Em entrevista a Rádio Difusora de Mossoró nesta terça-feira (12), o vereador e líder do governo do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) na Câmara Municipal, Genilson Alves (Pros), denunciou possível fraude em relatório apresentado pela Comissão de Obras, Uso e Ocupação do Solo da Câmara Municipal de Mossoró. Segundo o vereador, o relatório apresentado pela comissão constava como data o dia 17 de junho de 2022, além de outros pontos questionáveis.
Comissão entregou um relatório com data do dia 17 passado e depois outro com data de ontem e assinaturas diferentes (Reprodução do Canal BCS)
De acordo com Genilson, nessa segunda-feira (11) à tarde ocorreu uma reunião da comissão para entrega de relatório a respeito dos documentos da obra do Memorial da Resistência. Na quinta-feira (7) passada, a Prefeitura de Mossoró já havia entregado documentos com mais de 1.800 páginas à Câmara Municipal a respeito da obra de reforma do equipamento. Ontem, novos documentos foram entregues, estes com mais de 2 mil folhas.
“Contestei o formato como eles estavam conduzindo. Foram entregues mais de 1.800 folhas quinta-feira e ontem mais de 2 mil folhas e ontem mesmo o relatório já estava pronto. Quando fui ler o relatório, ele estava com a data de 17 de junho. Dá a ideia que estava pronto desde este data. Eu prontamente solicitei esse relatório e hoje recebi com data diferente, com data de 11 de julho. Mudaram a data e até assinaturas”, apontou o vereador.
Genilson destacou que há inconsistências até na assinaturas dos vereadores presentes na reunião da comissão. “Ontem, estiveram presentes Isaac da Casca (MDB), o presidente da comissão; Larissa Rosado (União Brasil) e Edson Carlos (Cidadania), que não votou porque não concordou com todo esse processo. Hoje, aparece o mesmo relatório com data alterada para o dia 11 de julho e com assinatura de Isaac da Casca e Francisco Carlos. Já não tinha mais a assinatura de Larissa. Muito estranho”, frisou ele.
Vale lembrar que Francisco Carlos não estava presente à reunião do dia passado.
Estranheza
“Estranhamos o documento ter aparecido com a data de 17 de junho, já que nesta data não havia nenhuma convocação de secretário, não havia nenhum comunicado oficial, nenhum relatório. Foram entregues pela prefeitura cerca de 3.800 folhas de documentos e em pouco tempo esse relatório já foi apresentado”, reforçou. Como conseguiram ler, estudar e discutir tamanho volume documental em poucas dias ou mesmo horas, é um mistério.

Comissão reunida ontem não teria convocado Naldo Feitosa, nem teve presença de Francisco Carlos, que em nova cópia de relatório assina documento (Foto: Edilberto Barros)
Genilson alertou ainda, que o vereador governista e titular da Comissão de Obras, Naldo Feitosa (PSC), não foi convocado, não recebeu qualquer comunicado oficial para participar da reunião, avaliar e votar.
Na ótica do vereador e líder da bancada governista na Câmara Municipal de Mossoró, a oposição juntou-se para tentar desestabilizar a qualquer preço o governo municipal. Não se trata de cumprir o dever fiscalizador, avaliou, mas de priorizar o “quanto pior, melhor”. Foi assim durante o Mossoró Cidade Junina (MCJ) 2022, quando tentaram impedir o prefeito de subir num palco e falar, fazendo denúncias ao Ministério Público do RN (MPRN).
Para ele, as “grandes oligarquias” estão frustradas e querem implodir o governo do “Menino” de qualquer forma.
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