Os cinco ministro da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acabam de tornar réu o senador e ex-candidato à presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG).
É a primeira vez que ele se torna réu, mas nove inquéritos tramitam no STF. Nesse, é denunciado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça. Teria recebido R$ 2 milhões do grupo JBS e tentado atrapalhar investigações.

Aécio foi visto lendo notícia quando escândalo pipocou; depois, deixou Congresso (Foto Jorge William - Agência O Globo)
Acompanhe a seguir como foi a sequência da votação, conforme postagens do Twitter do próprio STF (veja AQUI):
Relator do inquérito, ministro Marco Aurélio Mello recebe a denúncia contra o senador Aécio Neves pelos dois crimes – corrupção passiva e obstrução de justiça. Segundo ele, há indícios de recebimento de vantagem indevida e de embaraço às investigações.
Ministro Luiz Roberto Barroso acompanha relator e recebe a denúncia contra o senador Aécio Neves por corrupção passiva e obstrução de justiça. Para Barroso, houve a utilização do cargo de senador para a prática de crime.
Indícios suficientes
Ministra Rosa Weber também acompanha relator pelo recebimento da denúncia pelas duas imputações contra Aécio Neves, por considerar suficientes os indícios de materialidade e de autoria.
Ministro Luiz Fux também segue relator e recebe a denúncia contra o senador Aécio Neves pela suposta prática dos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça.
Ministro Alexandre de Moraes acompanha relator apenas com relação à imputação de corrupção passiva, rejeitando a denúncia quanto ao crime de obstrução de justiça. Para ele, o Ministério Público Federal (MPF) embasou a segunda acusação contra Aécio em inquéritos envolvendo outros políticos.
Ocorreram quatro sustentações orais pelos advogados de Aécio Neves, Andrea Neves (irmã do senador), Frederico Pacheco de Medeiros (primo do senador) e Mendherson Souza Lima, envolvidos na denúncia.
Em nome do Ministério Público Federal, o procurador Carlos Alberto Carvalho de Vilhena afirmou haver nos autos farto material probatório contra os investigados.
O procurador argumentou que o empresário Joesley Batista (do Grupo JBS) apenas aceitou pagar R$ 2 milhões a Aécio Neves por ser um senador da República, com grande influência política, que estaria preparado para dar a contrapartida esperada em momento oportuno.
Alberto Toron, advogado de Aécio, questionou a imputação de obstrução de justiça afirmando que não há organização criminosa envolvida. Detalhou condutas de Aécio no Senado que demonstram sintonia com os anseios da Magistratura e do Ministério Público, e não o contrário.
Leia também: Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões.
Acompanhe o Blog Carlos Santos pelo Twitter clicando AQUI e o Instagram clicando AQUI.