domingo - 29/06/2025 - 22:22h
Futebol

ABC é atropelado em casa e América vence no Nazarenão

O ABC foi atropelado em casa neste domingo (29), jogando em seu estádio – o Frasqueirão. O Ypiranga do RS  ganhou de 3 x 0 e assumiu a terceira posição da Série C do Brasileirão. Rian marcou dois gols e Gabryel Martins mais um.

Com o resultado, o ABC fica na 15ª posição com dez pontos.

América

Já na Série D, o América venceu o Santa Cruz de Natal no sábado (28), no Estádio Gonzagão em Goianinha, pelo placar de 2 x 0.

O jogo foi pela 10ª rodada do Grupo. Os gols do América foram marcados por Herbert no primeiro tempo, e Giva, no segundo. O Santa Cruz fez o seu gol com Hudson Dias no final da partida.

O América é o terceiro colocado com 19 pontos e o Santos está na quinta posição com 13 pontos.

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Categoria(s): Esporte
domingo - 29/06/2025 - 19:44h

Cronofobia social – a discriminação que se sente

Por Marcos Araújo

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Vivemos tempos em que os rótulos ainda precedem os talentos. Um deles é o da idade. Há uma “doença” silenciosa na psiquê social quanto à idade, um idadismo ou ageísmo; uma discriminação com base na idade.

A capacidade não está nos fios brancos, nem na juventude do rosto. Ela reside na visão, no senso de justiça, na paixão pelo bem comum e na coragem de agir quando muitos preferem se calar.

Como disse Victor Hugo, “os quarenta anos são a velhice da juventude; os cinquenta, a juventude da velhice.” O que realmente conta é a disposição interior de fazer a diferença. “A juventude não é um tempo da vida; é um estado da alma”, dizia Samuel Ullman.

Por pura ignorância, a sabedoria é, com frequência, confundida com a passagem do tempo, e a inexperiência, equivocadamente, atribuída à juventude. Quem assim fala desconhece que a História está repleta de provas de que a idade, por si só, nunca foi determinante para o exercício da liderança, da coragem e da capacidade de transformar realidades.

Jovens já fizeram história no mundo, a exemplo: Abraham Lincoln foi eleito deputado (membro da Câmara dos Representantes dos EUA) pela primeira vez em 1847, aos 38 anos de idade; Winston Churchill foi eleito pela primeira vez para o Parlamento britânico em 1900, aos 25 anos de idade.

E idosos, ao mesmo tempo, cometeram muitos erros, não se podendo tê-los como “experientes”. Richard Nixon, George Bush e Donald Trump são considerados exemplos de gestões desastrosas. Apesar de separados por décadas e por estilos muito distintos de governo, os três presidentes cometeram erros que têm traços estruturais em comum. Nenhum deles errou apenas por convicção ideológica ou por acaso.

No campo das ciências, podemos citar vários idosos que continuam influenciando e mudando o mundo com suas pesquisas: Noam Chomsky, com mais de 90 anos; James Watson, codescobridor da estrutura do DNA, com 97 anos, continua pesquisando; Jane Goodall,  etóloga e conservacionista, com mais de 90 anos, continua sua saga da preservação ambiental e bem-estar animal; Roger Penrose, ganhador do Nobel de Física em 2020 (aos 89 anos), ainda dá aulas…

A juventude, por sua vez, tem impulsionado descobertas científicas surpreendentes nas últimas décadas. Destaques globais por pesquisas inovadoras, prêmios ou startups científicas transformadoras podem ser citados: Jack Andraka (nascido em 1997 – EUA), descobriu, aos 15 anos, um teste barato e rápido para diagnóstico de câncer de pâncreas; Gitanjali Rao (nascida em 2005 – EUA), inventora com apenas 18 anos, desenvolveu ferramentas para detectar chumbo na água; Sarah Al-Amiri (nascida em 1987 – Emirados Árabes), líder científica da primeira missão interplanetária árabe, a sonda Hope para Marte, sendo a Ministra de Ciência e Tecnologia dos Emirados com menos de 35 anos; Nina Tandon (nascida em 1980 – EUA), fundadora da Epibone, empresa que cria ossos humanos a partir de células-tronco; Boyan Slat (nascido em 1994 – Holanda), criador da The Ocean Cleanup, que utiliza engenharia e ciência para remover plástico dos oceanos…

No campo político, há também quem, por preconceito ou hábito, julgue que a juventude carece de maturidade para liderar, como se a força das ideias e o brilho do ideal dependessem do número de aniversários. Outros, de igual modo injusto, desconsideram a experiência dos mais velhos, como se o tempo vivido fosse sinônimo de obsolescência.

Tal visão, quanto aos jovens, alimenta uma cultura que exclui talentos em ascensão, impede a renovação de ideias e perpetua velhas práticas. Igualmente é preconceituoso julgar que os mais velhos já não têm mais a contribuir. A verdadeira justiça está em avaliar pessoas por suas ideias, valores, integridade e compromisso com a coletividade — não pela idade contida no RG.

A reflexão sobre A IDADE quando se fala na ocupação dos espaços públicos deve ultrapassar as ideologias políticas, as bandeiras partidárias e os rótulos apressados.  “O poder revela o homem.” Essa frase de Maquiavel continua atual.

Subestimar o jovem é tolher o futuro. Descartar o velho é renegar as raízes. Como afirmou Victor Hugo: “Não há nada mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou.” E essa ideia pode brotar tanto da mente inquieta de um jovem, quanto da sabedoria tranquila de um ancião.

Se jovens, ou idosos, o cargo não vai tornar ninguém sábio. O tempo não garante ética. A experiência, sozinha, não gera consciência. O que define a boa liderança é a humildade em ouvir, a coragem em decidir com justiça e a ética inegociável na hora de agir.

A capacidade e a sabedoria nascem do caráter, do preparo, da visão e da coragem. A juventude pode ser ousada e transformadora. A maturidade pode ser prudente e inspiradora. O que importa não é quando se chega, mas como se chega, e com que propósito se caminha.

Marcos Araújo é advogado, escritor e professor da Uern

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Categoria(s): Artigo / Crônica
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domingo - 29/06/2025 - 18:08h

Manuelito tinha razão

Por Bruno Ernesto

Reprodução de foto da área central de Mossoró (Acervo Manuelito/Museu Municipal)

Reprodução de foto da área central de Mossoró (Acervo Manuelito/Museu Municipal)

Nos últimos anos os mapas digitais e o GPS têm facilitado nossas vidas e auxilia enormemente quem anda por lugares desconhecidos. Sua utilidade é inegável.

Todavia, mantenho o velho costume de observar por onde ando e que carrego desde sempre, por orientação do meu pai.

Ele me dizia que num lugar desconhecido, quando possível, sempre buscasse um ponto de referência para poder me orientar.

Tanto na zona urbana, quanto na rural, esse costume me salvou de muitas situações potencialmente estressantes.

Hoje, com o auxílio do GPS, praticamente ninguém observa mais nada ao seu redor.

Eu mesmo costumo testar o meu filho Pedro, de 12 anos, para saber se ele sabe se localizar na cidade e, na maioria das vezes, ele está desorientado.

Então, há uns anos, venho moldando a sua percepção de localização para que ele não dependa exclusivamente de um GPS para andar na própria cidade em que mora. E tem funcionado satisfatoriamente, na medida do possível. Especialmente quando digo que estou em tal região da cidade, pois ele já começa a ter noção se chegarei rápido ou vou demorar.

Outro reflexo dessa vida moderna, é que muitas pessoas ignoram totalmente a geografia do local onde mora. Tem gente que não tem a menor noção dos lugares históricos.

Isso é um reflexo não apenas da tecnologia, porém, do desinteresse pela história e geografia humana local. E isso não se aplica a pessoas da idade de meu filho Pedro.

Canso de perceber que pessoas com mais idade – inclusive moradores antigos -,   muitas vezes não reconhecem nada numa foto antiga da cidade. Sequer um ponto de referência, quando mostro uma fotografia antiga e interessante a que tive acesso.

No caso de nosso País de Mossoró, tantos registros interessantes temos no Museu Lauro da Escóssia, lá, adormecidos, de um passado que já se distancia de tal forma que, em pouquíssimo tempo, não restará mais nenhuma testemunha ocular.

Quantos momentos bons tenho e trago na memória e relembro toda vez que visito aquele templo da nossa história local, tão preterido.

As imagens antigas de Mossoró, tão preciosamente registradas por Manuelito, realmente são fantásticas.

Ele registou o cotidiano da cidade, das pessoas; aquela cidade pulsante que aos poucos vai se transformando.

Se você não tem familiaridade com a sua cidade, com as ruas e lugares, não entenderá bem a dinâmica dela. Nem de antes, nem de agora, nem além.

O movimento de um museu diz muito sobre a cultura local e seus habitantes.

Os de ontem, os de hoje e os de amanhã.

Bruno Ernesto é advogado, professor e escritor

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Categoria(s): Crônica
domingo - 29/06/2025 - 17:20h

A decisão da turba

Por Marcelo Alves

Imagem ilustrativa com uso de recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Imagem ilustrativa com uso de recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Aroldo Rodrigues, em “Psicologia Social” (Editora Vozes, 1972), nos ensina: “Todas as pessoas, desde os primeiros anos de vida, encontram-se frequentemente em situações nas quais devem tomar uma decisão. Não há dúvida de que a frequência e a importância das decisões a serem tomadas variam enormemente de acordo com a idade e com as responsabilidades de cada pessoa, mas todas invariavelmente são solicitadas a fazer escolhas com relativa frequência. A escolha poderá ser tão trivial quanto decidir entre pedir um sorvete de chocolate ou um de creme, como poderá envolver o destino e a vida de milhões de seres humanos tal como no caso das grandes decisões políticas”.

Se é fato que tomamos decisões todos os dias, a toda hora, escolhas simples, como a do sabor do sorvete, ou decisões mais importantes, que podem impactar nossas vidas para sempre, é também sabido que podemos tomar essas decisões sozinhos ou, em busca de uma suposta melhor ou consensual solução, de forma coletiva.

É também verdade que tanto as decisões individuais como as coletivas podem estar certas ou erradas. Mas, segundo a psicologia social, em condições normais de temperatura e pressão, com tranquilidade e num ambiente democrático, as decisões colegiadas tendem a “errar” menos. São várias cabeças “pensando” e podemos nos beneficiar do conhecimento, da experiência e da colaboração compartilhados.

Diz-se que a colegialidade é um mecanismo que nos protege das nossas idiossincrasias, pois controlamos os nossos juízos (afetados por características herdadas ou adquiridas) em diálogos com juízos alheios. Há a natural difusão de responsabilidades que nos permite tomar as decisões mais “difíceis”. Há a força em si das decisões colegiadas, sobretudo as tomadas por unanimidade. E por aí vai.

Todavia, segundo teorias matemáticas, econômicas e especialmente psicológicas hoje em voga, há aspectos relativos ao processo de decisão de grupo, sobretudo em situações desafiadoras ou de estresse externo, que devem ser sopesados. O ser racional tende a tomar decisões racionais, mas, quando ele passa a fazer parte de um grupo altamente coeso, essa capacidade, como anotam Emily Ralls e Tom Collins em “Psicologia: 50 ideias essenciais” (Editora Pé da Letra, 2023) “é prejudicada por pressões sociais adicionais”, caindo-se no “fenômeno do pensamento de grupo, que pode levar a decisões irracionais e até mesmo a desastres”.

Segundo os autores de “Psicologia: 50 ideias essenciais”, o termo “pensamento de grupo” foi usado pela primeira vez por Irving L. Janis, nos anos 1970, como um modo de pensar movido pela necessidade de “se encaixar” na coesão/unanimidade, que se sobrepõe à capacidade de avaliar uma situação de maneira racional e realista. Janis assim sugeriu oito sintomas de pensamento de grupo: “1. Ilusões de invulnerabilidade: Um grupo é excessivamente confiante e otimista em relação ao seu sucesso. Isso pode fazer com que ele assuma riscos que, de outra forma, os membros individuais não assumiriam. 2. Racionalização coletiva: São apresentadas razões racionais para as decisões que estão sendo tomadas ou para o fato de que outros podem discordar de determinadas decisões. Assim, os argumentos contra a opinião coletiva do grupo podem ser explicados. 3. Crença na moralidade inerente do grupo: O grupo acredita que sua posição moral é a correta, fazendo com que ignore qualquer objeção moral às suas decisões. 4. Estereótipos de outros grupos: Os grupos externos, que são outros grupos de pessoas que discordam do grupo, são estereotipados de forma a permitir que suas opiniões sejam ignoradas. Talvez eles sejam vistos como mal-informados ou preguiçosos. Isso torna mais fácil ignorar as objeções de outros grupos. 5. Pressão direta sobre os dissidentes: Se um indivíduo questiona uma decisão do grupo, ele se sente traidor e é lembrado de que pode deixar o grupo se quiser. 6. Autocensura: Os membros do grupo optam por não se manifestarem contra as decisões do grupo por medo de serem condenados ao ostracismo ou por acreditarem que o grupo sabe o que é melhor. 7. Ilusões de unanimidade: A falta de discordância é vista como evidência de uma boa tomada de decisão. 8. Guardiões da mente autonomeados: Os membros do grupo trabalham para suprimir ativamente informações ou ideias contrárias às decisões do grupo. Eles agem como censores”.

Bom, se, como defendia o excepcional Nietzsche, “a loucura é a exceção nos indivíduos, mas a regra nos grupos”, retomando o tema de texto publicado dias atrás, isso tudo talvez explique a decisão/alucinação da turba na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 no Brasil.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador regional da República, doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL e membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL

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Categoria(s): Crônica
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domingo - 29/06/2025 - 16:26h

Viva o Mossoró Cidade Junina!

Por Odemirton Filho

Foto da Estação das Artes (Arquivo: 2024)

Foto da Estação das Artes (Arquivo: 2024)

Findou-se o mês de junho. Em Mossoró, como em vários lugares do nosso sofrido Nordeste brasileiro, o povo brinca, diverte-se, esquece por um momento as mazelas da vida. Aqui por estas bandas é bonito de ver as pessoas nas festas, na Estação das Artes, Cidadela e nos Polos.

Que fique bem claro: O Mossoró Cidade Junina (MCJ) não pertence a nenhum gestor. Pertence as pessoas da cidade e da região que prestigiam a festa, fazendo-a grandiosa. Por isso, cabe dar crédito a todos os gestores de ontem e de hoje que tornaram o MCJ um sucesso, um patrimônio imaterial do “país de Mossoró”. Nunca é demais ressaltar que a festa é realizada com o dinheiro do povo, dinheiro suado, trabalhado, lutado.

Das festas de São João, à época da minha infância, não trago muitas lembranças. Lembro que mesmo na rua asfaltada, meu pai fazia uma pequena fogueira para comemorarmos, assávamos milho, e saboreávamos as comidas típicas desse período.

Na escola eram as quadrilhas improvisadas, a criançada a brincar, dançar, muitas vezes contra a vontade. Minha mãe me vestia com roupas de matuto e desenhava um pequeno bigode no meu rosto, aliás, não muito diferente das mamães atuais. Eu não sei como são as festas juninas nas cidades pequenas, nos sítios e nas fazendas. Creio que eram, ou são, mais divertidas, originais, raiz.

Hoje, ao contrário, as festas juninas não traduzem a verdadeira cultura do nosso povo, há estilos musicais para todos os gostos, como o sertanejo, brega, rock, axé, vários ritmos que embalam a turma, principalmente, os jovens. Porém, deixo registrado que não estou a criticar, acredito que ninguém é obrigado a cultivar tradições, gostar de forró pé de serra; a festa é para todos que participam, devendo contemplar todas as pessoas e gêneros musicais.

Goste-se ou não do MCJ, o fato é que a cidade neste mês de junho respira festa, apesar dos vários transtornos que causa, a exemplo do trânsito que fica mais caótico. Além disso, no meio de uma multidão não é incomum existirem pessoas que vão às festas somente no intuito de “arrumar” brigas ou cometer pequenos delitos, infelizmente.

Mas, enfim, que no próximo ano o MCJ se torne maior e mais bonito.

Viva o Mossoró Cidade Junina!

Odemirton Filho é colaborador do Blog Carlos Santos

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Categoria(s): Artigo
domingo - 29/06/2025 - 15:56h

O Efeito Casulo – Dia 5

Por Marcos Ferreira

Arte ilustrativa gerada com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Arte ilustrativa gerada com recursos de Inteligência Artificial para o BCS

Tentei escrever em alguns momentos do dia de ontem, sobretudo entre o início da tarde e o começo da noite, porém o cansaço de sempre me roubou o ânimo, a capacidade de me expressar. Sequer um rascunho, um só parágrafo, brotou do meu juízo. Hoje não é muito diferente no que diz respeito ao tédio, entretanto me sinto menos indisposto, tenho a cabeça um pouco mais leve e fecunda.

O telefone tocou algumas vezes de manhã para cá, todavia não atendi nenhuma das chamadas. Não era ninguém com quem eu estivesse a fim de conversar. Por exemplo, o pilantra do Ricardo Gurgel, que foi meu namorado durante dois anos e meio, ligou três vezes num intervalo de mais ou menos quarenta minutos. Suponho que talvez já esteja sabendo da minha doença, coisa esta que é do conhecimento apenas do doutor Epitácio Coelho, do meu ex-patrão e funcionários. Todos que trabalham na loja de peças de automóveis têm ciência do meu diagnóstico.

É difícil pensar em literatura, em escrita com arte literária, depois que um médico, à queima-roupa, olha friamente em nossos olhos e nos diz que temos um câncer metastático e uma expectativa de vida de, no máximo, seis meses. Há ocasiões em que penso que tudo isso não passa de um sonho ruim, um pesadelo. Tolice! A realidade é imutável. Não existe nada que eu e nem ninguém possa fazer que modifique isso. Estou fodido, condenado a morrer em poucos meses com cinquenta e dois anos. Claro que sei que algumas pessoas, resilientes e confiantes num deus no qual não creio, encaram uma lástima dessas com equilíbrio e serenidade admiráveis.

Não é de maneira alguma o meu caso. Tenho ímpetos de violência, imagino-me com poderes e crueza o bastante para torturar e extinguir uma grande quantidade de elementos escrotos que habitam este planeta à beira de uma terceira guerra mundial. Não. Eu não hesitaria em executar diversos percevejos sociais que tornam a vida na Terra cada vez mais conturbada quanto desumana.

Isso, todavia, eu já disse ao longo desta narrativa mal-alinhavada. Contudo, nas condições psicológicas e emocionais em que me encontro, tenho o direito de me repetir, de ser redundante, prolixo e caótico. O tempo todo esqueço de palavras que decerto se encaixariam melhor no decorrer deste relato.

Intimamente ambiciono, apesar das toneladas de pessimismo sobre meus ombros, que esta autobiografia seja composta e finalizada com mérito engenhoso, linguístico, literário. Embora acometido por um câncer de pâncreas em estado terminal, ainda nutro, alimento este meu tolo anseio de produzir páginas com algum teor artístico. É isto. Esforço-me para que minha história, minhas memórias pretéritas e recentes reúnam arte e brilho.

Nesta oportunidade preciso assinalar o seguinte detalhe: não me tornei escritor da noite para o dia. Ninguém (está bem claro) consegue êxito e sucesso como literato num estalar de dedos. De forma alguma. É preciso lastro, vivência, inteirar-se o máximo possível das obras de diversos autores, escribas nacionais quanto estrangeiros. Porque apenas a leitura, aliada a uma boa dose de talento, vai dizer quem possui futuro enquanto escritor. Todo o resto é carpintaria, entrega e suor.

Este, sabemos, é um assunto controverso e inesgotável. No próximo ensejo, quiçá amanhã, quando me sentir à vontade, com disposição, com fôlego, aí discorrerei sobre minha origem e trajetória nesta corda bamba (sem rede de proteção) da palavra escrita. Peço que aguardem. Agora fico por aqui.

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 1

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 2

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 3

Leia tambémO Efeito Casulo – Dia 4

Marcos Ferreira é escritor

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Categoria(s): Conto/Romance
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domingo - 29/06/2025 - 05:26h

A estrada é o destino

Por Honório de Medeiros

Foto produzida pelo autor da crônica

Foto produzida pelo autor da crônica

Toda estrada é um destino. A estrada é o destino, seja metáfora, seja realidade. É nossa história de vida. O começo e o fim de algo inominado. Essência ou aparência. Ínfimo ou descomunal. Ordem ou caos individual.

Para lá onde fica a beira do abismo, limites do seu terreno pedregoso se encaminhava Seu Petronilo, tangendo uma velha, antiquíssima bicicleta caindo aos pedaços.

Parei o carro ao seu lado. Ele me olhou, ressabiado. Dei um bom dia caloroso e ele respondeu no mesmo tom, com o sotaque da Serra, tirando o velho chapéu de massa, respeitoso, condizente com seus aparentes noventa e tantos.

O Senhor vai tomar que rumo?

Meu Senhor, vou pelas beiradas até o Cabeço, se Deus me deixar.

Então eu tou no rumo certo, seguindo em frente.

Tá sim senhor.

Vou lá agora cedo, porque soube que na ponta da Serra, final do Cabeço, as pessoas têm visto umas luzes estranhas, quando chega a noite alta. Quero assuntar. É assim mesmo?

É sim senhor. Eu mesmo fui pastorar uma raposa, num terreninho que tenho por lá, onde crio uns porcos, coisa pouca, era noite de lua grande, e vi essas luzes coloridas rodopiando no céu, indo e voltando, para lá e para cá, bem umas cinco ou seis. Uns caçadores que tavam por perto também viram.

O Senhor teve medo?

Medo mesmo não, porque se tá no mundo é porque Deus quer, até me benzi umas tantas vezes, mas achei meio fora do conforme. Durou um bom pedaço. E eu olhando pro céu, me perguntando o que danado era aquilo.

No final deu tudo certo, não foi?

Mais ou menos. Enquanto eu cuidava das luzes no céu, a raposa cuidou dos meus porquinhos…

Não tive como não rir. Ele riu também, colocou o chapéu na cabeça, pediu licença e tangeu a bicicleta, tomando destino, firme e forte como as rochas que abundam no Cabeço.

Bom dia, Seu Petronilo, fique com Deus.

O Senhor também!

Honório de Medeiros.

Quinta da Aroeira, Cerro, 22 de junho de 2025.

Honório de Medeiros é professor, escritor e ex-secretário da Prefeitura de Natal e do Governo do RN

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Categoria(s): Crônica
sábado - 28/06/2025 - 09:30h
MCJ 2025

“Boca da Noite” fecha o Mossoró Cidade Junina com Bell Marques

Bell Marques é a principal atração no fechamento do MCJ 2025 (Foto: Lucas Bulcão/Arquivo)

Bell Marques é a principal atração no fechamento do MCJ 2025 (Foto: Lucas Bulcão/Arquivo)

Neste sábado (28), o evento que encerra o Mossoró Cidade Junina (MCJ) está afiado para ser outro grande acontecimento de público: é o “Boca da Noite.” Terá várias atrações, sendo a principal o cantor Bell Marques.

Com início pontual às 18 horas, o evento também conta com atrações e artistas como Davson Devid, Caddu Rodrigues, Lucas Lima, Mozão, Guto Fortunato, Banda Bakulejo e Muny Santos e Banda. O percurso com trios elétricos é o mesmo da abertura do MCJ 2025 com o Pingo da Mei Dia, dia 7 de junho, em trajeto na Avenida Rio Branco – corredor Cultural Gonzaga Chimbinho.

Pelo menos 1.500 homens e mulheres farão a segurança do evento, relata o titular da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (SESDEM), Walmary Costa.

“Vamos garantir a segurança dos mossoroenses e visitantes no ‘Boca da Noite’ com 1.500 agentes que estarão trabalhando na área externa, na chegada e no interior do Corredor Cultural. São agentes federais, estaduais e municipais, além de empresas privadas de segurança e bombeiro civil para podermos garantir a segurança das pessoas que irão para o encerramento do ‘Mossoró Cidade Junina’”, diz Walmary.

Dentre a importância da segurança, e importante destacar que o público deve ter cautela ao levar produtos e consumir os mesmos dentro do evento – objetos cortantes, garrafas de vidros e mesas são proibidas segundo Prefeitura de Mossoró.

Há também um núcleo de vigilância eletrônica com videomonitoramento, todos os acessos à área obriga as pessoas à revista e escaneamento para identificar armas ou qualquer objeto cortante.

Também existem estruturas de saúde pública e serviço social disponíveis.

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Categoria(s): Gerais
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sábado - 28/06/2025 - 08:44h
Feira Boné Brasil

Trio de jornalistas de peso faz assessoria para evento nacional

Gláucia Lima, Willana Dantas e Sidney Silva são da ELO (Fotomontagem: Divulgação)

Gláucia Lima, Wilana Dantas e Sidney Silva são da ELO (Fotomontagem: Divulgação)

Os jornalistas Gláucia Lima, Wilana Dantas e Sidney Silva, que formam a agência ELO Assessoria e Comunicação, firmaram parceria com a empresa Espacial Eventos e Negócios, responsável pela realização da Feira Boné Brasil, que acontece nos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, em Serra Negra do Norte (RN).

O trio será responsável por toda a assessoria de comunicação do evento, incluindo cobertura jornalística, produção de conteúdo, relacionamento com a imprensa, redes sociais e divulgação institucional.

Os três profissionais atuam de forma integrada na comunicação multiplataforma, com presença forte no rádio, Instagram e blogs de notícias, garantindo um alcance direto e efetivo com o público da região e do setor produtivo.

A atuação da ELO já começou nesta sexta-feira (27), durante o lançamento oficial da feira, realizado na Panificadora Fornaça, em Caicó. O momento marcou o início dos trabalhos de divulgação e mobilização da imprensa para um dos eventos mais importantes do calendário econômico e industrial do Seridó.

Com experiência em cobertura de grandes eventos e conhecimento da realidade local, os jornalistas trazem um olhar estratégico e colaborativo, fortalecendo a visibilidade da Feira Boné Brasil e destacando o papel da indústria boneleira da região no cenário nacional.

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Categoria(s): Comunicação
sexta-feira - 27/06/2025 - 17:50h
Faça o que eu digo...

Styvenson vota por mais deputados, mas apaga post em que era contra

Postagem de Styvenson, contra, ele tratou de se livrar (Reprodução)

Postagem de Styvenson, contra, ele tratou de se livrar (Reprodução)

Da Agência Saiba Mais

Em contradição com o que havia afirmado publicamente, o senador Styvenson Valentim (PSDB) votou a favor do Projeto de Lei Complementar nº 177/2023, que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. A proposta foi aprovada no Senado na última quarta-feira (25) e deve gerar impacto direto superior a R$ 64 milhões por ano no Orçamento Geral da União (OGU).

O parlamentar potiguar não apresentou justificativa para a mudança de postura e, após a votação, apagou de suas redes sociais uma publicação em que dizia: “Não precisamos de mais deputados, precisamos que os que já estão eleitos entreguem mais. O Brasil precisa de mais resultados, não de mais cargos.”

A reportagem da Agência Saiba Mais solicitou ao senador, através da sua assessoria de comunicação, uma explicação sobre a mudança de voto, mas até o fechamento da matéria não obtivemos retorno.

Além de Valentim, o senador Rogério Marinho (PL) votou pelo aumento no número de deputados. Apenas Zenaide Maia (PSD), do RN, foi contra.

O RN ganhará mais duas vagas à federal,  passando de oito para dez. Também haverá aumento de 24 para 30 na Assembleia Legislativa.

Leia tambémSenado aprova aumento no total de deputados e RN ampliará bancadas

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Categoria(s): Política
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sexta-feira - 27/06/2025 - 15:56h
MCJ 2025

Bruno e Marrone é a grande atração da última noite da Estação

Bruno e Marrone é a grande atração desta sexta-feira (Foto: divulgação)

Bruno e Marrone é a grande atração desta sexta-feira (Foto: divulgação)

O “Mossoró Cidade Junina” 2025 tem sequência nesta sexta-feira (27) com programações à disposição do público em 3 polos diferentes.

Na Estação das Artes, esta será a noite derradeira com as apresentações nacionais da dupla Bruno e Marrone, de Zé Cantor e também do artista Avine Vinny. Abrem a noite de shows os cantores Arnaldinho Neto, às 19h, e Jackson Menezes, às 20h.

O Polo Chuva de Bala no País de Mossoró, chega também a sua última noite de espetáculo, já com promessa de saudade e expectativas para 2026. No “Anima Chuva”, Juninho Voice e Banda se apresenta às 20h e, às 21h, o espetáculo se inicia.

Por fim, no Polo Cidadela, a Banda Disco de Vinil inicia as apresentações no Palco 1 às 23h30. Em sequência, será a vez de Netinho Santos e Banda subir ao palco às 1h. No Palco 2, Bia Gurgel abre a noite às 21h30, a banda Samba A7 continua as apresentações à 00h e, para finalizar, Soul Samba embala o público à 1 hora.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 27/06/2025 - 12:28h
Remédios/materiais básicos

Estado tem até 11 de julho para reabastecer hospitais em Natal/Mossoró

Audiência aconteceu nessa quinta-feira (Foto: Reprodução)

Audiência aconteceu nessa quinta-feira (Foto: Reprodução)

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte terá um prazo para regularizar, até o dia 11 de julho, o abastecimento de medicamentos e materiais básicos no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.

A decisão ocorreu após um acordo feito em audiência, na tarde desta quinta-feira (26), diante da Reclamação Pré Processual movida pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) no início de junho, que apontou o desabastecimento nas unidades, comprometendo o atendimento aos pacientes e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

A mediação do acordo, durante audiência online presidida pela juíza federal Gisele Leite, contou com a participação de representantes do Cremern, do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do RN (MPRN), da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (SESAP/RN) e das direções dos hospitais, além da Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RN) e Defensoria Pública da União.

Além do prazo para regularização, a magistrada estabeleceu que o Cremern realizará novas fiscalizações nos dois hospitais até o dia 16 de julho para verificar o cumprimento do que foi pactuado.

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Categoria(s): Saúde
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sexta-feira - 27/06/2025 - 09:54h
Bom dia

Sob nuvens cerradas

A cerração encobriu a cidade nesse início de dia (Foto: BCS)

A cerração encobriu a cidade nesse início de dia (Foto: BCS)

Natal amanhece sob densas brumas.

Aquela cerração.

Temperatura lá embaixo.

A preguiça desafia as obrigações do dia.

Assim mesmo, vamos ao trabalho.

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Categoria(s): Gerais
sexta-feira - 27/06/2025 - 09:24h
Protesto

Moradores fecham rua devido atropelamento de animal

Benício Filho ganhou pavimentação asfáltica e uma ponte, obras aguardadas há décadas e moradores agora se preocupam (Foto: reprodução)

Rua ganhou asfalto e uma ponte, obras aguardadas há décadas; moradores agora se preocupam (Foto: reprodução)

Do TCM Notícia

Moradores do bairro Ilha de Santa Luzia, em Mossoró, realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (27), na Rua Benício Filho, em Mossoró.

O protesto foi motivado pelo atropelamento de um animal na via, ocorrido nessa quinta-feira (26).

Os moradores reivindicam a instalação de lombadas, devido à alta velocidade dos veículos que trafegam pela rua.

Devido ao protesto, a rua Benício Filho, a partir do trecho da ponte, foi interditada para a passagem de veículos.

Nota do BCS – Rua hoje liga a Avenida Presidente Dutra ao Complexo Viário Vingt Rosado. Ganhou asfalto e uma ponte, obras aguardadas há décadas. Porém, apesar dessas melhorias, moradores se preocupam com carros e motociclistas imprudentes. O ser humano é o único bicho que cria barreiras para sua própria locomoção, devido a estupidez de outros semelhantes.

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sexta-feira - 27/06/2025 - 08:20h
Região Oeste

Fátima tem agenda em Mossoró, Baraúna e Gov. Dix-sept Rosado

Solenidade aconteceu nessa quinta-feira na Uern (Foto: Carmem Félix)

Governadora estará na Uern para agenda logo nesta sexta-feira (Foto: Carmem Félix/Setembro de 2024))

A governadora Fátima Bezerra (PT) cumpre agenda oficial nesta sexta-feira (27) e sábado (28) de junho na região Oeste Potiguar, com uma série de compromissos nos municípios de Baraúna, Mossoró e Governador Dix-Sept Rosado.

A pauta inclui a abertura do Parque Nacional Furna Feia, inauguração de um trecho da Adutora Apodi/Mossoró, doação de terreno para a Uern de Assú e coletiva de imprensa com o balanço das ações de segurança pública durante o Mossoró Cidade Junina.

Abaixo, os detalhes dos compromissos:

Sexta-feira, 27 de junho de 2025

10h – Abertura do Parque Nacional Furna Feia (Baraúna)

O quê: Participação na abertura do parque e inauguração da visita Furna Nova.

Local: Palhoça da Furna Nova, Baraúna – RN.

13h – Visita ao Programa Costura + RN (Baraúna)

O quê: Visita aos beneficiários do programa.

Local: Anexo do CRÁS, R. Francisco Alves, Centro – Baraúna – RN.

14h30 – Atos na Reitoria da UERN (Mossoró)

O quê: Sanção da lei de doação de terreno para o Campus de Assú; Nomeação da nova reitora, Profª. Drª. Cicília Raquel Maia Leite, e do vice-reitor, Prof. Dr. Francisco Dantas de Medeiros Neto; Entrega de equipamentos para cursos da universidade.

Local: Reitoria da UERN, R. Dr. Almino Afonso, 478, Centro – Mossoró – RN.

16h30 – Inauguração da Adutora Apodi/Mossoró (Governador Dix-Sept Rosado)

O quê: Inauguração do trecho da adutora até o município, melhorando o sistema de abastecimento de água da cidade.

Local: Praça do Mercado, R. Machado Aguiar – Governador Dix-Sept Rosado – RN.

21h – Espetáculo Chuva de Bala (Mossoró)

O quê: Presença no espetáculo “Chuva de Bala no País de Mossoró 2025”.

Local: Adro da Capela São Vicente, Centro – Mossoró – RN.

Sábado, 28 de junho de 2025

11h30 – Coletiva de Imprensa: Balanço das Ações da Segurança Pública no Mossoró Cidade Junina (Mossoró)

O quê: Coletiva com as Forças de Segurança sobre a avaliação do Mossoró Cidade Junina 2025.

Local: Reitoria da UERN, R. Dr. Almino Afonso, 478, Centro – Mossoró – RN.

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Categoria(s): Política
sexta-feira - 27/06/2025 - 07:46h
Decisão

STF amplia responsabilidade de redes pelas publicações de usuários

STF assinala que tomou posição após provocado e que não estaria legislando (Foto: Evaristo Sá/AFP)

STF assinala que tomou posição após provocado e que não estaria legislando (Foto: Evaristo Sá/AFP)

Do Canal Meio e outras fontes

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as empresas de tecnologia passam a ter responsabilidade por conteúdos criminosos postados por seus usuários, independentemente de uma decisão judicial sobre cada caso. Na prática, a decisão altera profundamente a maneira como as empresas terão que monitorar o que é publicado em suas redes sociais e, principalmente, como deverão agir diante de postagens consideradas criminosas, como ataques à democracia, conteúdos ilícitos graves ou crimes sexuais.

A decisão dos ministros também responsabiliza as big techs pelos prejuízos causados por terceiros, incluindo anúncios falsos, mesmo aqueles impulsionados por meio da compra de publicidade — um dos principais mecanismos utilizados para fraudes nas redes sociais. Para que isso passe a valer, o STF considerou o artigo 19 do Marco Civil da Internet como parcialmente inconstitucional. Ao final do julgamento, oito ministros votaram a favor das alterações e três se posicionaram contra. (CNN Brasil)

A decisão do STF não prevê punição para as empresas de tecnologia por casos isolados ou por publicações que tenham escapado da verificação. O texto aprovado pretende responsabilizar plataformas que apresentarem “falhas sistêmicas” no processo de detecção e remoção de conteúdos ilícitos. A lista de crimes que deverão ser removidos de forma proativa pelas empresas é extensa. No entanto, as plataformas seguem no direito de manter publicações denunciadas por usuários como crimes contra a honra, calúnia, difamação e injúria, até que haja decisão judicial. (Folha)

O ministro Dias Toffoli, relator de um dos casos analisados pelo STF, quase chegou às lágrimas após a conclusão do julgamento das big techs. Visivelmente emocionado, Toffoli afirmou que estava honrado por fazer parte da Corte. “Muito me honra poder fazer a leitura desta tese”, disse, pouco antes de se recompor.

Mais cedo, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, declarou que o Supremo não estava legislando, mas apenas decidindo dois casos concretos que chegaram à Corte. A decisão tem validade até que o Congresso Nacional aprove uma nova legislação sobre o tema. (Metrópoles)

Patrícia Campos Mello: “O STF optou pelo caminho intermediário na decisão que alterou o Marco Civil da Internet. Mas, ainda que tenha triunfado a tese intermediária, ela ainda é muito mais radical do que o PL 2630, das fake news, apresentado em 2020.” (Folha)

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Categoria(s): Política
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quinta-feira - 26/06/2025 - 23:50h

Pensando bem…

“A única pessoa que não pode ser ajudada é aquela pessoa que culpa os outros.”

Carl Rogers

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quinta-feira - 26/06/2025 - 17:24h
Denúncia

TCU confirma decisão de suspender licitação de hospital do governo

Arte ilustrativa do hospital a ser construído

Arte ilustrativa do hospital a ser construído

Do Diário do RN

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu temporariamente a licitação para a construção do Hospital Metropolitano do Rio Grande do Norte, obra orçada em cerca de R$ 200 milhões, que seria erguida no bairro Emaús, em Parnamirim, na Grande Natal. A decisão liminar, inicialmente proferida pelo Ministro Relator Bruno Dantas, foi confirmada pelo plenário do TCU em sessão realizada nesta quarta-feira (25).

A suspensão atende a uma denúncia que aponta irregularidades no processo licitatório. Segundo informações obtidas pela coluna Radar, da Revista Veja, a empresa vencedora, Construtora Ramalho Moreira, que já possui contratos com o governo estadual, teria apresentado a quarta melhor proposta. As três primeiras colocadas, com lances mais vantajosos, teriam sido desclassificadas por meio de “subterfúgios”, configurando um possível caso de favorecimento indevido.

Em resposta à decisão do TCU, o Governo do Rio Grande do Norte emitiu uma nota afirmando que a medida cautelar não aponta fraude ou direcionamento no certame. O governo estadual declarou que a decisão do TCU se refere a “questões formais que são absolutamente passíveis de correção, sem prejuízo à continuidade do projeto”, e que interpretações de fraude ou direcionamento são indevidas.

O Governo do RN afirmou que embora ainda não tenha sido oficialmente intimado da decisão, o executivo estadual já mobilizou a Procuradoria-Geral e a Controladoria-Geral do Estado para que atuem em conjunto na prestação de esclarecimentos ao TCU e nas análises cabíveis.

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Categoria(s): Administração Pública / Justiça/Direito/Ministério Público / Política
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quinta-feira - 26/06/2025 - 15:44h
Mossoró

Instituto Fecomércio vai medir impacto econômico no MCJ 2025

Estudo também avança na coleta de informações sobre experiências de empresários e público
Levantamento do IFC será mais abrangente este ano (Foto: BCS)

Levantamento do IFC será mais abrangente este ano (Foto: BCS)

O Instituto Fecomércio RN (IFC) reforça, mais uma vez, sua atuação estratégica no Mossoró Cidade Junina, um dos maiores eventos culturais e turísticos do Rio Grande do Norte. Pelo 5º ano, o instituto realiza pesquisas de campo durante os festejos, com o objetivo de traçar o perfil dos visitantes, avaliar o grau de satisfação do público e, sobretudo, medir o impacto econômico da festa para a cidade.

Em 2024, o levantamento do IFC RN apontou que o Mossoró Cidade Junina movimentou R$ 358 milhões na economia local, consolidando o evento como um dos principais ativos econômicos e culturais do estado. O estudo também revelou que 64,5% dos empresários locais consideraram a festa positiva para os negócios, o que reforça o papel do evento como indutor de consumo, geração de renda e oportunidades de trabalho temporário.

Neste ano, até o dia 28 de junho – quando se encerram os festejos – uma equipe de pesquisadores do IFC RN estará em campo, aplicando questionários nos principais polos da festa. O trabalho contempla entrevistas com o público visitante – entre população e turistas, ambulantes e comerciantes formais e informais, buscando dados que permitam à Prefeitura de Mossoró e aos organizadores aprimorar a estrutura e o planejamento das próximas edições.

“Essas pesquisas têm um papel estratégico fundamental por fornecer informações concretas que ajudam tanto o poder público quanto os empresários locais a planejarem melhor suas ações. Estamos falando de um evento que vai muito além do entretenimento. É uma engrenagem importante na movimentação da economia, na geração de empregos e no fortalecimento do comércio e do turismo da região”, destaca Marcelo Queiroz, presidente do Sistema Fecomércio RN.

Além da análise do impacto econômico, o estudo também mede a satisfação do público em relação a fatores como infraestrutura, segurança, programação cultural e serviços oferecidos. A previsão é de que os resultados consolidados da edição 2025 serão apresentados na primeira quinzena de julho.

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Categoria(s): Economia / Gerais
quinta-feira - 26/06/2025 - 13:36h
RN

Lei de Terezinha Maia prevê notificação de assédio contra mulheres

“É preciso que as academias se tornem ambientes seguros para todas", diz Terezinha Maia (Foto: João Gilberto)

“É preciso que as academias se tornem ambientes seguros para todas”, diz Terezinha Maia (Foto: João Gilberto)

O Governo do Estado sancionou, nesta quinta-feira (26), uma lei a partir de projeto de autoria da deputada Terezinha Maia (PL) que estabelece medidas de enfrentamento ao assédio contra mulheres em academias, estúdios e espaços de atividade física no Rio Grande do Norte. A nova legislação determina que esses estabelecimentos devem notificar as autoridades competentes sempre que forem identificados casos de assédio moral ou sexual, contribuindo para a proteção das vítimas e a responsabilização dos agressores.

A medida, que entra em vigor em 60 dias, tem como objetivo coibir práticas recorrentes que violam a dignidade das mulheres durante treinos ou atividades nesses espaços. Segundo a parlamentar, a iniciativa atende a uma demanda urgente da sociedade e visa combater a impunidade que, muitas vezes, encoraja a repetição desses crimes.

“É preciso que as academias se tornem ambientes seguros para todas. O assédio — muitas vezes silencioso, disfarçado ou difícil de provar — causa impactos graves à saúde física e emocional das vítimas. Essa lei dá um passo importante no sentido de responsabilizar os estabelecimentos e garantir apoio imediato às mulheres que sofrem esse tipo de violência”, afirmou Terezinha Maia que integra a Procuradoria da Mulher.

A legislação obriga que academias e espaços similares notifiquem os órgãos competentes sobre casos de assédio, com base em tratados internacionais ratificados pelo Brasil, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil.

Medidas adicionais

Além da obrigatoriedade da notificação, a lei também define princípios que devem orientar a conduta dos estabelecimentos, como respeito ao relato da vítima, preservação da dignidade e integridade física e emocional, e agilidade no encaminhamento do caso. A norma ainda autoriza medidas adicionais, como a criação de códigos discretos a serem divulgados em sanitários femininos, possibilitando que mulheres peçam ajuda sem se expor diretamente.

“A maior parte das mulheres não denuncia por medo ou vergonha, especialmente quando não há testemunhas. Essa lei contribui para quebrar o silêncio, acolher as vítimas e responsabilizar os agressores, garantindo que os direitos fundamentais das mulheres sejam respeitados”, acrescentou a deputada.

A iniciativa reforça o compromisso do Parlamento Potiguar com a pauta da proteção das mulheres e com a construção de ambientes mais seguros, inclusivos e igualitários em todo o estado.

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quinta-feira - 26/06/2025 - 09:24h
Votação

Senado aprova aumento no total de deputados e RN ampliará bancadas

Votação no Senado aconteceu nessa quarta-feira (Foto Andressa Anholete -Agência Senado)

Votação no Senado aconteceu nessa quarta-feira (Foto Andressa Anholete/Agência Senado)

Por 41 votos a 33, o projeto de lei complementar 177/2023 que aumenta em 18 vagas o número de deputados federais, levando o total de 513 para 531, foi aprovado no Senado à noite dessa quarta-feira (25).

A mudança bate à porta do RN. Vão ser criadas mais duas vagas para o estado, passando de oito para 10 deputados federais.

Os desdobramentos chegam também à Assembleia Legislativa do RN, que passará de 24 para 30 vagas já nas eleições 2026.

A matéria ainda passará pela Presidência da República, mas sua sanção (aprovação) é dada como certa.

Votos dos senadores do RN

Rogério Marinho (RN) – Sim

Zenaide Maia (RN) – Não
PSDB

Styvenson Valentim (RN) – Sim

Estados beneficiados

Pará e Santa Catarina ganham quatro novas cadeiras cada;

Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Amazonas terão dois deputados a mais cada um;

Ceará, Goiás, Minas Gerais e Paraná ganham mais um deputado cada.

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Um relatório feito pelo deputado Damião Feliciano (União-PB) apontou que o aumento de parlamentares terá um custo de R$ 64,6 milhões aos cofres públicos. O parecer aponta ainda que, de acordo com cálculos do governo, o orçamento de 2027 da Câmara já terá um reajuste suficiente para cobrir a despesa adicional.

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Categoria(s): Política
quinta-feira - 26/06/2025 - 09:00h
Viúva Machado

Pinacoteca do Estado recebe exposição e lançamento de livro

Elza Bezerra Cirne, autora do projeto (Foto: divulgação)

Elza Bezerra Cirne, autora do projeto (Foto: divulgação)

Nesta quinta-feira (26), às 17h, a Pinacoteca do Estado, que funciona no Palácio Potengi, em Natal (RN), recebe a abertura da exposição “Viúva Machado – A grandeza de uma mulher”, que marca também o lançamento oficial do livro homônimo da pesquisadora Maria Elza Bezerra Cirne. A mostra e a publicação se entrelaçam para lançar luz sobre a trajetória de Amélia Duarte Machado, mulher que atravessou o século 20 com firmeza, visão e coragem, rompendo silêncios e desafiando padrões de seu tempo.

A exposição conta essa trajetória a partir de obras visuais, documentos, ilustrações, mapas e dispositivos sensíveis que convidam o público a percorrer as décadas que moldaram a cidade e revelaram o protagonismo feminino. Livro e exposição devolvem ao estado potiguar a imagem restaurada de uma mulher fundamental — porém, pouco contada — na construção do patrimônio, da memória e da identidade potiguar.

A curadoria e a expografia são assinadas por Angela Almeida e Rafael Sordi, com colaboração artística e expográfica de Angélica Martins. A mostra conta com a participação dos artistas Selma Meira e Sá Bezerra e Jota Clewton, além da inclusão de obras da coleção pessoal de Manoel Onofre Neto. A produção executiva é de Karen Álvares e Cecília Medeiros.

Como parte da programação, o público poderá participar de visitas mediadas diárias e rodas de conversa com convidadas especiais, que ocorrerão ao longo do período expositivo, em datas a serem divulgadas.

A exposição é uma realização da pesquisadora Maria Elza Bezerra Cirne, com apoio do Governo do RN, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, da Fundação José Augusto e da Pinacoteca, além do Sistema Fecomércio RN e Sesc RN, e permanece em cartaz até o dia 31 de julho, com entrada gratuita.

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Categoria(s): Cultura
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