terça-feira - 07/11/2023 - 16:24h
Embraco

A rotina de trabalho e sucesso de dois irmãos

Solon Júnior e Cândido Lucena se revezam no mercado mossoroense (Fotomontagem do BCS)

Solon Júnior e Cândido Lucena se revezam no mercado mossoroense (Fotomontagem do BCS)

Os irmãos e sócios da Empresa Brasileira de Construção (EMBRACO), Solon Lucena Júnior e Cândido Lucena, têm a rotina de se revezarem em agendas de trabalho em Mossoró. Um vem, o outro fica em João Pessoa-PB, sede do grupo.

Construtora e incorporadora com vários empreendimentos entregues e outros em lançamento, em Mossoró, a Embraco faz novas apostas no mercado local, um dos mais vitoriosos do seu mix de negócios.

Condomínio Américas, West Fit, West Palace, West Flat, West Clinical, West Home Business (WHB), Eco Ville e o também promissor Open Mall (próximo ao Alphaville) são alguns dos empreendimentos fincados na cidade.

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Categoria(s): Economia
terça-feira - 07/11/2023 - 13:47h
Pujança

Vereador destaca Mossoró acima da média em empregos

Vereador Francisco Carlos, hoje (7), em discurso na Câmara Municipal (foto: Edilberto Barros)

Vereador Francisco Carlos, hoje (7), em discurso na Câmara Municipal (foto: Edilberto Barros)

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (7), o vereador Professor Francisco Carlos (Avante) enalteceu a geração de emprego em Mossoró.

Em setembro, o município registrou, pelo sétimo mês consecutivo, saldo positivo na geração de novos postos de trabalho com carteira assinada.

Os dados segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Professor da Economia da Uern, Francisco Carlos avaliou que o desempenho do emprego depende do contexto econômico nacional, mas nem todos os municípios acompanham o ritmo e outros crescem acima da média.

“É o caso de Mossoró, que apresenta diferencial e que se coloca em posição de destaque”, observou.

Motivos

O vereador Francisco Carlos atribuiu o desempenho à conjugação de dois fatores: investimentos do Poder Público e do setor privado.

Segundo o parlamentar, o trabalho da Prefeitura, com a doação de terrenos e investimento em obras e em infraestrutura, chama a atenção de investidores de fora e reforça a confiança dos empreendimentos locais.

Ele citou, como exemplo, o setor supermercadista, com novas lojas do Assaí (grupo nacional) e Cidade (grupo local).

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
terça-feira - 07/11/2023 - 12:38h
Só lembrando

A política e o ódio juntos não costumam dar certo

Briga, ódio, confronto, discussão, debate, política, intolerânciaEm qualquer ramo da vida, o ódio, aquela erupção de fúria, pode aflorar. Na política, também.

Mas, não costuma ser o ingrediente capaz de encaminhar alguém à vitória.

Mexendo nos meus alfarrábios, estudando números, revendo pesquisas, dados de eleições, sou remetido ao ano passado: eleições à Câmara Federal.

Ao fechar a porta para candidatura à Câmara Federal do ex-deputado federal Henrique Alves, levado a se inscrever no PSB, após décadas apenas no emedebismo, o MDB deixou de eleger Garibaldi Alves Filho à Câmara dos Deputados.

A votação de Henrique no PSB acabou sendo sofrível, chegando a apenas 11.630. Contudo, seria suficiente para injetar soma à eleição de Garibaldi, pai de “Waltinho”, o Walter Alves – presidente do MDB, eleito vixe-governador.

O ex-senador Garibaldi Filho empilhou 92.753 votos, mas não alcançou êxito. O Sargento Gonçalves (PL) terminou eleito.

De novo vejo o ódio movendo aspirações políticas, em lutas paroquiais. A vontade de destruir é maior do que a de construir, se fazer algo, crescer… de projetar-se.

Os exemplos estão aí.

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terça-feira - 07/11/2023 - 11:30h
Ataque a tiros

Três guardas municipais são alvos de busca e apreensão

Carros, munições e armas são apreendidos na Operação Fogo Amigo nesta terça-feira

Do Mossoró Hoje e BCS

Pelo menos três integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Mossoró são apontados como envolvidos diretamente no atentado a tiros contra um carro oficial da Prefeitura Municipal de Mossoró, dia 11 de outubro último. Porém, mais pessoas podem ter participado.

A conclusão é da investigação inicial da Polícia Civil do RN, que deflagrou a Operação Fogo Amigo, e durante a madrugada desta terça-feira (7) cumpriu mandados de busca e apreensão em residências ligadas aos suspeitos. Houve apreensão de carros, munições e duas armas, uma delas de uso funcional.

A informação foi repassada nesta terça-feira (7), pelo delegado Regional, Rafael Arraes, e pelo delegado da 38ª Delegacia de Polícia de Mossoró, Dênis Carvalho.

A viatura descaracterizada, utilizada pelo comandante da Guarda Municipal de Mossoró, Thiago Fernandes, sofreu vários disparos à madrugada do dia 11 de outubro (veja AQUI), quando estava estacionada próximo à sua casa no bairro Sumaré, por volta de 3h.

Não houve divulgação dos nomes dos suspeitos nem o que teria motivado o ataque. As investigações continuam e deverão ser acentuadas para coleta de novos elementos de provas, a partir de perícias, bem como o levantamento de comunicações telefônicas entre os três guardas e outras pessoas.

Os GCM’s devem ser afastados preventivamente das funções públicas, além de sofrerem suspensão do porte e recolhimento de arma. Posteriormente serão ouvidos.

Nota Oficial

A Prefeitura de Mossoró emitiu Nota Oficial sobre essa fase da Operação Fogo Amigo. Veja abaixo:

Diante da deflagração da Operação “Fogo Amigo”, pela Polícia Civil de Mossoró, nesta terça-feira (07), tendo como alvo Guardas Civis Municipais suspeitos de participar de ataque ao Comandante da Guarda Civil Municipal, Thiago Fernandes, a Prefeitura Municipal de Mossoró destaca que dará cumprimento às medidas determinadas pela justiça sobre os referidos servidores.

A Prefeitura acompanha as investigações e o desenrolar dos fatos à espera do pleno esclarecimento do triste fato ocorrido no dia 11 de outubro deste ano, e que os culpados sejam punidos na forma da lei.

Mossoró-RN, 07 de novembro de 2023
Prefeitura Municipal de Mossoró

Leia também o que antecipamos há poucos dias sobre esse caso clicando AQUI.

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terça-feira - 07/11/2023 - 09:30h
Memórias do rádio

Souza Luz e “O prato do dia” na mesa política do mossoroense

Reportagem lembra o Dia do Radialista resgatando um nome da radiofonia política de Mossoró

Por Tárcio Araújo (95 FM Mossoró, especial para o BCS)

Souza Luz nasceu em Areia Branca e faleceu aos 65 anos (Foto: Relembrando Mossoró)

Souza Luz nasceu em Areia Branca e faleceu aos 65 anos (Foto: Relembrando Mossoró)

Neste dia 07 de Novembro, quando se comemora no Brasil o Dia do Radialista, o Blog Carlos Santos (BCS) registra a data mergulhando num passado distante da radiofonia mossoroense. Num quadrante de tempo do século passado, a gente resgata a figura de José Maria de Souza Luz (1927-1992, 65 anos), radialista que dava voz ao programa “O Prato do Dia”, que entre as décadas de 50 e 60 teve seu ápice na Rádio Tapuyo (hoje, RPC).

Parte desse conteúdo é extraído do livro a ser lançado no início do próximo ano – “Memórias do rádio mossoroense” (Tárcio Araújo). O trabalho reúne pesquisa de 05 anos, num mergulho em fontes primárias e labirintos diversos, passando por livros, revistas, áudios, jornais antigos, bem como inúmeras entrevistas com familiares e ex-radialistas de Mossoró.

O Prato do Dia foi o programa político mais efervescente do rádio mossoroense durante a década de sessenta. Veiculado ao meio-dia pela Tapuyo, era apresentado pelo polêmico radialista areia-branquense “Souza Luz,” seu nome artístico e adotado no cotidiano da sociedade. Teve início em meados de 1956.

O seu nome sugestivo foi idealizado pelo notável jornalista e escritor Jaime Hipólito. Era dele que vinha o editorial diário lido e interpretado pela voz inconfundível de Souza Luz. Eram crônicas e artigos com duração média de 05 minutos, tendo como alvo preferencial os políticos adversários dos irmãos Rosado (Vingt e Dix huit), figuras mais proeminentes desse clã, desde a morte do governador Dix-sept Rosado em 1951 – irmão de ambos.

Jaime esquentava o texto para Souza Luz tocar fogo (Foto: Relembrando Mossoró)

Jaime esquentava o texto para Souza Luz tocar fogo (Foto: Relembrando Mossoró)

Dupla com Jaime Hipólito

Aluízio Alves, que veio a ser governador do RN, tinha cadeira cativa no programa, sendo objeto das críticas, eventuais denúncias e questionamentos. O programa foi um caso de amor e ódio em razão de sua linha editorial ácida e impetuosa. De um lado, milhares de ouvintes seguidores dos Rosados; do outro, adversários.

Naquela época o Rio Grande do Norte vivenciava o tempo da política a ‘ferro e fogo’, e não havia limites para as hostilidades. A crônica mordaz de Jaime Hipólito se potencializava na voz ressoante de Souza Luz com sua dramatização impecável, robustecida de ênfases, pausas estratégicas e transpirações que passavam uma ‘imagem’ do que era focalizado. Numa analogia coloquial, Jaime acendia o fogaréu e Souza Luz espalhava as brasas.

“(…) O locutor Souza Luz, que não tinha o timbre aveludado de Jorge Ivan Cascudo Rodrigues, nem como este escandia sílabas, lendo a crônica denominada ‘Boa noite para você’, nem o timbre cristalino da voz de Genildo Miranda, estrela da emissora concorrente, fazia com sua voz roufenha leituras verdadeiramente memoráveis, abusando da ironia, pontuando palavras, valorizando pausas e acentuando imagens dramáticas,” lembra o escritor Tarcísio Gurgel, um ouvinte diário à época.

Texto e voz que se casavam na Rádio Tapuyo, nesse ‘prato’ diário servido à mesa do mossoroense, era mesmo recheado de ironias, imitações jocosas de políticos e comparações com criaturas do reino animal. A receita era um grande sucesso.

“O ex-senador Teodorico Bezerra, por exemplo, era reportado no programa como Rato Branco”, conta o radialista J.B de Andrade que trabalhou como operador de áudio da rádio Tapuyo neste período.

O ápice de O Prato do Dia foi nos anos de superlativo sucesso político nas urnas, na comunicação e no apelo de massas de Aluízio Alves, no governo estadual. O ‘cigano feiticeiro’ ameaçava o domínio dos irmãos Rosados em Mossoró e expandia no município uma crescente força que precisava ser combatida à moda daquele período: de forma radical, claro.

“(…) É fato que durante a campanha de 60 e depois da campanha, Aluízio dividia as famílias.  A gente via casos de rompimento entre pai e filho por conta do acirramento político daquela época, e o Prato do Dia retratava bem isso aqui em Mossoró. Quem era partidário de Aluízio odiava o programa. Mas quem era contra o governador se deleitava com as crônicas narradas por Souza Luz,” rememora Laíre Rosado, genro do deputado estadual Vingt Rosado.

O ‘resgate’ de Souza Luz 

Durante a campanha eleitoral para o governo do Estado em 1960, o radialista Souza Luz recebera constantes ameaças de surras dos eleitores de Aluízio Alves revoltados com as críticas que ele desferia ao político.  Quando estava próximo ao encerramento da contagem dos votos, o resultado apontava vitória do candidato ‘bacurau’ contra Djalma Marinho. Nessa ocasião, Souza Luz transmitia a apuração do primeiro andar do prédio da União dos Artistas Mossoroenses, na praça Antônio Vigário Joaquim.

Do lado de fora, uma multidão se aglomerava em frente ao edifício ameaçando linchar o radialista. Era uma espécie de vingança coletiva pela campanha difamatória impetrada pela rádio Tapuyo durante todo o processo eleitoral, tendo Souza Luz como figura mais representativa. Para sua sorte, alguns soldados do Exército, que garantiam a segurança do pleito, foram acionados pela direção da emissora, conseguindo resgatá-lo. Souza Luz desceu rindo, escoltado, e sob xingamentos impublicáveis.

O fim

Em 1978, o então governador Tarcísio Maia escolhera o primo Lavoiser Maia para o substituir no poder, num tempo em que a ascensão à governadoria era indireta, sob nomeação do regime militar. Os nomeados eram denominados de “governadores biônicos.”

Dix-huit, candidato ao Senado em 1958, tem Souza Luz ao microfone (Foto: Cedida)

Dix-huit, candidato ao Senado em 1958, tem Souza Luz ao microfone (Foto: Cedida)

Essa decisão gerou enorme insatisfação para Dix Huit Rosado que também pleiteava o posto. No rosadismo, a sua escolha era vista como “natural” e certa, tamanho seu currículo. Ex-deputado estadual Constituinte, ex-senador, ex-prefeito de Mossoró, Dix-Huit encomenda uma crônica inflamada contra Tarcísio Maia e encaminha o conteúdo para que Souza Luz a apresentasse no programa.

Mossoró inteira sabia que a voz e a interpretação de Luz ampliavam o poder da mensagem. E Dix-Huit Rosado tinha convicção de que o conteúdo da crônica só alcançaria o efeito desejado se fosse transmitido na voz do locutor-âncora da Tapuyo.

Para não desagradar nenhuma das partes, Souza Luz se recusou a narrar a crônica, mesmo a mando do patrão. Pediu para o colega François Paiva executar a missão, e foi embora pra casa passo a passo.

Ao tomar conhecimento que não era Souza Luz quem estava na apresentação, Dix-Huit, ordena a suspensão imediata do programa e o convoca à conversa olho no olho.

No entanto, apesar dos apelos, o radialista manteve a posição e por consequência desse fato deixou o trabalho na Tapuyo. Encerrava assim uma carreira de 23 anos dedicados à emissora.

“Dias depois Tarcísio Maia o procurou para agradecer a solidariedade. Noguchi Rosado (sobrinho de Dix-huit e Vingt Rosado) também foi lá em casa pedir pra ele voltar ao trabalho, mas ele já estava decidido. Meu pai não queria se indispor com nenhum dos lados. Tinha uma boa amizade e consideração pelos dois, tanto Tarcísio quanto Dix Huit, que se sentia traído naquele momento. Foi uma decisão muito coerente da parte dele,” relata o  filho do comunicador Souza Luz, José Maria de Souza Luz Filho, o “Zezinho.”

Depois disso, o radialista decidiu não atuar por outra emissora da cidade, apesar dos convites. Sua vida e trajetória estavam intimamente ligadas a rádio Tapuyo desde a fundação da emissora em 1955.

Nos anos 60, o radialista e o prazer, também, da Lambreta (Foto: cedida)

Nos anos 60, o radialista e o prazer, também, da Lambreta (Foto: cedida)

Três paixões

“Meu pai tinha três grandes paixões: a família, a política e a rádio Tapuyo,” aponta Zezinho.

Depois de deixar a rádio Tapuyo de forma prematura, aos 48 anos, Souza Luz deu sequência à atividade profissional de servidor público na coletoria do Estado. Permaneceu ligado politicamente à família Rosado até sua morte no ano de 1992.

Souza Luz foi um dos grandes nomes do rádio local, atuando no jornalismo político daqueles tempos, ao seu modo e de acordo com o método de comunicação exigido para a época.

Quer saber mais sobre histórias como essa, aguarde em 13 de Fevereiro de 2024 (quando se comemora o Dia Mundial do Rádio), o lançamento do nosso livro ‘Memórias do Rádio Mossoroense.

Leia também: “O prato do dia” na resenha política.

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terça-feira - 07/11/2023 - 05:44h
Mossoró

PT admite ‘terceirização’ de candidatura temendo vexame

Isolda teve votação acanhada em 2020 e, novo projeto, precisa ser repensado (Foto: BSV)

Isolda até o momento não se apresenta como pré-candidata e evita tocar no assunto (Foto: BSV)

O Partido dos Trabalhadores do RN (PT-RN) vive o momento mais diferenciado em termos de poder no estado, desde que engatinhou nas urnas no distante 1982, há 41 anos. Tem a Presidência da República com Lula e o Governo do RN com Fátima Bezerra.

Mas, para 2024, seus sonhos de Natal ao interior estão aquém de tanto capital político. São ínfimas as perspectivas, principalmente no interior, de avançar em conquistas de prefeituras.

Mossoró talvez seja o caso mais emblemático. Existe a hipótese do PT não apresentar candidatura própria à prefeitura, preferindo “terceirizar” eventual desgaste. Esse plano alternativo foi trabalhado de forma mais sistemática nos últimos meses, mesmo perdendo força recentemente.

O alvo obsessivo era Lawrence Amorim (SDD), presidente da Câmara Municipal e aliado do governismo local. Ele não foi convencido a mudar de lado e projeto político pessoal.

A ‘candidata natural’ – deputada estadual Isolda Dantas (PT) – ainda não se apresentou até hoje com o vigor de postulante. Foi apresentada.

A razão é simples: o temor de passar vexame e comprometer seu projeto para 2026, quando aspira concorrer à Câmara dos Deputados. Porém, é provável que acabe indo pro sacrifício.

Compreensível o temor da parlamentar estadual. Situação com certas semelhanças ocorreu com a campeão de votos e pré-candidata à Prefeitura de Natal em 2020, deputada federal Natália Bonavides (PT). Na campanha 2020, cotadíssima para concorrer à Prefeitura de Natal, esquivou-se.

Poupou-se para ir à reeleição em 2022 e ganhar musculatura à contenda municipal de 2024. Está em campanha desde que acabaram as eleições do ano passado.

Avalanche

Em 2020, a deputada estadual Isolda Dantas foi apenas terceira colocada na corrida municipal, com modestos 8.051 votos (5,86%). Já o vencedor, então deputado estadual Allyson Bezerra (no Solidariedade, hoje UB), somou 65.297 (47,52%).

A avalanche do fenômeno Allyson Bezerra encobriu a petista com maioria de 57.246 votos.

Se mantiver alta aprovação pessoal e administrativa até a campanha, o prefeito Allyson Bezerra será um contendor ainda mais difícil de ser batido. O PT e Isolda sabem bem disso.

Veja AQUI como foram os números finais das eleições municipais de 2020.

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  • Art&C - PMM - Maio de 2025 -
segunda-feira - 06/11/2023 - 23:58h

Pensando bem…

“Há vários motivos para não amar uma pessoa, e um só para amá-la; esse prevalece.”

Carlos Drummond de Andrade

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segunda-feira - 06/11/2023 - 21:30h
Nùmeros

Cada lado da polarização esconde números de sua pesquisa

pesquisa, sondagem, cargos,Os dois lados que polarizam a política de Areia Branca – sem espaço para terceira força alguma – estão com pesquisas em mãos.

Ninguém trabalha sem elas, sem essa bússola, apesar da importância do casa a casa, do olho no olho.

E num ponto estão empatados: nenhum dos concorrentes deixa transpirar números, informações mais claras ou mesmo mínimas sobre o que suas pesquisas “falam” agora.

De um lado, o ex-deputado estadual e ex-prefeito Souza Neto (ainda no PSB) é o nome declarado à prefeitura pela oposição.

No governismo, se não ocorrer qualquer imprevisto, será o médico e atual vice-prefeito Bruno Filho (MDB).

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  • Art&C - PMM - Abril de 2025 - 04-05-2025
segunda-feira - 06/11/2023 - 19:02h
JFRN

Audiências de mediação marcam Semana Nacional de Conciliação

Foto ilustrativa

Foto ilustrativa

Até a próxima sexta-feira (10), quando acontece a XVIII Semana Nacional de Conciliação do CNJ, a Justiça Federal no Rio Grande do Norte (JFRN) realizará diversas audiências de mediação em demandas complexas e de grande impacto social, objeto do programa JF Media.

Um dos casos é o Residencial Jardim das Palmeiras, de Mossoró, que envolve 133 processos. A programação das mediações, contudo, contempla também casos objeto de Reclamações Pré-Processuais (RPPs) protocoladas no CEJUSC, modelo em que os interessados e/ou envolvidos no conflito procuram o Poder Judiciário apenas para atuar como mediador da solução do problema, sem a formulação de qualquer pedido de provimento jurisdicional.

Nessa semana, serão realizadas audiências de mediação na RPP protocolada pelo CREMERN para regularização do pagamento de plantões médicos prestados ao Estado do RN neste ano de 2023, cujo atraso ameaça a paralisação de diversos serviços essenciais, além da RPP protocolada pelo próprio Estado do Rio Grande do Norte, através da SESAP, para realinhamento, junto ao HUOL – Hospital Universitário Onofre Lopes -, do fluxo assistencial aos portadores de aneurisma de aorta.

Renegociações

Noutra frente, a Semana Nacional de Conciliação na Justiça Federal no Rio Grande do Norte contemplará ainda renegociações de dívidas de grandes clientes da Caixa Econômica Federal,  bem como de Conselhos Regionais de fiscalização profissional, também  num modelo de cobrança pré-processual. Nesta segunda-feira, serão realizadas audiências de dívidas de grande vulto de clientes CAIXA.

Já as dívidas com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA/RN) – e com o Conselho Regional de Administração (CRA/RN) – serão transacionadas no âmbito do projeto Negociação Direta, com prazo elastecido para as negociações antes do ajuizamento das execuções fiscais.

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segunda-feira - 06/11/2023 - 18:18h
Eleições a vereador

Governistas podem migrar em peso para partido de Allyson

Líder governista em entrevista à Rural - Foto: BSV

Líder governista em entrevista à Rural – Foto: BSV

Do Blog Saulo Vale

A bancada do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) deve apostar no modelo de ‘chapão’ para disputar a Câmara Municipal de Mossoró.

Boa parte dos vereadores da base pode migrar para o União Brasil.

Não pode ser descartada a possibilidade de 100% da bancada fazer essa migração.

“Nós já temos de certo pelo menos 10 vereadores interessados em migrar para o partido do prefeito. Outros ainda podem chegar num modelo de chapão, para a disputa à reeleição”, disse o líder governista, vereador Genilson Alves, ao ser questionado sobre o assunto durante entrevista ao Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró (AM 990), nesta segunda-feira.

Atualmente, a bancada governista possui 15 dos 23 vereadores.

Em 2024, a disputa será por 21 cadeiras.

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segunda-feira - 06/11/2023 - 16:38h
Assembleia Legislativa

Novo procurador toma posse e destaca transparência

Posse de Renato Guerra (centro) reuniu servidores da ALRN

Posse de Renato Guerra (centro) reuniu servidores da ALRN

O advogado e servidor público Renato Guerra tomou posse como procurador-geral da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), hoje (6). Ele destacou transparência no Legislativo.

“Assumo com muito orgulho e responsabilidade o espaço de procurador-geral desta Casa, com a certeza de que trabalharemos em equipe defendendo o Legislativo e destacando a transparência para a sociedade potiguar”, disse.

Guerra acrescentou que dará continuidade aos projetos da gestão do presidente Ezequiel Ferreira (PSDB), como o Planejamento Estratégico, e que honrará os projetos jurídicos que garantem melhorias ao Estado.

Ao lado dos procuradores do Legislativo estadual, diretores e outros servidores da Casa, ele assinou o ato de posse, o que formaliza legalmente os atos administrativos por ele assinados.

Renato Guerra é servidor concursado da Assembleia e foi designado procurador-geral, em ato da Mesa Diretora no último dia 2 de novembro, publicado no Boletim Eletrônico da ALRN.

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segunda-feira - 06/11/2023 - 15:34h
Está escrito

Vamos aguardar a ruína da próxima pirâmide

pirâmide financeira, fraude, golpeA aspiração de rendimento pecuniário fácil e vultoso, em curto espaço de tempo, com hipotética segurança e dentro da lei, é a fórmula de mais uma pirâmide financeira em gestação por aí.

Como tantas outras antes, vamos aguardar seu desfecho previsível em Mossoró e região.

Nada mais posso adiantar, apesar da vontade.

Ouvido ao chão como bom índio Sioux, Apache, Comanche, Cheyenne, Navajo ou Cherokee.

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segunda-feira - 06/11/2023 - 12:44h
Acredite

Eu já vi de tudo, mas ainda não vi tudo na política mossoroense

Cargos Comissionados, interrogação, demissão, exoneraçãoAlguns vereadores de oposição e vários pré-candidato também oposicionistas, em Mossoró, alimentam a possibilidade de serem incluídos em alguma nominata governista à Câmara Municipal em 2024.

Você não está maluco nem leu errado.

É isso mesmo.

Pare o mundo que eu quero descer!

Imagine, Rosalba Ciarlini Rosado prefeita, fechando nominata do governo com dois ou três vereadores da oposição. Seria um insulto à inteligência, claro. Um culto à estupidez.

Eu já vi de tudo, mas ainda não vi tudo na política mossoroense. São muitos os casos recentes de bizarrices. Vou citar alguns:

Tivemos servidor municipal torcendo para seu próprio salário atrasar (veja AQUI), no intuito de prejudicar imagem do governante;

Sindicalista resmungando porque pagamento antecipado da folha do município causava prejuízo ao caixa de sua entidade (veja AQUI);

Sindicato de funcionários e vereadora de esquerda acionando Justiça e protestando contra folga por ponto facultativo (veja AQUI e AQUI).

Como eram bons aqueles tempos do verde contra encarnado, preto no branco, cada um de seu lado e em seu lugar.

Bons tempos.

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Categoria(s): Política
segunda-feira - 06/11/2023 - 12:20h
Golden Boys

Jovem Guarda é destaque no projeto Seis & Meia

Golden Boys e Netinho SantosO projeto Seis & Meia em Mossoró receberá o grupo Golden Boys, amanhã (7), às 18h30, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado. A abertura da noite será com o músico mossoroense Netinho Santos.

Grupo vocal do movimento Jovem Guarda no Brasil, o Golden Boys foi formado por três irmãos: Roberto (que faleceu em 2016), Ronaldo, Renato Corrêa e um amigo, Waldir da Anunciação, falecido em 2004. Na formação atual, têm substitutos à altura

Após terem se dedicado ao “iê-iê-iê” brasileiro, no final dos anos 60 e início dos anos 70, participaram de vários álbuns de artistas da MPB e do pop-rock brasileiro, álbuns que futuramente se tornariam cult e objeto de desejo de colecionadores.

No show em Mossoró, os Golden Boys prometem uma viagem ao passado, tocando os grandes sucessos como “Gatinha Manhosa”, “Pobre Menina”, “Cantiga por Luciana”, “Menina Linda”, “Ai de Mim” e “Namoradinha de Um Amigo Meu”.

Os ingressos para o show dos Golden Boys estão disponíveis nas Lojas Debyman ou no site Outgo.

Volta

Trata-se da terceira edição desde o retorno do projeto Seis & Meia em Mossoró. Já se apresentaram este ano, no Teatro Dix-huit Rosado, os músicos Paulinho Moska e Isabella Taviani, com shows de artistas mossoroenses, na abertura.

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segunda-feira - 06/11/2023 - 09:40h
Imprensa

Podcast Conexão Oeste tem estreia para essa segunda-feira

Ismael e Gilson querem ouvir e contar história de pessoas diversas (Foto: Divulgação)

Ismael e Gilson vão ter horário semanal na plataforma YouTube (Foto: Divulgação)

É nesta segunda-feira (6), a estreia do Podcast Conexão Oeste na plataforma YouTube.

O programa vai ao ar às 20h, sob a batuta do radialista Gilson Cardoso e do blogueiro Ismael Sousa, dois mossoroenses que há anos militam na comunicação.

Cardoso e Sousa definiram a produção de um programa semanal, sempre às segundas-feiras, no mesmo horário das 20h.

Querem levar nomes diversos da política, esporte, cultura, economia ou qualquer outro campo da atividade humana, extraindo histórias e depoimentos, interagindo, documentando seu tempo.

Para acompanhar a estreia e futuras edições, basta seguir o canal em www.youtube.com/@podcastconexaooeste.

Então, acesse.

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segunda-feira - 06/11/2023 - 03:34h
"Ravengar"

Carlos Augusto adora ser ele mesmo até hoje

Antônio Abujamra era um personagem que se encaixou em Carlos Augusto e vice-versa (Foto: Arquivo)

Abujamra foi um personagem que foi adesivado em Carlos Augusto (Foto: Arquivo)

Habituado a adesivar apelido em qualquer um, seja aliado ou adversário político, o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado coleciona essa modalidade de troça há décadas. Inocentemente, alguns ‘homenageados’ até pensam que é uma deferência ou afago.

Não mesmo.

A ex-deputada federal Sandra Rosado (PSDB), prima e por muito tempo adversária política, para ele é “A poderosa.” No seu íntimo, claro que não. O todo-poderoso é ele mesmo.

O bancário aposentado Pedro Moura é “Ministro,” na definição de Carlos Augusto. Pedro foi um conselheiro herdado dos tempos do rosadismo, grupo liderado pelo ex-deputado federal Vingt Rosado – tio do ex-deputado.

O jornalista Canindé Queiroz (in memoriam) era saudado como “Miséria.” Por trás, na frente, em qualquer lugar, qualquer conversa. Era Miséria aqui e acolá.

Canindé Miséria dava uma baforada no cigarro, cofiava a barba e ria.  Sabia bem o significado do tratamento pessoal. A-do-ra-va, que se diga. Contudo, não dava o troco. O tratava pelo prenome mesmo: Carlos.

Eu também não escapei do xará. Dos tempos de redação do extinto jornal Gazeta do Oeste, o codinome ‘nobre’ que me aplicou foi o de “Príncipe.” Plebeu, isso sim.

Para me ‘vingar’, sem querer ficar por baixo, atrevidamente revidava. A cada contato pessoal ou por telefone com o deputado, a saudação era uma só: “Diga, Vereador.”

Meu interlocutor não se incomodava. Sempre via tudo do alto, com olhos de enquadramento cinematográfico plongée (ângulo de cima para baixo), com todos a seus pés).

Sua mulher Rosalba Ciarlini Rosado tem um para deixá-la toda dengosa, ganho ainda nos  tempos de namoro: “Mãinha.” Entretanto, se ele está num daqueles dias de erupção, indócil… esqueça. Não cabe espalhar. Coisa de casal.

Nosso personagem também foi vítima do seu próprio veneno. Dos adversários, em tom provocativo, ganhou o epíteto de “Ravengar.” Era alusão ao personagem maquiavélico interpretado pelo ator Antônio Abujamra, na novela histriônica e satírica “Que rei sou eu?” (1989) – da Rede Globo de Televisão.

Mas, não pense você que isso lhe fez ou faz mal. Nadica de nada.

Carlos Augusto adora ser ele mesmo: Ravengar.

Vereador? Não. Esqueça essa minha bobagem.

Ravengar está de bom tamanho.

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domingo - 05/11/2023 - 23:58h

Pensando bem…

“Na condução das questões humanas não existe lei melhor do que o autocontrole.”

Lao-Tsé

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domingo - 05/11/2023 - 12:48h

Só Rindo (Folclore Político)

O marido de Maria da ConceiçãoFofoca, ouvido, orelha, recado, notícia, zunzunzum, fake news

O ex-vereador, advogado e professor Antônio Tomaz Neto era bem jovem e recém-casado.

Estava de bermuda na casa da sogra, quando passa perto dela puxando por uma perna.

Surpresa, pois não tinha notado ainda aquele detalhe no genro, ela furtivamente chama a filha e indaga aos cochichos:

– Maria da Conceição, você está sabendo que seu marido é aleijado?

Ceição gargalha e desfaz qualquer dúvida:

– Claro, mamãe. Eu sempre soube que Toinho era assim.

E assim estão juntos há mais de 40 anos.

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domingo - 05/11/2023 - 11:38h

A solidão devora

Por Odemirton Filho

Imagem ilustrativa da Freepik

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 Percebia-se o olhar distante. O senhor idoso, talvez com mais de oitenta anos de idade, por vezes abria um largo sorriso. Sentado em uma cadeira, após tomar o seu lanche vespertino, estava sozinho, embora na sala da casa que abrigava idosos estivessem várias pessoas.

No que estava pensando? Quem sabe na sua vida de outrora. Vinha à sua memória lembranças do passado, da infância, de seus pais. Se alguém perguntasse sobre a sua vida, ele, na maioria das vezes, falava sobre os tempos de menino e da juventude.

O velho senhor sempre recebia visita de seus familiares. Alguns colegas da casa, porém, foram esquecidos ali. Ninguém os visitava. Viviam assistidos pelos funcionários que trabalhavam no local. Eram a família daquelas pessoas. Por motivos diversos, que não nos cabe julgar, os familiares os abrigaram naquele local.

Aquele senhor, nos seus raros momentos de lucidez, lembrava do passado; dos almoços aos domingos; das inúmeras festas de aniversário ao lado de seus filhos e netos. Talvez, lembrasse da juventude, do namoro com sua mulher, há tempos falecida. Lembranças de tempos idos e vividos. Tempos de alegria. Agora, o vazio; a falta de sentir o calor de um abraço.

O que ele mais gostava era se reunir com a família e amigos. Reuniões festivas, regadas a bebida e comida. Vez ou outra viajava com sua mulher. Iam passear por aí, conhecendo outros lugares, outras pessoas. Hoje, vez em quando algum familiar vinha buscá-lo para dar uma volta pela cidade. Todos estavam cuidando da vida, tinha pouco tempo, diziam.

Era bem cuidado, estava cercado por várias pessoas, todavia, vivia calado, em seu mundo. Nada, absolutamente nada, substitui a presença e o amor de quem amamos. Há, é claro, quem goste de viver sozinho, apreciando a própria companhia. Ele, que se privou de várias coisas para dar o melhor aos filhos e netos, estava longe dos seus.

Às vezes, quando todos estavam recolhidos em seus quartos para dormir, ouvia-se o velho senhor cantar, baixinho:

A solidão é fera, a solidão devora, é amiga das horas, prima-irmã do tempo, e faz nossos relógios caminharem lentos, causando um descompasso no meu coração”.

Odemirton Filho é bacharel em Direito e oficial de Justiça

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domingo - 05/11/2023 - 10:36h

A companhia dos livros

Foto ilustrativa de RebeccaVC1 / flickr/ creative commons

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Por Marcelo Alves

Há uma frase que adoro e sempre repito: “Um homem de espírito nunca se sente só consigo mesmo”. Não sei por que cargas d’água, sempre atribuí essa danada a Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Talvez se deva ao fato de achá-la a cara de “Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister” (1796), que é, de par com “A montanha mágica” (1924) de Thomas Mann (1875-1955), um dos mais célebres “romances de formação” (“Bildungsroman”, em alemão) da história da literatura universal.

Talvez seja apenas porque, assim, lhe empreste o argumento da autoridade. Se a frase fosse ou for minha, disso, de autoridade, teria muito pouco ou quase nada.

Na realidade, não sei nem se o seu conteúdo é verdadeiro. Já passei por maus bocados, solitário, quando estudei/morei fora do Brasil. Bom, muito provavelmente, eu não seja um “homem de espírito” tal qual Goethe se definia. Certamente é isso.

De toda sorte, nestes tempos tão difíceis, eu vou utilizar a sentença do autor de “Afinidades eletivas” (1796) para falar de um excelente tipo de companhia para a solidão: os livros. Os homens de espírito são, de modo geral, muito afeiçoados a eles.

Muito se fala dos benefícios trazidos pelos livros e pela leitura. Castro Alves (1847-1871), em seu poema “O livro e a América”, disse: “Oh! Bendito o que semeia/Livros…livros à mão cheia…/E manda o povo pensar!/O livro caindo n’alma/ É germe — que faz a palma/É chuva — que faz o mar”. Cultura, educação, conhecimento. Coisas tão caras à civilização, mas que hoje, muito frequentemente, são desprezadas por alguns obscurantistas, aqui e alhures. E, para além do conhecimento, os livros, os bons livros, escritos por mentes iluminadas, durante os mais de dois mil anos da nossa história, também nos dão inspiração, sanidade e felicidade. Por fim, eles nos curam de muito males. Inclusive os males de que hoje estamos padecendo.

Por sinal, conheço um livro interessantíssimo, que trata precisamente disso: “Farmácia Literária” (Versus Editora, 2016), de Ella Berthoud e Susan Elderkin. Organizado em forma de dicionário, nele “os leitores podem simplesmente procurar por sua ‘doença’, seja ela agorafobia, tédio ou crise da meia-idade, e encontrarão um romance como antídoto”. E a chamada “biblioterapia” do livro “não discrimina entre as dores do corpo e as da mente (ou do coração). Está convencido de que tem sido covarde? Leia O sol é para todos e receba uma injeção de coragem. Vem experimentando um súbito medo da morte? Mergulhe em Cem anos de solidão para ter uma nova perspectiva da vida como um ciclo maior. Ansioso porque vai dar um jantar em sua casa? [Coisa quase impossível hoje, não?] Suíte em quatro movimentos, de Ali Smith, vai convencê-lo de que a sua noite nunca poderá dar tão errado”.

Nestes tempos bicudos, tão escassos de contatos pessoais, em que, tal qual o “Elefante” de Carlos Drummond de Andrade (1902-1907), estamos ávidos “para sair à procura de amigos”, num “mundo enfastiado, que já não crê nos bichos e duvida das coisas”, quando “não há na cidade alma que se disponha a recolher em si”, do nosso “corpo sensível, a fugitiva imagem, o passo desastrado, mas faminto e tocante”, sobretudo “faminto de seres e situações patéticas, de encontros ao luar, no mais profundo oceano, sob a raiz das árvores ou no seio das conchas”, a melhor companhia/remédio que podemos ter são os livros. Com efeitos colaterais mínimos, juro.

Na verdade, isso vale não só para agora. Na vida, nem sempre podemos ter nossas amadas conosco. Nem nossa família. Ou mesmo os nossos amigos. No frigir dos ovos, para termos qualquer dessas companhias, dependemos da vontade de outrem. E até já foi dito, por um tal Jean Paul Sartre (1905-1980), embora em outro contexto, que “o inferno são os outros”. Já na companhia de um grande livro, com suas narrativas e suas personagens, não dependemos de ninguém. Estaremos sempre bem acompanhados, mesmo estando sozinhos.

Marcelo Alves Dias de Souza é procurador Regional da República e doutor em Direito (PhD in Law) pelo King’s College London – KCL

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domingo - 05/11/2023 - 09:38h

Como as startups estão redefinindo a logística?

Por Caio Reina

Ilustração postada na Tiinside

Ilustração postada na Tiinside

A logística, por sua própria natureza, envolve um longo e complexo arranjo de processos – alguns que, inclusive, foram estabelecidos há décadas. Porém, nos últimos anos, a tecnologia e as consequentes mudanças no comportamento dos consumidores demandaram uma significativa evolução nesse setor tão tradicional.

As startups de logística (ou logtechs) surgiram para desempenhar um papel fundamental na abordagem dessas demandas, principalmente no que diz respeito à agilidade. Enquanto as grandes corporações tendem a contar com processos mais burocráticos e sistemas legados, as startups têm a flexibilidade necessária para adotar novas tecnologias e modelos de negócios de maneira rápida e eficiente.

Isso tem sido especialmente perceptível quando se trata de otimização de rotas e gestão de entregas. Nos últimos anos, as logtechs foram cruciais para um salto de inovação nas operações logísticas, que precisaram se ajustar rapidamente a um novo perfil de consumo, demandando maior produtividade para viabilizar  e entregas mais rápidas.

Assistimos então a uma alavancada no uso da inteligência artificial para criar sistemas altamente eficientes, que substituíram tarefas manuais e ofereceram mais visibilidade, tanto para as operações quanto para o consumidor.

Logo, a relação entre startups e as grandes corporações tem sido muito mais colaborativa do que competitiva. Com mais experiência, alcance e recursos, as companhias têm buscado parcerias estratégicas com startups para alavancar suas inovações e soluções tecnológicas, além de se manterem sempre atualizadas em um contexto de sucessivas mudanças.

Os anos de 2020 e 2021 foram grandes exemplos dessa movimentação. À medida que o e-commerce se tornou a salvação para muitos negócios durante o isolamento, as startups emergiram como parceiras essenciais para impulsionar a transformação digital e atender às demandas por entregas mais rápidas e eficientes.

De acordo com um relatório da McKinsey, no auge da pandemia, as logtechs receberam o dobro de investimentos, já que o cenário trouxe consigo desafios sem precedentes para a logística.

Essas parcerias também encontram um terreno fértil quando se trata de enfrentar desafios de sustentabilidade. Graças à adoção de uma abordagem mais inovadora, diversas companhias estão minimizando seus impactos ambientais, reduzindo desperdícios e otimizando a utilização de recursos.

E o futuro parece cada vez mais promissor. Existe ainda um grande horizonte a ser explorado quando se trata de inteligência artificial, internet das coisas, aprendizado de máquina e big data, principalmente para criar experiências mais personalizadas para o consumidor.

Por isso, em um arranjo tão complexo quanto a logística, as startups desempenham um papel valioso: criar ferramentas praticamente sob medida para solucionar problemas específicos.

Caio Reina é CEO e fundador da RoutEasy

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domingo - 05/11/2023 - 08:38h

Enquanto o sono não vem (culto à noite)

Por Carlos Santos

Foto ilustrativa da página Perito Animal

Foto ilustrativa da página Perito Animal

Boêmio convicto, o jornalista-compositor pernambucano Antônio Maria cunhou uma frase que virou um culto à boa vida noturna carioca, que ele aproveitou intensamente, sobretudo nos anos 50: “A noite é uma criança”.

É verdade. Eu já a embalei muito e a conheço bem. Contei estrelas sob seu teto, tangi-a por aí, sem destino. Com seu consentimento eu bebi todas, bradando aos quatro cantos a minha felicidade.

Para Cazuza, “o banheiro é a igreja de todos os bêbados”. À noite, é também o vômito espalhado no chão, o batom na gola da camisa, recanto das mais sórdidas confissões e daquele inescapável último pingo na cueca.

“À noite todos os gatos são pardos.” Tenho minhas dúvidas. Muitos cintilam e reluzem, para morrer aos primeiros raios de sol da manhã. Outros têm cores próprias e se renovam ao amanhecer. Tem sete vidas.

Na verdade, a noite tem o poder de revelar pessoas, isso sim. Mas elas não são melhores ou piores por causa da noite. Nem adianta culpar a bebida por sua imagem lasciva declarada, longe da identidade diurna.

A “persona” (máscara) não cabe em qualquer um, é bom que fique claro. Ela se esconde na maquiagem borrada, na moral encardida.

Hemingway disparou: “Paris é uma festa”. Tem sido assim há décadas. E a noite?

Temos muito de Paris, do Sena que nos corta à Bastilha que nos prende. A Champs Élysées que parece infinita é como aquela noite que nunca devia acabar, de tão boa.

A “baladeira” (rede) me aguarda dadivosa. Tadinha, tão surrada, mas acolhedora. A noite engatinha e o sono não chega. É como meu novo bebê, vivo num imaginário dividido e partilhado, pronto para nascer. Estou à sua espera infinitamente.

O que seria da humanidade pós-moderna se não fosse Twitter, MSN, Facebook etc.? Sobreviveria, lógico, mas assim mesmo quero ir para Pasárgada. Sem querer ser esnobe, vou logo avisando: lá não faço questão de ser amigo do rei.

Sou velho mesmo. Do tempo que puxava o sono ouvindo a Rádio Mundial, folheava a Playboy às escondidas, com olhar rútilo, jogava conversa fora à calçada para engolir as horas e fazia do sarro o ápice do “amor”.

Bom tempo.

Sou do tempo que a madrugada insone, de boemia inocente, terminava no Mercado Central, na esquina de casa, na praça com o sol dando “bom-dia”. Feliz pela camisa amarrotada, por sentir outro perfume no corpo ou conformado com a solidão de muitas vozes ininteligíveis, sem que umazinha sequer me acalentasse.

Saudosista? Não. Vivo hoje o melhor dos meus dias terrenos, sem medo de olhar para trás e enxergar minhas próprias pegadas.

O meu tempo não é o da saudade. Fico a falar do que passou, porque passou sem ir embora. É como aquele livro bom, socado entre outros na estante, que a gente sempre consulta numa releitura que se renova.

É, muitas vezes, um volver para rir das próprias desgraças. Passeio por desventuras próximas as de “Geraldo Viramundo”, personagem de Fernando Sabino, sempre envolto em situações picarescas e estapafúrdias. Um Dom Quixote sertanejo.

Ah… e se eu fosse poeta? E se tivesse um violão? Não quero nem pensar. A sarjeta seria minha pátria. Bardo solto por aí, crente na imortalidade, não estaria aqui, balbuciando essas palavras. A noite teria minha vigília permanente à janela de Rapunzel.

Talvez fosse “um menino passarinho, com vontade de voar”, como escreveu Luiz  Vieira. Até pediria que copiassem o próprio Sabino com um etipáfio parecido àquele posto em seu túmulo, para fechar minha história:

“Aqui jaz Carlos Santos, que nasceu homem e morreu menino”.

Boa noite. O sono chegou.

São 3h15… zzzz!!!

Carlos Santos é criador e editor do Blog Carlos Santos (Canal BCS)

*Texto originalmente publicado nesta página no dia 13 de fevereiro de 2011 (veja AQUI).

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Categoria(s): Crônica
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