituto Santos Dumont, em Macaíba.

Programação

12h – Visita de cortesia à governadora Fátima Bezerra – sede do Governo do Estado;
14h30 – Visita ao ginásio Nélio Dias, em Lagoa Azul – zona Norte;
15h30 – Visita na praça de skate – Praia do Forte;
17h – Visita ao Instituto Santos Dumont – Macaíba.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 07:28h
Avenida Paulista

Bolsonaro fala para multidão, se diz perseguido e pede anistia

Do Poder 360 e outras fontes

Ex-presidente falou para um público expressivo na Avenida Paulista (Foto: Poder 360)

Ex-presidente falou para um público expressivo na Avenida Paulista (Foto: Poder 360)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou por 22 minutos durante ato político em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), na avenida Paulista, em São Paulo-SP, neste domingo (25). Disse a apoiadores que sofre “pancadas” antes mesmo das eleições de 2018. “Passei 4 anos perseguido também enquanto presidente. E essa perseguição aumentou a sua força quando deixei a Presidência da República”, declarou Bolsonaro diante de uma multidão.

No alto do trio elétrico ‘Demolidor’, o ex-presidente não mencionou o Supremo, apesar do discurso crítico. Rebateu versão de que teria tentado um golpe de estado, disse ser vítima de perseguição e pediu anistia a “pobres coitados” que ainda estão presos por atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023.

Ao fim, declarou que deseja pacificação e “passar uma borracha no passado”.  “Teria muito a falar. Tem gente que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação. É passar uma borracha no passado. É buscar maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados,” afirmou.

O início do ato estava marcado para as 15h, mas os manifestantes vestidos de verde e amarelo começaram a se concentrar na principal via da capital paulista por volta de 9h.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez uma oração na abertura dos discursos. Na prece, ela pediu por vingança divina contra os inimigos políticos de Bolsonaro e a absolvição de seu marido.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, também discursou. Criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além do ministro Alexandre de Moraes.

Em seu discurso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que “não era nada” antes de Bolsonaro “apostar” nele.

Presenças 

Ao todo, foram quatro governadores participaram do evento em São Paulo: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e Romeu Zema (Novo-MG). O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), também marcou presença.

No caso dos senadores, 11: Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado; Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho 01 do ex-presidente; Ciro Nogueira (PP-PI); Magno Malta (PL-ES); Jorge Seif (PL-SC); Marcos Pontes (PL-SP); Marcos Rogério (PL-RO); Luis Carlos Heinze (PP-RS); Carlos Portinho (PL-RJ); Izalci Lucas (PSDB-DF); Wilder Morais (PL-GO).

A listagem aponta para participação de 81 deputados federais de todas as regiões do Brasil.

RN

Do RN, além do senador Rogério Marinho, o deputado General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL) tiveram presença. Apesar de fazer parte da bancada do PL na Câmara Federal, o deputado federal Robinson Faria não compareceu. Ele está preparando saída da legenda.

O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) foi o único parlamentar da Assembleia Legislativa do RN que prestigiou o ato político.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 07:02h
Mossoró

Federação PT/PCdoB/PV prioriza formação de nominata a vereador

Reunião aconteceu nesse domingo, dia 25 (Foto: divulgação)

Reunião aconteceu nesse domingo, dia 25 (Foto: divulgação)

Nesse domingo (25), a Federação Brasil da Esperança em Mossoró, composta pelos partidos PT, PCdoB e PV, realizou reunião para traçar os rumos eleitorais do município em 2024. A prioridade das discussões foi a formação de nominata com as três legendas, que deve ter total de 22 candidatos à vereança.

A reunião foi organizada pela deputada estadual Isolda Dantas (PT) e contou com a participação de parlamentares locais como o vereador Omar Nogueira (Patriota) e Pablo Aires (PSB), representantes da vereadora Marleide Cunha (PT), além de dirigentes partidários e pré-candidatos a vereador.

“Nossa conversa, enquanto federação, é sobre construir um projeto político sólido para melhorar a vida do povo mossoroense. Mossoró precisa de uma alternativa a este modelo deficitário e perseguidor dessa gestão que está aí”, declarou a deputada Isolda.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 06:28h
Progressistas

Oposição trabalha mudança partidária para eleições 2024

Maia e Marinho conversaram no sábado sobre mudança (Foto: divulgação)

Maia e Marinho conversaram no sábado sobre mudança (Foto: divulgação)

Ex-candidato a prefeito em 2020, Dr. Thales Marinho deixou o PSDB após quatro anos filiado ao tucanato. Ele vai para o Partido Progressistas (PP) na tentativa de fortalecer a oposição, para o pleito de 2024.

Marinho encontrou-se no sábado (24) em Messias Targino, região Oeste, com o deputado federal João Maia, que comanda a legenda no RN.

“João Maia me convidou para presidir o PP no município de Ipanguaçu, dando carta branca para organizar o partido e ver as melhores condições para o futuro do município”, revelou em suas redes sociais. Em 2020, ele foi candidato a prefeito e ficou em terceiro lugar, com 31,36% dos votos.

Eleições

Ipanguaçu, município no Vale do Açu, passou por eleições suplementares no dia 6 de março do ano passado, quando a chapa Remo da Fonseca Silveira (PP)/Sílvio Nobre (Solidariedade) foi eleita com 5.278 votos, que representaram 50,14% dos válidos.

A maioria sobre Jefferson Santos (PL)/Dr. Thales (PL), que teve 5.249 votos, ou 49,86% do total, foi de apenas 29 votos.

O prefeito eleito em 2020, Valdereto Bertoldo (PL), acabou sendo cassado e foi afastado do cargo, juntamente com a vice Mara Carmelita (PSB), em novembro de 2022.

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segunda-feira - 26/02/2024 - 05:52h
Estadual 2024

América passa fácil por Baraúnas e vai à final

O América não teve maiores dificuldades para vencer nesse domingo (25 de Fevereiro de 2024) o Baraúnas na Arena das Dunas, em Natal, em semifinal do primeiro turno do Campeonato Estadual 2024.

Passou fácil com placar de 3 x 0.

Gustavo Henrique duas vezes e Rodriguinho marcaram para os alvirrubros.

Com o resultado, o América vai enfrentar o ABC na final, adversário que passou pelo Santa Cruz de Natal nos pênaltis, após empate em 2 x 2 no tempo normal.

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domingo - 25/02/2024 - 23:54h

Pensando bem…

“Analisa bem quem é teu amigo, porque se o consideras como sendo-o, e ele não o é, pode ser o teu maior inimigo.”

Diógenes de Sinope

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domingo - 25/02/2024 - 11:20h

Nem de longe

Foto do próprio autor da crônica

Foto do próprio autor da crônica

Por Bruno Ernesto

Aquele velho ditado de que nem sempre o que parece, é, nunca esteve tão em voga.

Dia desses, escutei um conhecido dizer que a felicidade é possível nas coisas simples.

Sim, concordo!

O que, de início, parecia uma conversa alinhada, com exemplos de simplicidade, autoconhecimento e satisfação pessoal, se mostrou uma felicidade tóxica e artificial.

Voz mansa e palavras de ordem para a plena felicidade, aos poucos, contrastava com o que fazia na prática.

Essa foi a terceira vez que pudemos conversar pessoalmente, numa roda de conhecidos em comum; e uma coisa que notei, foi que toda conversa iniciava com uma lição de autoestima daquelas que se encontra em livro de autoajuda ou se escuta em palestras motivacionais, e que seu ciclo de amizade era enorme e de gente abastada.

Como de costume, escutei atentamente e falei pouco.

Sempre é bom escutar o interlocutor que tem muito a dizer, especialmente quando o assunto é ele mesmo.

Dizia ela, a dita pessoa, que não sabia como alguém poderia viver num ciclo de aparência e necessidade de agradar aos outros, mas que, ela própria, precisava fazer a mesma coisa.

Estranhei, mas a justificativa que deu em seguida, foi reveladora: era preciso manter o “networking”.

Fiquei curioso e resolvi perguntar que “networking” seria esse, embora já imaginasse.

Não se fez de rogada e disse que eram pessoas da alta sociedade cujo seu trabalho era manter o fio da navalha sempre cego, de modo que os cortes das agruras deles fossem rasos.

Descobri, depois, que as agruras a que ela se referia eram quais restaurantes, academias, viagens luxuosas e o carro novo que precisariam frequentar, realizar e comprar; pouco importando o sacrifício pessoal, o custo financeiro e o moral.

Confesso que compreendi.

Embora tentasse se desvencilhar dos seus pupilos emocionais, transparecia um prazer existencial em fazer parte daquele micromundo de invariável fragilidade pessoal e, muitas vezes e, ao que parece, indissociável prazer de orbitá-lo, muito embora fosse intangível à sua realidade.

Não seria surpreendente que se sentisse parte, ao menos em sua mente.

Lá pelas tantas, disse que, apesar de ter morado num luxuoso hotel por três meses, a vista deslumbrante do mar, a brisa, o excelente buffet do café da manhã e as excelentes conversas com os hóspedes bem afeiçoados, não lhe interessaram naquele momento, por razões que lhe fugiam à sua racionalidade.

De fato, não tive como contrapor o seu argumento de autoridade, muito embora desconhecesse sua real formação acadêmica.

Após os seus repetidos bordões de felicidade tóxica, lembrei de uma pequena casinha que fotografei outro dia na beirada de uma grande falésia.

Sua simplicidade, digo, da casa, contrastava com a beleza que ao fundo apareceria. Muito embora o penhasco ficasse logo ao lado.

Certamente quem já a conhece, sabe que a beleza ao fundo, esconde um grande perigo.

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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domingo - 25/02/2024 - 10:28h

Uma comparação literária

Machado de Assis: autor de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Foto: Reprodução)

Machado de Assis: autor de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (Foto: Reprodução)

Por Marcelo Alves

Hoje mais do que nunca, com a globalização, a facilidade de comunicação e o maior intercâmbio cultural, a literatura comparada deve ser uma das principais “parceiras” daquele que pretende analisar as realidades da cultura geral e do seu povo. E, quando falo de globalização, refiro-me àquele processo que tende a criar e consolidar uma economia mundial unificada, um único sistema ecológico, uma complexa rede de comunicações que abarca todo o mundo e, por que não, um padrão de cultura/literatura comum a todos os povos ditos “civilizados”.

Essa melhor utilização da literatura comparada, aliás, pode se dar de várias maneiras e em vários níveis. Podemos realizar macro ou microcomparações. A primeira refere-se ao estudo de duas ou mais “literaturas” (a brasileira e a norte-americana em suas totalidades, por exemplo); a segunda, ao estudo de aspectos, temas, obras ou autores de duas ou mais “literaturas”. Deve-se notar, ainda, que essa comparação pode ser horizontal ou vertical, a depender se o enfoque recai sobre o panorama atual ou se são feitas incursões de caráter histórico nas “literaturas” comparadas.

De fato, na literatura, a comparação tem muito a nos oferecer. De maneira ao mesmo tempo integrativa e contrastante, a literatura comparada nos ajuda a identificar os elementos essenciais da literatura de outros países, de outros povos, de outras línguas, suas semelhanças e diferenças para com a nossa, assim como seus pontos fortes e fracos no panorama cultural universal. Jamais em competição com as tradições internas, mas em parceria com elas, a literatura comparada pode ter uma função de análise e ajudar a se chegar a um julgamento mais equilibrado e crítico de nossa produção intelectual, graças a uma perspectiva mais ampla e multicultural da literatura.

Tomemos aqui, como singelo exemplo para comparação literária, a seguinte relação entre a obra do irlandês Laurence Sterne (1713-1768) e do nosso Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908).

O mulato carioca Machado de Assis é convencionalmente tido como o maior escritor brasileiro de todos os tempos. É quase uma unanimidade, acredito. O grande crítico norte-americano Harold Bloom (1930-2019), aliás, tinha Machado de Assis como o maior escritor negro de todos os tempos. Uma de suas obras-primas é o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881). E a propósito, em 2020, a prestigiosa revista The New Yorker, em virtude de uma nova edição de “The Posthumous Memoirs of Brás Cubas”, deu à resenha do livro o consagrador título: “Redescobrindo um dos mais espirituosos livros jamais escritos”.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” é alegadamente inspirado no “Tristram Shandy” (“The Life and Opinions of Tristram Shandy, Gentleman”, 1759-1767) de Sterne. Mesmo que se tenham estórias diversas para cada um dos livros, e mesmo que seus contextos sociais e culturais sejam diversos (uma Europa com duzentos anos de diferença para o nosso Brasil), há, sem dúvida, fortes pontos de contato/inspiração.

A “forma livre de jogar as ideias”, as digressões e o humor (embora um humor mais sarcástico em Machado e um mais ingênuo/sentimental em Sterne) são amplamente reconhecidos. Pode-se até de dizer que Machado “roubou” a ideia ou concepção do romance de Sterne, que, por sua vez, já a teria “furtado”, em parte, do Dom Quixote (1605) de Miguel Cervantes (1547-1616).

Mas não tenham isso como demérito para o nosso maior escritor. Com “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, Machado de fato nos presenteou com um romance inovador – experimental, posso dizer –, tido como o marco inicial do realismo (mágico?) na literatura brasileira, até então presa ao romantismo. Um ponto de virada, para melhor, na obra do Bruxo do Cosme Velho.

As ousadias formais – basta lembrar que o narrador é um “defunto autor”, sem compromisso com a cronologia do tempo – e o humor implacável são mesmo revolucionários. E, para além dos aspectos formais, o romance também encanta pelo seu conteúdo: pretensa autobiografia, é uma crítica, refinada mas sem concessões, da hipocrisia da sociedade brasileira de então (e de hoje?).

Por detrás do humor, revela o pessimismo do autor com tudo que ele enxerga. É um romance filosófico e moral, que combina diversão e profundidade com natural equilíbrio.

Afinal, e não canso de repetir, já dizia o enorme Picasso (1881-1973): “Bons artistas copiam, grandes artistas roubam”.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 25/02/2024 - 09:50h

Lá vem a chuva

Área litorânea, região metropolitana, são pontos mais críticos no período (Foto ilustrativa Elisa Elsie)

Foto ilustrativa de Elisa Elsie/Arquivo

Por Odemirton Filho

O velho sertanejo olhava para o céu. Estava no período do inverno, e rogava a Deus que a chuva molhasse o chão esturricado. Todo ano era a mesma peleja, o homem do campo fia-se em Nosso Senhor e nas benções de São José para que o inverno seja chuvoso. A esperança não morre, renova-se ano a ano. Assim é a vida do povo do sertão, calejado pela constante falta d`água.

Com o velho sertanejo não era diferente. Passou a vida trabalhando naquelas terras. Herdou-as do seu pai e, desde pequeno, ajudava-o na roça, aprendendo o ofício que vinha de geração em geração. Daquele chão seco conseguiu tirar o sustento dos cinco filhos.

Hoje, moravam somente ele e a sua mulher, também avançada em anos. Os filhos foram morar numa cidade grande em busca de melhores condições de vida. Entretanto, nunca pensou em sair do seu torrão. Ali nasceu, ali morrerá.

Levavam uma vida simples. A sua mulher preparava o café cedinho, antes do sol raiar; barria o terreiro, depois, ia limpar a casa e preparar o almoço. Ele ajeitava alguma cerca que estava quebrada; alimentava os poucos animais que tinham; limpava a sua pequena roça. Na hora do almoço, normalmente comiam feijão, farinha e, quando tinha, alguma mistura. Tomava umas doses de cachaça para “espaiar o sangue”.

À noite, ao lado de sua velha, assistiam ao noticiário na televisão e escutavam umas cantigas no rádio. Gostavam de ouvir o rei do baião: “Sem chuva na terra descamba janeiro, depois fevereiro e o mesmo verão; apela pra março que é mês preferido do santo querido senhor São José (meu Deus, meu Deus)”; dormiam antes das 21h, religiosamente.

Recebia o dinheirinho do governo, mas o “aposento” mal dava para as despesas. Há anos que escutava a conversa mole dos políticos que a vida vai melhorar. Neste ano de eleições municipais, os candidatos a prefeito e a vereador deverão passar pela sua casa prometendo mundos e fundos, mas gostava de dizer que já tinha plantado “um pé de cá te espero”.

Agora, via as nuvens carregadas, os raios rasgando o céu. Estava capinando a roça e gritou para a sua mulher: lá vem a chuva! Lá vem a chuva!

E sentiu o suor do trabalho, as lágrimas da esperança e os pingos da chuva enviada por Nosso Senhor escorrerem em seu rosto.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 25/02/2024 - 09:12h

Marcas do tempo

Por Marcos Araújo

Ilustração Web

Ilustração Web

O poeta romano Virgílio, autor de “Geórgicas” e “Eneida, costumava dizer aos seus comensais que o tempo fugia de forma irreparável (tempus fugit irreparabile). Como um “devorador das coisas” (tempus edax rerum) emendou depois, com precisão, o poeta Ovídio (43 a.C. – 17 d.C.). Em suas aulas aos estóicos, o filósofo grego Sêneca repetia excessivamente que “nada é nosso, exceto o tempo.” E sobre a ansiedade humana na busca de um viver perpétuo, complementava: “Perdemos o dia esperando a noite e perdemos a noite esperando amanhecer.

Outro dia, fiquei absorto em envelhecidas sinapses cerebrais ao adentrar na ampulheta da minha existência, depois que o ilustre editor deste Blog restaurou uma publicação sua, de 12 anos atrás, noticiando a inauguração do nosso “novo” escritório.  Reflui no seu texto, para aportar brevemente no passado. À semelhança de Mário Quintana, admito que na minha cabeça “o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente…”

Pensei nas diversas mudanças a que fui submetido. No último decênio, por exemplo, a tecnologia “devorou” muitos dos símbolos dos escritórios de advocacia do meu tempo inicial, a exemplo: i) a máquina datilográfica; ii) o diário oficial publicado em jornal impresso; iii) o processo judicial – e administrativo – físico; iv) os livros em papel; v) o contato com o cliente e o meio de consultar o advogado (que era fundamentalmente presencial, e agora é pelo Instagram e o WhatsApp); vi) os mandados judiciais, que são atualmente cumpridos por mensagens de WhatsApp etc.

O Direito foi mudando.  Antes, a fonte era a lei, depois a Constituição. Agora, somos espectadores da fuga da normatividade, valendo apenas a “decisão-norma” criada pelo Tribunal ou por um Juiz, em isolado. O STF virou legislador extraordinário, e Alexandre de Moraes um intérprete avesso da lógica constitucional.

No meu tempo, crises diplomáticas entre nações se resolviam em reuniões longas a portas fechadas entre os embaixadores. Hoje, são “viralizadas” a partir de publicações – dos embaixadores – em redes sociais. Os Poderes Públicos (Executivo, Legislativo e Judiciário) todos os dias criam mais e mais portais, canais e oferta de serviços virtuais, uma prodigalidade de promessas descumpridas e serviços absolutamente ineficazes.

Os prejuízos são notados na família, na formação educacional, na educação social. Há um desprezo pelos encontros pessoais e estamos decretando a morte da mágica da afetividade humana.

A VIRTUALIDADE, penso eu, tem sido inimiga da criatividade, do aprofundamento do saber, do pensar instantâneo, da operatividade, da destreza do agir… Pelo menos, as crianças estão mais lerdas, menos ativas. Os profissionais também. Conhecimento temático é de superfície. O saber é apenas “googliano”. Os cursos de finais de semana, por Google Meet, diplomam milhares dos “especialistas” do presente.

Stravinsky (1882-1971), o famoso compositor e maestro russo, perguntado uma vez sobre o seu sucesso, negou bastar a inspiração. Dizia ele que tudo vinha pela persistência do trabalho: “Não se nega a importância da inspiração. Pelo contrário, considero-a uma força motriz, que encontramos em toda atividade humana. Essa força, porém, só desabrocha quando algum esforço a põe em movimento, e esse esforço é o trabalho.”

Meu desafio diário está na resposta de Arnaldo Antunes, dos Titãs: “não vou me adaptar”.  Tenho travado, como Aldyr Blanc, diálogo com o tempo. E sei que ele debocha de mim. O efeito é diverso do que foi musicado. Fico apenas com a parte final: No fundo é uma eterna criança, que não soube amadurecer / Eu posso, e ele não vai poder, me esquecer.”

Marcos Araújo é advogado e professor da Uern

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domingo - 25/02/2024 - 08:02h

Pequeno burguês de esquerda

Foto: I Stock

Foto: I Stock

Por François Silvestre

Certa vez, um comentarista do Blog Carlos Santos, pensando me agredir, chamou-me de ex-comunista. Eu respondi confirmando, para desencanto dele. Disse, na época, que concordava com a afirmação. E que fora de fato comunista, ou pelo menos pensava que o fora.

Digo que pensava porque havia quem não me considerasse como tal. Isso mesmo. Os comunistas tradicionais, da cartilha stalinista, nunca me consideraram comunista. À exceção dos quadros do PCR. Nomes importantes da resistência democrática. Lembro agora Emmanoel Bezerra, Manoel Lisboa, Leonardo Cavalcanti, Dionary Sarmento. Os dois primeiros mortos sob tortura, os outros dois presos e torturados. Mas isso é outra história.

O certo mesmo é que o comunismo sino soviético foi uma tragédia fantasiada de alternativa. Tragédia não apenas pela prática da violência, mas pelo delito histórico de ter ofertado ao capitalismo a bandeira das liberdades fundamentais. Presente indevido a presenteado imerecido. O capitalismo foi e sempre será o regime da exploração humana.

Toda crítica do capitalismo à violência, à opressão, e à miséria é tão somente um estuário de hipocrisia e farisaísmo. Hipócritas e exploradores da condição humana. O sinosovietismo deu ao capitalismo sobrevida e argumentos. Mas não conseguiu lhe dar vergonha.

O comunismo morreu para o capitalismo continuar matando.

Então, isso dito, reafirmo como verídica a crítica dos stalinistas sobre mim. De fato eu sou o que eles disseram que eu era. Apenas um pequeno burguês de esquerda. Ou como disse Ângelo da Costa Neto, filho de seu Luis Lino, sou um esquerdista cervegista. Não consegui até hoje enxergar dignidade humana no capitalismo.

É isso aí.

François Silvestre é escritor

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domingo - 25/02/2024 - 06:48h

O universo fantástico de Ayala Gurgel

Por Marcos Ferreira

Livro de Ayala Gurgel (Reprodução)

Livro de Ayala Gurgel (Reprodução)

Não sou estudioso da produção livresca potiguar. De modo algum. Nem mesmo do âmbito mossoroense. Ignoro, destarte, que tenhamos entre nós um literato mais sombrio e fiel às surpresas do estilo sobrenatural, com os recursos criativos, as características e peculiaridades de Ayala Gurgel. Sim. Trata-se de um ficcionista engenhoso, fecundo, versátil, autor, principalmente, de títulos nas modalidades conto, novela e romance.

Conquistou posições de destaque em relevantes prêmios literários, além de integrar antologias organizadas e lançadas ao longe de nossa província.

Embora pouco conhecido nos meios intelectuais do RN e de Mossoró, Ayala já escreveu e publicou quase uma dezena de livros através de edições particulares. Unindo criatividade e elementos verídicos, o seu estro adota como pano de fundo a temática e vastidão da caatinga. Transita, invariavelmente, pelo gênero sobre-humano, sempre arraigado na ficção teológica. Nessa esfera, que conhece a fundo, apresenta as suas garras de escritor ácido. É aí que estabelece e desenvolve uma escrita iconoclástica, pródiga em sistemáticas críticas à instituição da Igreja Católica.

Nascido em 1971 no município norte-rio-grandense de Alexandria, Ayala Gurgel reúne vasta formação acadêmica. Tem passagem por importantes universidades brasileiras, informações estas que não gosta de divulgar. Entre outras habilitações, é doutor em Políticas Públicas e Filosofia. Desde 2014 é professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

Possui experiência no campo da Filosofia, sobretudo em Ética, Bioética, Tanatologia e Saúde Mental. Atualmente desenvolve pesquisas na área de filosofia da linguagem ordinária e teoria da argumentação. 

Em Brumas & Brenhas, cujo prefácio leva a minha assinatura, mas que poderia lhes expor a avaliação de alguém mais familiarizado com o simbolismo do místico, ouso dizer que o autor de O Segredo da Ordem do Santo Sacrifício se revela em sua melhor forma enquanto criador de mundos e personagens. Inventivo, de pulso firme e se utilizando das tintas de um demiurgo como Stephen King, de quem é confesso admirador, Ayala nos mostra que também sabe contar uma boa história e infundir algum medo em pessoas menos habituadas a leituras dessa natureza.

Não pretendo esmiuçar, traduzir nem oferecer a bem elaborada narrativa de Brumas & Brenhas toda mastigadinha para o respeitável leitor. Não. Isso está fora de minha competência. Ao menos é o que eu presumo. Recomendo ao público, portanto, mergulhar na trama e ver de perto o saboroso e extraordinário conto acerca de indivíduos tão incríveis quanto verossímeis. Em especial a jornada que dois padres jesuítas empreendem pelas brenhas do alto oeste potiguar no ano de 1751.

Gurgel: instigante (Foto: divulgação)

Gurgel: instigante e ácido (Foto: divulgação)

A HISTÓRIA É CONTADA em primeira pessoa por um narrador onisciente e ignoto. Na segunda parte do causo, com uma prosa clara e instigante, é relatado o aparecimento do seguinte fenômeno climático:

“A situação estava feia e não dava sinais de melhora, anjos e santos pareciam não se apiedarem, mas naquele exato dia 06 de abril de 1751, ainda de madrugada, antes do sol raiar, uma névoa úmida começou a subir da areia fina do riacho onde se encontravam as últimas cacimbas com alguma serventia. Não houve relâmpago ou trovão durante a noite toda, nenhum sinal de que cairia uma gota d’água, nada que indicasse mudança do tempo, apenas a bruma que começou a subir da terra, atingindo, em pouco tempo, a copa das árvores ciliares”.

A trama é construída a partir de um documento fictício que supostamente aponta para a origem da cidade natal do romancista, um lugarejo de nome Barriguda. Aí encontramos tipos cativantes, a exemplo do protagonista e contador de histórias Zé Preto, escravo que conseguiu sua alforria por meios que ninguém sabe ao certo.

À volta de Zé Preto, que relata aos jesuítas o mistério da súbita bruma, gravita uma série de catingueiros interessantes como Dona Antônia, Seu Zé de Brejeiro, Dona Amélia, Preá, Baraúna, Filomena, Zefa, Cocota, Mundico, Zefinha e Madalena.

Posso afirmar que, entre todos os trabalhos artísticos de Ayala, Brumas & Brenhas é o meu preferido. Digo mais: estamos perante um homem de letras que realmente sabe escrever, talento este que não é regra em nosso habitat. Então, sem querer me alongar nem chover no molhado, fico por aqui e convido vocês a se embrenharem no universo fantástico de Ayala Gurgel. Afianço que vale a pena.

Marcos Ferreira é escritor

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