segunda-feira - 17/06/2013 - 16:06h
Hoje

Servidores da Prefeitura do Apodi decidem fazer greve

Do portal O Vale do Apodi

Depois de varias tentativas de negociação com a Prefeitura do Apodi, os Agentes de Comunitários de Saúde e de Endemias, Técnicos de Educação, Vigilantes e outros servidores da Prefeitura Municipal de Apodi, se reuniram na manhã dessa segunda-feira (17). Resolveram fazer greve.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Apodi, professor João Bosco, anunciou greve por tempo indeterminado – por decisão desses segmentos.

A Assembleia foi iniciada às 8 horas, no auditório da Casa de Cultura Popular de Apodi, onde  João Bosco fez uma explanação sobre as reivindicações dos servidores da municipalidade.

“Temos de tomar a decisão a partir deste momento, pois as propostas foram feitas e até agora, o prefeito Flaviano Monteiro (PCdoB) não nos deu respostas”, disse João Bosco. O presidente do Sindicato disse ainda: “A luta agora é para manter o Plano de Cargos”.

De acordo com o sindicalista João Bosco, para o prefeito cumprir a lei devia dar um reajuste de 30%. O Sindicato baixou a reivindicação para 24% e depois para 8%, isso para tentar evitar a greve. Mas o prefeito Flaviano Monteiro ofereceu um aumento de 4 a 5%, proposta que foi totalmente rejeitada pelos servidores.

Durante a realização da assembleia, o presidente fez um apelo aos servidores e vereadores do município, para se fortalecer o movimento e assim, trazer mais pessoas para a luta que se inicia.

Dos 12 vereadores com acento na Câmara Municipal de Apodi, apenas o vereador Laete Oliveira prestigiou o evento e prometeu dar total apoio as reivindicações dos servidores.

 

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública
segunda-feira - 17/06/2013 - 16:01h
Inteligência

“Sorte” de Fabinho Porcino é alerta à segurança

No caso do sequestro do jovem empresário Fábio Porcino Rosado Chaves, o “Fabinho Porcino”, ocorrido à semana passada em Mossoró (veja postagem mais abaixo), um detalhe passa quase despercebido da cobertura policial. Não deveria ser assim.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte só chegou rapidamente ao cativeiro de Fabinho (quatro dias), com plena segurança da operação, graças à intervenção da Polícia do Ceará, que forneceu informações vitais para desvendamento do crime.

Há tempos que a inteligência do aparelho de Segurança Pública do Ceará vinha monitorando alguns homens envolvidos com determinados crimes, como tráfico de drogas etc.

Numa conversação grampeada, logo após o sequestro, houve identificação do envolvimento de algumas pessoas rastreadas pela polícia nesse crime no Rio Grande do Norte. A partir daí, a colaboração entre as forças policiais de ambos estados e Polícia Federal, rapidamente ensejou a captura de dois bandidos e o resgate de Fabinho Porcino.

Helicópteros

O que isso sinaliza: dois pontos em especial.

Primeiro, é fundamental um maior consórcio entre as polícias dos entes da Federação contra o crime organizado.

Segundo, sem um poderoso serviço de inteligência, polícia técnica, homens preparados e equipamentos (como helicópteros), o Estado estará sempre em desvantagem em relação à bandidagem.

O “Caso Fabinho Porcino” é um alerta.

Sem essa “sorte”, é bem provável que o jovem empresário ainda estivesse em poder dos sequestradores. Seu destino poderia ser outro, em vez da salvaguarda do Estado e os braços de sua família e amigos.

Compartilhe:
Categoria(s): Administração Pública / Segurança Pública/Polícia
  • San Valle Rodape GIF
segunda-feira - 17/06/2013 - 14:55h
Fabinho Porcino

Polícia procura 10 envolvidos em sequestro

Por Anderson Barbosa (Portal G1 RN)

Além dos dois presos suspeitos de envolvimento com o sequestro do empresário mossoroense Fábio Porcino Rosado Chaves, “Fabinho Porcino”, 23, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte acredita que mais dez pessoas também tiveram participação no crime. O jovem passou quatro dias acorrentado até ser libertado, na última sexta-feira (14), em uma cabana de lonas pretas armada na zona rural da cidade de Canindé, no Ceará.

Segundo a delegada Sheila Freitas, que comanda as investigações, destes dez que são procurados, oito foram responsáveis diretos pelo sequestro. “São os oito que foram até a concessionária do pai dele, em Mossoró, e o levaram de lá”, afirmou a delegada.

Os outros dois, ainda segundo Sheila, são considerados os mentores do crime. Um deles, inclusive, é apontado como o líder da quadrilha. Os nomes e fotos destes últimos foram revelados e divulgados pela polícia nesta segunda (17) durante entrevista coletiva.

“Os dois têm mandados de prisão expedidos pela Justiça”, revelou a delegada, se referindo aos cearenses José Wilson Trajano de Freitas e Ezequiel Serafim Leitão. O primeiro, segundo Sheila, é o líder da quadrilha.

“Ele é muito perigoso, remanescente do bando de Valdetário”, disse ela, se referindo a Valdetário Benevides, líder da quadrilha dos Carneiro, morto em dezembro de 2003 durante confronto com a polícia na cidade de Lucrécia, na região Oeste potiguar.

A quadrilha de Valdetário ganhou notoriedade pelos inúmeros assaltos a bancos realizados em vários estados do Nordeste.

Ainda de acordo com a delegada, Trajano foi preso em setembro de 2006, no estado do Ceará, apontado como membro de uma quadrilha que sequestrou o empresário gaúcho Dagoberto Antônio Faedo, que permaneceu 57 dias em cativeiro. “Trajano também já respondeu por homicídio e tentativa de assassinato no município de Tabuleiro do Norte (CE), ocorrido no dia 3 de junho de 1998”, acrescentou. Sheila afirmou também que o cearense foi solto em abril deste ano.

“Ele estava preso no Instituto Penal Paulo Sarasate, em Fortaleza. Ele foi beneficiado com a progressão de regime e estava no semiaberto”, complementou.

Cativeiro montado na zona rural de Canindé, CE (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Quanto a Ezequiel, a delegada revelou que ele é sobrinho do dono da fazenda Garrote, propriedade rural onde os criminosos armaram o cativeiro. Foi lá que a polícia prendeu um dos suspeitos, um homem que estava de guarda, vigiando o empresário. “Durante os quatro dias que ficou em poder dos sequestradores, Fábio Porcino foi impedido de tomar banho. E por mais incrível que pareça, este vigia também não”, disse ela.

O outro homem detido no dia em que a polícia estourou o cativeiro foi preso pouco antes, na cidade de Canindé. “Eu não posso dizer como nós chegamos a este homem, mas posso dizer que ele é motorista de uma empresa terceirizada que presta serviço para a prefeitura da cidade. Foi ele quem entregou o restante do bando e foi ele quem nos levou ao local do cativeiro”, afirmou Sheila Freitas.

O suspeito, ainda segundo a delegada, é sobrinho de Ezequiel Leitão, dono da fazenda onde os criminosos armaram o cativeiro.

A polícia não revelou nada sobre os oito homens que chegaram à concessionária de veículos se passando por policiais federais e que levaram Fábio Porcino.

Carta à família

Ainda durante a coletiva realizada nesta segunda para detalhar o fim do sequestro de Fábio Porcino, a delegada que comanda as investigações revelou que os criminosos pretendiam fazer contato com a família dele por meio de uma carta. Segundo Sheila Freitas, o empresário foi forçado a escrever, de próprio punho, uma carta para os pais.

O conteúdo da carta, no entanto, não foi revelado. “Não revelamos valores, mas posso dizer que a carta tinha várias exigências e a quantia pedida pelos sequestradores estava muito além do patrimônio da família”, disse a delegada.

A carta não chegou as mãos da família. “Não sabemos onde a carta está e nem com quem. Soubemos dela porque foi o próprio Fábio quem nos contou que foi obrigado a escrevê-la”, contou a delegada. Sheila acrescentou que a carta tinha data certa para ser entregue à família. “Dia 16. Nós o libertamos no dia 14, por isso a carta não chegou à família dele”, acrescentou.

Veja matéria completa AQUI.

 

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais / Segurança Pública/Polícia
domingo - 16/06/2013 - 23:57h

Pensando bem…

“Não é livre aquele que não obteve domínio sobre si próprio.”

Pitágoras

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 16/06/2013 - 18:49h
Para refletirmos

Seja “bem-vindo” ao nosso tempo

Einstein, genial, antecipou em muitas décadas o que somos hoje.

Infelizmente, somos um atraso como “homem racional”.

Paradoxalmente, a modernidade nos transforma em bobos, que preferem teclar do que conversar com o ser humano ao lado.

Estou fora, com licença.

* Edição de imagem pinçada da rede social Facebook.

Compartilhe:
Categoria(s): Comunicação / Crônica
domingo - 16/06/2013 - 17:52h
Mossoró Cidade Junina

Uma cidadela multifacetada

Gostei do espaço multifacetado da chamada “Cidadela”, que fica nas cercanias da Capela de São Vicente, no “Mossoró Cidade Junina”.

Famílias reunidas, muitos jovens. Lugar de gente que optou por um espaço mais intimista e com aspecto paroquial, para curtir essa promoção da Prefeitura de Mossoró.

Não se conflita com o burburinho e o popularesco das festas da Estação das Artes Eliseu Ventania.

É uma opção menos caótica, mais arejada.

Podemos exercitar nosso provincianismo sem preconceito, com todas as caras, bocas, aromas e sons.

Gostei.

Compartilhe:
Categoria(s): Cultura / Opinião da Coluna do Herzog
  • Repet
domingo - 16/06/2013 - 15:43h
Microcrônica

Para lembrar Torquato

Amanheci sob a batuta do poeta-letrista-jornalista Torquato Neto.

Não, não imaginem que estou “down”. Não mesmo. Muito pelo contrário.

A cabeça efervescente de Torquato Neto remete-me à geleia geral, a ebulição da Tropicália, ao inconformismo, à inquietação criativa.

Pena que tenha partido tão cedo (28 anos). Nem tive tempo de cogitar um bate-papo.

Mas, até no adeus, ele foi incomum.

Antes de ligar o gás de seu apartamento, para dizer “bye” à vida, o jovem artista piauiense deixou bilhete para a mulher, entre sarcástico e compenetrado:

“FICO. Não consigo acompanhar a marcha do progresso de minha mulher ou sou uma grande múmia que só pensa em múmias mesmo vivas e lindas feito a minha mulher na sua louca disparada para o progresso. Tenho saudades como os cariocas do tempo em que eu me sentia e achava que era um guia de cegos. Depois começaram a ver e enquanto me contorcia de dores o cacho de banana caía. De modo q FICO sossegado por aqui mesmo enquanto dure. Ana é uma SANTA de véu e grinalda com um palhaço empacotado ao lado. Não acredito em amor de múmias e é por isso que eu FICO e vou ficando por causa de este amor. Pra mim chega! Vocês aí, peço o favor de não sacudirem demais o Thiago. Ele pode acordar”.

Thiago era o filho único de Torquato, de dois anos de idade. Não se transformou em poeta ou ativista cultural etc.

Thiago virou piloto de aeronave, atuando em voos comerciais. Enfim, tinha que voar também, a seu modo.

Grande Torquato Neto!

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 16/06/2013 - 14:09h
Eleições em Mossoró

“Não há prova alguma contra prefeita”, diz advogada

Do Portal No Ar (Ciro Marques)

A avaliação foi a mesma do advogado autor da ação, Marcos Araújo, contudo, o sentido é outro. A advogada Izabel Fernandes, que defende a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina (DEM), no recurso que tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo a cassação do diploma dela, avaliou também como “boa” a audiência de instrução do processo, realizada na última sexta-feira (14).

Por isso, a expectativa é que a gestora municipal acusada de abuso de poder econômico e político na eleição de outubro de 2012, seja “inocentada”.

Izabel Fernandes, por sinal, representou a atual prefeita, que não compareceu a audiência. Nem ela, nem Rosalba Ciarlini, governadora do Estado, que foi uma das citadas no processo, justamente, pela acusação de favorecer a candidatura da democrata. “Foi muito boa, até porque não tem nenhuma prova consistente contra Cláudia Regina”, afirmou Izabel Fernandes.

Segundo a advogada da prefeita, prestaram depoimento em juízo uma testemunha arrolada pela “defesa” e três da “acusação”.

“E mesmo assim as testemunhas foram contraditadas, ou seja, não podiam assumir o compromisso de dizer a verdade porque tinham aproximação com Larissa Rosado. Uma tinha se afastado do cargo para trabalhar na campanha dela; o outro, o vereador Jamir Fernandes, é declarado apoiador de Larissa, e Guilherme Ricarte, que era assessor dela na campanha”, narrou Izabel Fernandes.

Segundo a advogada, agora, o recurso volta ao TRE, para as mãos do juiz eleitoral Verlano Medeiros, relator do processo. Se ele achar que não é necessária mais nenhuma diligência, o processo vai para julgamento. Nesta sexta-feira, vale ressaltar, a audiência foi presidida pela juíza eleitoral Ana Clarisse Arruda, que está substituindo o magistrado Pedro Cordeiro na 34ª zona eleitoral.

É importante lembrar, consequentemente, que o processo que tramita hoje no TRE é semelhante ao que condenou Cláudia Regina na 33ª zona eleitoral, em decisão do juiz Herval Sampaio.

A sentença, no entanto, foi anulada em seguida, justamente, por Pedro Cordeiro. O motivo teria sido justamente o fato de Rosalba Ciarlini ter sido uma das principais “personagens” do processo de favorecimento a Cláudia Regina, mas não ser citada no processo e, consequentemente, não ter podido se defender.

Compartilhe:
Categoria(s): Eleições 2012 / Justiça/Direito/Ministério Público
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 16/06/2013 - 13:29h
Bye!

No Mais

De Ancelmo Góis (O Globo)

A UNE (União Nacional de Estudantes) estava, em vida, à frente de todas as mobilizações estudantis nos últimos 70 anos, como os protestos contra aumento de passagens de bondes de Light e de ônibus, iguais às ocorridas estes dias.

Que Deus ilumine sua alma e que a UNE possa descansar em paz.

Com todo o respeito.

Nota do Blog – A UNE e outras organizações sociais brasileiras foram “amansadas” nos últimos anos, prestando papel servil às forças do poder.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
domingo - 16/06/2013 - 12:32h

O Ministério Público deve resistir a leis iníquas?

Por Honório de Medeiros

Consta que indagado pelo repórter Dinarte Assunção, do Novo Jornal (edição de 14 de junho de 2013), acerca do pagamento da remuneração indireta denominada “Auxílio-Moradia” ao Ministério Público potiguar, seu futuro Presidente e beneficiário respondeu que não podia analisar o assunto à luz de suas convicções pessoais:

“Não posso. Não posso fazer uma interpretação eu sozinho. Nenhum gestor pode estar fazendo juízo de valor só dele. (O entendimento) É pela responsabilidade que a gente tem com o órgão. Como gestor, devo estar atrelado à legislação. Eu tenho que ter como parâmetro a jurisprudência oficial. Não posso trazer meus valores. Não posso trazer meus valores pessoais.”

Como diria um grande amigo meu chegado ao português de antanho, quedei perplexo.

Então quer dizer que quando o promotor escolhe entre uma jurisprudência e outra, uma lei e outra, uma doutrina e outra, não o faz a partir de alguma convicção pessoal? Se assim o é, como o faz?

Ao dizer o que disse, o promotor quer que nós creiamos que não é a pessoa dele quem toma essas decisões enquanto Presidente de uma instituição. A pessoa dele fica em casa, um cidadão como outro qualquer, com suas convicções pessoais, enquanto quando vestido com as insígnias do cargo está um órgão a quem é dado a condição de encontrar a Verdade-Em-Si-Mesma contida nas normas jurídicas e nas jurisprudências, normas jurídicas e jurisprudências essas concebidas por outros órgãos semelhantes a ele, capazes de perceber algo que somente tais órgãos veem, uma extraordinária manifestação de inteligência diferenciada, e que o vulgo não consegue.

Menos a verdade, caro promotor. Desde Kant, pelo menos, que a coisa não é assim.

Fuja dessa maldita armadilha platônica de acreditar que há verdades morais fora de nós. Não há fundamento nessa retórica dicotomia entre homem x órgão. Não há como deixar o cidadão em casa.

Em qualquer decisão que o órgão, o promotor tome, o cidadão, por menos que se queira, estará presente. Essa argumentação desenvolvida por aquele a quem a Constituição Federal atribuiu o papel de defensor da Sociedade é recorrente entre os burocratas que querem se furtar ao pesado ônus de decidir se algo é justo ou não, legítimo ou não, quando analisam a norma jurídica e o resultado da análise incomoda porque incomoda o cidadão que é a essência do burocrata.

Incomodado, o burocrata se esconde por trás do discurso técnico, aparentemente neutro, escondendo o cidadão.

Trata-se de uma transferência de responsabilidade, de um escudo retórico: não faço porque queira; faço porque assim determina a lei.

Ora, na lei, na Constituição Federal, principalmente nos princípios, há possibilidades de interpretação que viabilizem qualquer juízo de valor. Tais princípios são extremamente difusos, confusos mesmo, sem consistência pragmática, aptos a suportar qualquer veleidade comportamental humana.

É o caso, por exemplo, do Princípio da Moralidade.

Portanto é muito frágil essa linha de raciocínio usada pelo futuro Presidente do Ministério Público Estadual.

Quanto ao mais, para evitar-se uma solução radical que possa prejudicar a imagem do órgão, haja vista a natureza impositiva da lei que obriga o recebimento do auxílio-moradia, mas pode ferir as convicções pessoais dos cidadãos que são promotores, sugiro uma solução salomônica: os promotores obedecem à decisão da lei, instituem o pagamento, mas doam essa diferença remuneratória iníqua às instituições de caridade.

Assim estaria resolvido o impasse moral e os promotores poderiam, sem hesitar, trazerem suas convicções pessoais de casa e leva-las até o Ministério Público.

Por fim, em homenagem a todos que lutaram contra leis iníquas, recusando-se a cumpri-las, lembro aqui os jovens americanos que resistiram à convocação para lutar no Vietnã, mesmo sabendo que seriam presos por tal. E lembro, também, todos os promotores, juízes, policiais, servidores públicos, enfim, que, em algum momento de sua vida, ousaram resistir a alguma lei iníqua.

Resista promotor!

Assuma suas convicções pessoais!

Ah! Uma última questão para quem ler esse artigo: uma lei é iníqua quando você necessita de arroubos retóricos, contorcionismos verbais, excessiva e empolada linguagem técnica para justificar sua existência.

Recomendo a todos quanto quiserem aquilatar a iniquidade desse auxílio-moradia lerem o texto “ENGENHARIA JURÍDICA”, do jornalista Aluísio Lacerda (AQUI).

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura do Natal e do Governo do RN

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo
  • Repet
domingo - 16/06/2013 - 12:15h
Marketing Eleitoral

“Se houver 2º turno, Dilma corre risco”, diz Duda

Por Fernando Rodrigues (Folha de São Paulo/UO)

Depois de um longo período sem se manifestar sobre marketing político, o publicitário Duda Mendonça voltou a falar. Absolvido no processo do mensalão e com seus bens liberados pela Justiça, ele falou com exclusividade ao “Poder e Política”, programa daFolha e do UOL, sobre cenários para 2014.

Para Duda, a presidente Dilma Rousseff é a favorita para se reeleger no ano que vem. Mas e se houver segundo turno? “Eu acho um risco para a Dilma”. Do seu jeito, ele explica: “Para quem está hoje com 70% de popularidade, não faz sentido não ganhar no primeiro turno. Significa que tem alguma coisa que está mexendo aí”.

Ele se refere à taxa da aprovação pessoal da presidente em algumas pesquisas. No Datafolha, a administração dilmista é aprovada por 57%.

Eduardo Campos, o novo

Duda está com 68 anos. “Eu amadureci”, diz. Os últimos sete anos foram consumidos em grande parte para se livrar do processo do mensalão. Agora, ele tem negócios no Brasil, em Portugal e na Polônia. Deve voltar a campanhas políticas no ano que vem. Pode ser o marqueteiro de Paulo Skaf, da Fiesp, que pretende disputar o governo de São Paulo pelo PMDB.

Duda enxerga como “risco maior” para Dilma na corrida presidencial o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Por quê? “Ele é realmente novo. Ele é a surpresa. O Aécio [Neves] já tem muito tempo aí. A Marina [Silva] também. Já não são novidades”.

Veja entrevista na íntegra clicando AQUI.

É imperdível.

 

Compartilhe:
Categoria(s): Política
domingo - 16/06/2013 - 12:03h
Faz-de-conta

Conselho Político cumpre missão de não ser nada

Uma das maiores fraudes políticas do Governo Rosalba Ciarlini (DEM) é o seu “Conselho Político”. Não existe, nunca existiu, nem vai existir.

Foi criado teoricamente para servir de colegiado de apoio às decisões do governo, mas na prática nunca funcionou ou sequer conseguiu se reunir com todos os seus membros. Um grupo de característica centralizadora e que não tem hábito de ouvir “súditos”, não ia mudar seu jeito de ser em fase outonal de existência.

Carlos (centro) com João e Henrique: conselho de mentirinha

O conselho foi formado em Brasília no início do ano passado (25 de abril), com participação da própria governadora, presidente da Assembleia Legislativa Ricardo Motta (PP), bem como lideranças como os deputados federais Henrique Alves (PMDB) e João Maia (PR), além dos senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB).

Atuando nos intramuros do poder à época como o “governador de fato”, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) ganhou legitimidade política para circular e falar em nome da governadora, ao integrar o grupo.  Em mais de um ano de “funcionamento”, o Conselho Político virou um grosseiro faz-de-conta.

Veja no boxe abaixo o que este Blog veiculou em postagem no dia 27 de abril de 2012, diagnosticando qual seria o papel do Conselho Político. Não erramos uma linha:

O Conselho Político, em si, não existe como parte da engrenagem orgânica do poder. Não está no organograma do Estado.

É um ‘nome de fantasia’ à construção de uma imagem pública que pretende melhorar o perfil do governo, lhe dando um caráter mais democrático, descentralizador e arejado. Assim, passa a supostamente legitimar a própria  presença e intervenção de Carlos Augusto Rosado, lhe ofertando corpo naquilo que antes era apenas um espectro, já tratado pela sociedade e setores da mídia como um estorvo.

Como se vê, os próprios aliados do governo terminaram sendo usados para esse propósito cosmético.

“É pouco provável que o Conselho Político tenha efeito prático como a propaganda oficial propaga”, acrescentamos na mesma matéria analítica.

Enfim, é tudo de mentirinha.

Veja AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Política
  • Repet
domingo - 16/06/2013 - 11:21h
Conversando com... Henrique Alves

Aliança PMDB-Rosalba só terá definição em 2014

Por Aldemar Freire e Anna Ruth Dantas (Tribuna do Norte)

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), é muito cauteloso ao responder sobre o pleito de 2014. Ele defende que o momento é da união da classe política do Rio Grande do Norte e afirma que, no final deste ano, devem ser abertas as discussões sobre o cenário eleitoral. Embora com ponderação, o deputado admite que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) pode ser candidata natural à reeleição.

No entanto, observa que a definição do candidato a governador do grupo virá a partir de critérios objetivos, com pesquisa qualitativa, análise sobre avaliação do Governo junto à população e perspectiva de vitória.

Henrique diz que Governo Rosalba tem gerado muita insatisfação (Edu Barboza)

Para Henrique Eduardo, julho será o momento de uma nova reunião do Conselho Político do Governo do Estado. “Acho que a modificação que ocorreu em recursos hídricos, na saúde e na agricultura, já foi um passo a favor”, observa.

O presidente estadual do PMDB afirma que não pretende disputar o Governo em 2014, porque o projeto é concorrer à reeleição e, assim, continuar na Câmara dos Deputados. Sobre o recente encontro com a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, Henrique Eduardo afirma que os canais foram desobstruídos.

Já sobre uma possível sinalização de aproximação com o prefeito Carlos Eduardo, ele afirma que a intenção é ajudar à cidade de Natal. Acompanhe a entrevista com o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Henrique Eduardo Alves.

Como o senhor avalia o cenário para o pleito de 2014?

Acho que é muito cedo. Qualquer visão que se insista em ter agora não é a que vai acontecer, não é a verdadeira. Como falta muito tempo, a realidade vai se impor de forma diferente. É inútil discutir agora cenários que poderão não ser verdadeiros. É uma questão apenas de enxergar diferente.

Mas há quem esteja conversando sobre 2014…

Eu acho que esse é um ano muito importante para o Rio Grande do Norte. É o momento de juntar as energias, buscar vitórias para o nosso Estado. Se você tratar essa questão eleitoral e radicalizar, começa a ter olhares atravessados dos interessados. E quero que nessa hora todos olhem para o presente e o futuro do Rio Grande do Norte.

O senhor acha que caminha para uma aliança com o PT? Os petistas colocam como pré-condição não ter o DEM no palanque. Será possível uma aproximação dada essa condição?

O PMDB não defende e nem participará de nenhuma solução radicalizada. A história mostra que esse radicalismo não leva aos melhores resultados. Nenhuma solução radical imposta terá a melhor compreensão do PMDB. E digo mais: a questão hoje colocada é que o PMDB é parceiro, sim, da governadora Rosalba. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. O PMDB faz parte da base de apoio da governadora. Eu tenho muita autoridade para falar sobre isso porque não a apoiei para governadora na eleição de 2010.

Na ocasião havia posicionamentos diferentes no PMDB…

Eu apoiei Iberê Ferreira, mas, como perdi a eleição e Garibaldi Filho, nesta linha, ganhou, ou ele vinha para cá ou eu ia para lá. Como eu sei ganhar e sei perder, e perdi, para reunificar o PMDB, somei no apoio à governadora. Quem construiu a realidade de hoje foi a liderança vitoriosa do senador Garibaldi junto à candidata Rosalba. Eu me adaptei a essa realidade. O PMDB faz, sim, parte da base da governadora Rosalba, ao lado do PR, do PP e de outros partidos. Esse é o quadro de hoje. Se será o de 2014, até lá saberemos.

O PMDB havia marcado reunião para maio onde discutiria a relação com o Governo Rosalba Ciarlini. Por que desmarcou? Receio de divisão no partido?

Eu marquei essa reunião lá atrás, mas havia possibilidade de uma coincidência de estar aqui a presidenta Dilma. Para não ter que desmarcar na véspera, eu adiei. Mas aproveitei também, porque senti que o clima estava sendo contaminado e aqui ou acolá poderia conduzir a uma radicalização do processo para lançamento de candidatura de governador. Não era a reunião que eu queria ter para programar encontros regionais, discutir o Rio Grande do Norte, ter esse papel de construção do qual o PMDB quer ser protagonista.

Isso não obstruiu o debate no partido?

Não. Há instrumentos que possibilitam ao PMDB essa posição. Hoje o partido tem o ministro de Estado, o presidente da Câmara. Então eu tenho obrigação de pensar assim. Quando eu vi que a coisa poderia ser meramente eleitoral e radicalizada nesse sentido, aproveitei e não realizei mais. Não quero uma reunião do PMDB para discutir quem vai ser governador, lançar candidatura, radicalizar o processo. Não é hora para isso. Estamos vivendo um momento único no Rio Grande do Norte. Eu não sei quando vai se repetir. Se começarmos agora a nos dividindo, ir para lá ou ir para cá, termina a sinergia se perdendo. Essa é a hora do Rio Grande do Norte atrair investimentos para imensos desafios que precisamos superar.

Mas alguns parâmetros já são possíveis vislumbrar para 2014? Por exemplo, o PMDB terá candidato próprio ao Governo?

Hoje não teria motivo para uma definição. Fazemos parte da base de um Governo, que vai discutir na época, entre seus participantes, que rumo tomar. Então, não poderia afirmar, hoje, se haverá candidatura própria do  PMDB. Veja, se nós estamos integrando um sistema político com vários partidos, essa decisão deverá ser conjunta. Na época, vamos ver o quadro e, com muito realismo, identificar, as tendências, sentir o que o povo quer. Na época certa, portanto, poderemos aferir.

Mas adiar essa definição não seria prejudicial ao partido?

Não gostaria que fosse uma posição isolada. Lógico que todos pensam em candidatura própria para presidente da República, para o Governo do Estado. Essa é uma vontade de qualquer partido. Mas na hora em que você integra um sistema político com outros partidos, não pode ter esse egoísmo como ponto principal. Você tem que participar dessa articulação conjunta até porque uma andorinha só não faz verão.

Ninguém pense que sozinho vai ganhar uma eleição por mais forte que possa estar. Temos que buscar parceiros, construir aliança. Se fazemos parte de um grupo, com alianças políticas, acho que no final do ano ou início de 2014, vamos nos sentar, examinar o quadro, com uma grande pesquisa qualitativa que nos oriente, e saber qual a vontade do povo do Rio Grande do Norte. 

Pelo fato da governadora Rosalba Ciarlini ter o direito de ser candidata à reeleição, isso quer dizer que no grupo político, do qual o PMDB faz parte, ela é a preferencial para concorrer?

Na hora em que ela tem o direito de ser candidata, como Garibaldi Filho teve, e outros tiveram, acho que é a preferência natural. O que precisa saber é se o direito da governadora será exercido ou não por ela. Nessa avaliação terá que se fazer também com dados objetivos, reais.

O que se deve levar em consideração para definir se a governadora concorrerá à reeleição?

Como estará sua posição administrativa, como estará avaliado o seu governo e a expectativa de vitória eleitoral. Mas a primeira avaliação será para saber se a solução natural da reeleição estará viável política e eleitoralmente. Esse será o primeiro dado a ser colhido com o qual poderemos concordar ou não. Mas na hora certa, na hora própria e de forma muito leal.

O senhor se sente motivado a ter o nome cogitado nessas discussões que vão ter para uma chapa majoritária?

Não. Minha motivação é continuar na Câmara Federal. Acho que tenho papel importante a desempenhar no quadro nacional. Uma saída minha, neste momento da conjuntura nacional, deixaria um vácuo importante. O Rio Grande do Norte precisa manter (essa posição) até para ajudar o governador. Meu projeto, sim, é uma reeleição para deputado federal.

Na próxima legislatura, o senhor poderia ser reconduzido a presidente da Câmara?

Aí é o sonho dos sonhos. O sonho já realizei. O ‘sonho dos sonhos’ que pode acontecer ou não, dependerá do resultado da eleição, do tamanho da bancada, do entendimento com o PT e com outros partidos…

Mas esse sonho, como definido pelo senhor, faz parte do seu projeto?

Estou muito envolvido, e concentrado, no atual mandato. Está começando ainda, não quero atropelar as coisas. Não tenho o direito de atropelar. Na hora em que você adquire uma experiência, como adquiri, tem que saber que todo dia é a sua agonia ou todo dia sua alegria. É construir passo a passo o caminho.

Mas descarta a possibilidade de uma candidatura ao governo?

Para uma candidatura a governador eu não ofereço o meu nome, porque estou em um projeto nacional que é muito importante para o Rio Grande do Norte.

O nome do ministro da Previdência Garibaldi Filho para o Governo é uma possibilidade no PMDB?

Sim, poderia ser, porque acho que em qualquer pesquisa que se realize, o nome de Garibaldi vai pontuar em primeiro lugar tranquilamente. Mas é um direito dele também (concorrer ou não). Garibaldi está em um bom momento, é ministro da Previdência. Com a reeleição da Dilma, ele, certamente, continuará ministro nesta ou em outra pasta. É um espaço que o Rio Grande do Norte também não pode jogar fora.

Embora o senhor fale em alinhamento do PMDB com o Governo Rosalba, o próprio ministro, em declarações à imprensa, não mostra descontentamento com a administração estadual?

Eu reconheço que o Governo Rosalba não tem atendido as expectativas do PMDB como um todo. Tanto é assim que provocou aquela reunião de Brasília. Mas aconteceram mudanças. Acho que a modificação que ocorreu em recursos hídricos, na saúde e na agricultura, já foi um passo a favor. Se poderemos ter outro nessa direção, isso a gente poderá avaliar. Agora, a insatisfação é evidente. O Governo passa por dificuldades. Mas eu acho que o PMDB  tem o dever e, eu aprendi isso com o meu pai (Aluízio Alves), de ajudar. Não pode dizer: “Na hora em que está tudo bem, serei governo. Na hora em que as coisas não estão bem, largarei o barco”. Não é assim. Tem que ajudar a melhorar, a corrigir. Foi isso que aprendi com meu pai.

A deputada Fátima Bezerra confirmou que tem o nome dela posto para o Senado. O PMDB admite discutir isso?

Não sei, porque na formação de aliança não pode se discutir só o Senado. Essa será uma eleição que envolve governador, senador, bancadas federal e estadual. A aliança precisa se construída coletivamente e ver também o que é melhor para eleger deputados estaduais, como é melhor para eleger uma forte bancada federal. Vamos discutir esse assunto, na época própria, coletivamente.

Há quem fale em um desconforto do PR no Governo Rosalba Ciarlini. O senhor conversou sobre o assunto com o deputado João Maia?

Não. Eu estou cuidando do PMDB, o que já é muito. O deputado João Maia tem muita competência, experiência, é um líder forte partidariamente. Sabe conduzir. Mas eu não tenho a menor dúvida, está na hora de outro conselho político daquele se reunir para avaliar o que foi feito de lá para cá, se as mudanças aconteceram. Eu ainda acho o Governo muito preso nas suas decisões. Ainda acho que não está interagindo como deveria.

O que está travando esse Governo? O que acontece que a governadora não consegue reverter os índices de desaprovação?

Primeiro, as medidas econômicas e de investimento que vão gerar um melhor futuro para o Rio Grande do Norte são a longo prazo. Agora mesmo temos um exemplo importante. A presidenta Dilma esteve aqui e destinou, em várias vertentes, quase R$ 2 bilhões para investimentos no Rio Grande do Norte. Essas coisas precisam acontecer para mostrar ao cidadão que o Estado está se desenvolvendo, crescendo e isso pode melhorar a análise do desempenho dos Governos Federal e Estadual.

Vamos ver se isso acontece e se vai ser suficiente para recuperar também a posição do governadora Rosalba Ciarlini ou se é preciso um pouco mais. De qualquer modo, o Governo precisa ainda conversar mais, interagir. Mas há também limitações financeiras, que têm levado o Governo a dizer muito “não” àqueles que precisam. Vamos ver se essa é uma questão financeira ou de ordem gerencial, de competência. Essa análise precisa ser feita logo para saber se as circunstâncias melhoram do ponto de vista político e administrativo.

O vice-governador Robinson Faria, em declaração recente, disse que os partidos que estão na oposição não devem mais esperar o PMDB. Como o senhor viu essa afirmação?

O PMDB nunca pediu a ninguém para esperar.  Pelo contrário, estamos dizendo que, a meu ver, não é hora do PMDB discutir política eleitoral. Quem achar que nesta hora vai conversar eleição 2014 com o PMDB , ajustando chapa, candidaturas, vai cometer um erro. Essa não é a hora para isso.

Por quê?

Eu fico imaginando o cidadão norte-rio-grandense, preocupado com a segurança, com a saúde pública… Não passa pela cabeça dele quem será o governador eleito em outubro de 2014. Quem discute isso agora são mais os atores políticos, em nível estadual, municipal. O cidadão não está preocupado em saber quem vai tentar melhorar a sua vida a partir de janeiro de 2015. Quer saber as medidas que serão adotadas neste momento. O PMDB não vai, no que depender da minha condução, mas não mando no partido, precipitar um processo eleitoral. Apenas os que já são candidatos pensam nisso 24 horas por dia. Não é o caso, a meu ver, de ninguém do PMDB.

Quem lança candidatura agora ao Governo e Senado está cometendo um erro estratégico?

Pode ser que pense: “Quem é coxo, parte cedo”. Talvez alguém acha que precisa começar a viabilizar o nome, porque não tem uma estrutura partidária maior para dar suporte na hora da decisão. Respeito muito. Mas o PMDB não está nesse cenário e, se depender de mim, não estará até o final do ano.

Houve desobstrução no diálogo do PMDB com o PSB?

Acho que houve e  eu vi com muito bons olhos o gesto da ex-governadora Wilma em vir aqui à minha casa por iniciativa dela. Eu agradeci e ela foi muito correta. Não discutimos candidatura de 2014. Foi apenas o recomeço de uma relação. Eu tinha uma relação com a ex-governadora muito boa. Foi um gesto político interessante dela que eu registrei.

O senhor também tem dado sinais de reaproximação com o prefeito de Natal, Carlos Eduardo?

O prefeito Carlos Eduardo foi eleito e todos nós sabemos que Natal hoje está deteriorada, carente de serviços públicos, de cidadania. O prefeito terá em mim, 24 horas por dia, toda a disposição e apoio para ajudar. Já as questões políticas, o tempo dirá.

Se o senhor não oferece o seu nome para ser candidato a governador, se o ministro Garibaldi Filho também já disse que não oferece, o PMDB tem como apresentar candidatura própria?

É impressionante como vocês querem falar sobre esse assunto. Não é hora de discutir isso. Veja, os leitores podem observar, quero registrar, como perguntam sobre esse assunto. Mas não é o momento. Precisamos pensar no Rio Grande do Norte. Temos imensos desafios. O novo porto, o transporte leve sobre trilho, a necessidade de modernizar nosso Estado. Não vou discutir política eleitoral agora.

Há uma expectativa do Rio Grande do Norte com senhor na presidência da Câmara dos Deputados. Teme frustrar essa expectativa?

Não. Não vou frustrar, até porque eu penso nisso 24 horas por dia. O meu sonho — pessoal, emocional e político — já realizei. Um deputado de um Estado pequeno, que tem a menor bancada, de oito deputados, foi representante da bancada do PMDB e consegue pelo seu partido se eleger presidente da Câmara, que tem 513 parlamentares. Essa realização pessoal, da minha vida pública, da minha coerência, eu já realizei na hora que sentei ali. Agora, a partir dali, eu quero realizar outro: ser um grande presidente da Câmara para o Brasil e para o Rio Grande do Norte. Vou lutar por isso no que eu puder.

O senhor confirma o edital de licitação da Reta Tabajara para o dia 20?

Vão sair os dois dia 20 (o edital de licitação da Reta Tabajara e do projeto da duplicação da BR 304). A gente espera começar em dezembro a obra da BR 304. Isso porque vai ser pelo RDCI que é mais rápido. Pelo RDCI (Regime Diferenciado Integrado de Construção), a empresa faz o projeto e vai construir a obra. O ganhador do projeto, nesse edital, que eu espero até dezembro estar realizado, fica com a construção também.

Esse (a duplicação da BR-304) é o projeto mais importante para esse período no qual o senhor estará na presidência da Câmara?

Não. A gente quer conquistar para o Estado, que é urgente, o novo porto. Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, estrangularam um pouco o nosso porto, que perde competitividade e espaços. Temos que construir o novo porto. E podemos também tentar ampliar a refinaria Clara Camarão, em Guamaré. Ela era para ser maior. Esse é um dos objetivos que a gente poderia traçar. Tem vários projetos que o Estado precisa viabilizar e, para isso, deve ter unidade.

Como viabilizar a conquista desses projetos?

Não é só Henrique na Câmara porque uma andorinha só não faz verão. Eu sou forte se eu conseguir unir a bancada, com a Assembleia, com o Governo, aí sim nos apresentaremos unidos e fortes perante o Governo Federal. Há uma questão que também me preocupa muito e precisa de ações urgentes. É a saúde pública.

Precisamos de ações que fortaleçam os hospitais regionais e assim diminua o inchaço que há em Natal, com pacientes vindos do interior. A segurança pública também é outro aspecto muito importante. Hoje o que temos é a insegurança pública. É necessário o envolvimento de todos para o reforço dos segmentos que envolvem a segurança com o apoio do Governo Federal.

Veja AQUI a entrevista na própria página on line da Tribuna do Norte.

Compartilhe:
Categoria(s): Conversando com... / Entrevista/Conversando com...
domingo - 16/06/2013 - 10:52h

A rua

Por Torquato Neto

Toda rua tem seu curso
Tem seu leito de água clara
Por onde passa a memória
Lembrando histórias de um tempo
Que não acaba

De uma rua, de uma rua
Eu lembro agora
Que o tempo, ninguém mais
Ninguém mais canta
Muito embora de cirandas
(Oi, de cirandas)
E de meninos correndo
Atrás de bandas

Atrás de bandas que passavam
Como o rio Parnaíba
O rio manso
Passava no fim da rua
E molhava seus lajedos
Onde a noite refletia
O brilho manso
O tempo claro da lua

Ê, São João, ê, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão
Ê, Parnaíba passando
Separando a minha rua
Das outras, do Maranhão

De longe pensando nela
Meu coração de menino
Bate forte como um sino
Que anuncia procissão

Ê, minha rua, meu povo
Ê, gente que mal nasceu
Das Dores, que morreu cedo
Luzia, que se perdeu
Macapreto, Zé Velhinho
Esse menino crescido
Que tem o peito ferido
Anda vivo, não morreu

Ê, Pacatuba
Meu tempo de brincar já foi-se embora
Ê, Parnaíba
Passando pela rua até agora
Agora por aqui estou com vontade
E eu volto pra matar esta saudade

Ê, São João, ê, Pacatuba
Ê, rua do Barrocão

Torquato Neto (1944-1972) – Jornalista, poeta, compositor e escritor piauiense

Compartilhe:
Categoria(s): Poesia
  • San Valle Rodape GIF
domingo - 16/06/2013 - 09:55h

A aposta

Por Inácio Augusto de Almeida

De há muito o Mendes conhecia aquela dupla. Luís e Vicente, dois tarados por apostas. De cuspe à distância, passando por placa de carro, até queda de avião, aqueles dois apostavam.

Se o Mendes pensava que sabia todo tipo de aposta que aqueles dois faziam, estava muito enganado.

– O que escolher primeiro escolhe apenas uma profissão. O outro escolhe duas.

– Eu escolho primeiro, gritou Luís. E gritou de uma maneira tão agitada que chamou a atenção de todos os que estavam na Churrascaria Mossoró. Até mesmo o Piromba, lá da churrasqueira, esticou o pescoço para ver que grito era aquele. E o Mendes, que já não ligava mais para as apostas daqueles dois “malucos”, teve a sua atenção despertada.

“O que escolher primeiro escolhe duas profissões e o que escolher depois escolhe somente uma? Que diabo de aposta estes dois estão fazendo?”

E foi com estes pensamentos na cabeça que se aproximou de Luís e Vicente. Rindo, perguntou:

– Que tipo de aposta é esta?

– É ou não é justo? O que escolher primeiro dará o direito a que o outro escolha duas. Daí para frente, cada um escolhe uma.

– Então eu escolho motorista de táxi, gritou Vicente. E já escolhi. Agora é a sua vez de escolher duas profissões. Pode escolher à vontade.

Luís mal tivera tempo de responder à pergunta do Mendes, tal a ânsia com que Vicente escolhera motorista de táxi. Agora era pensar quais profissões escolheria. E, enquanto Luís pensava e Vicente ansiosamente aguardava, Mendes aproveitou o silêncio que se fez para perguntar novamente:

– Mas, finalmente, qual é a aposta de vocês? Pra que estão escolhendo profissões? Até agora eu apenas entendi isto. O que eu quero saber é quem ganha a aposta. Em que consiste a aposta?

– Como você bem sabe, todos os dias estão acontecendo inúmeros assaltos nesta outrora tão tranqüila Mossoró. Quando nada, acontecem uns trinta. Embora tenha dia de acontecer mais de sessenta. E como eu e o meu amigo Vicente gostamos de uma aposta, resolvemos ver quem acerta qual a profissão da primeira vítima de assalto amanhã. Só vale se for assaltado após as 24 horas de hoje.

– Você, Luís, não acha esta aposta muito estranha?

– Olha, Mendes, quer a gente aposte, quer a gente não aposte, amanhã irão acontecer assaltos. Certamente mais assaltos do que hoje. Se alguém deve se sentir melindrado com isto, não somos nós.

Mendes sentindo que de nada adiantava argumentar resolveu colocar mais lenha na fogueira.

– Bem, ele já escolheu motorista de táxi. Quais as duas que você escolhe?

– Estou pensando. Como posso me concentrar com você conversando. Vicente escolheu o maior favorito, a barbada das barbadas. Eu tenho que escolher bem, senão…

Luís falava e abanava uma nota de cem reais. E assim ficou por mais de um minuto.

– Frentista e médico.

Mendes surpreendeu-se com a escolha. Médico?

Luís cochichou:

– Veja os jornais destes últimos dias… E olhando de forma desafiadora para Vicente ficou esperando a escolha do parceiro.

– Comerciário, escolheu Vicente.

E quase todas as profissões foram citadas.

Numa folha de papel colocada em cima do balcão, faziam as anotações.

Mal o dia amanheceu Mendes pegou o jornal e quando pensou buscar na página polícial os que tinham sido assaltados, parou na manchete principal.

SECRETÁRIO DE SEGURANÇA TEM CARRO TOMADO EM ASSALTO  NO PRIMEIRO MINUTO DE HOJE.

Riu, riu um riso bem aberto.

Nenhum daqueles malucos tinha escolhido esta profissão. Quem poderia imaginar o próprio Secretário sendo assaltado?

“É, a coisa está tomando um rumo esquisito. A maré de assaltos atingiu um ponto tão alto que tinha tragado até o Secretário de Segurança. Melhor eu ir passar uns dias em João Pessoa.”

Quando passava em Lajes viu o preço da gasolina e riu. Lembrou-se do Luís e do Vicente e riu mais ainda. Tinha dado zebra. Zebra grande.

Lembrou-se dos mossoroenses e parou de rir… Acelerou ainda mais o carro. Dentro de si uma dúvida. Não sabia se tinha pressa de chegar a João Pessoa ou de se afastar de Mossoró… E lembrou-se do tempo em que caminhava pelas madrugadas estreladas e tranquilas da mais bela de todas as cidades do Rio Grande do Norte.

Só então percebeu que os seus olhos estavam molhados…

Inácio Augusto de Almeida é jornalista

Compartilhe:
Categoria(s): Crônica
domingo - 16/06/2013 - 09:03h

Jornalista tem complexo de elite

Por Cynara Menezes

Quando eu trabalhei na Folha de S.Paulo pela primeira vez, em 1989, fui demitida porque confundi fisicamente o irmão de PC Farias, Luiz Romero, com o cientista político Bolívar Lamounier (parece bizarro, mas eles eram de fato parecidos). Na época, fiquei muito triste porque me pareceu uma bobagem diante dos furos que tinha dado em minha passagem-relâmpago por lá, e me senti como a namorada que é chutada no auge da paixão.

Depois, refletindo, vi que foi a melhor coisa que poderia ter acontecido ao meu ego de fedelha de 22 anos que já estava se achando, em pleno início de carreira, uma das maiores jornalistas do país.

Também foi importante por me fazer perder rapidamente a ilus ão de ser imprescindível e não apenas um parafuso na engrenagem deste grande negócio que se chama imprensa. Descobri cedo qual era o meu lugar.

Quatro anos mais tarde, quando o jornal me convidou para voltar, eu era outra. Meu entusiasmo e a vontade de fazer reportagens interessantes continuavam intactos, mas havia morrido dentro de mim aquela sensação de “pertencer” a alguma empresa que contratasse os meus serviços, de ser “querida” na casa ou de integrar uma “família”.

Para mim, meu empregador passara a ser apenas meu empregador. E eu, uma mera operária da palavra, que estava por ali fazendo o meu melhor, mas que tinha claro que podia ser descartada a qualquer momento.

Até porque, no Brasil, quanto mais você se torna experiente e se destaca numa empresa jornalística, e consequentemente ganha mais, não passa a ser o menos visado na hora dos “cortes”, e sim o oposto.

Esta visão pragmática não me tornou, entretanto, insensível ao descarte de vários contemporâneos que presenciei ao longo dos anos. Cada vez que um deles é chutado, ao contrário, sinto uma revolta ainda maior do que senti naquela primeira (e felizmente única) demissão. É como se fosse comigo.

Sinto raiva quando lembro da vez que um amigo, excelente texto, foi dispensado, após 13 anos como repórter, e o primeiro que comentou foi: “Puxa, e olha que nunca dei um ‘erramos’”. Ou do que aconteceu recentemente com um fotógrafo querido, que comemorou pela manhã no Facebook os 20 anos de jornal e, à noite, voltou para publicar em seu mural que havia sido demitido.

A empresa certamente nem se deu conta de que o fazia justo naquele dia. Na planilha de custos, aquele profissional impecável se resumia a alguns dígitos numa folha de pagamentos.

A esmagadora maioria dos jornalistas que conheci na minha já longa carreira são, como eu mesma, pés-rapados que ascenderam socialmente em virtude do seu trabalho, apurando, entrevistando, escrevendo, editando, fotografando. Infelizmente, com a ascensão social (somada ao convívio com o poder), os mal nascidos jornalistas se iludem de que passaram a integrar a elite, senão financeira, intelectual do País. É por isso que, como diz Mino Carta, “o Brasil é o único lugar onde jornalista trata patrão como colega”.

Boa parte dos jornalistas acha mesmo que os patrões são colegas: colegas de classe. Patrões e jornalistas estariam lado a lado na elite. Não é à toa que tantos não se constrangem em escrever reportagens que representam uma classe a qual não pertencem de origem: se mimetizaram com ela.

É claro que jornalistas ficam abalados e tristes, sim, quando um companheiro de redação é demitido, mas não a ponto de fazer protestos ou de se organizarem para questionar as “reestruturações”.  E por que é assim?

Eu acho que, no fundo, os jornalistas não reagem quando alguém vai parar no olho da rua porque, de certa maneira, se sentem solidários também com o dono, seu “colega”, na fria e corriqueira justificativa de de que “era preciso cortar os custos”. Como se a empresa onde batem ponto diariamente fosse um pouco sua, ao mesmo tempo que sabem que serão os próximos. Aquela bendita demissão 24 anos atrás me livrou de sentir esta síndrome de Estocolmo.

Não sei o que vai acontecer, no futuro, com o jornalismo impresso, em crise no mundo –e mais em um país de pouca leitura como o nosso. Não acredito que as demissões que se tornarão cotidianas sejam capazes de provocar na categoria uma consciência de classe que nunca teve e que, ao meu ver, nunca terá.

A minha esperança é que a mesma internet que tem causado a fuga de leitores e os consecutivos cortes nos jornais proporcione um novo modelo de empresa de comunicação, alguma experiência individual, quiçá conjunta ou até cooperativa, em que possamos ser patrões de nós mesmos, para variar. As crises costumam ser boas para reconstruir.

Oxalá nasça daí um jornalismo onde s aibamos melhor nosso lugar na sociedade e a quem estamos servindo ao ganhar, com a notícia, o pão de cada dia.

Cynara Menezes é jornalista

* Texto originalmente publicado no site da revista Carta Capital

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo / Comunicação
  • San Valle Rodape GIF
sábado - 15/06/2013 - 23:51h

Pensando bem…

“Remar contra a maré é difícil, mas fortalece.”

Goethe

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
sexta-feira - 14/06/2013 - 23:50h

Pensando bem…

“Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral”.

Dan Brown, em Inferno

Compartilhe:
Categoria(s): Pensando bem...
  • Repet
sexta-feira - 14/06/2013 - 23:02h
Sequestro

Fabinho Porcino é recepcionado em casa

O empresário Fabinho Porcino (Fábio Porcino Rosado Chaves), 23, está em Mossoró.

Chegou há cerca de uma hora à casa de seus pais, no bairro Nova Betânia.

Pai e filho,emocionados, comemoram sucesso de resgate

Teve uma recepção calorosa e emocionada de familiares e amigos.

Fez trajeto por via rodoviária, num comboio com policiais, delegados civis e pelo menos dois homens presos na operação ocorrida no Ceará (Canindé, a 118 quilômetros de Fortaleza-CE).

Ele ficou quatro dias em cativeiro, sob condições precárias (veja postagens mais abaixo).

O empresário foi sequestrado à tarde de segunda-feira (10), na loja Porcino Mitsubishi Imports, empresa do Grupo Porcino Costa.

* A foto desta postagem é do jornalista Cézar Alves, no momento em que o pai de “Fabinho”, empresário Fábio Porcino, recepcionava-o com um brado de vitória.

Acompanhe este e outros assuntos – com notas exclusivas – por nosso Twitter AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais / Segurança Pública/Polícia
sexta-feira - 14/06/2013 - 22:09h
Justo, justíssimo

Padre Sátiro Dantas será homenageado

A Prefeitura de Mossoró e a comunidade católica que frequenta a Capela (histórica) de São Vicente vão promover uma homenagem ao padre Sátiro Cavalcanti Dantas, no domingo (16). Justa homenagem, que se diga.

O evento vai acontecer no adro da própria capela, às 20h, “pelo testemunho vivo de fé, de pastor e pela sua enriquecedora dedicação e contribuição durante 57 anos como capelão da São Vicente”, justifica a municipalidade.

Em seguida, haverá mais uma apresentação do espetáculo “Chuva de bala no país de Mossoró”, tendo a Capela de São Vicente como palco.

Nota do Blog – Justa homenagem, repito.

E o que acho mais importante, é a iniciativa alcançar o “padreco”, como o trato de forma carinhosa, vivo e ativo.

Todos os vivas para padre Sátiro!

Amém!

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
  • San Valle Rodape GIF
sexta-feira - 14/06/2013 - 21:11h
Sequestro

Diário do Nordeste mostra cativeiro de “Fabinho”

Do Diário do Nordeste On Line (Fortaleza-CE)

Fabinho estava nesta cabana em Canindé-CE (Foto divulgação)

Uma operação conjunta das polícias Federal,Militar e Civil do Ceará e do Rio Grande do Norte resgatou, nesta sexta-feira (14) o empresário potiguar Fábio Porcino Rosado Chaves.

A ação aconteceu em Canindé, a 118 quilômetros de Fortaleza.

Pelo menos uma pessoa foi presa.

A operação ainda está em andamento, mas as primeiras informações indicam que a polícia invadiu o cativeiro e prendeu pelo menos um dos sequestradores. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) do Rio Grande do Norte, o empresário está bem e familiares estão se dirigindo a Canindé para encontrá-lo.

Fábio Porcino foi sequestrado em Mossoró (RN) na última segunda-feira (10). Ele estava em uma concessionária de propriedade de sua família quando foi abordado por oito homens armados e de coletes caracterizados como sendo da Polícia Federal, de acordo com a SEDED.

Veja matéria AQUI.

Nota do Blog – Fabinho, sob a companhia de familiares e policiais, é conduzido a Mossoró agora à noite. Dois homens presos – que teriam participado do crime, também estão sendo trazidos para serem autuados pela polícia.

Acompanhe informações mais atualizadas no nosso Twitter AQUI.

Compartilhe:
Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 14/06/2013 - 20:46h
Revolta do busão

Acordem: R$ 0,20 são apenas um detalhe

Por Gilberto Dimenstein

R$ 0,20 são apenas um detalhe por trás das manifestações contra o aumento das passagens de transporte público.

Apenas esse valor, por mais relevante que possa ser para os mais pobres, não teria a força de movimentar tanta gente. E nem os grupos radicais de esquerda teriam esse poder de mobilização.

Como mostrou o Datafolha, a população pode discordar da violência, mas está favorável aos protestos.

O essencial vai muito além sobre se é justo ou não subir as passagens. Ou até mesmo quem são os responsáveis pelo vandalismo.

O essencial é que temas locais ganham cada vez mais importância na agenda do brasileiro. É o que está mais próximo e visível do cidadão. Diria que é uma questão de civilidade.

Há um sentimento disseminado de desrespeito no cotidiano das cidades: a insegurança em cada esquina, a péssima qualidade das escolas públicas, o sistema de saúde onde vemos macas com pacientes nos corredores, a escassa oferta de transporte público, os congestionamentos crescentes, as enchentes provocadas pela falta de obras, a poluição ainda maior.

Alguém discorda da simples ideia de que se cidadão tivesse sido mais cuidado e os transportes públicos merecido mais atenção dos governantes haveria mais linhas de metrô, corredores de ônibus e calçadas melhores? Quanto se jogou de dinheiro fora para abrir mais ruas e viadutos só para carros?

O que vemos é como os políticos transformam as cidades apenas em trampolim para projetos eleitorais “maiores”.

Um aumento de R$ 0,20 na passagem ( menos do que a inflação) é traduzido, então, como abuso. E pega.

Por trás dos R$ 0,20 há um crescente incômodo sobre a forma como os governantes tratam o cotidiano das cidades. Acrescente-se aí o incômodo com a inflação – um assunto que voltou ao centro da preocupação nacional.

Fiquei entristecido obviamente em ver tantas cenas de violência por causa das manifestações, mas, ao mesmo tempo, esperançoso de que esse tipo de manifestação signifique um sinal de cidades mais atentas e mobilizadas.

Gilberto Dimenstein é jornalista e escritor

Compartilhe:
Categoria(s): Artigo
Home | Quem Somos | Regras | Opinião | Especial | Favoritos | Histórico | Fale Conosco
© Copyright 2011 - 2025. Todos os Direitos Reservados.