terça-feira - 18/02/2025 - 10:30h
FM Princesa de Assú

Blog analisa futuro político de Fátima, Allyson, Rogério e Styvenson

A governadora Fátima Bezerra (PT) será ou não candidata ao Senado?

A oposição no RN tem um quadro de nomes citados como possíveis pré-candidatos ao governo. Senador Rogério Marinho (PL), prefeito mossoroense Allyson Bezerra (UB) e ex-prefeito natalense (Republicanos) são os mais comentados.

Mas, como estaria hoje cada um deles e quais perspectivas de efetiva candidatura?

O senador Styvenson marcha para projeto de reeleição ou estaria, minimamente, de olho na Governadoria?

O vice-governador Walter Alves (MDB) é o nome governista à sucessão estadual ou há hipótese de ele mesmo desistir da empreitada?

O quadro de insolvência do erário do RN tem jeito? Quais perspectivas e o que aguarda o próximo governador (a)?

Essa e outras questões foram abordadas nessa segunda-feira (17), às 18h05, no programa Panorama do Vale da 90,9. Horário especial da FM Princesa de Assú, dentro do quadro “Bate Bola da Princesa”, provocadas pelo âncora Lucílio Filho.

O vídeo dessa postagem é a íntegra dessa conversa, que pega outros atalhos e outras veredas, também com descontração.

Acompanhe.

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segunda-feira - 17/02/2025 - 23:56h

Pensando bem…

“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.”

Charles Chaplin

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segunda-feira - 17/02/2025 - 23:50h
Equipe

Secretariado é reunido pela primeira vez por prefeito

Marcos Medeiros e Allyson Bezerra conduziram reunião com equipe pela primeira vez (Foto: reprodução de vídeo da 95 FM)

Marcos Medeiros e Allyson Bezerra conduziram reunião com equipe pela primeira vez (Foto: reprodução de vídeo da 95 FM)

Todo o primeiro escalação do governo municipal mossoroense participou nesta segunda-feira (17), no Salão dos Grandes Atos do Palácio da Resistência, da primeira reunião do ano com o prefeito Allyson Bezerra (UB).

Em pauta, as metas para o ano de 2025, início da segunda gestão do governante, que promoveu mudanças consideráveis em sua equipe, em relação ao primeiro governo.

Ao lado do vice Marcos Medeiros (PSD), o prefeito destacou a importância do bom atendimento ao cidadão e na relação com o servidor.  “Eu não quero secretário que passa o dia no gabinete, esse não é nosso estilo de trabalho, quero um secretariado presente na vida do povo de Mossoró”, finalizou.

Secretários Municipais

Rodrigo Forte – Sec. De Governo
Wilson Fernandes – Sec. De Comunicação Social
Luana Lima – Sec. De Administração
Edilson Júnior – Sec. Da Fazenda
Tatiane Leite – Sec. De Planejamento, Orçamento e Finanças
Rodrigo Lima – Sec. De Infraestrutura
Walmary Costa – Sec. De Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito
Almir Mariano – Sec. De Saúde
Leonardo Dantas – Sec. De Educação
Janaína Holanda – Sec. De Cultura
Etevaldo Almeida – Sec. De Assistência Social, Cidadania e Juventude
Mário Paz – Sec. De Esporte e Lazer
Pedro Fernandes – Sec. De Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo
Faviano Moreira – Sec. De Agricultura e Desenvolvimento Rural
Raul Santos – Procurador-geral do Município
Tales Belém – Consultor-geral do Município
Washington Filho – Controlador-geral do Município
Augusto Cavalcante – Sec. De Projetos e Programas Estratégicos
Miguel Rogério – Sec. De Serviços Urbanos
Sariny Nobre – Sec. De Meio Ambiente e Urbanismo
Paulo Linhares – Sec. De Governança e Inovação em Gestão
Marcos Oliveira – Sec. De Gestão e Desenvolvimento de Pessoas
Alex Velasco – Instituto Municipal de Previdência
Caronlyne Oliveira – Agência Reguladora de Serviços Públicos de Mossoró.

Secretários Adjuntos 

Josenildo Gomes – Sec. Adjunto de Infraestrutura
Bruno Martins – Sec. Adjunto de Cultura
Morgana Dantas – Sec. Adjunta de Assistência Social, Cidadania e Juventude
Adler Severiano – Sec. Adjunto de Educação

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segunda-feira - 17/02/2025 - 23:38h
César José de Oliveira

Servidores da Emater-RN querem exoneração do diretor-geral

César já dirigiu o Incra também (Foto: Arquivo)

César já dirigiu o Incra também (Foto: Arquivo)

Do Blog do BG

Um grupo de servidores de carreira da Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-RN), que atualmente exerce funções de Coordenador de Planejamento e Subcoordenadores de Crédito, Pecuária, Agroecologia e Convivência com o Semiárido, entregou esta manhã uma carta de renúncia endereçada ao diretor-geral da instituição, César José de Oliveira.

A carta foi entregue à chefe de gabinete da Emater, Diana Moreira. O momento teve a participação da diretora-presidente da Associação dos Servidores da Emater-RN (ASSEMA-RN), Suzany Figueiredo, e do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (SINAI), Santino Arruda, além de servidores e bolsistas da instituição em Natal.

A carta-renúncia apela ao Governo do Estado pela substituição imediata de Cesar Oliveira na direção da Emater e lista uma série de problemas:

– Ingerência na atividade técnica desenvolvida pelos coordenadores, subcoordenadores, gestores regionais e técnicos locais; difícil ambiente institucional;

– Inoperância para a sobrevivência da Emater;

– falta de compromisso funcional com os servidores;

– Omissão na participação de importantes eventos voltados à agricultura familiar no país; veículos com documentação atrasada e sem manutenção;

– Inércia na resolução de problemas institucionais, causando o sucateamento geral da Emater nos municípios onde atua e na sede estadual;

– Além de remoção de servidores de forma arbitrária.

Um dos trechos da carta cita “falta de papel higiênico, água, material de limpeza, material de expediente, manutenção de veículos, pneus, internet, regularização do licenciamento dos veículos institucionais, falta de recursos para o desenvolvimento das atividades-fim, decadência na estrutura física dos escritórios, como rachaduras, infiltração, risco elétrico e até teto caído.”

Vale ressaltar que a Emater, que completará 70 anos de existência em 2025 no Rio Grande do Norte, atua nos 167 municípios potiguares, possuiu aproximadamente 200 servidores efetivos, 80 bolsistas, diversos escritórios próprios, centro de treinamento, porém recebe uma cota financeira de 170 mil reais por mês, recurso absurdamente insuficiente para suprir as necessidades básicas. “Por que outras instituições menores recebem cotas bem maiores? Porque claramente esses gestores exercem as funções as quais foram investidos, que é de gerir suas instituições intermediando demandas e resultados junto ao executivo”, menciona a carta de renúncia.

Outro ponto importante é que o atual cenário é o mais favorável na conjuntura política dos últimos anos, por existir uma convergência entre as esferas nacional e estadual. Esperava-se o fortalecimento da instituição e um melhor diálogo com os servidores, o que infelizmente não aconteceu, resultando nessa crise institucional nunca antes vista em 69 anos.

Por fim, o grupo renunciante, com o aval da Assema-RN, pede ao Governo do Estado pela substituição imediata da Diretoria Geral da Emater, como “sendo essa a única forma de dirimir a grave crise institucional instalada. E em caso de procedência do pleito, nos colocamos à disposição para continuar contribuindo com a nova diretoria.”

Nota do Blog Carlos Santos – O diretor-geral é natural de Parelhas, formado pela Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), já foi superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Rio Grande do Norte de 2003 a 2005, diretor nacional do INCRA entre 2005 e 2011 e assessor especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário entre 2011 e 2013.

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segunda-feira - 17/02/2025 - 21:24h
Câmara Municipal

Prefeito apresenta mensagem anual do Executivo nessa terça-feira

Mensagem anual terá apresentação a partir de 9 horas (Foto: Arquivo/2024)

Mensagem anual terá apresentação a partir de 9 horas (Foto: Arquivo/2024)

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (UB) fará a leitura da Mensagem Anual do Executivo na Câmara Municipal nessa terça-feira (18). A sessão acontecerá às 9h e abrirá os trabalhos do ano do legislativo e da legislatura 2025-2028.

“Será um momento importante para levar aos vereadores de Mossoró e à população mossoroense a nossa mensagem, destacando os avanços realizados no nosso primeiro mandato e, claro apresentar metas e objetivos para o nosso segundo mandato”, justifica o prefeito.

“Estamos cada vez mais motivados, dispostos a realizar muito mais sonhos do povo de Mossoró’’, afirma.

A Leitura da Mensagem Anual do Executivo será transmitido ao vivo através do canal do Youtube da Prefeitura de Mossoró no link //www.youtube.com/watch?v=hS8PC1NIKxA.

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segunda-feira - 17/02/2025 - 16:26h
Campus Central

Reitora e vice-reitor dão início a uma campanha inédita na Uern

Cicília e Chico reunem segmentos acadêmicosComeçou nesta segunda-feira (17) uma campanha inusitada no âmbito da Universidade do Estado do RN (UERN). A reitora professora Cicília Maia e o vice-reitor Chico Dantas deram início à manhã deste dia, a jornada ao segundo mandato à Reitoria da instituição, sem adversários.

Concorrendo à reeleição, em candidaturas únicas, eles abriram atividades no Campus Central, às 8h30, em Mossoró, com visitas a unidades acadêmicas e segmentos, e diálogo com estudantes, professores e servidores técnicos.

O período de campanha eleitoral segue até o dia 14 de março. A votação será realizada no dia 18 março, com divulgação do resultado prevista para o dia seguinte (19). A votação será realizada de forma online, pelo sistema SigEleição.

Eleição direta

Com o fim da lista tríplice, instituído pela Lei Estadual Nº 10.998/21, em setembro de 2021, os candidatos mais votados pela comunidade da Uern (estudantes, professores e servidores técnicos) têm a eleição garantida, cabendo ao Governo do Estado apenas a nomeação e posse dos eleitos.

O primeiro mandato dos professores Cicília Maia e Chico Dantas – iniciado em setembro de 2021 – se encerra em 28 de setembro deste ano. O novo período de gestão será de setembro de 2025 a setembro de 2029, com a posse marcada para a Assembleia Universitária, em 28 de setembro deste ano, nas comemorações dos 57 anos da universidade.

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segunda-feira - 17/02/2025 - 14:40h
Episcopado

Igreja comemora um ano da chegada de Dom Francisco à Diocese

Dom Francisco de Sales é o sétimo bispo da Diocese de Mossoró (Foto: Diocese de Mossoró)

Dom Francisco de Sales é o sétimo bispo da Diocese de Mossoró (Foto: Diocese de Mossoró)

A Diocese de Santa Luzia de Mossoró celebra nesta segunda-feira (17) o aniversário de um ano da chegada de Dom Francisco de Sales, bispo diocesano.

Para marcar esse momento, será celebrada uma missa em ação de graças nesta segunda-feira, na Catedral, às 17h30.

Lema 

O lema episcopal de Dom Francisco é “como aquele que serve”, escolhido quando de sua ordenação episcopal, em 8 de junho de 2016, em sua terra natal, Carpina (PE).

A posse de Dom Francisco na Diocese de Mossoró aconteceu no dia 17 de fevereiro de 2024, no adro da Catedral de Santa Luzia, em Mossoró.

Ele sucedeu o bispo Dom Mariano Manzana, hoje emérito. Dom Francisco é o sétimo bispo da Diocese de Mossoró.

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segunda-feira - 17/02/2025 - 06:50h
Violência

“The Sun” diz que PM de São Paulo é a “mais perigosa do mundo”

Jornal inglês cita vários casos recentes e marcantes envolvendo a PM (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Jornal inglês cita vários casos recentes e marcantes envolvendo a PM (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Do Poder 360

O jornal europeu The Sun publicou uma matéria neste domingo (16.fev.2025) na qual declara que a polícia de São Paulo é a “mais perigosa do mundo”. O texto narra casos em que os agentes da metrópole realizaram abordagens violentas, que resultaram na morte de pessoas sem envolvimento criminal.  A matéria tem como título: “Ruas de Sangue – Por dentro da força policial mais perigosa do mundo, com crianças mortas a tiros, suspeitos jogados de pontes e policiais que ‘querem assassinatos no currículo’”.

A publicação traz uma entrevista com a diretora-executiva da Conectas Direitos Humanos, Camila Asano. Segundo ela, há um aumento expressivo da violência policial em São Paulo.  Asano define o momento como uma “crise na segurança pública”. Ela afirma que os casos de letalidade policial estavam em declínio até apresentarem um aumento depois  do início da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), em 2023.

“Quando de Freitas foi eleito, ele começou a defender uma força policial muito violenta. Ele desconsiderou medidas para controlar a letalidade policial, como o uso de câmeras corporais”, disse Asano.

São citados vários casos de crimes letais provocados pela polícia paulista. Como a morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina de 22 anos, na capital. E o episódio em que um homem foi jogado de uma ponte por um policial militar em dezembro de 2024, na zona sul.  A reportagem também aborda o contexto racial dos episódios de violência.

O The Sun

The Sun é um tabloide britânico conhecido por seu estilo sensacionalista e popular. Seu perfil ideológico é geralmente alinhado com o conservadorismo e o populismo de direita, frequentemente refletindo as posições do Partido Conservador do Reino Unido. O jornal tem uma história de apoio a políticas e candidatos conservadores, embora também busque atrair um público amplo com conteúdo voltado para entretenimento, esportes e fofocas sobre celebridades. (Com informações acessórias de IA do Deepseek e ChatGPT para o BCS).

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segunda-feira - 17/02/2025 - 03:40h

Pensando bem…

“Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo.”

Pitágoras

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domingo - 16/02/2025 - 22:46h
Recursos federais

Ministério da Justiça faz visita técnica ao Rio Grande do Norte

Arte ilustrativa

Arte ilustrativa

A governadora Fátima Bezerra (PT) recebe nesta segunda-feira (17), a partir das 9h30, na Governadoria do Estado, uma comitiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Grupo fará uma visita técnica sobre a aplicação do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) no Rio Grande do Norte.

A comitiva, composta por 11 membros da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), será liderada por Camila Pitarelli, Diretora de Gestão do FNSP.

O encontro tem como objetivo avaliar e discutir a utilização dos recursos do FNSP no estado, visando o aprimoramento das políticas de segurança pública e o combate à criminalidade.

Programação

9h30 – Auditório da Governadoria: Abertura da visita técnica com a presença da governadora Fátima Bezerra e da comitiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

10h30 – Escola de Governo: Visita ao stand para apresentação dos equipamentos e objetos adquiridos pelos órgãos beneficiários e unidades da SESED, com recursos do FNSP.

11h – Visita às obras da nova sede do ITEP: Local: Rua dos Campos, 293, Felipe Camarão (por trás do IERN Natal).

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domingo - 16/02/2025 - 18:24h
Jornalismo político

A noite promete no “Bate Bola da Princesa” nessa segunda-feira

Banner de divulgação da FM Princesa

Banner de divulgação da FM Princesa

A gente esbarra à noite desta segunda-feira (17) no estúdio da querida FM Princesa do Vale – 90.9 – de Assú.

Vamos conversar sobre política, ora, ora, num bate-papo com meu querido Lucílio Filho, dentro do programa “Panorama do Vale”, a partir das 18h05.

Estaremos no “Bate bola da Princesa”, prosa leve sobre temas importantes, outros nem tantos e algumas abobrinhas, logicamente.

Transmissão Ao Vivo e em todas as suas plataformas – Rádio (AQUI), YouTube (AQUI) e Instagram (AQUI).

Até lá!

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domingo - 16/02/2025 - 14:54h

Ouvir é uma arte

Por Odemirton Filho

Arte ilustrativa com uso de Inteligência Artificial do AI Meta para o BCS

Arte ilustrativa com uso de Inteligência Artificial do AI Meta para o BCS

Existe um poema do escritor Rubem Alves que diz: “sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir”.

E é verdade. Neste mundo, fala-se muito, ouve-se pouco. Todos querem falar, contudo, quase ninguém escuta o outro. Quase todos querem aparecer, mostrar-se ao mundo virtual, ser o dono da razão; as redes sociais estão aí para provar.

No entanto, às vezes, é preciso silenciar. Escutar. Ouvir, principalmente, a voz do coração. O silêncio tem muito a dizer. Escutar a voz do outro, os desejos de quem está ao nosso lado não é comum. Normalmente se quer ganhar no grito, pois ouvir é uma arte.

Será que realmente sabemos o que pensa o outro? Será que temos a sensibilidade para escutar o que a outra pessoa tem a nos dizer? Talvez, ela necessite ser ouvida. Ao escutar o outro, entramos no seu mundo e, quem sabe, podemos ajudá-lo de alguma forma.

Onde também existe muita zoada é no ambiente da política; fala-se demais, ouve-se de menos. Quase ninguém escuta os argumentos contrários aos nossos. Aliás, a paixão pelo candidato de nossa preferência tem nos tirado a razão. E eles estão lá, no “bem-bom”.

O exercício da cidadania não combina com paixão cega. Devemos acompanhar o político que elegemos, se ele tem realizado o prometido. O cidadão consciente de seu papel aponta os erros desse ou daquele político, mesmo o de sua preferência.

Enfim, “aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça, disse-nos Jesus. Se és homem ou mulher de fé, escute a palavra de Deus. Ele tem muito a nos ensinar. No silêncio da nossa alma escutamos a sua voz. Sim, Ele nos fala, mas precisamos escutá-lo.

Nesse contexto, o cardeal José Tolentino escreveu:

“A audição se faz com os ouvidos, mas também com o coração, ouvindo o dito e não dito, o fora e o avesso, o presente e o futuro que é dado em cada instante”.

Tente diminuir a correria da vida. Fique em silêncio.

E escute.

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Crônica
  • Repet
domingo - 16/02/2025 - 08:32h

Que fique bem, claro!

Por Bruno Ernesto

Escultura de um macaca Foto do autor da crônica)

Escultura de um macaca (Foto do autor da crônica)

Diz o velho adágio popular que é melhor lidar com bicho do que com gente.

Quem é cordato, normalmente é tido como uma pessoa amigável. Não se impor é sempre mais atraente para os outros, que se impõem.

Quando a imposição se dá por meio de argumentos, ainda que refutáveis, talvez seja mais fácil digeri-la.

Quem aceita tudo calado, talvez já tenha desistido da vida, pois são as pequenas atitudes que nos faz resilientes.

Toda pessoa sempre tem duas chances de dar alegria aos outros: quando chega ou quando vai embora.

A despeito da dualidade humana, ou seja, essa coexistência de dois elementos opostos, como raiva e alegria, simpatia e antipatia; no que diz respeito aos bichos, mais uma vez eles têm vantagem em relação à gente, pois a simpatia deles é genuína.

Admiro enormemente o que o filósofo Mário Sérgio Cortella ponderou sobre o comportamento humano, ao dizer que gente excessivamente simpática é chata e dissimulada e que nessas horas, a sinceridade maior vem dos antipáticos.

Em outra vertente, diametralmente oposto, também é pertinente o que Idi Amin, ex-ditador de Uganda, disse sobre liberdade de expressão: “Aqui tem liberdade de fala. Só não tem liberdade após a fala.”

Nesse contexto, um interlocutor queixou-se que hoje há poetas demais e poesia de menos e, um tanto reticente, disse que não via mais graça em certas ocasiões e em alguns encontros literários, e que tais encontros se restringiam a elogios recíprocos sobre coisa alguma.

Ponderei que talvez o problema não fosse apenas de composição; quem sabe de leitura ou interpretação.

Como não sei interpretar um poema como fazia Antônio Abujamra, e o fazia de uma forma inigualável, fico apenas com a minha sinceridade, pois não desejo o mal a ninguém.

Que fique bem, claro! Quando digo que não adianta desdizer, é porque o que foi dito não pode ser desouvido, ainda que seja verdade.

Que fique bem, claro! Admiro a maior característica dos deuses do Olimpo. Tudo é extremo, bom ou ruim.

Que fique bem, claro! Mozart tinha razão ao dizer que a música não está nas notas musicais, mas no silêncio entre elas.

Que fique bem, claro! Se não falei, não significa que não tenha pensado.

Mas que fique bem, claro!

Bruno Ernesto é professor, advogado e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 16/02/2025 - 07:38h

As rupturas de Shakespeare

Por Marcelo Alves

Imagem de Hamlet gerada com Inteligência Artificial do Grok, do X, para o BCS

Imagem de Hamlet gerada com Inteligência Artificial do Grok, do X, para o BCS

Na semana passada, tratei aqui dos “roubos” de Shakespeare (1564-1616) – veja AQUI, no sentido de que o Bardo, com poucas exceções, não teria inventado os enredos de suas peças. Ele tinha suas “fontes”. Shakespeare reescreveu histórias antigas ou lendárias; trabalhou a partir de obras de escritores italianos relativamente próximos de seu tempo; adaptou ficções populares de seus compatriotas contemporâneos.

Ele apreendeu e compreendeu essas ideias; reinterpretou-as para diferentes universos e épocas; disse o não dito a partir do já dito. Com seu gênio, roubou/transformou o que já era muito em muito mais do que muito.

Mas o que fez ser Shakespeare – e sua obra dramática – muito mais do que muito?

O Bardo foi, entre outras coisas, um disruptor, dando a este vocábulo um sentido não só negativo de destruição, mas também de consequente e positiva reconstrução.

Shakespeare marca uma clara ruptura com a tragédia grega. Ele lia os clássicos gregos para fins de elaboração de suas peças, é vero. Ao escrever suas peças “romanas”, ele baseou-se amplamente nos escritos de Plutarco (46-120). Ele estava também familiarizado com a sabedoria Bíblica. Mas, se a Grécia é o berço do teatro ocidental, da tragédia clássica com a sua lei das três unidades – tempo, lugar e ação – segundo Aristóteles (384-322a.C.), Shakespeare rompeu com isso em direção ao teatro/cena moderna. O seu tempo é mais longo (e não um só dia como na tragédia clássica), seus cenários são múltiplos e tanto os seus protagonistas como as suas personagens secundárias determinam o rumo da trama.

Se Shakespeare foi um revolucionário mestre das tragédias, ele também o foi das comédias. Com um adendo importantíssimo: misturando-as sublimemente adocicadas com romance. Se, em especial no teatro grego, a tragédia e a comédia eram tratadas separadamente, Shakespeare, no seu palco, imita a vida, essa nossa “tragicomédia” de paixões, de idas e vindas, real e cotidiana.

Sob o ponto de vista linguístico, ele foi um inigualável inventor de palavras. Dotado de uma mente perceptiva, que respondia célere e inventivamente às inspirações da linguagem literária e falada, é imensurável a influência de Shakespeare para o desenvolvimento do vocabulário, da língua e da cultura inglesas dentro do seu país e mundo afora.

Como anotam Leslie Dunton-Downer e Alan Riding, em “Essential Shakespeare Handbook” (Dorling Kindersley, 2004), “nenhum outro poeta possui uma criatividade vocabular tão plena quanto Shakespeare, que introduziu no inglês cerca de mil e quinhentas novas palavras entre as vinte mil utilizadas em suas obras. Muitas das mais conhecidas frases ainda hoje em uso na língua inglesa apareceram pela primeira vez nas suas peças e na sua poesia”.

A partir das suas “fontes” históricas/literárias ou desenvolvendo-as inteiramente do zero, Shakespeare foi o criador de personagens humanizadas, que, embora vivendo suas estórias fantásticas, parecem muito próximas de nós em suas qualidades e, sobretudo, em seus defeitos. Conforme registra Caroline Cunha, no texto “As inspirações do teatro de Shakespeare”, no blog Letras in.verso e re.verso, “a dramaturgia shakespeariana é conhecida por sua extensa galeria de personagens emblemáticos como Hamlet, Ofélia, Otelo, Iago, Cleópatra, Rei Lear, Macbeth, Desdêmona, Rosalinda, entre outros. Shakespeare criou mais de mil personagens, muitos são dotados de uma dimensão interior nunca vista antes nas histórias. Da pena do autor saíram diálogos que discutem temas da filosofia, da teologia, da metafísica. Seus personagens vão do desespero à felicidade, em tramas que falam de amor, loucura, guerra, disputa pelo poder, política e liberdade. Shakespeare criou alguns dos primeiros anti-heróis da literatura, protagonistas que não possuem vocação heroica, têm um quê de malvados, podendo realizar a justiça por motivações egoístas”. E, citando o professor de literatura inglesa da USP John Milton, arremata a autora:

“‘Todos os grandes heróis trágicos dele têm falhas com as quais podemos nos associar, como o ciúme de Otelo, a ambição de Macbeth, a atração pelo poder de Ricardo III, a procrastinação de Hamlet e, na tragédia de Cleópatra, Marco Antônio é um homem poderoso que larga tudo por amor. Todos os personagens têm essas características muito humanas’”.

Talvez por isso tudo seja Shakespeare hoje reconhecido como o inventor do “moderno” e, como quer Harold Bloom (1930-2019), do “humano”.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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domingo - 16/02/2025 - 06:28h
Campeonato Estadual

Santa Cruz vence o Potiguar e parte na frente para ir à semifinal

Em disputa válida pelo jogo de ida das Quartas de Final do Campeonato Potiguar, o Santa Cruz de Natal levou a melhor contra o Potiguar de Mossoró. Venceu por 2 x 0 nesse sábado (15).

A partida foi realizada no Estádio Nazarenão, em Goianinha, região metropolitana de Natal.

Diego Costa e Felipinho marcaram os gols da vitória tricolor ainda no primeiro tempo.

O Potiguar vai precisar vencer por pelo menos dois gols de diferença no jogo de volta, forçando as penalidades, ou vantagem superior a dois gols de diferença, se quiser passar direto.

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A volta entre o Tricolor e o Alvirrubro está marcada para a próxima quarta (19), no Barretão. Quem passar vai enfrentar o América na semifinal.

*Vídeo: TV Tropical/Rede Record

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domingo - 16/02/2025 - 05:24h

Depoimento – III

Por Ayala Gurgel

Imagem gerada pela Inteligência Artificial do Grok do X para o BCS

Imagem gerada por Inteligência Artificial do Grok para o BCS

B.O: N° 03-7871/2019

NATUREZA: INQUÉRITO INVESTIGATIVO

DATA DA COMUNICAÇÃO: 03 DE DEZEMBRO DE 2019

COMUNICANTE: IVALNETE MARIA APARECIDA IMACULADA E SILVA

A senhora Ivalnete Maria Aparecida Imaculada e Silva, vulgo Neta, quarenta anos, casada, ensino médio completo, do lar, residente nesta freguesia, compareceu a esta delegacia distrital em dia e hora agendados, na companhia de duas testemunhas e sua advogada, todas devidamente identificadas na forma da lei. A depoente narrou, perante mim, escrivã de polícia, que se encontrava profundamente abalada com o ocorrido e estranhava as acusações que pesam contra sua pessoa. Que não passa de um mal-entendido; que nunca foi sua intenção falar mal de ninguém, quanto mais de um defunto, muito menos ainda em frente à família enlutada. Que a mãe lhe ensinou que falar mal dos mortos pode trazer bastante azar e nunca faria uma coisa dessa. Solicitada para se ater aos fatos, disse que tem ciência da acusação aberta contra ela e que tudo não passa de mal-entendido. Quando indagada, assumiu que esteve no local da ocorrência e permaneceu ali por cerca de meia hora. Que o local a que se refere é a sala cinco da funerária central desta cidade e que ali ocorreu o episódio motivo desta oitiva. Que esteve a convite da família de um amigo de infância que havia morrido recentemente e há muito não se viam. Que foi justamente para o velório dele. Que convidou para irem ao funeral consigo duas pessoas, amigas de vizinhança, visto que o marido da depoente se recusou a acompanhá-la. Indagada, disse que as amigas às quais se refere são as mesmas que estão presentes como testemunhas nesta oitiva. Que tomou a atitude descrita para não correr o risco de ficar sozinha, pois não conhecia ninguém da família do morto além da amiga que a convidou. Que chegaram ao local por volta das oito horas da noite e não pretendiam demorar. Que nenhuma delas gosta de ficar em local onde há gente morta por muito tempo, especialmente à noite. Que, ao chegarem à funerária, não pararam na recepção e foram direto para a sala onde acontecia o velório, a sala de número cinco, conforme sua amiga e irmã do falecido lhe informou ao telefone. Ao adentrarem o recinto, percebeu que não eram as únicas a estarem atrasadas. Que a sala estava quase vazia, só haviam três pessoas no local, uma senhora e duas pré-adolescentes, todas sentadas no canto da parede. A depoente fez questão de explicar que quando disse que não havia mais ninguém não contabilizou o morto, que estava no caixão aberto no centro da sala, exposto à visitação. Que, chegando ao local, não viu sua amiga ou outra pessoa parecida com ela, que pudesse ser da família, nem qualquer pessoa conhecida, o que achou estranho, mas não parou para pensar no caso. Que, ao entrar na sala, fez uma saudação discreta à mulher e às meninas que estavam sentadas e foi direto ao caixão, para dar uma olhada rápida no morto. Que rezou um Pai Nosso junto ao falecido e somente depois foram se sentar, no lado oposto ao do grupinho que já estava na sala, para aguardarem a amiga ou outro parente. Que, nesse intervalo, para quebrar um pouco o clima chato de velório, ela começou a contar às amigas algumas lembranças que tinha do falecido. Indagada, disse que pode ter falado em voz alta, de modo que qualquer pessoa que estava na sala poderia ter ouvido o que ela falou. Sobre o conteúdo do que falou, disse que contou às amigas que se lembrava de poucos episódios sobre a vida do falecido, a maioria de quando eram crianças. Contou que o falecido costumava se vestir com roupas de mulher e brincar com as amigas, até altas horas. Que esse hábito foi mantido, escondido dos pais, até a adolescência; quando, em mais de uma ocasião, ela o ajudou a se maquiar antes de sair, mesmo tendo ensinado-o a fazê-lo sozinho. Que foi somente após o falecido começar a namorar com meninas que ele diminuiu o hábito, mas, vez por outra, passava na casa dela e os dois ficavam muito à vontade, e ele fazia questão de experimentar os sapatos e vestidos que ela tivesse. Que ele não gostava de outras coisas femininas além de vestidos, sapatos e maquiagem. Disse às amigas, naquela ocasião, que, certa vez, ainda na adolescência, ele levou para ela o seu primeiro cigarro de maconha e fumaram juntos. Que o falecido era muito divertido e que ela não sabe por qual razão os dois se afastaram. Disse que foi somente isso que falou às suas amigas naquela noite e não viu nada de mais nisso. Respondendo a pergunta do delegado, disse que sim, percebeu que enquanto falava do falecido a mulher e as duas meninas choravam bastante, mas não fazia ideia de quem eram ou por que estavam ali. Declarou que não sabia nada sobre a vida do falecido nos últimos dez ou doze anos, mas tinha certeza que ele não havia se casado e aquela mulher não podia ser esposa dele nem as meninas suas filhas, e se fossem da família deveriam saber muito bem o que ela estava falando, pois o próprio falecido abriu a boca e confessou tudo sobre sua vida sexual numa noite de natal em família. Que se lembrava muito bem da ocasião, apesar de não se recordar mais do ano, pois ele teve que ir dormir na casa dela após a confissão, e levou algum tempo para a família aceitá-lo, mas acabou dando tudo certo. Que a família não tinha mais segredos quanto a isso e aceitava seus namorados, por isso ela se sentiu à vontade para falar o que falou. Que não viu razão para se preocupar com a discrição sobre a intimidade do falecido, pois não acha vergonhoso ser gay. Quando perguntada, disse que se lembrava sim de ter falado às amigas que ela havia conhecido o grande amor da vida dele. Que se lembrava de ter dito isso e na mesma hora acrescentado que não se recordava mais do nome, mas sabia que os dois trabalhavam juntos quando se conheceram. Que, por mais de uma vez, teve vontade de perguntar àquela senhora o que era do falecido, mas como estava sempre chorando, achou por bem esperar a amiga chegar, pois não sabe lidar com gente chorona. Que isso demorou cerca de meia hora. Como não viu chegar ninguém da família, as três decidiram que estava na hora de irem embora. Que, ao saírem da sala cinco onde o corpo estava sendo velado, viu sua amiga no bebedouro e chamou por ela, que lhe perguntou o que faziam ali, visto que o velório estava sendo realizado na sala quinze. Que somente nesse momento percebeu que falou do morto errado na frente de uma família que ela não faz a menor ideia de quem é e que ficou morta de vergonha, mas não teve coragem de voltar e pedir desculpas. Era o que tinha a relatar.

Ayala Gurgel é escritor, professor da Ufersa, doutor em Políticas Públicas e Filosofia, além de especialista em saúde mental

*O texto faz parte do livro homônimo e tem como desafio transformar a escrita ordinária, informal, em literatura, tal como os clássicos fizeram com as cartas (criando a literatura epistolar).

Leia tambémDepoimento (02/02/2025)

Leia também: Depoimento II (09/02/2025)

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 16/02/2025 - 03:46h

Quando eu crescer

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa Web

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Estamos às portas do carnaval, infelizmente. Falo por mim, claro. Há ocasiões em que imagino que não sou deste planeta. Bom. Não é da minha conta o fato de um mundo e meio de indivíduos curtirem o momo. É uma espécie de cartão de visita do Brasil. Eu, entrementes, desprezo essa tradição com todas as minhas forças. Tanto o carnaval oficial quanto os ditos “fora de época”.

Sim, sou avesso a multidões, a fuzarcas, furdunços, frevos, pândegas, etc. Agrada-me, todavia, uma boa roda de amigos, que prefiro com a ausência ou sem excessos alcoólicos. Possuo, tenho meus motivos, um forte desconforto (um trauma, na verdade) quanto à cultura etílica.

Esqueçamos o carnaval e o álcool. Fui bobo ao tocar nesse ponto nevrálgico, pois pretendo discorrer acerca de outras coisas. Aqui estou, nos acréscimos do segundo tempo, com mais um desafio de produzir uma crônica para este meu domingo de bocejos e de preguiça. Bocejo é um negócio contagiante. Ao ver alguém bocejar, dificilmente a gente não boceja. Só de pensar já estou abrindo a boca.

Fixando-me agora no compromisso da escrita, confesso que estou enchendo linguiça, conforme o ditado. Careço extrair dos meus quatrocentos ou quinhentos neurônios uma página minimamente atrativa, digna da atenção do leitor. No mais tenho plena consciência de que escrever sobre o ato de escrever é um legítimo lugar-comum, um tema pisado e repisado, um tipo de artimanha tão desagradável e perniciosa quanto o ogro Donald Trump. Desta vez, observem só, aqui me vejo ocupando, gastando tinta com o lodaçal, o charco político que voltou à Casa Branca.

Num domingo como este cai bem certas amenidades, um bocado de pacatez, uma escrita branda. Nada de mau humor, de ranço ou polêmicas. Isso, em particular o âmbito da política partidária, finda abespinhando alguém. Quando eu crescer, por exemplo, quero que a minha pena adquira determinadas qualidades.

Assim sendo, suponhamos que meu texto possuiria a suavidade e leveza de Odemirton Filho, que é o cronista mais cuca-fresca que vejo no Blog Carlos Santos. É o que estou dizendo. Odemirton escreve macio como algodão. O homem demonstra a fleuma, a mansuetude de um peixinho de aquário. Sou fã dele tanto quanto Natália Maia e Bernadete Lino.

Quem quiser, talvez por mera inveja, que diga que sou puxa-saco. Não me importa. Estou sendo tão somente franco e justo. Assim como devo aplausos à memória prodigiosa de nosso confrade Rocha Neto. Essa benquista figura (eis mais um puxão de orelha) está nos devendo um livro com suas reminiscências faz muito tempo. Não sei por que tanto protela. Falta de estímulo é que não é.

Ambiciono, no bom sentido, o fôlego e a inventividade de Clauder Arcanjo e Ayala Gurgel, dois escritores versáteis e fecundos. E o que dizer do causídico Bruno Ernesto? Ora! O rapaz é ilustrado, carrega no quengo uma rara ciência das coisas de antanho, fortuna histórica, amplo conhecimento relativo ao passado desta nossa capital do embuste. Coisa mesmo das priscas eras. É um cronista-historiador e vice-versa. Não menos me encanta a prosa cristalina e saborosamente erudita do meu xará Marcos Araújo. Como diria o saudoso cronista e filólogo José Nicodemos, sou-lhe macaca de auditório. Favor nenhum. O sujeito faz jus aos seus predicados.

Admiro, também, o verbo de Antonio Alvino da Silva Filho, pensador, filósofo contemporâneo e autor do livro de crônicas intitulado Contrapontos — Reflexões a partir da vida em rebanho, cujo prefácio tive a honra de escrever. Permitam-me alongar a lista de meus escribas diletos, a maior parte articulistas deste blogue. Isto porque não posso esquecer de maneira alguma do senhor delegado da Polícia Civil (homem de armas e de letras) Inácio Rodrigues, cuja escrita ficcional me encantou logo de cara. Esta não é a primeira vez que destaco o talento de Inácio.

Quando eu crescer, pois, quem sabe meu estro amarre as chuteiras dos beletristas ora citados. Neste universo das palavras, como ninguém é de ferro, almejo até uns vestígios, uns mínimos resquícios de um Graciliano Ramos e de um Machado de Assis. Exatamente nesta ordem. Além de mestres do gênero crônica como Otto Lara Resende e Rubem Braga. Mas, repito, só quando eu crescer.

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Crônica
sábado - 15/02/2025 - 23:52h

Pensando bem…

“A vida não retrocede nem se detém no ontem.”

Khalil Gibran

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sábado - 15/02/2025 - 15:28h
RN

Governadora Fátima Bezerra muda segunda secretaria em 24 horas

Solange Portela, Fátima e Marina Marinho: Turismo (Foto: Humberto Sales)

Solange Portela, Fátima e Marina Marinho: Turismo (Foto: Humberto Sales)

A governadora Fátima Bezerra (PT) faz a segunda mudança da semana em sua equipe de governo. Através de sua conta na rede social “X”, ela informou nessa sexta-feira (14) que a ex-prefeita de Jandaíra Marina Marinho (PT), é a nova titular da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte.

Marina foi prefeita por dois mandatos e fez o sucessor Reginaldo Vitorino (PT). Ela entra no lugar de Solange Portela, que continuará na pasta como adjunta.

Na quinta-feira (13), após quatro mandatos de vereadora em Natal, Júlia Arruda (PCdoB) foi apresentada à Secretaria das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH). Na primeira gestão de Fátima Bezerra, ela já tinha ocupado esse cargo.

Substitui Olga Aguiar.

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Categoria(s): Administração Pública / Política
sábado - 15/02/2025 - 13:26h
Corrida de rua

Circuito Quatro Elementos começa com “Etapa Ar” nesse domingo

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Será nesse domingo (16), a primeira etapa do Circuito Quatro Elementos, “Etapa Ar”, promovida pela empresa Cym Iluminação e Eventos em Mossoró.

A corrida de rua terá percursos de 5 e 10 quilômetros, com largada e chegada na Estação das Artes Elizeu Ventania, Centro da cidade. Percorrerá parte da Avenida Augusto Severo, para alcançar a Avenida Alberto Maranhão, no sentido Alto da Conceição.

Deverá mobilizar mais de 1.900 corredores em várias categorias, a partidas 5 horas.

Neste sábado (15), ocorre a entrega dos kits aos participantes, no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Pedro Ciarlini Neto. O encerramento desse compromisso será às 18h.

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Categoria(s): Esporte / Gerais
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sábado - 15/02/2025 - 10:50h
Nova governança

Casa de Saúde São Lucas muda modelo organizacional e sua gestão

Logomarca (Reprodução)

Logomarca (Reprodução)

A Casa de Saúde São Lucas, de Natal, localizada à Maxaranguape, 614 – Tirol, em Natal, anuncia que mudou sua estrutura organizacional, à maior profissionalização e nova governança. Os sócios e atuais administradores transferiram a gestão executiva do hospital para um executivo de mercado. Assumiu a função de diretor superintendente da empresa, Jucelino Oliveira de Sousa.

A São Lucas emite nota esclarecendo as alterações:

Os acionistas e administradores comunicam uma importante mudança na estrutura organizacional da empresa envolvendo a profissionalização da gestão e a implantação de uma nova governança. A partir de 12 de fevereiro de 2025, os sócios e atuais administradores transferiram a gestão executiva do hospital para um executivo de mercado, o Sr. , que assume como Diretor Superintendente da empresa com a responsabilidade de doravante conduzir a operação do hospital com o apoio da atual estrutura administrativa e do corpo clínico que fazem do São Lucas uma referência no mercado potiguar.

Os atuais administradores, que nas últimas décadas estiveram à frente da operação, passam a integrar uma nova instância da governança da empresa, o Conselho de Administração, que terá como responsabilidade a orientação estratégica e o suporte e respaldo à nova gestão no tocante as decisões de maior relevância com impactos nos negócios do hospital. Essa mudança é uma evolução na trajetória da empresa que visa principalmente preparar e fortalecer a organização frente as transformações pelas quais passa o setor de saúde, nacionalmente e principalmente localmente.

O Sr. Jucelino Sousa, tem 58 anos, é um profissional experiente com uma carreira profissional diversificada tendo ocupado posições de comando como Presidente e Membro de Conselhos de administração em diversasempresas e segmentos tais como: distribuição de combustíveis, Usinas de Açúcar, trading de café, Educação, Construção Civil e como empreendedor no ramo de saúde.

A respeito das suas novas atribuições, o Sr. Jucelino Sousa pede que seja transmitida a seguinte mensagem : “É uma honra e uma enorme responsabilidade assumir uma empresa tão tradicional e tão respeitada como a Casa de Saúde São Lucas. Não tenho dúvidas que com o visível comprometimento dos colaboradores, a experiência dos acionistas, e um olhar voltado para o futuro e para a tecnologia, podemos fazer do São Lucas uma empresa ainda mais forte e mais preparada para os desafios que se aproximam. Estou muito motivado e comprometido com esse projeto, não faltará dedicação da minha parte, usarei toda minha experiência para junto com toda a equipe fazer do São Lucas uma empresa ainda mais admirada”.

Atenciosamente,

Administração da Casa de Saúde São Lucas

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Categoria(s): Gerais / Saúde
sábado - 15/02/2025 - 09:44h
Inteligência Artificial

“Ninguém será julgado por robô”, avisa o CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) debateu, nesta terça-feira (11), a atualização da Resolução CNJ n.º 332/2020, que define diretrizes para o uso da inteligência artificial (IA) nos tribunais. O conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello apresentou a minuta da nova norma e destacou que a supervisão humana será obrigatória em todas as etapas de desenvolvimento e utilização das ferramentas tecnológicas.

“Ninguém quer ser julgado por um robô, e a normativa proposta não permitirá isso. Será, em verdade, uma ferramenta para auxiliar o magistrado na sua tomada de decisão”, afirmou Bandeira de Mello.

Segundo ele, a IA poderá apoiar juízes na formulação de perguntas em audiências, na detecção de contradições em depoimentos e na verificação da compatibilidade das decisões com precedentes relevantes.

A minuta resulta de um ano de trabalho do grupo técnico do CNJ, incluindo uma audiência pública de três dias para debater o tema. Após a apresentação do voto do relator, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendeu o julgamento, que será retomado na 1.ª Sessão Extraordinária de 2025, na próxima terça-feira (18).

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Categoria(s): Justiça/Direito/Ministério Público
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