Por Marcos Ferreira
Escriba mau-caráter, sem-vergonha,
Também difamador da pior marca.
No entanto eis que essa víbora bisonha
Pretende-se um poeta qual Petrarca.
Não fez nunca um soneto, como sonha,
Porque o seu intelecto não abarca…
O quengo inteiro inchado de peçonha,
A inspiração é sempre muito parca.
Raquítico qual tudo quanto escreve,
Não raro esse esqueleto ainda se atreve
A difundir calúnia e pabulagem.
É um tipo bem malhado nesta aldeia,
Um pulha descarado e bom de peia,
Que arrota valentia sem coragem.
Marcos Ferreira é escritor